Utopia escrita por Mrs Chappy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esta oneshot é algo simples mas gostei muito de a escrever, espero que também se sintam bem a lê-la.
A história é inspirada no databook sobre o passado de Ulquiorra e sobre a morte de Ulquiorra no mangá.



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O que significava viver? Por quê o tremendo horror pela morte e a pós-vida? Qual a importância das sensações…? Sentimentos... ? O que é… o tal coração?

Num espaço arvoroso e bicudo, completamente alvo, os sentidos ficaram em transe. 

Nada fazia sentido, nada era sentido. 

Era apenas branco. A “escuridão” dos lunáticos. Não conseguia sentir nada em seu corpo ou em sua mente. Era um completo e profundo vazio em seu peito. 

Como se estivesse preso num sistema imaginário fantástico, Ulquiorra estende a sua mão que era tão alva quanto os arbustos que o circulavam. Precisava de sentir, qualquer coisa. Nem que fossem as lágrimas no seu rosto mas estas, de um tom jade, permaneciam intactas eternamente em seu rosto, sem qualquer emoção desenhada.

Era como se aquele lugar e ele não existissem. 

Sozinho, em seus pensamentos, concluiu que aquele era um sistema perfeito. Sem sentimento não existia dor ou qualquer emoção que lhe roubasse o raciocínio. Não seria imprudente, não sofreria. Apenas não sentia nada. Era uma criatura superior liberta do seu estado mais humano. Não existia um coração a bater, onde estava localizado seu oco, para o atrapalhar.

Uma vida imácula de sentimentos, como uma folha em branco que nunca tinha sido escrita, era assim a existência perfeita de Ulquiorra, o quarto espada leal a Aizen Sousuke. 

No entanto, a perfeição era uma utopia, esta não estava ao alcance de seres como os hollows. Seu oco vazio fora possuído pelo amor por causa de Orihime Inoue. O coração adormecido pelo lugar alvo ganhara tonalidades e a folha branca da sua vivência passou a ser rabiscada. 

Por instantes, ambicionou viver aquele sentimento. Desejou ser algo diferente da sua natureza com ela e para aquela humana. Quando seu corpo converteu-se em cinzas ele compreendeu que isso era apenas a continuação da sua utopia. Os seus mundos e as suas vivências não se poderiam juntar, jamais. Encontraram-se ocasionalmente, como a chuva unia em determinados momentos o céu e a terra, mas este não era um encontro perpétuo.

Quando ela roçou em seus dedos, numa efémera despedida, ele sonhou. Ao entregar o seu coração, e Orihime aceitando-o, Ulquiorra prolongou a utopia… Acreditando que assim como a chuva interligava várias vezes os dois opostos, eles poderiam encontrar-se futuramente mais vezes. 

Com o olhar focado na única que amou, a alma de Ulquiorra encontrou a paz mesmo que por meio de uma utopia.


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