Susan, a filha de um Vingador (3ª Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 31
Audiência


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal, meus amores.

Vou tentar escrever pra postar no dia primeiro de janeiro, mas não posso garantir.

Boa leitura



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Algumas horas se passaram desde que Tony e Susan estavam na oficina. Já era início da noite quando eles terminaram.

— Jarvis, rode a simulação - Tony pediu ficando ao lado da filha

— Sim, senhor Stark - Jarvis respondeu e mostrou a simulação holográfica

Eles observaram a simulação

— Qual a precisão da simulação? - Susan questionou

— 98%, senhorita Stark - Jarvis respondeu

— Ainda são 17h29min - Susan falou olhando o relógio - Da tempo de testar o dispositivo e voltar pro jantar.

— São 3h de vôo - Tony falou simplesmente

— Já fomos pra Vermont em bem menos tempo - Susan rebateu o comentário

— Sombras? - Tony perguntou

— Ainda confia em mim? - Susan perguntou

— Com certeza - Tony respondeu e Susan sorriu

— Pega os dispositivos enquanto vou trocar de roupa - ela falou sumindo nas sombras

Rapidamente ela trocou o vestido folgadinho, por uma calça e um blusão, as sandálias trocou por um all star. Usou as sombras para reaparecer na sala do andar do Tony, ela ouviu passos vindo da escada e viu o pai descer. Ele havia ido trocado a camisa

— Tudo pronto? - Susan perguntou e em seguida as portas do elevador se abriram

— Mamãe - Evie correu em direção a mãe que a pegou nos braços

— Vão sair? - Howard perguntou olhando para o pai e a irmã

— Precisamos resolver uma coisa - Tony falou - Mas não vamos demorar.

— Voltamos a tempo pro jantar - Susan garantiu

— Podemos ir? - Evie perguntou olhando-a

— Fica pra próxima, tá bem? - Susan perguntou e a filha assentiu - Ajuda o papai a pedir o jantar?

— Posso escolher a sobremesa? - Evie perguntou olhando-a e Susan sorriu

— Pode - Susan respondeu e a filha sorriu

— Então ajudo - Evie falou e Susan a pôs no chão

— Onde estão indo? - Howard perguntou olhando-os

— Miami - Susan respondeu ficando ao lado do pai - Voltamos logo

Susan tocou o ombro do pai e as sombras envolveram os dois e eles sumiram.

— Que incrível - Evie murmurou olhando o local que a mãe e o avô estavam

— Já viajou pelas sombras com a gente - Nico comentou olhando a filha

— Mas é a primeira vez que vejo como é - Evie respondeu

— Com quantos anos a Su, aprendeu magia? - Howard perguntou ao cunhado

— Com quinze anos - Nico respondeu simplesmente

— E você, papai? - Evie perguntou

— Soube que podia usar magia aos 11, mas precisei de tempo pra aprender a controlar totalmente - Nico respondeu tirando o celular do bolso - O que vão querer pro jantar?

As crianças se sentaram ao lado do Nico vendo as opções do que poderiam pedir. Em Miami, no local que um dia foi a mansão Stark, o local estava limpo e bem cuidado, já existia a base para fazer uma construção, Susan olhou em volta, lembrando das imagens que viu no dia que a mansão foi atacada.

— Esse lugar me trás algumas memórias - Tony falou atraindo a atenção da Susan - Lembra?

Ela olhou na direção que o Tony aprontava, Susan reconheceu a pista que levava ao local que eles haviam feito um racha e foram perseguidos por um míssil

— Nossa primeira corrida - Susan falou

— A primeira vez que me chamou de pai - Tony falou e a Susan sorriu levemente

— Tá pronto? - Susan perguntou colocando o dispositivo no pulso

— Somos Stark's, o que acha? - Tony falou segurando o explosivo

— Quando quiser - Susan disse olhando pro paredão de pedra

Tony ativou o explosivo, que iniciou uma contagem regressiva e arremessou com força em direção ao mar, Susan ativou seu dispositivo e fez um campo de força no explosivo fazendo-o ficar parado no ar, quando a contagem zerou ele explodiu, forçando o campo de força expandir.

Tony instintivamente se aproximou da filha, que não desviava o olhar da explosão contida. Susan usou o presente de Hefesto, observando o dispositivo para ter certeza de que ele estava funcionando como o planejada. Quando a segunda expansão do explosivo aconteceu, o dispositivo no pulso da Susan começou a vibrar.

Ela estabilizou o dispositivo com a ajuda da mão livre e começou a guiar a explosão pra cima, como havia feito em Lagos, quanto mais longe ficava, mais difícil manter o campo de força e mais forçava o dispositivo. Quando estava na mesma altura do prédio em Lagos, o dispositivo deu curto, fazendo com que o campo de força não conseguisse conter a explosão e ela vazasse.

Susan recuou tirando o dispositivo que estava começando a esquentar e o soltou quando começou a soltar faíscas.

— Você tá bem? - Tony perguntou olhando a filha

— Estou, não foi nada - Susan falou esfregando o pulso e suspirou aliviada - Deu certo.

— Duvidava que fosse dá? - Tony perguntou pegando o dispositivo que estava no chão e ela riu

— Não, mas ter a resposta na prática e mais satisfatória que na teoria - Susan falou olhando-o e estendeu a mão - Vamos pra casa?

— Claro - Tony segurou a mão da filha

Eles viajam nas sombras novamente e reapareceram na sala do Tony

— Bem vindos, senhorita e senhor Stark - Jarvis anunciou

— Que legal - Arya falou ao ver as sombras se desfazendo

— Eu disse que era incrível - Evie falou empolgada - O papai disse que quando eu estiver controlando os meus poderes, ele vai me ensinar a viajar nas sombras também

— Mas nem pense em querer aprender isso sozinha, entendeu? - Susan falou olhando-a - Pode ser muito perigoso.

— Sim, senhora - Evie falou olhando a mãe

— Agora que eles chegaram, acho podemos jantar - Nico comentou se aproximando deles

— Eu tô morrendo de fome - Howard falou se levantando - Eu chego primeiro.

No momento que o Howard correu, as demais crianças se levantaram indo atrás dele.

— Cuidado pra não se machucarem - Steve falou se levantando e caminhando até a mesa de jantar

— O que foram fazer em Miami? - Natasha perguntou ao se aproximar da Su

— Forjar uma prova - Susan respondeu baixo e indicou o dispositivo - Já estou com o relatório de cálculo, para o dia da audiência.

— Acha que o dispositivo e suas palavras serão suficientes? - Clint perguntou olhando-a

— Terão que ser - Susan falou

— Vamos jantar? - Tony falou olhando-os - As crianças já estão olhando pra cá

— Vamos deixá-las fora disso - Susan falou e sorriu - Eu tô com fome e vocês.

Eles seguiram em direção a mesa de jantar e sentaram pra jantar como se nada tivesse acontecido. A rotina na Torre se manteve a mesma, até o dia da audiência, Susan vestiu uma calça social preta, uma blusa de seda branca e um blazer feminino preto. Estava amarrando o cabelo quando o Nico entrou no quarto.

— Está pronta? - Nico perguntou olhando-a

— Sim - Susan se levantou e calçou os saltos - E a Evie?

— Ela está pegando arrumando uma mochila - Nico respondeu - Parece que as crianças decidiram acampar no playground.

— Vou falar com ela antes de sair - Susan falou e saiu do quarto, indo até o quarto da filha - Evie?

— Oi, mamãe - Evie falou fechando o zíper da mochila

— Tudo pronto pro acampamento? - Susan perguntou sentando na cama da filha

— Unhum. A tia Thalia e o tio Jhon vão nos ajudar - Evie falou olhando-a - Vão preparar os lanches e os jogos.

— Parece que vai ser divertido - Susan falou sorrindo com a empolgação da filha

— Tenho que ir - Evie falou pondo a mochila nas costas - Até mais tarde, mamãe.

— Até mais, meu amor - Susan falou abraçando a filha com carinho

— O Phil tá te esperando lá fora - Nico falou da porta e Susan se levantou acompanhando a filha

— Tô indo - Evie falou e foi até o pai o abraçando - Até mais

— Divirta-se - Nico falou enquanto eles viam a garota ir em direção a porta

— Eu amo vocês - Evie falou fechando a porta

— Não faz isso - Nico pediu olhando pra esposa

— Isso o quê? - Susan perguntou indo pegar a bolsa

— Olhar pra Evie como se fosse a última vez que vai vê-la - Nico falou e Susan o olhou

— Preciso que me prometa uma coisa - Susan falou

— Amor... - Nico tentou falar, mas continuou

— Se a audiência não terminar como esperamos, quero que leve a Evie pro submundo - Susan pediu - Não deixe que o governo encoste um dedo sequer nela.

— Vai dar tudo certo - Nico falou olhando-a

— Ficarei mais tranquila se me prometer isso - Susan insistiu

— Eu prometo, juro pelo Estige se for preciso, mas não deixarei que toquem na Evie - Nico falou firme

— Obrigada - Susan o abraçou e eles viajaram nas sombras até o estacionamento

Eles entraram no carro, Nico dirigiu até o local da audiência. Devido a grande movimentação causada pela recusa dos Vingadores em assinar o tratado, a notícia da audiência sobre o envolvimento da Susan foi abafado, então quando chegaram não havia a imprensa, nem mesmo uma multidão como ocorreu na reunião do tratado.

O advogado da Susan já estava lá a aguardando, a sala de julgamento era pequena, havia o juiz, promotor e o júri, composto por doze pessoas. Para assistir o julgamento, alguns representantes do governo e da segurança nacional. Nico sentou, no banco próximo a onde a Susan estaria.

Quando a ausência começou, foram lido os relatos sobre os danos materiais e físicos causados pelo incidente em Lagos. Quantidade de feridos, mortos, estruturas, tudo apontado como resultado da ação dos vingadores com o auxílio da Susan.

Imagens foram mostradas do local, vídeos de câmeras de segurança que mostravam como a Susan "usava" o dispositivo. Houve a apresentação do projeto do dispositivo e os cálculos, o dispositivo totalmente em curto, o "pingente", que quando ativadi, emitia um sinal que embaralhava as câmeras em um raio de 200m, fazendo com que elas desfocassem, por isso não haviam imagens nítidas da Susan, mas ela admitia ser ela.

Quando o promotor, chamou a Susan para responder algumas perguntas, ela se manteve calma, mas por dentro se sentia nervosa. Nico notou a leve tensão na esposa, quando o promotor disse que ela por ser filha de um Vingador, se achava no direito de se sair impune de seus atos, que causaram tantas mortes.

O juri parecia concordar com o promotor. A porta da entrada da sala se abriu, revelando homem de meia-idade com uma figura esportiva, cabelo preto encaracolado, olhos azuis e traços que lembrariam facilmente um elfo. Ele vistia uma calça social preta, uma camisa social branca e um paletó, ele sentou nos assentos ao fundo da sala pondo o celular que trazia consigo no bolso. Apenas Nico e Susan pareciam ter notado a entrada do homem.

O promotor questionava a Susan, sobre como ela havia aprendido a lutar, como ela tinha tamanha agilidade e talento, sendo que era filha de um Vingador que o poder era os equipamentos tecnológicos, questionava sobre como ela lidou com aquela batalha, usando apenas um pingente e o dispositivo de campo de força.

Mesmo que a Susan respondesse fase forma clara, aquelas perguntas haviam gerado as dúvidas nos juri, que ficava cada vez mais contra ela. Depois horas desde o início da audiência, após a avaliação é exposição de cada evidência, o juiz solicitou um breve recesso para que o júri se unir e chegar um veredito

As pessoas que estavam assistindo a audiência, saíram da sala, Nico esperou a esposa, quando ela se aproximou eles olharam na direção da homem que havia entrado durante a audiência. Ele se levantou ajeitando o paletó e saiu da sala, caminhando tranquilamente, Susan e Nico foram atrás sem chamar a atenção dos outros.

Seguiram o homem até um corredor parcialmente deserto, ele parou em um ponto onde não veriam o Nico e a Susan, quando ele se virou o casal se ajoelhou fazendo uma reverência.

— Por favor, levantem-se - Hermes falou e o casal obedeceu - É uma situação complicada pra você, minha cara.

— Farei tudo que for possível para manter o Olimpo em segredo, senhor - Susan falou olhando-o

— Todos os olimpianos estão cientes dos seus esforços, principalmente nos últimos dias que foram turbulentos - Hermes falou olhando-a - Sua lealdade permanece firme, até mesmo quando pensamentos temerosos a afligem.

— Perdoe-me a pergunta, mas o que o trás aqui? - Nico perguntou olhando-o

— Vim trazer um presente - Hermes falou tirando o celular do bolso e ele se transformou em seu carduceu

— Finalmente, eu aguentava mais ficar preso naquele bolso - a cobra George reclamou se esticando, suas palavras sempre puxava o "ssss" e "rrr" assim como a voz da sua colega

— Não seja tão resmungão - a cobra Martha falou se esticando e olhou para a Susan - A quanto tempo, querida. Seu cabelo continua perfeito, gostaria de ter um assim.

— Certamente, ficaria encantadora - Susan falou olhando-a e a Martha pareceu sorrir

— Chega, vocês dois - Hermes gesticulou e as cobras se envolveram no carduceu e logo endureceram - Tem vezes que não aguento toda essa ladainha.

Susan e Nico apenas deram ar de riso ao ver o deus esfregando os olhos como se espantasse o cansaço.

— Sabem, jovens nem sempre fazem o que lhes é dito, mas se conseguirem fazer algo maravilhoso, às vezes escapam à punição - Hermes falou olhando o casal a sua frente e bateu o cabo do carduceu no chão

Susan e Nico sentiram a névoa ser manipulada pelo deus

— Eu não entendo, achei que os deuses não pudessem interferir pelos humanos e semideuses - Susan falou olhando-o

— E não podemos - Hermes falou olhando-a - Mas vimos a sua lealdade com o Olimpo ao longo dos anos. É pura e sincera, nunca nos pede algo pra si, e quando intercede é por alguém. É algo que não poderia ser ignorado.

Susan abaixou a cabeça fazendo uma reverência.

— Obrigada, senhor - Susan falou e o olhou - Não sei como agradece-lo

— Passe essa pureza para a próxima geração - Hermes falou olhando-a, enquanto seu carduceu se transformava novamente em celular - O mundo está precisando de mais pessoa assim.

O celular de Hermes tocou, a voz da Martha e do George era o toque de notificações. Ele olhou a notificação.

— Se me dão licença, tenho algumas entregas para fazer - Hermes falou olhando-os

O casal assentiu e ele desapareceu em fumaça. Susan fechou os olhos relaxando um pouco e Nico a abraçou, eles voltaram para a sala da audiência quando foram chamados. O juri entregou o envelope com a sentença para o juiz. Susan, não seria condenada pelas mortes ou danos, mas se fosse novamente a missões a campo com os Vingadores, poderia ocorrer uma revogação da sentença.

Quando a audiência terminou, Susan abraçou o esposo, se permitindo finalmente relaxar.

— Deu tudo certo, meu Amor - Nico sussurrou e Susan sorriu aliviada

— Vamos pra casa - Susan falou olhando-o - Quero aproveitar de verdade um tempo com as crianças e os outros.

Nico sorriu segurando sua mão, seguiram para onde o carro estava estacionado, fazendo em seguida o percurso para casa, para finalmente aproveitar sem receios a companhia da família.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??

Todas as fics foram atualizadas hoje

Nos vemos em breve. Beijos



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