Nuclear escrita por Lucas


Capítulo 2
Glimpse


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Desculpem-me a demora!!
Eu gostei bastante de escrever esse capítulo, espero que vocês gostem também!
E essa história vai ser meio que um "universo alternativo" da Marvel, portanto excluindo alguns acontecimentos e adicionando outros!
E vou adaptar algumas fichas para ficarem mais "maleáveis" para a história da fanfic, ok?
Espero que gostem!!! :)



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CHAPTER ONE 




New York Presbyterian Hospital, Nova York, Estados Unidos. Fevereiro, 2020.

  Pepper Potts entrou no hospital, confiante. Em uma mão segurava uma maleta preta, a outra mão batia nervosamente no seu gerador de energia magnética que pulsava em seu peito. Ela ainda não conseguia se lembrar ao certo de como conseguira aquele nódulo. Suas memórias eram embaralhadas, foi tudo muito rápido, o ataque, o susto e a queda resultou na ruiva com uma barra de metal atravessando seu peito.

Ela chegou até o quarto que procurava, cumprimentando as enfermeiras, que saíram para que ela tivesse privacidade. Ela sabia que aquilo não era como uma conversa normal, uma pessoa acordada e outra que já estava em um coma por alguns meses. Ela sentou na cadeira ao lado da cama e pegou a mão do corpo que estava deitado e ligado pelos aparelhos.

 ─ Eu vou apresentar hoje a proposta, é inegavel. ─ Ela falou esperando uma resposta, que sabia que não viria. ─ Eu vou conseguir fazer com que acabem com Shadow. Por nós.

 Ela se levantou, soltando a mão e dando um beijo na testa do homem.

 ─ Eu te amo, Tony.

 

 Parc Olympique Lyonnais, Lyon, França. Dezembro, 2019.

Tobin cobriu seus olhos quando a chuva começou, ficou com raiva, mas isso não seria um problema. O placar do jogo estava perfeito, dois gols feitos por ela contra zero feitos pelo outro time. A chuva começou a engrossar, tornando impossível que as pessoas observassem o campo. 

O estádio era grande, o gramado possuía uma extensão de cento e cinco por sessenta e oito metros. E neste dia em especial, ele estava lotado, todos o espaço designado para suportar 59.186 espectadores estava ocupado. A final era contra o time feminino do Paris Saint German. E Tobin O’Hara, de apenas dezenove anos, era a estrela do time feminino do Olympique Lyonnais.

A garota estava usando seu uniforme branco, como o resto do time. Seus cabelos castanhos estavam amarrados. Somente Tobin sabia o quanto arriscara para chegar a posição da camisa dez. Desde abrir mão de sua faculdade quanto sua vida pessoal, que foi invadida por revistas, blogs e sites de fofoca.

Lembrava-se vividamente do momento em que percebeu que agora havia se tornado uma espécie de celebridade. O dia em que publicaram várias matérias dizendo que uma das maiores jogadoras de futebol da atualidade era lésbica. Tobin não havia se assumido para sua família ainda, mas foi tirada contra sua vontade do armário, mas acabou sendo algo positivo. Sua mãe e seu pai já esperavam isso. Os dois entraram em um avião para a França somente para abraçar a filha e dizer que estavam com ela independentemente da situação.

Os pingos grossos de chuva machucavam ao entrar em contato com seu corpo. Ela não conseguia ver as coisas em sua volta. Todo mundo estava confuso por conta da névoa e da chuva. Ela conseguia ouvir gritos vindos da arquibancada. Tobin andou até sua colega, Ada, com a mão direita cobrindo seus olhos, para tentar enxergar o que estava acontecendo.

E de repente, o tempo parou. Tobin conseguiu ver tudo em câmera lenta, porém não conseguiu entender o que acontecia. Seu corpo foi jogado para longe do corpo de Ada, que voou para o lado contrário do seu. Ela estendeu a mão, procurando a de alguém para se segurar. Depois de ouvir milhares de gritos desesperados, seus ouvidos não ouviam mais nada, era como se estivesse surda. 

Uma luz branca a cegou, conseguiu sentir seu corpo se chocando com pedras, ou metais, não sabia dizer ao certo. O sangue quente de sua cabeça começou a escorrer pelo corpo, manchando seu uniforme branco. Tobin sentiu como se fosse morrer, e então o mundo se apagou.

 

Casa dos Valentine’s, Londres, Inglaterra. Dezembro, 2019.

Michael estava nervoso, estalando os dedos. O menino havia visto na televisão uma reportagem dizendo que estalar os dedos fazia mal, mas ele não se importava de verdade. Desceu as escadas de madeira de sua casa, indo encontrar seu pai na cozinha.

Dean Valentine era um homem bondoso e simpático. Quase nunca perdia a cabeça, sendo racional e calmo. Mas Mike sabia que isso iria os fazer brigar, porém um sentimento de que devia seguir seus sonhos tomou conta dele e o fez ter coragem para contar o que pretendia fazer.

─ Pai ─ o menino chamou a atenção do mais velho, que estava cozinhando. Ele colocou o pano de prato no ombro e soltou a frigideira, a tampando. O homem virou para seu filho, esperando ele falar. ─ Então, você sempre me disse para eu seguir meu sonho e tudo o mais, e não deixar ninguém me impedir.

─ Claro, meu filho. ─ Dean sorriu genuínamente. ─ Qual é o seu sonho?

─ Eu quero viajar ─ o menino falou decidido.

 O pai de Michael andou até o balcão que ficava do lado contrário do fogão e pegou uma agenda pequena e uma caneta.

 ─ Para onde? Já posso pesquisar hoje mesmo lugares para nós dois viajarmos!

Mike sentiu seu coração apertar, realmente era fofo o que o pai queria, mas não era o que Michael queria. Ele respirou antes de falar, e finalmente sentiu a sua voz deixar sua garganta.

─ Eu quero viajar sozinho. ─ Seu pai o olhou espantado. ─ Quero fazer um mochilão pela Europa. Somente eu.

─ Não! ─ Dean pareceu nem digerir as informações. ─ Você não pode, filho.

─ Claro que posso, eu já pensei em tudo. ─ O menino gritou, franzindo o cenho, mostrando que estava com raiva.

 ─ Não pode ─ o pai  tentou evitar o assunto, mas foi obrigado a revelar o motivo. ─ Você toma medicamentos controlados, precisa deles. E fim de assunto.

─ Isso não é justo! ─ Ele gritou, sabendo que iria se arrepender depois. ─ Eu nunca consigo nada que eu quero! Minha vida é horrível!

Michael estava com raiva, então saiu direto pela porta, deixando seu pai sozinho. Dean sabia que Mike estava certo, sua vida era injusta, mas mesmo se ele não tivesse problemas, não permitiria que o filho fosse fazer uma viagem sozinho. Ele sentiu cheiro de queimado, seu jantar havia queimado. Ele soltou um “droga” e continuou refletindo sobre seu filho.

 Michael correu para o mais longe de casa possível. Era essa a sua vontade, sair de casa, sair da cidade, sair do seu país natal. Ele era um explorador, queria conhecer e explorar novos lugares, sentir o Sol de diferentes pontos do globo terrestre.

 Arfando, parou em um parque, sentando em um banco. Ele encarou a luz do poste por alguns minutos, pensando sobre tudo. Seu pai estava certo, ele precisava de remédios, não podia viajar desse jeito, pelo menos não aos dezessete anos. Sua cabeça estava a mil com pensamentos arrependidos.

Ele não devia ter pronunciado as últimas palavras, sua vida não era injusta. De verdade, ele tinha tudo que queria. Menos a mãe. Mas não gostava de pensar nesse assunto, ele sabia que deixava seu pai triste. Nenhum dos dois tinha culpa. Nenhum dos três. Sua mãe não tinha culpa de ter sido acertada por um caminhão. Minutos e segundos mudam tudo. Um minuto ou até mesmo um segundo pode causar o caos.

E foi exatamente um segundo depois de ouvir um zunido, que Michael sentiu sua alma sair do corpo. Estava tudo branco, não sentia nenhuma parte de seu corpo, porém ainda tinha consciência. Ele se viu com sua mãe, ela usava branco e ele também. Suas feições eram lindas, só a havia visto por fotos. Não teria como saber se ela era realmente sua mãe, mas ele tinha uma certeza plena de que era ela, era quase como se tivesse crescido com ela.

Foi tudo muito rápido, ele tentou abraçá-la mas de repente estava de volta a seu corpo, tudo doía. Sentia o sangue sair de seu braço, e uma espécie de nuvem de poeira era inalada pelo nariz do menino, não conseguia enxergar nada, sua cabeça doía de uma forma jamais imaginada antes por ele. E novamente, em segundos, tudo ficou branco. E mesmo não crendo muito, podia jurar que viu Jesus Cristo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
O próximo capítulo sairá bem mais rápido que esse, eu prometo!!
Beijinhos



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