Traição escrita por claradasideias


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Esta é mais uma das minhas histórias que estavam na antiga conta de Bolachadenatal. Acho que foi a que eu mais alterei, nem sei como fui capaz de escrever algo assim... A história original era bem fofinha e livre para todos os públicos. A filha deles voltava no tempo para revelar as identidades deles e essa era a mensagem da história. Que se o Chat Noir tivesse aberto a porta no episódio Lady Wifi, (ainda lembram desse, né?) teria dado ruim. Agora a mensagem está ao contrário, que daria ruim se eles não revelassem as identidades kkk



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Ladybug e Chat Noir estavam no alto de um prédio. Era noite, uma noite bem quente...  

Eles abraçavam juntinhos enquanto se acariciavam. Não podiam evitar, era como se seus corpos estivessem fora de controle. Estavam descontrolados pelo desejo. Se beijavam com urgência, como se nunca fossem saciar-se. Até o momento que se tornaram um... Um bando de adúlteros. 

Ao mesmo tempo, cada um lembrou de seu conjugue e se encolheu por sua atitude. Seu momento de prazer parecia ter se tornado um momento de pesar. Eles colocaram seu uniforme novamente e terminaram a patrulha num clima de silêncio, tensão e medo. 

Depois da patrulha, cada um foi para um lado levando a mesma preocupação. Ou pelo menos achavam que era cada um para o lado, os caminhos eram diferentes, mas o endereço era o mesmo. Sua casa, a vida, sua promessa que haviam traído. Na verdade, eram um o outro, não houve traição. Todavia, existia culpa e certeza do pecado. 

Ambos chegaram em casa preocupados, qualquer que os olhassem deduziria a culpa. Ser não chegassem juntos e com a mesma expressão, já seria fofoca a traição. Desse jeito, ninguém compreendia o que ocorrera. Ao mínimo, espantava fofocas. 

Porém, depois de trair, um novo mundo se abre para você. Você passa a esperar ser traído a qualquer momento, desconfiaria de algo que jamais daria atenção. Meramente porque você usou isso para ocultar seu crime. Os vizinhos podiam não saber, entretanto um sabia do crime do outro. Só não sabiam que o outro sabia. 

Depois daquilo, o relacionamento de Adrien e Marinette ficou bem instável. Brigavam por tudo, eram desconfiados de tudo. Sentiam que o outro cometeria o crime novamente a qualquer momento. Não tinham mais prazer vindo do outro desde semanas. Dormiam quietos, com medo de gerar outra briga. 

Todo cuidado era pouco, eles nunca conseguiram pegar o outro em seu crime. Mesmo porque um seria o amante do outro, estariam ocupados demais tentando ocultar seu pecado para conseguir provar o erro do outro. 

A situação só aumentava a quantidade de vezes que Ladybug e Chat Noir se encontravam. Era cada vez mais frequente o deleite que tinham um pelo outro. Se tornou tão comum que esqueceram que era errado, o calor do fogo que sentiam parecia nunca esfriar, só consumir mais seus instintos de lealdade. 

Até o momento que aconteceu o inevitável, o até desejado, porém não ali. 

—Chat Noir... Ah... Eu... Ah... - tentou dizer entre gemidos –Pare! Eu quero falar! - pediu finalmente

Mal chegara e ele já atacava a mulher com beijos no pescoço. 

—O que foi? - perguntou se afastando 

—Estou grávida... - disse chorando 

Chat Noir engoliu em seco, se ela contava isso era porque tinha certeza de dois fatos: da gravidez e da paternidade. Como esconder algo assim de Marinette? Ele não podia acreditar no que fizera.  

Sabia que Marinette também tinha um amante, assim como ela sabia que ele tinha um caso. Era isso que conturbava seu relacionamento com a esposa. Porém não era como se ela tivesse chegado em casa e falado que teria um filho com outro homem, isso era praticamente pedir o divórcio. 

—Você... você disse que tinha um marido... - ele ria histericamente, culpado -Não podemos enganá-lo para que pense que a criança é dele? 

—Pensei nisso, é claro. - disse irritada por ele pensar que ela era tão boba —Não estamos muito bem, sabe... Brigamos e... Faz tempo que cada um está em seu canto... 

—Então ataque ele esta noite! - disse desesperado –Eu compro um médico para dizer que nasceu pré-maturo. - ele tentaria tudo para proteger a si mesmo e sua Lady 

—Então é isso?! Você vai me largar com o problema?! - Ladybug estava indignada 

—Não, My Lady. Eu só não sei o que você quer que eu faça! - ele também se indignou –A melhor solução é essa, as outras são bem mais drásticas... 

—Pois tomemos uma das drásticas! - disse decidida –Eles não podem saber disso! – se referia aos conjugues 

—É que por mais que estejamos brigados, eu amo muito minha mulher. Não quero fazê-la sofrer com uma história dessas... 

—Eu também amo meu marido, por que acha que casei com ele?! Não podemos deixar que descubram do pior jeito, será pior para todos... - disse ela, já arrependida de seus pecados –Vamos fugir, sem explicações! Eu tenho dinheiro, podemos começar uma nova vida! 

Chat Noir não tinha escolha além de concordar com sua Lady, era a decisão mais sensata. Deveriam separar-se o quanto antes por qualquer outro motivo. Senão, depois seria bem pior. Era para Marinette que ele dirigiu seus pensamentos a partir dali. 

A decisão do divórcio levou os dois a hesitarem ao passarem pela porta. Temiam a decisão de afastar alguém de quem gostavam tanto, temiam machucar a pessoa que tanto amavam, temiam se arrepender pelo resto de suas vidas. Porém, como ambos queriam o mesmo pedido, nada disso aconteceu. O alívio foi o sentimento que encheu a casa. Porém o fato do outro sentir alívio, só os lembrava que não eram os únicos a ter amantes. O alívio reforçou a decisão dos dois. 

Como era um caso de divórcio “amigável” e não litigioso, o processo foi bem simples e rápido. Depois de resolverem pormenores, como partilha de bens, cada um foi para seu lado. O lado de cada um era na verdade, o mesmo lado, a estação do metrô.  

Ladybug e Chat Noir ainda não sabiam suas identidades, a situação era tão séria que eles simplesmente esqueceram esse detalhe. Simplesmente disseram onde estariam e ficaram naquele ponto esperando o outro. Isso criou um encontro constrangedor entre Marinette e Adrien. 

—Então... Quem está esperando? - perguntaram simultaneamente, imaginando que esperavam os amantes 

—Ah, ninguém importante...  

—Também não estou esperando ninguém... 

—É sua amante, não é? - perguntou Marinette, quebrando o silêncio que a raiva havia imposto 

—Ah, como se você não estivesse esperando o seu... 

—Então você admite... Pois eu vou ter a chance de falar umas poucas e boas para ela! 

—Você não ousaria... 

—Você duvida? 

—Pois eu tampouco terei pena do seu querido! 

—Ele é muito forte, só conseguiria machucar-se ficando contra ele! 

—Falou aquela que acha que tem chance contra a Ladybug! 

—Espera, Ladybug?! Eu sou a Ladybug! - Marinette estava assustada 

Por um momento, a cabeça deles ligou os pontos e seus olhos se direcionaram para o miraculous que sempre esteve lá pedindo para ser notado. O horror invadiu os dois por pensar que estragaram seu casamento por nada. Não haviam traído um ao outro, foram tão fieis que até os pensamentos pecaminosos eram fieis. 

—Bom... - Adrien tentou quebrar o silêncio -Acho que teremos que casar novamente... 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais



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