Shut Up! escrita por Daniela Mota


Capítulo 3
Cápitulo 2 - Cardápio? Confusão!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Isabella PDV

Minha visão congelou ao ver o Edward, ali, na minha casa, com minha família, lá em baixo me olhando com uma expressão de curiosidade, ele estava perfeito, com uma jaqueta jeans, ele estava olhando diretamente pra mim, mas o que ele estava fazendo ali?

Era um espécie de sonho?


–Baranga? - ele perguntou e começou a ri descontrolado.

Ele ria tão maravilhosamente que fazia meu coração parar, mesmo ele tando me insultando, aquilo não importava. Olhei pro seu rosto e desci as escadas, mas como EU não sou “nada” desastrada, tive a “sorte” de descer rolando escada a baixo, “sorte” que meu cabelo amorteceu a queda.

–Isabella! - gritou alguém.

Tudo escureceu.

Abri meus olhos e encarei Edward e Carlisle me carregando, me livrei rapidamente deles.

–Allie, Emm, precisamos conversar! - gritei no meio da sala, e nessa hora notei que Edward ainda olhava pra mim rindo.


(...)

Pra variar o quarto do Emmett estava complatamente bagunçado, tinha caixas de pizza, embalagens de salgadinho, latas de refrigerante, revistas em quadrinhos , roupas espalhadas, cuecas, meias. Um verdadeiro chiqueiro.


–Isabella... Você tá bem? - perguntou Allie.


–Sabem porque eu caí? - perguntei.


Emmett se ajoelhou e se jogou no chão como se tivesse rindo de uma piada muito engraçada.


–Que pergunta mais óbvia! - ele sussurrava, e continuou - Porque você tropeçou, é claro!

–É, faz sentido... - murmurou Alice.


–Não... Foi aquele garoto que me humilhou hoje no colégio, o de cabelo espichado, cor de cobre, aquele garoto lindo que... - falei.


–Mas, ele não botou o pé pra você caí não mana... Ele tava do meu lado se matando de tanto rir não sei de que - falou Emm.


–Não sabe? Ele estava rindo de mim, e eu não consegui me equilibrar e desci rolando as escadas... - falei quase chorando.

–Foi aquele FDP? - perguntou Emmett fechando sua expressão de riso numa de ódio.


–Calma Emm! - gritou Allie tentando conter sua fúria.


–O Edward não pode ser meu irmão! Não pode... - falei correndo de um lado pro outro dentro do quarto tentando não pisar em nenhuma porcaria.


–O que vamos fazer mesmo? - perguntou Alice.

–Eu não tô querendo decepcionar a mamãe, mas eu não quero que o Edward seja meu irmão, eu... Eu não vou consegui, eu sou fraca - falei.


–Ele te machucou Bella, eu acho que você tem que agir... Você é mais forte do que pensa, tenho certeza disso. - falou Emmett, aquilo era raro, mas ele parecia estar falando sério, mas o nome Bella eu não gostava, era assim que meu pai me chamava e eu não gostava de lembrar.


–Quem é você e o que fez com meu irmão? - perguntou Alice.


–Eu... Não vou me vingar dele! - falei.


–Eu não quero ele aqui apesar de achar a loira uma tremenda gata! - falou Emmett.


–Seu palhaço – falou Alice pulando em seu ombro.


–Eu não tenho chances com ele, depois disso tudo eu tenho quase certeza disso... - falei encarando o chão, que por sinal estava sujo.


–Isso aí! - falou Emmett e continuou - Quer dizer... Eu...

–Não precisa se explicar - engoli em seco. Isso era óbvio até pra ele.


–E agora? - Alice perguntou e continuou - Se eu bem conheço a mamãe, ela vai vim aqui em cima.

–Vou descer - quase gemi.

(...)

Chegou a hora dela me apresentar a Edward, e meu coração estava pulando pela boca de expectativa, só de pensar que ele tocaria em mim.

–Edward, essa é Isabella, a minha filha! - falou minha mãe, esperando na certa um beijo na bochecha ou um aperto de mão, mas nada aconteceu, ele me olhava de uma maneira estranha, como se eu fosse uma coisa nojenta, e eu o olhava com amor, o mais puro e delicado, o que eu sabia que ele não sentia, e pouco menos merecia.


–É... Não vão se cumprimentar? - perguntou Carlisle.


Edward não fez nada, continuava com seu rosto perfeito intacto, me olhando como se eu fosse um lixo, ou uma mercadoria vagabunda, aquilo foi demais pra mim, não queria ficar ali nem mais um segundo, minhas pernas tremiam, eu apenas andei pra trás e me dirigi a cozinha, eu precisava saí dali, eu precisava saí da sua visão, eu não queria chorar pelo seu desprezo, não queria, aquilo era tudo uma grande ilusão pra mim.


Ouvi vozes apresentando o resto das pessoas, e sentei atrás do balcão da cozinha, triste e derrotada, ele consegue me desprezar com um simples olhar, e eu pensava que ele era o ser perfeito, e eu que ainda tinha esperanças...
Apoiei minha cabeça nas minhas duas pernas e me pus a chorar, mesmo que eu não quisesse era a única coisa que eu poderia fazer, era chorar, até que a minha última lágrima secasse. Não sei por quanto tempo eu fiquei ali, sozinha de cabeça baixa, realmente não sei, parece clichê mas, podem ter se passado horas, ou apenas alguns segundos, tirei meu óculos e esfreguei meu rosto na saia, limpando as lágrimas acumuladas, levantei a cabeça e vi Edward na minha frente, me encarando.


–Então, você é minha nova irmã? - perguntou Edward ainda me olhando com nojo, ele estava bebendo água, eu apenas o ignorei, continuando com minha cabeça entre as pernas.


–Não é? - perguntou ele novamente.


Continuei calada ali, meu soluço sendo abafado pela saia.


–Olha, não se abale muito por eu não ter me apresentado. Se vamos ser irmãos, melhor sermos amigos, não acha? Mas na escola por favor, não diga a ninguém que me conhece, eu não quero passar vergonha! - ele falou rindo.


Continuei calada no meu canto, ele estava se dirigindo a mim, e aquilo não era tão ruim, qualquer palavra ficava bonita com o som da sua voz. Mas no que eu estava pensando? Ele estava me insultando, e eu estava apenas deixando por sua voz ser melodiosa? Eu deixaria que ele fizesse o que quisesse comigo apenas pelo fato de ouvi sua voz? Sim, eu deixaria...


–Vai mesmo me ignorar? - ele perguntou e eu levantei minha cabeça, ele encarou meu rosto.


–Porque está chorando, eu disse algo? - ele perguntou irônico.


Eu continuei calada, por mais que palavras quisessem dizer o que eu estava sentindo com aquilo tudo.


–Ah tá, é uma espécie de gelo, certo? Ou você tem medo de mim? - ele perguntou e pôs o copo na pia.


–Eu não tenho medo de você... - minha voz falhava.


–Achei que tivesse depois dessa manhã... - ele falou e imagens passavam pela minha cabeça.


–Porque você insiste tanto em me machucar? - perguntei.


–Eu não deveria mesmo, acho que te dei esperanças em algum momento que não lembro... - ele riu, e eu senti um aperto no meu peito.


Por um momento pensei, ele nunca me deu esperanças, eu sempre venho alimentando esse amor doentio por conta própria. Imaginando coisas. Eu levava esse amor como um conto de fadas, e o Edward não era o principe, ele nunca foi o principe. Talvez ele seja o vilão de toda essa história. E eu percebi isso tarde demais.


(...)


– Você não me deu esperanças, eu que... Sou uma tola. – falei.

– Não diga... – ele sorriu irônico.


– Mas... Eu amava o tipo de Edward que via nos meu sonhos e não esse garoto mimado e egoista que estou vendo agora que estou perto de você, é esse que está me fazendo sofrer – falei.


– Estou fazendo justamente porque você quer... – ele falou frio.

– VOCÊ É UM EGOISTA, EU... EU ME ARREPENDO TANTO DE SENTIR ISSO POR VOCÊ! – falei as palavras saiam descontroladas da minha boca.

– Pois então, não sinta! – ele falou.

– Se fosse tão simples assim... Você é um monstro Edward, e só agora eu pude ver sua verdadeira face... – solucei.

– Baranga! – ele retrucou e senti uma pisada no meu peito.


– Não me chame disso... – falei.


– Você se acha linda? – ele me perguntou rindo.


– Eu posso não ser linda por fora, mas a minha beleza interior não sai com água e sabão... – retruquei segurando lágrimas nos meus olhos.


– E de que adianta ter beleza interior, se você é feia por fora? – ele perguntou.


– ACONTECE QUE O MUNDO NÃO É ASSIM, você pode ser lindo por fora, mas por dentro só deve existir pedra... VOCÊ NÃO PODE DESPREZAR ALGUÉM ASSIM, COMO SE FOSSE UM LIXO... – falei.


– E o que você vai fazer? – ele perguntou rindo.


– Eu? Eu não vou fazer nada, só o tempo vai fazer você mudar, eu só... Daria tudo pra não te amar – berrei.


– Você fala como se eu tivesse pedido pra você me amar, você se iludiu sozinha garota! Não precisou de ajuda pra isso... Iludida, sua ilusão é tão ridicula que me diverte! – ele disse em alto e bom som. E o pior era que era verdade.


– Desculpe por isso... – as lágrimas inundaram meus olhos.

– Não tenho tempo pra drama, não precisa chorar por mim. Nem que gaste todas suas lágrimas, eu nunca vou gostar de você. Nunca. – ele falou.

– Essa lágrima não foi por você, é por todo sofrimento que eu estou passando por sua causa, mas você... Não merece nem minhas lágrimas... E se merecesse não faria elas cairem – falei.


– Volta pra biblioteca de onde você saiu, vá ditar essas frases ridiculas pra ratos, porque eu não tô a fim de ouvir isso não. Nem que você fosse a última mulher do mundo eu não gostaria de você, porque a única coisa que eu sinto por você e sempre irei sentir será apenas nojo, repulsa, e se continuar assim... Ódio - ele falou e mais lágrimas puseram a descer do meus olhos – Talvez ainda esteja em tempo de procurar alguém que te queira, ou seja, um cego, surdo e mudo, ou louco.


– Seria melhor um deficiente visual, ou auditivo, do que um deficiente de coração – falei.


– Cala a boca! - ele ordenou entre-dentes - Você não é nada! Nada! – mais lágrimas cairam dos meus olhos e ele riu - Se for esperta ficará longe de mim, ou... Vai fazer por merecer.


– Já falei que não tenho medo de você! – quase gritei.


– Isso é o que vamos ver! – ele berrou.


Segurei as lágrimas nos olhos e me levantei, saindo do campo de sua visão.

Edward PDV

Posso ver de longe que essa união de meu pai não vai dar certo, já disse isso a ele inúmeras vezes ,mas ele sempre responde "Eu a amo, e isso que importa", o amor não é nada. Nem nos deixa louco e sem rumo. Pra mim o nome disso é maconha.

Os observei na mesa comendo e desejei me teletransportar daquele ambiente familiar. Meu celular vibrou no bolso da minha calça, eu o peguei e o atendi imediatamente sem nem ver quem estava ligando.

– Alô! – falei.

– Alô! Edward? Onde você está amor? – reconheci a voz de Jessica do outro lado da linha.

– Eu tô... num jantar! – falei.

– Com quem? – ela perguntou já mudando seu tom de voz.

– Com minha família Jess... – falei.

– Eu preciso te ver... – ela falou.

– Não! – falei.

– Porque? – ela perguntou já nervosa.

– Ah você é só minha peguete Jess, deixa disso! – falei baixo, encostando meu aparelho celular na boca, na intenção que ninguém ouvisse minha conversa.

– Ah! Me deixa na reserva, de novo... – ela falou irritada.

– Vey, não posso falar agora! – falei.

– Quando você procurar alguém pra se divertir nem me olhe ok? Aposto que você está com uma cachorra aí! – ela berrou.

– Tchau Jess! – falei.

– Jess uma merda, cala boca! – ela falou.

Sem nenhuma paciência desliguei o telefone na cara dela.


Emmett PDV

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CRICRI


– Emmett! – me chamou alguém atrapalhando a minha imitação silenciosa de um grilo acasalando. Olhei pra direção da voz atrapalhadora de sons e vi Carlisle me encarando, sim, o loiro que parecia usar bótox. Fala sério, ele parecia mais novo que eu.

– Oi Carlisle. – falei.

– Que profissão quer seguir? – perguntou-me Carlisle, e parecia bem interessado.

– Eu? – perguntei.

– Não, é a fada! – falou Edward olhando pra mim com cara de tédio, olhei pra ele com meu olhar de esquilo raivoso que eu vi num video no youtube - que por sinal é um site muito legal, tem um monte de video de sacanagem, mas isso não vem ao caso - o idiota ainda riu do meu olhar.

– A Allie... Eu não sei o que a Allie vai ser... – falei. Que idiotas como é que eu vou saber o que a Allie vai fazer da vida?

– Não! É o que você quer ser... – continuou Carlisle.

– Eu quero ser um espião... – falei.

– Espião? – perguntou Carlisle.

– É! – falei.

– Bem... Criativo! – falou Carlisle e olhou pro nada.

– Carlisle, estou satisfeita, venha vou te mostrar o resto da casa... – falou minha mãe.

Carlisle e minha mãe se levantaram e subiram pro segundo andar, ela disse que iria mostrar o restante da casa, ela acha que eu sou o que? Eu sei o que eles vão fazer, sabe o que? Vão tentar escapulir e arrumar meu quarto, eu tinha que impedir essa barbaridade contra a minha pessoa!

– Espião? Desde que te vi, te achei “um cara de idiota” mas agora você piorou sua situação! – falou Edward com a cara dele de psicopata.

– Eu acho legal! – falou Jasper. ­­­­

– Jasper, sua opinião não tem nenhum valor! – falou Edward.

– Nem são irmãos, e já estão brigando... – falou Allie.

– Cala boca, descendente de anã – falou Edward.

Ah, ele tá brincando! Tá que o apelido era engraçado, mas ele tinha insultado a minha irmã, e eu não ia deixar isso acontecer.

– Não mande minha mana calar a boca, seu idiota! – falei.

– Que é Espião? Eu MANDO QUANDO EU QUERO! – falou ele, quer dizer... berrou ele.
– Ah, você não sabe do que eu sou capaz... – falei lançando o olhar do esquilo raivoso e ele bufou.
– Ah, você que não sabe do que sou capaz! – ele repetiu. E olha que eu nem pedi paga pau.

– O que está acontecendo? – perguntou Isabella do alto da escada.

– Cuidado pra não descer rolando de novo – falou Edward rindo sem humor.

Isabella desceu devagar, enquanto Edward ria, ela parou no fim da escada e fitou Edward.

– Rebanho de família ruim – Edward falou.

Aquilo já estava indo longe demais, estava na hora de eu tomar uma providência, quem ele pensava que era pra insultar a minha família? Milhares de formas de defender meus protegidos se passou pela minha cabeça, mas muitas delas precisavam de ferramentas, o que eu não tinha disponivel naquele momento.Encarei o pudim de chocolate suculento a minha frente, por um momento pensei em comer, mas foi aí que lembrei de um episódio bem engraçado de pica pau, sem mais questionar, peguei o pudim nas mãos sorrindo e enfiei com força na cara de Edward, todo mundo o encarou, ele ficou parado, intacto, alguma coisa me dizia que ele tentaria alguma coisa contra a minha pessoa, e aquilo me deu medo. Não demorou muito e ele tirou a forma da torta ferozmente do seu rosto, exibindo sua exótica máscara de chocolate, mesmo assim dava pra ver o olhar dele de raiva, olhei em volta, todos o olhando com expectativa, apenas a Isabella o olhava com uma expressão sofrida. Logo após ela começou a ri baixinho, fazendo todos da mesa rirem juntos.


– Você... – ele apontou pra mim e continuou – Mexeu com a pessoa errada!
Ele virou pro lado, e dirigiu seu olhar a Isabella, que ainda ria, vi a sua mão correr na mesa, ele pegou a tigela de macarrão , me encarou, e logo após jogou no cabelo de Isabella que logo parou de rir. Por um momento eu achei que Isabella iria chorar, mas não, ela apenas o encarou por 2 segundos, pegou uma jarra cheia de suco de laranja e despejou em cheio na cabeça de Edward.


– O pudim sempre tem que ter um acompanhamento! – disse ela zombando de Edward que agora estava mais nojento do que a pizza estragada no meu quarto.

Alice parecia assustada, se levantou tremendo.

– Mãe! – ela berrou, eu a conhecia, estava com medo de sujar sua roupa.

Edward a olhou com desprezo, pegou uma lagosta gigante e jogou no seu cabelo, primeiramente ela gritou que nem o video da vaca enlouquecida, mas depois ela olhou com raiva pra Edward, colocou uma ervilha na colher e arremessou na testa de Edward, que ficou grudado por causa do chocolate.

Estava virando uma guerra, eu a loira totosa, e o outro loiro emo éramos os únicos limpos.

Alice pegou uma lagosta pra jogar em Edward, mas digamos que ela não era boa em pontaria e a lagosta acabou voando e caindo no loiro emo , que se apavorou, levantou gritando e pulando, acho que ele nem tinha notado a guerra, se jogou no chão gritando que nem mocinha, tentando tirar a lagosta do rosto. Será o loiro emo uma bicha talvez?

O emo rapidamente, pegou o outro pudim e jogou de qualquer jeito, eu tentei desviar, mas, caiu na minha cabeça, igual a um episódio de pica-pau que eu vi outro dia.


(...)


A guerra ficava mais intensa, vi a loira totosa, sair da mesa e subir as escadas, Edward estava parecendo um leão furioso, e o seu alvo predileto, por motivos desconhecidos era Isabella, em segundos alimentos rolavam por toda parte, juro que até me jogaram uma almondega, só que caiu na minha boca. Haha por essa eles não esperavam!

Não havia mais comida na mesa, toda a comida estava no nosso cabelo e em nossas roupas, Isabella devia está suja de uns dez pratos diferentes, até de vinho ela estava suja, e olha que aquele vinho valia uma fortuna, era importado. Edward parecia um pudim vestido de homem, e seu cabelo ficou todo pra baixo, não estava mas tão arrepiado como custumava.

Pessoas procuravam algum alimento pra continuar a guerra, mas não tinha nada, avistei Edward pegando os talheres pra jogar em mim, fiquei com medo já que tinha faca na mesa, vai que o cara de mata? Ele pegou a colher e estava prestes a jogar na minha cabeça, aquilo ia doer, e muito. Poderia me deixar burro com o impacto.Ah! Tudo menos ficar burro

– O que vocês fizeram com a sala de jantar? – perguntou Carlisle incrédulo do alto da escada.

– Melou... – falei.

Edward jogou a colher na minha cabeça, que doeu pra cacete.

– Vão parar ou vou ter que tomar atitudes drásticas? – perguntou ele furioso, com Esme e totosa ao seu lado.

– Foi o Edward que começou! – acusei.

– Vocês nem bem moram juntos! – falou Esme irritada.

– Edward! Eu vi você jogar, você se diz tão maduro, mas na verdade você é uma criança! – berrou Carlisle. Vi que Edward estava prestes a dizer algo, mas minha mãe o interrompeu.

– Não foi só ele... – falou Esme o olhando com pena.

– Mas que comportamento infantil... Uma guerra de comida adolescente – falou Carlisle ainda irritado.

– Vai começar a bancar o "papai" autoritário, me poupe! – Edward resmungou.


– Se eu não for autoritário vocês não respeitam ninguém aqui, vocês são adolescentes e não crianças, tá na hora de agir como tal! – ele falou.


– Carlisle você usa bótox? – tá, não era uma boa hora pra perguntar, mas eu precisava saber, ele me olhou assustado.


– Teremos que ter regras aqui se quisermos ser uma família grande e feliz – ele falou.


– Carlisle você usa bótox? – perguntei novamente.


– Eu entendo a fase que estão passando, eu também já fui um adolescente rebelde... – ele falou.


– Carlisle você usa bótox? – perguntei já estressado por ele está ignorando a pergunta.


– JÁ CHEGA! – Edward berrou e continuou – NÃO AGUENTO MAIS! Eu não aguento essa... Quer outra família? Boa sorte! – Edward se levantou.

– Eu... criei você e seus irmãos desde que... Sua mãe morreu. Quando volto a ser feliz ao lado de outra mulher é isso que você me dá em troca? Sai por causa de uma guerra de comida adolescente, eu não sabia que desistia tão fácil... E agora vou ter que desistir da mulher da minha vida por causa de seus caprichos e sua total falta de consideração comigo? – ele finalizou com um olhar de decepção.

– E daí? Eu não pedi pra arranjar nenhuma mulher - Edward bufou.

– Eu não acredito no que eu criei, eu criei um monstro? Edward eu criei um monstro? Você não pode se estabilizar pelo seu pai? Não pode fazer isso por mim? – falou Carlisle.

– Eu não quero ser obrigado a nada! - Edward rosnou.

– Eu apenas quero que... Me deixe ser feliz – Carlisle falou.

– Seja... - falou.

(...)

– Amanhã nos mudaremos... - Carlisle sorriu.

– Não vejo a hora amor! – falou minha mãe o beijando.

– Segurar vela é tão legal! – falou Jasper.

Mas, eu não acho legal segurar vela, aquele sebo quente cai na mão da gente, e arde pra caramba, ele deve ser emo mesmo, pra gostar de sofrer tanto. Masoquista.

Eu fui direto me despedir de Rosalie, que me deu um beijinho bem gostoso, Jasper veio me cumprimentar, mas eu saí de baixo, porque eu não torço pra esse time ok? Eu odiava aquele Edward e temia minha despedida, Jasper veio me cumprimentar novamente, e dessa vez eu lhe dei um aperto de mão de leve, só pra não fazer cerimônia, Edward não estava alí, provavelmente limpando a cara de pudim.

– Cadê o Edward? – perguntou Carlisle.

– Tô aqui! – falou Edward se secando com uma toalha.

– Pode se despedir pra irmos logo? – perguntou Carlisle.

Ele cumprimentou Alice, com a cara de tédio dele, logo após se contorceu me olhando com raiva e apertou minha mão, logo após encarou Isabella de longe.

Que sacana!

Isso merece uma música...

“EDWARD SE ACHA taranranran
UM GALÃ DE CINEMA taranranran
MAS QUEM CONHECE SABE taranranran
QUE ELE SÓ DAR PROBLEMA taranranran

ELE SE VESTE TODO taranranran
PRA CHAMAR ATENÇÃO taranranran
MAS A VERDADE É... É... É...
QUE ELE PARECE UM PIMENTÃO!

SÓ FALTAVA SER VERDINHO...
PRA COMBINAR COM O FOCINHO...
QUE ELE TEM NO NARIZINHO...
UM ÓTARIO BEM CHATINHO...

POR ISSO ELE MERECE...
UM MILHÃO DE TAPAS...
PORQUE NA VERDADE...
ELE NASCEU DE UMA PATA!”


Isabella PDV

"Eu cansei de seguir seus passos, ele me olha com nojo. Isso me destrói por dentro, isso me mata aos poucos, isso me quebra, me estardalhaça. Ele tem que saber que eu sou uma pessoa! E não um lixo. Talvez fosse isso que eu pareça mesmo, um lixo."Escrevi trêmula as palavras no meu diário, enquanto tentava não deixar nenhuma lágrima rolar sobre meu rosto.


Droga, porque você tem que ser tão fraca?

Tão ingênua?

Tão sensivel?

Tão idiota?

Tão iludida...


Porque você teve exatamente que se apaixonar pelo cara que te trata como uma droga de um lixo?Já me subjuguei um lixo milhares de vezes. Já me massacrei. Já me pisei. Já me auto julguei muitas e muitas vezes.O que mais me machucava era ser tratada como um lixo, era o que mais doia.O que eu prometi a meu pai que eu nunca faria. E esqueci disso depois que passei a imaginar o Edward o homem mais perfeito desse mundo. Ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa. E eu estava loucamente apaixonada por ele.


Eu esqueci de tudo! Esqueci de viver a minha vida quando passei a viver a de Edward, a segui-lo e a gostar das coisas que antes achava ridiculas. Eu deixei de viver durante todos esses meses. E ele sempre vem me tratando como um LIXO!

Eu sempre ouvi o que meu pai disse, e bastou eu me apaixonar pelo Edward pra eu esquecer TUDO! E estou aqui agora, morrendo aos poucos. Não...Não Isabella! NÃO!
Não tem que ser assim...

Porque ELE, ELE não merece minhas lágrimas, e quem merecia minhas lágrimas não faria elas cairem.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Comentem!