Luz da Escuridão escrita por A OLD ME
P.O.V DRACO
A porta do meu quarto abriu e fechou rápido batendo. Minha cabeça doía e minha bochecha esquerda mais ainda. Levantei a cabeça de má vontade para ver se era Blásio ou algum dos meus outros amigos e acabei me deparando com uma garota alta e loira de cabelos curtos.
— O que... Como ousa..? – ela cortou minha frase.
— Temos que ajuda-la! – ela exclama.
— Não! Eu já fiz demais! – digo levantando.
— Ela estava destruída quando cheguei ao quarto...
— Não é problema meu. – A cortei.
— É sim!
— Não me importo com nada relacionado a ela.
— Nós dois sabemos disso que isso é mentira. – ela retrucou.
— Vou precisar de ajuda com ela. Ayla me contou como foi quando seus pais morreram, ela ficou em pedaços, sua irmã teve de interna-la por um ano...
— E o que eu ganho por ajudá-la? – interrompi. Não queria saber nada sobre ela, não queria me sentir mal. Obviamente não fui feliz por muito tempo.
— Draco, não espere que eu peça por favor, porque não vou. Sei mais do que você pensa, com certeza mais que ela e talvez até mais que você. Observo a semanas como a olha, sei que você vai me ajudar a protege-la, porque está estampado na sua cara que o faria mesmo que eu não pedisse.
— Ela não precisa de proteção, não corre risco algum, precisa de consolo e não quis o meu. Boa sorte para você! – falei lembrando no fim que não havia negado a insinuação dela de que eu estava afim de Ayla.
Sacudi a cabeça para afastar o pensamento.
— Ela precisa ser protegida de si mesma. Vai sucumbir em seu luto, Ayla tem personalidade forte, tenho medo do que vá fazer a si mesma com a culpa consumindo-a.
— Que culpa? Ela não teve nada haver...
— Ele a amava. E ela ama você. Ela o recusou porque sentir o amor dele que não era reciproco a fazia lembrar que o dela por você também não era, porque ela nunca percebeu que você também sente algo, ainda mais depois do que você fez a Pansy, depois de humilha-la daquela forma. Ayla agora vê você como alguém incapaz de amar.
— Você mesma diz que ela me odeia agora, como eu poderia ajudar?
— Eu a protejo de si mesma e você a protege dos outros.
— Do que está falando, Lockhart? – perguntei já cansado da enrolação.
— Você saiu de lá rápido! Não ouviu o que eu ouvi de Harry Potter... – ela desdenhou e eu revirei os olhos.
— Ah, e o que o santo Potter falou?
— Voldemort retornou.
— Uma tentativa de chamar atenção... – disse sentando em minha cama novamente.
— Eu acredito. Dumbledore também. Prefiro acreditar e me preparar do que ignorar e ver minha amiga ser assassinada.
Eu a encarei depois dessas palavras e ela continuou...
— Draco, ela é uma nascida-trouxa, não merece viver no mundo dele.
Encarei minhas mãos por um longo tempo sem responde-la. Freya cansou de esperar e me deu as costas batendo os pés ao se aproximar da porta.
— Talvez eu tenha errado ao achar que você sentia algo por ela, ou por qualquer pessoa. – falou ao abrir a porta.
Com uma batida alta trancou a porta. Levantei rápido e corri para fora do quarto segurando ela pelo cotovelo antes que atingisse o salão comunal.
— Ninguém deve saber... – sussurrei.
Ela me encarou triunfante e eu me senti tentado a voltar atrás, mas continuei falando.
— Vou protege-la como puder, se ele voltou meu pai saberá e me dirá, assim lhe contarei, mas não quero que ela saiba, talvez, se ele retornou, seja mais seguro que ela me odeie. – disse com minha voz quase falhando.
— Ninguém saberá de mim, nem ela, mas se quer um conselho, Draco – fiz uma careta dispensando – Bom, vou falar mesmo assim. Ayla já sofreu muito antes de entrar em Hogwarts e você tornou a experiência aqui um grande desafio, é irônico que seja você a pessoa mais indicada para oferecer a ela uma fagulha de felicidade e que ela possa lhe oferecer o mesmo, então meu conselho, deixe que vejam o que há de melhor em você, se não todos, pelo menos ela...
— Ela nã...
— Se esforce de verdade por alguma coisas uma vez na vida. Minha amiga vale a luta.
Sem me deixar responder Freya se foi. Voltei para meu quarto batendo a porta atrás de mim e me atirei na cama apagando logo sem seguida.
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