Shut Up! escrita por Daniela Mota


Capítulo 8
Cápitulo 7 - SOPA!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Isabella PDV


Depois de uma longa e tranquila noite de sono, eu estava pronta pra continuar. Levantei da cama e fui direto ao banheiro para fazer minha higiene pessoal. Era uma bela manhã de domingo, o céu estava lindo e o sol brilhava forte clareando meu quarto. Fui até meu closet e escolhi uma calça e uma regata, peguei uma percata de lantejoulas e pus nos pés.


Prendi o cabelo num rabo de cavalo no alto da cabeça.

Isabella, você tem que dar uma segunda chance pra si mesma, não é porque te derrubaram que você tem que continuar no chão. Hoje só vai ser mais um dia.


Edward PDV


"Abri os olhos e tudo parecia tão escuro, e a minha felicidade era como se tivesse se esgotado. Dei um passo a frente e encarei a baranga. Ela estava de costas, parada, intacta. Me aproximei devagar a fim de perguntar o que ela fazia ali. Ela se virou rapidamente, os olhos estavam molhadas e vermelhos. Ela parecia estar chorando "Edward, eu sinto muito" - ela falou e uma lágrima caiu e tocou a chão"Pelo que?" - perguntei."Por isso!"- ela falou, e no mesmo momento, apareceu um penhasco a nossa frente, ela olhou pra mim novamente, no mesmo momento ela se jogou. Tentei me controlar, mas aquilo era demais pra mim...

Comecei a dar gargalhadas profundas, eu não consegui parar de rir, a baranga era suícida, e ainda achava que eu me importava, não conseguia me controlar, eu tentava sentir pena, mas, juro que o humor era mais forte.Ela havia se matado! Tentei parar de ri, mas parecia uma coisa automática.


(...)


Engoli o riso ao ver Isabella na minha frente. O rosto dela estava costurado e ela abriu um sorriso no rosto. O seu cabelo estava lambido. E a sua roupa estava molhada desenhando seu corpo, admirei aquele ponto por um longo tempo e juro que perdi a respiração.O seu sorriso se fechou numa expressão furiosa e assustadora.
"Vamos ver quem ri por último!" - sussurrou se aproximando de mim, andei pra trás. Aquilo parecia um filme de terror? E se fosse? Num filme de terror por mais que você corra sempre o monstro irá te pegar, e nesse caso era um monstro bem pior. Mesmo assim corri pra trás o máximo e o mais rápido que pude, tropecei em alguma coisa e fui ao chão.Gritei vendo-a se aproximar devagar de mim e de repente tudo começou a rodar a minha volta. Fechei meus olhos tentando acordar do pesadelo e acordei, bem... Pensei ter acordado até ver o grande salão a minha frente, cheios de lâmpadas e decorações nas paredes. Objetos de ouro espalhados por todo lugar, no balcão se encontrava uma recepcionista gostosa. Ela era ruiva, de olhos verdes e estava sentada na mesa do balcão, as pernas cruzadas de uma forma sexy, ela me chamou com o polegar e eu abri um grande sorriso de contentamento. Andei até ela e a puxei contra meu corpo, ela riu. A agarrei, minha pegada é forte, e ela beijava divinamente, o que encendiava meu corpo por inteiro.Não perdi tempo, tratei de enfiar minha lingua na sua boca, e ela reagiu fazendo o mesmo, me afastei pra consegui ar,e tomei um susto, vendo Isabella, em vez da ruiva.
"Argh, que nojo!" - berrei. "Edward, cuidado" - ela falou com a voz calma, depois sumiu, olhei pra trás e vi a ruiva."Oi gata! E aí gostou...?" - falei, ela tirou da pequena bolsa uma faca e sorriu, andei pra trás, mas antes ela a enfiou na minha barriga."Edward... Por favor!" - falou Isabella novamente."Porque fez isso?" - perguntei. "Edward, não vá!" - falou ela de novo.
PODIAMOS MORRER EM SONHOS? Fechei meus olhos e os abri novamente, Isabella me olhava, mas era apenas um vulto. Fechei novamente os olhos e os abri"

Encarei o teto do meu quarto e levantei.


Aquilo era um aviso, eu deveria manter distancia dela, ela é louca, me matou até em sonho, imagine na realidade?


Entrei no banheiro e tomei uma ducha rápida, em seguida vesti uma calça jeans, uma camisa e uma jaqueta, teria que descer logo antes do Carlisle vim com o tal papo a importância do café da manhã em família.
Desci as escadas e notei que não havia ninguém na mesa.Talvez eu tenha acordado tarde, ou talvez não... Olhei pra empregada gostosa, que preparava o café da manhã.


–Oi, bom dia! - falei tentando me lembrar do nome dela.


–Bom dia senhor Cullen! - ela falou e se abaixou pra pegar alguma coisa no forno, examinei suas coxas, ela se levantou rapidamente.


–E esse café da manhã, tá tão gostoso quanto você? - perguntei rindo de canto.
Ela riu e continuou o que estava fazendo.


–Parece que não gosta de elogios! - falei.


–Eu gosto, mas, estou trabalho, se o senhor ainda não percebeu! - ela falou e continuou - Essa cantada foi tosca!


–Quando não estiver rabalhando, voltamos a conversar - falei e pisquei pra ela.


–Oi Mary, como está? - perguntou Isabella, ela usava uma calça jeans e uma regata. Pelo menos uma roupa descente.


–Estou bem e você como está? - perguntou a empregada.


–Estou ótima! - ela me olhou por um segundo e depois desviou seu olhar pra uma maçã em cima da mesa, ela a pegou nas mãos e deu uma mordida. - Sabe Mary fez bem em não cair nesse tipo de cantada.


–Eu não estava cantando ela - falei.


–Mary - ela continuou me ignorando - Eu estou certa de tê-lo visto te cantando? - ela perguntou e a empregada assentiu - Foi isso que eu disse.

–Eu só estava falando da comida. - falei.

–Faz um favor pra todo mundo? Cala essa boca. Poupe o mundo das merdas que você sempre diz.– ela falou.


–Você não manda em mim e nunca vai mandar. Ninguém me manda calar a boca. – falei.


–Você não deveria ter dito isso - ela sorriu e continuou - Pois a partir de agora você vai fazer o que eu mandar.


–Isso é que vamos ver - berrei.


–Sim, e também vamos ver fotos no mural de toda escola - ela riu.


–Ótimo, ficar me chantageando é que você não vai. - falei.


–Ótimo, vai ser o maior prazer acabar com você e assistir isso - ela ainda sorria, o que me irritou ainda mais.


–Eu... O que você quer? - bufei de raiva.


–O café da manhã está pronto - falou a empregada.


–Mary, tire o dia de folga, eu já tenho alguém que faráo resto do seu trabalho por hoje - ela falou com um sorriso de malícia e continuou - Deixe seu avental aí!


A empregada abriu um longo sorriso, retirou o avental e subiu as escadas.


–Você só pode estar brincando... - berrei.


–Não, eu não estou! - ela falou sério e depois deu um riso no final.


–EU NÃO VOU! - berrei.


–Se não quer ser meu criado! Vou agora pegar as fotos, sabe... Meninas que ficaram com você vão se odiar, porque ficou com um travestiz. Garotos vão se odiar por serem amigos de um travestiz. E aí todo mundo vai te abandonar, e você vai se sentir, como eu me sentia. - ela ergueu as sobrancelhas grossas.


–Eu não vou ser seu criado! - berrei.


–Tudo bem... - ela falou e subiu um degrau da escada.


Ela achou que eu ia ceder, ela que bote as malditas fotos! Eu vou lá e tiro, mas, e se ela botar na escola inteira, e se meus amigos, e até os professores, e gatinhas vissem? Eu teria que mudar de escola, e eu tive tanto trabalho pra me tornar popular.


–Ok!- falei me aproximando da escada.


–É assim que se diz! - ela falou e continuou - Pega logo o avental, tem muito trabalho a fazer.


–Cadê o Carlisle? - perguntei.


–Ah! O Carlisle e a Esme saíram cedo, a Rosalie também, e o seu irmão emo, está ouvindo música alta, se é que aquilo é uma música. Allie está decorando seu quarto, e o Emmett, está assistindo desenho - ela falou e continuou - Meus irmãos já estão descendo, quanto ao seu irmão, eu não sei não! Mas isso não vem ao caso eu não te pago pra ficar conversando.


–Isso é chantagem... - berrei.

Me dirigi até o balcão, morrendo de ódio e peguei o avental, coloquei na cintura.


–Use uma touca, não quero fios ensebados no suco - ela berrou.


–Sim senhora! - falei desviando os olhos da sua diversão.


Coloquei a maldita touca na cabeça e comecei a pegar os alimentos.
Ela gritou dizendo que o café da manhã já ficara pronto, pra as pessoas da casa descerem.


–Precisa me humilhar em público? - perguntei.


–Claro! - ela falou se sentando.


Coloquei as torradas na mesa, e fui pegar o suco na geladeira. Peguei o suco de manga já pronto e fechei a porta da geladeira. Notei que havia alguém atrás de mim então me virei rapidamente. Era Isabella.


–Até que não está fazendo um trabalho tão ruim. Por enquanto são tarefas fáceis, fico admirada que tenha conseguido pôr a bandeja em cima da mesa - ela zombou e continuou - Você está gostando disso?


–Estou - ironizei.


–Resposta correta - ela assentiu - Vou pensar em mais coisas que você pode fazer. Quero que ande na linha.


–Você não está com pena do que está se tornando? - resolvi bancar o conselheiro.


–E você tem pena do que você é? - ela perguntou.


–Não - falei.


–Pois eu também não. - ela falou.


–Acho que você está exagerando - falei.


–Não, não estou - falou.


Peguei num dos seus braços sem força. Suavemente.


–Uma trégua? - perguntei.


–Como assim uma trégua? - ela perguntou e continuou - Ah, a Isabella é a única que merece sofrer aqui? É o que você acha? - Sim, era o que eu achava.


–Pois não é assim, o mundo não é assim, ele gira se por um acaso você não sabe. - ela continuou buzinando e sua voz se tornou rouca.


Talvez, eu pudesse seduzir ela, como eu sempre fazia.


–Se afasta de mim - ela sussurrou.


–Porque? - sussurrei e continuei - Não pode você mesma se afastar? Não tem forças?


Fui me aproximando e sentindo sua respiração aumentando, ela estava imóvel, ainda não era capaz de não cair na minha sedução. Era apenas uma tola!

Mais uma tola! E se eu fizesse ela me querer mais, e se eu, fizesse ela acreditar que gosto dela, pelo o que ela tem por dentro, eu poderia arrumar um jeito de pegar as fotos, e...


BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM BAM!


Isabella virou rapidamente, e eu virei junto, Emmett descia a escada rolando e gritando: "UHA!" Ao chegar ao fim da escada caiu como uma panqueca no chão.

–Emmett! Você está bem? - falou Isabella colocando a cabeça dele no colo.


–Ah outro louco! - berrei.


–O que disse? - perguntou ela baixinho.


–Nada! - falei.


–Emmett, porque fez isso? - ela perguntou.


–Eu fiz por diversão! Deveriam tentar, é uma sensação de que você estar rolando a escada, perfeita cara! - ele falou.


–Droga Emm! Quebrou alguma coisa? - perguntou Isabella, se abaixando.


–Será que é porque você estava mesmo rolando da escada? - ergui as sobrancelhas irônico.


–Eu não rolei! - ele falou.


–Claro que não! - falei. Ele me examinava e riu baixinho do meu estado.


–GOSTEI DO VISUAL, ME SERVE EMPREGADO! - ele falou e se levantou, e sentou-se na mesa.


–Cadê o seu irmão Edward? - Isabella perguntou.


–Sei lá - falei.


–Deveria saber, mas, já que se trata de você. Não fico surpresa de saber disso - ela falou.


–Você não me conhece - falei.


–Sim, eu conheço - ela falou.

Resolvi não constatar nada que ela disse, apenas virei as costas e fui pra cozinha.

–O que foi isso? - perguntou a anã de jardim aparecendo do nada no topo da escada.


–O Emmett se jogou da escada, por diversão! - falei.


–Eu estou perguntando a Isabella. E gostei do seu novo visual, bem inspirador e humilde! Não combina nada com você... - ela falou sorrindo.


–Ele, estava brincando, de uma coisa que certamente viu em um desenho! - ela falou rindo.


–Ah ele se jogou por diversão! - falou Alice e continuou rindo -Isabella, você está mandando bem! Parabéns, quanto a você... Edward, vai comer o pão que você amassou!

–Ele vai comer Isabella? - perguntou Emmett. E eu passei a mão descontrolado nos cabelos. Como ele era burro.

–Que? - perguntou Alice.


–Ele amassou Isabella, então ele vai comer ela? Ah não! Não vai comer minha irmã... Tarado! - ele berrou.


–Emmett, é só modo de falar, INTELIGENTE! - falou Alice rindo.


–Também né? Queria que eu adivinhasse que era modo de falar? - ele perguntou.


Peguei a jarra de suco e pus em cima da mesa, ignorando os olhares e risadinhas idiotas, em seguida peguei as torradas e arrumei na mesa, botei as frutas, leite. E quando acabei de pôr a mesa fiquei encarando todos a mesa.

–Pode se sentar Edward, eu deixo! - Isabella riu.


Eu tinha de fato uma resposta na ponta da lingua mas, resolvi ficar calado, e me sentei.


–Emmett, o seu quarto ainda está sujo? - perguntou Isabella com uma torrada na boca.


–Ele nunca esteve sujo! - berrou Emmett.


–Pois bem, o Edward vai faxinar hoje! - ela falou. E eu ri sem humor.


–O... que? - perguntei desacreditado.


Vi Jasper descendo as escadas com o fone de ouvido, ele sentou na mesa, sem sequer dar bom dia, e começou a comer.


–Como, seu irmão é educado! - falou Isabella.


–Pelo menos ele não desceu as escadas rolando. - o defendi.


–Eu já disse que não rolei! - berrou Emmett.


–Essa família ama rolar de uma escada! - falei.


–Garoto sem cárater você viu? Ainda vai tomar muito na cara pra aprender. - falou Alice.


–Vou te mostrar quem é o seu cárater, sua anã de jardim! - berrei.


–Já falei pra pensar antes de falar? Pois pense. - falou Isabella.


–Porra! - falei.


–Mal educado! - berrou Alice.


Peguei uma torrada e tentei esquecer o que ela disse.

–FIVE SONGS, FIVE SONGS! - Jasper começou a cantarolar.


–Jasper! Jasper! - chamei e isso só o fez cantarolar mais -JASPER PORRA! - berrei rancando o fone do seu ouvido.


–O que? - ele falou.


–BOM DIA! - falou Isabella.


–Se o dia, for bom, de noite eu te digo! - falou Jasper e eu ri baixinho. Ele é dos meus.


–Família mal educada a sua, viu? - falou Emmett.


–A minha? - perguntei irônico.


–Edward! - falou Isabella.


–Eu não disse nada! - berrei.


–Ih vocês, que chatice! - berrou Jasper.


–Cala boca emo! - berrou Emmett.


–Sou emo sim... Com muito orgulho! - berrou Jasper.


Todo mundo começou a rir.


–Qual a graça hein? - perguntei.


–Nada não! - falou Emmett.


–Tão vendo capim, rebanho de jegue! - berrei.


–Jegue é a senhora sua mãe! - berrou Emmett.


–Olha! Me respeite... seu filho de uma... - falei e dei uma pausa, olhando pra cara de Isabella que esperava uma continuação - de uma mãe!


–Eu odeio isso aqui! - berrei.


–Que coincidência! - berrou Alice e continuou - Desde que a família Cullen chegou aqui! A nossa vida virou uma porcaria.


–Já era uma porcaria antes disso! Dá pra perceber, rebanho de insensivel! - falou Jasper.


–Gay! - acusou Emmett.


–Não chame meu irmão de gay! - berrei.


–Me impessa de fazer isso! - berrou Emmett.


–Eu vou te dar uma bifa! - berrei.


–Não vai dar bifa nenhuma Edward, se sente e fique quieto! - falou Isabella.


–Ah eu vou dar sim, se ele não retirar o que disse! - berrei.


–Eu não vou retirar, não vou, não vou! - cantou Emmett.


–Olha aqui! Você quer apanhar? - perguntei.


–Bate aqui fadinha! - ele provocou.


Levantei e dei a volta na mesa, fui até ele e meti a mão na sua cara com força, ele gritou e logo após se levantou.


–Haha, você quer apanhar! - Emmett colocou a base.


Dei um tapa do outro lado da sua cara e ele pareceu se enfezar. Em seguida me deu um tapa no rosto que nem doeu.


–SOPA! SEU FILHO DE UMA SOPA! - ele berrou.


–Sopa? - perguntou Alice.



Isabella PDV

–Que diabo é sopa? - perguntou Edward.

–Eu não falo com você fadinha! - berrou Emmett.

–Vou te mostrar a fadinha! - berrou Edward tentando livrar-se das mãos de Alice.

–Venha lançar um feitiço em mim TINKERBELL! - Emmett debochou.

–O que é sopa Emmett? - perguntou Alice - Eu não quero me sujar e...

–Calma! SOPA é xingamento... Sh! Não conte a mamãe... - falou Emmett.

–Você é muito otário - falou Edward e continuou - Só falta falar que a chapeuzinho vermelho usa chapeuzinho rosa.


–Claro que é rosa, mas é um avermelhado. - explicou Emmett.


–Aff, eu não posso com isso, um idiota sempre te vence pela experiencia... - falou Edward.


–É sim quer que eu te prove? - perguntou Emmett.


(...)

–Porque está me olhando, baranga? - ele perguntou olhando pra mim com raiva, eu odiava quando seus olhos estavam assim, odiava fazer isso tudo com ele. Mas eu tinha que parar de sentir pena dele, ele não tem pena de mim.

–Você não presta nem pra isso... - falei baixinho, e sua expressão se tornou mais enraivada ainda.

–Não é isso que as garotas pensam de mim. Pelo contrário. - ele falou com raiva e no final deu um sorriso de canto. Que eu sempre não resisti.

–Pode ser bom em cantar as garotas, fisgá-las, beijá-las. Mas, você não é uma boa pessoa, você sempre tem que ser tão egoista... - falei.

–Acabou o discurso inteligente? O seguinte é a droga de família que eu fui me meter, e você não tem o direito de me chantagear. - ele falou sendo interrompido por Emmett que segurava um dicionário nas mãos, e estava radiante, pelo fato de querer provar alguma coisa, que eu sabia que de fato não era verdade.
Ele revirou algumas folhas no dicionário.

–O que você tá fazendo retardado? - perguntou Edward.

–Estou te provando que aquela palavra é xingamento sim! - falou Emmett.

(...)

Perdi até a conta de quanto tempo fiquei empé, já tinham uns 20 minutos que a gente esperava Emmett achar a palavra sopa, ele ainda estava na letra a, tentei me segurar o máximo, mas foi mais forte do que eu, fui até ele e coloquei na letra "S" e em seguida achei a palavra SOPA, ele leu por dois minutos a definição e continuou calado, após isso segurou o dicionário com força e resolveu falar:

–O significado daqui está diferente. Deve ser dicionário velho - Emmett sorriu.

–É desse ano - argumentei.

–Ah, tem algo errado - Emmett coçou a cabeça.

–Há algo errado sim - Edward sorriu irônico - Mas não é com o dicionário, é com você!

–Então vou te explicar com minhas palavras seu desinformado! - falou Emmett.


–Sopa é boa? - ele perguntou.


–Não, é horrivel... - falou Alice com cara de nojo.


–Então... minha mãe sempre me disse que xingamentos são coisas horriveis, sendo assim sopa é horrivel, e sendo assim, sopa é xingamento, e esse dicionário está desatualizado. - ele falou com um sorriso amarelo. Andou até a cozinha e estava levando o dicionário em direção ao lixo.

–Emmett, não jogue isso no lixo. - falei desesperada, ele ia jogar uma das melhores fontes de aprendizado no lixo, só porque não achou uma merda de definição que nem existe, as vezes, eu me pergunto se ele é meu irmão. Peguei o dicionário de suas mãos.

–Não larga de ser CDF - falou Edward baixinho, pensando que eu não ouviria.

Coloquei o dicionário no balcão.

–Chegou você mesmo a essa conclusão? - perguntei a Emmett.

–O novo Einstein! - gritou Edward ridicularizando meu irmão por sua falta de inteligência.

–Sim! Mas, quem é esse tal de Einstein? - perguntou Emmett, Edward bateu na sua cabeça 3 vezes. Ele tira uma onda, mas, também não deve saber quem é Einstein. Não prestava atenção em nenhuma das aulas.

–Albert Einstein foi mais inteligente do que nós, claro. - falei, revirei os olhos e continuei - Suas contribuições mudaram nossos conceitos de espaço tempo e a própria natureza da realidade, e suas idéias influenciaram praticamente todos os aspectos da física moderna, seja ela subatômica ou cosmológica. O próprio Einstein afirmou uma vez que uma das chaves para sua inteligência era a habilidade de visualizar os problemas com os quais trabalhava. Então ele traduzia essas imagens visuais na linguagem abstrata da matemática. Na verdade, um de seus exemplos mais famosos, é a teoria especial da relatividade, que segundo contam, ele desenvolveu a partir de devaneios sobre o que seria viajar através do universo em um feixe de luz... - expliquei e dei uma pausa.

–Já chega! - berrou Edward.

–Já entendi! - falou Emmett sorrindo e continuou - Ele era um médico, que inventou o avião?


–Não escutou nada que eu disse não é? - perguntei.

–Não... - ele gemeu baixinho e abaixou a cabeça.

–Sopa? EU GOSTEI! - falou Jasper fazendo Emmett levantar a cabeça e se encher de orgulho.

–Cansei disso aqui! - falou Edward retirando o avental numa expressão raivosa.

–O que pensa que está fazendo? - perguntei.


Continua...


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Notas finais do capítulo

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