Felicity POC.

Exausta. Eu estava exausta. Quem diria que um bebê demandaria tanto tempo?. Eu realmente não imaginava. Nem como CEO durante o dia e Overwatch durante as madrugadas eu me senti assim. Mas claro que Mia não era um problema, ela era minha luz, mas demandava 100% do meu tempo por estarmos sozinhas. Durante os banhos ou idas ao banheiro eu precisava deixar meu lindo bebê me olhando. Às palavras desconexas que ela soltava me ajudava com esse silêncio terrível que ficou em nossa casa após a partida de Oliver. Ah Oliver o grande amor da minha vida.

Se alguém me perguntasse sete anos atrás se esse tipo de amor existia, provavelmente eu diria que não, mas a partir do dia que Oliver entrou na minha sala na Queen Company tudo mudou, eu me sentia uma adolescente por não conseguir controlar meus sentimentos e uma boba por me apaixonar por Oliver Queen. Sua fama era a pior, e bom convenhamos que nossos dois primeiros anos eu vi as várias mulheres que passaram pela sua cama mas nenhuma pelo seu coração. Nem Sara e tão pouco Laurel (essa eu jurava que era o amor da vida de Oliver). Mas para minha surpresa era eu. E todos os momentos que passamos juntos deu sentido a minha vida. Eu apenas me arrependo de não ter ficado ao lado mais tempo. Mas ele está guardado em mim de um jeito que não há palavras para explicar. Cada um dos seus beijos, abraços ou de suas declarações de amor épicas só me fazem ama-lo mais e apesar dessa distância e de sentir muito mais falta eu sabia que um dia nos estaremos juntos novamente e dessa vez para sempre. Em uma de nossas brigas eu lhe disse que o amava mais do que era humanamente possível. E hoje eu sinto sua falta mais do que qualquer palavra em todos os idiomas existentes, possam explicar.

Mia ocupava todo vazio que ele havia deixado. No momento em que soube da minha gravidez eu soube que o universo queria que nosso amor fosse compartilhado.

E cá estamos nós, sozinhas em um lugar isolado do mundo para que a falsa sensação de segurança exista.

Eu não conseguia ficar um minuto longe de Mia. E acho que essa dependência era reciproca. No futuro eu treinaria Mia para ser tão boa quanto Oliver. Para que no momento em que ela sentisse que seu destino não era mais comigo, ela pudesse cumprir cumpri-lo. E eu poderei me reencontrar com Oliver, seja lá onde ele tiver ido.

Mia estava dormindo enquanto observava seu sono, escutei um barulho vindo da porta, meu coração começou a bater de forma frenética. Logo após escutei passos avançando pelo corredor e antes que eu pudesse pegar minha arma a porta se abriu e eu não podia acreditar no que via... 

— Oliver?

— Te acordei ?

— Oliver ? O que faz aqui?

— Eu estou no único lugar onde deveria estar Felicity... em casa. 

Nesse momento Oliver veio ao meu encontro e me abraçou. E com muito mais amor e sentimento do que deveria ter sido nosso último abraço e depois levou suas mãos para minha nuca e me beijou. E foi um beijo diferente de todos os outros que já havíamos vivido era um beijo de reencontro onde duas almas cansadas de dizer adeus se encontravam para ficar juntos para sempre. Fomos interrompidos com que o que deveria ser um choro, mas era uma risada. Pura. Sincera. Feliz, de Mia.

—Ei  minha garota, o papai voltou pra casa. Para sempre.

E eu chorei. Aquele era o fim de toda agonia, sofrimento e saudade. Eu tinha quase tudo que precisava ali, só faltava uma coisa:  William.