Bloody Mary escrita por Laurus Nobilis


Capítulo 1
Capítulo único




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Três meninas em delicados vestidos de renda riam e fofocavam em torno de uma mesa repleta de xícaras de chá e pratos com biscoitos.

Eram Catherine, Lizzie e Mary, amigas inseparáveis. Estavam reunidas na casa de Mary para um chá da tarde após a missa de domingo, antecipando a semana que estaria por vir.

Conversavam sobre as aulas, os professores, o clima, amigas das quais gostavam ou secretamente não gostavam tanto assim… Até sobre garotos.

Nessas horas, Mary permanecia em silêncio.

A verdade era que tinha receio de compartilhar algumas coisas.

Catherine pausou por um momento, de repente, reflexiva. Ao voltar a falar, ostentava um sorriso travesso nos lábios:

— Vocês conhecem o jogo do Amor Perfeito?

As duas outras negaram com a cabeça, interessadas.

— Minha mãe diz que fez quando era jovem e funcionou. – continuou Catherine, enigmática. – Ela viu o rosto do meu pai.

— Como assim? – replicou Lizzie.

— Você vê o rosto do amor da sua vida; o homem com quem irá casar. – descreveu ela, suspirando. – Basta realizar um ritual.

— Como os rituais das bruxas malignas que o padre fala? – indagou Mary, cruzando os braços.

Catherine revirou os olhos.

— Não, nada disso. É uma simples brincadeira. Você apaga todas as luzes da casa e, segurando uma vela acesa em uma mão e um espelho na outra, sobe as escadas de trás para frente.

— E não leva um tombo? – desconfiou Mary.

— Não se fizer com cuidado. Então você verá no espelho o rosto do seu futuro marido. Mas, com um porém – Seu olhar escureceu. – Caso você esteja destinada a morrer antes de se casar, verá uma caveira.

Mary e Lizzie estremeceram. Catherine riu.

— E acho que se você não ver nada, ou não funciona, ou você vai ficar para titia. Quem quer tentar?

— Que tal você mesma, já que parece tão corajosa? – Lizzie ergueu as sobrancelhas.

Catherine abriu um sorriso confiante.

— Já sei que o amor da minha vida é o David. Vocês não viram a forma como ele me olhou depois de me beijar na frente do portão naquele dia.

Todas deram uma risadinha, menos ela, de peito inflado.

— Bem, eu que não farei. Vocês sabem que morro de medo do escuro. – disse Lizzie.

Houve silêncio. Até que Mary anunciou:

— Eu faço.

Suas amigas pareceram surpresas.

— Você nem parece interessada em garotos, Mary. – comentou uma delas.

— Sou tão interessada quanto vocês, apenas menos linguaruda. – declarou a menina.

— Então vamos aguardar o pôr do sol. E procurar uma vela e um espelho para você. – concluiu Catherine, não sem alguma malícia nos olhos.

Assim foi. Em um período ainda sem luz elétrica, não seria difícil deixar a casa em um breu total após o anoitecer. A mãe de Mary estava viajando e seu pai demoraria para voltar de uma visita a um amigo, de forma que as meninas tinham o lugar inteiro para elas e poderiam fazer o que bem entendessem – não que descumprissem regras com tanta frequência assim, mas o jogo lhes despertara um fascínio irresistível.

Lizzie foi embora antes do sol se pôr, devido ao seu medo de escuro. Catherine passaria a noite ali.

Mantendo o sorriso travesso nos lábios, ela acendeu a vela diante de Mary, que, falhando um pouco, tentava não demonstrar nenhuma hesitação.

— Lembre-se, com cuidado. – reafirmou, entregando a fonte de luz e o espelho.

A partir disso, cada vela e candeeiro ao longo da casa foi apagado, abrindo espaço para a ampla e sufocante escuridão. Apenas as luzes dos lampiões de rua e da noite estrelada proporcionariam uma vaga luminosidade.

Mary engoliu em seco ao deixar seu quarto, no qual a amiga permaneceu sentada na cama.

Ela era familiarizada com sua própria casa. O medo não era exatamente esbarrar em algum móvel.

Ela não compreendia ao certo a fonte de seu medo.

Mas reconhecia a ambição quente que lhe permeava o peito, de forma que, iluminando seus passos lentos com a vela, teve coragem de descer as escadas até o andar inferior.

Erguendo a vela tremeluzente e o espelho diante de si, viu seu rosto: lábios firmes em determinação; olhos bem abertos e assustados.

Com muito cuidado, tornou a subir as escadas de trás para frente.

Via apenas a si mesma, e tentando tranquilizar o coração que palpitava, quase sorriu de alívio. Era uma brincadeira idiota.

Eis que seu reflexo, de repente, não acompanhou seus movimentos.

O rosto refletido no espelho ficou muito sério. Seus olhos enegreceram por completo. E então, a boca se estendeu em um sorriso pouco natural.

— Mary… — chamou uma voz. Soava como a miscelânea de três vozes: uma voz comum de menina, parecida com a de Mary, em meio à uma voz mais aguda e outra voz profundamente grave.

O som de seu nome sendo pronunciado pelo seu eu refletido gerou um formigamento na mente de Mary. Em um instante, ela estava em transe. Sentia-se em um sonho… Um sonho agradável, sem nada a temer.

— Mary, você está apaixonada. – prosseguiu a voz, carregada de deleite.

Mary assentiu com ar vago.

— Eu posso ajudar. – disse o espírito, antes de começar a sussurrar muito rapidamente.

Tudo ficou escuro.

Quando voltou a si, Mary estava muito dolorida, atirada sobre os degraus da escada. Diante dela, iluminadas por velas, viu as faces apavoradas de Catherine e de seu pai.

Com dificuldade, ela se apoiou sobre os cotovelos. A vela acesa milagrosamente não gerou um incêndio: estava no fim da escada, com o pavio extinto. E o espelho continuava em sua mão. Sem saber o porquê, ela não queria olhar para ele. Não naquele momento.

Voltou a olhar para o pai e a amiga.

— O que aconteceu? – perguntou atordoada.

— Eu te ouvi caindo… – disse Catherine; a voz trêmula. – Você parece muito machucada?

Mary fez que não, já se erguendo.

— Acho que desmaiei. Quer dizer, me deu uma tontura. – concluiu.

— O que vocês estavam fazendo? – indagou o pai, finalmente.

As meninas se entreolharam antes de contar a verdade.

***

Catherine e Mary, é claro, levaram uma longa bronca. Não só se divertiram com uma brincadeira imprópria como essa, como tudo sobre aquilo era perigoso. Mary poderia ter se machucado feio.

No entanto, tudo se normalizou e a vida seguiu. Quase tudo.

Mary parecia mudada.

Mais tarde, na escola, Catherine e Lizzie perguntaram distraidamente se ela viu alguma coisa. A garota deu de ombros. Em sua memória, aquela noite parecia um borrão e a única lembrança nítida era a de despertar sobre os degraus.

Mas bem no fundo… Ela sabia não ser mais a mesma.

Seu comportamento se alterou. Sorria menos. Falava menos. Até comia um pouco menos. Sua expressão doce e amigável de sempre fora substituída por um ar solene; enigmático. Ninguém saberia dizer no que estava pensando.

Porém, uma das mudanças mais marcantes foi na maneira como se arrumava. Talvez por um resquício dos modos infantis, ela costumava ser a menos vaidosa de suas amigas; um traço apreciado por seus pais. Vaidade era pecado. Pior ainda, vaidade era indício de uma menina inocente tornando-se mulher.

Agora Mary passava horas diante do espelho, com o olhar distante e vazio fixo em seu próprio reflexo. Aplicava um pó-de-arroz que havia pego emprestado da mãe (sem pedir) e penteava meticulosamente o cabelo escuro e sedoso, que passara a prender com uma fita, sempre vermelha.

Tanto zelo por sua aparência não combinava com o desânimo que prevalecia nos demais aspectos de sua vida. Desiludida das brincadeiras de amarelinha e adoleta e até dos encontros para o chá da tarde, andava sempre com postura ereta e seu único lazer ocasional eram os estudos e os livros.

Isso fez com que todas as suas amigas desistissem de sua companhia, mesmo as mais próximas. Ela não parecia se importar. Tudo o que realmente prendia seu interesse era um determinado colega, a quem observava a todo emergir de oportunidade. Não mais o olhar tímido e juvenil de outrora, e sim a vigília intensa de uma cobra que planeja o bote.

Mary permanecia, apesar disso, sem tomar qualquer atitude.

Não até certa manhã de primavera, em que um boato se espalhou entre os alunos. Edmund fora visto beijando Rose atrás da escola.

Mal essas palavras alcançaram seus ouvidos, Mary ergueu a cabeça.

A voz no espelho lhe fizera uma promessa, desde que ela aguardasse o momento certo. Esse momento parecia ter chegado.

***

Com o término das aulas, no fim do dia, Rose voltava para casa quase saltitando. Os rumores eram verdadeiros e ela não poderia estar mais feliz.

Sem pressa, contemplava o belo campo de margaridas cercadas de borboletas amarelas que ladeava o caminho até sua casa. Nuvens fofas transitavam por um céu ainda iluminado.

Até que ouviu passos atrás de si. Nada de extraordinário a princípio, embora não estivesse acostumada a ter outras pessoas seguindo seu caminho habitual na volta da escola.

Ela parou e o ruído parou junto.

Com uma pontada de pavor, Rose olhou para trás, deparando-se com um rosto familiar.

— Ah… Oi, Mary! Você me assustou. Tudo bem? – cumprimentou com um sorriso.

Mary não sorriu de volta. Ou sequer disse qualquer palavra, apenas continuou andando em sua direção.

— Mary? – chamou Rose novamente; os dedos nervosos torcendo o tecido do vestido.

Mary aproximava-se cada vez mais. Então Rose notou algo estranho… Um reflexo de raiva em um olhar sempre vazio e inexpressivo. Ela recuou, tarde demais.

A mão determinada da menina agarrou seu pescoço.

Rose arregalou os olhos e emitiu um gemido surdo antes de sentir a dor de uma faca sendo cravada em sua barriga.

Foi o primeiro de vários golpes. Com uma força surpreendente para uma garota normal de 14 anos, Mary a arrastou até o campo ao lado para apunhalá-la de novo e de novo.

Sem transparecer qualquer emoção além de raiva fria, Mary observou a vida esvaindo aos poucos de sua pobre vítima. Até ficarem vidrados, os olhos azuis permaneceram fixos nela, com um único questionamento: “por quê?”

— Você sabe porquê. – rosnou, pondo fim no sofrimento de Rose com um talho extenso e profundo.

Então ela se endireitou e respirou fundo, contemplando seu macabro trabalho.

Exatamente o que a voz pediu. Agora lembrava com clareza; um sussurro no fundo da mente.

Foi embora dali sem se preocupar com o cadáver exposto – seu plano não exigia tanta cautela. Levou consigo a arma do crime, ainda ensanguentada.

***

Calmamente, em casa, Mary lavou seu uniforme escolar respingado de sangue, assim como a faca mais afiada que encontrara na cozinha, que costumava ser usada para decapitar galinhas. Entrou pela porta dos fundos, onde não seria vista.

Qualquer coisa, poderia culpar a menstruação, que há não tanto tempo manchava suas anáguas. Graças à menstruação, sabia que sangue fresco se dissolve com facilidade na água quente. Tudo certo se não deixasse secar.

Quando o corpo de Rose foi descoberto ao primeiro raiar do sol, fingiu estar aterrorizada junto a todos os demais.

Uma bela menina loira, inerte, de olhos ainda arregalados encarando o vazio, cujo sangue cobria em grandes quantidades as frágeis margaridas ao seu redor.

— Quem quer que tenha feito isso, fez com vontade. – observou o xerife.

Eram quinze facadas ao longo do peito, pescoço e abdômen.

Alguém da idade dela seria o último a ser acusado de um crime tão hediondo, quanto mais outra menina.

Mesmo naquela época, as pessoas já tinham noção dos perversos que vagam as ruas em busca de jovens desacompanhadas que possam violentar.

Mais tarde, com muito respeito, o corpo sem vida de Rose foi despido e examinado em busca de sinais de violência sexual. Aparentemente nada.

Isso reduzia o campo de suspeitos, e o xerife preferiu guardar para si a segunda conclusão, por não parecer muito profissional: quem fez aquilo estava cheio de raiva.

A indicação final, com as buscas ainda em andamento, foi aconselhar aos responsáveis pelas crianças locais a não permitirem que seus filhos voltassem da escola muito tarde ou desacompanhados.

Diante de um assassinato tão terrível e inesperado, nem seria necessário pedir.

Rose foi velada e enterrada na manhã seguinte, no cemitério aos fundos da igreja.

Mary estava lá, é claro, junto a seus pais e todos os outros habitantes da pequena cidade.

E seus olhos, como sempre… Estavam fixos em Edmund.

Com seu olhar, por sua vez, fixo no caixão branco fechado, ele era uma das pessoas que mais choravam.

Sei exatamente o que pode fazê-lo se sentir melhor, pensou Mary, satisfeita, uma travessa inteira de biscoitos.

***

Os pais de Mary até estranharam seu súbito ânimo para assar biscoitos quando a família voltou do enterro, embora poupassem comentários.

Sozinha diante do forno, ela preparou uma massa com leite, ovos, açúcar, canela… Uma quantidade generosa das raízes de uma planta bonitinha que crescia em seu quintal, e muitas gotas de chocolate.

Ao ficar pronto, o cheiro era delicioso. Caprichosa, Mary envolveu a forma repleta de biscoitos em um pano com estampa de corações.

Agora faltaria apenas visitar Edmund. As aulas foram suspensas por luto, então ela certamente o encontraria em casa.

Foi até lá esperançosa e cantarolando, como qualquer garota apaixonada.

Edmund abriu a porta, ainda com as roupas pretas do enterro e olhos inchados de tanto chorar. Vê-lo assim estremecia os sentimentos de Mary. Mas não ao ponto de lhe inspirar qualquer remorso. Ela sorriu sem mostrar os dentes.

— Olá! Assei alguns biscoitos. Espero que façam você se sentir melhor. – declarou ela, erguendo a forma.

Um tanto perplexo, Edmund aceitou.

— Duvido, mas agradeço. Gostaria de entrar? – convidou ele, educado.

A garota assentiu, disfarçando o quanto estava feliz. Sabia que não seria normal parecer feliz.

O interior da casa estava muito silencioso.

— Seus pais estão? – perguntou Mary, sentando-se perto de Edmund na mesa de jantar.

— Não – respondeu ele, parecendo conter um soluço enquanto retirava o pano que cobria os biscoitos. – Eles estão na casa de Rose, conversando com os pais dela. Vão ajudar a custear o enterro… E tudo o mais.

— Que boa ação. – comentou Mary. Tentou segurar a mão de Edmund, mas ele desviou a tempo para pegar o primeiro biscoito. – Terrível isso que aconteceu.

— Mais que terrível… – murmurou ele, dando uma mordida.

Mary observava atentamente suas reações. O chocolate parecia mascarar com sucesso o sabor um pouco amargo do ingrediente especial.

— Edmund… – começou ela em seguida. – Sabe de uma coisa?

— O quê? – replicou ele, olhando-a com belos olhos castanhos, de cílios compridos.

— Eu te amo. Sempre te amei. – disse Mary, aliviada em finalmente pôr aquilo para fora do peito.

O rosto de Edmund contorceu-se. Ele ainda segurava o biscoito.

— Você não acha esse um momento inapropriado…

Um acesso de tosse o impediu de continuar a frase.

— Talvez. – concordou Mary, sorridente. – Talvez não.

A tosse continuava. Edmund estava claramente engasgando e a garota não parecia disposta a ajudá-lo. Aflito, ele levantou atrás de um copo d’água. E caiu no meio do caminho.

A passos lentos, Mary foi até ele. A tosse evoluía para arfadas desesperadas por oxigênio. Sua pele estava ficando roxa.

— É a cicuta. Sua garganta incha por dentro. – esclareceu a menina em tom suave, ajoelhando-se ao lado dele. Segurou sua mão até a morte tranquilizá-lo.

Balançada por um soluço inesperado, Mary começou a chorar.

— É necessário. – disse tanto para si mesma quanto para o corpo inerte de Edmund, enquanto puxava de uma dobra no vestido a mesma faca de decapitar galinhas.

De mãos trêmulas, ela abriu uma incisão sanguinolenta no peito imóvel do amado.

***

Logo estava diante do primeiro espelho que encontrou, ali mesmo na sala principal. Viu seu rosto inchado pelo choro incontido, todo o sangue que cobria suas mangas… E o coração de Edmund, ainda quente, em uma das mãos.

— Olá…? – chamou.

Por um segundo, via apenas o próprio reflexo. Ao fundo estava a visão horrenda da vida que ceifou.

Eu sou louca…, esboçou o pensamento. Foi então que sua réplica espelhada transfigurou diante de seus olhos.

O mesmo sorriso largo. Os mesmos olhos completamente negros. E o cabelo escuro como piche, escorrendo ao longo do corpo.

— Muito bem, Mary. Seque suas lágrimas. – disse a voz que soava como três. Imediatamente, Mary parou de chorar. Era tudo um sonho. Um lindo sonho de amor. – Vai ficar tudo bem, e ele será todo seu. Para sempre. Agora cumpra o último passo. Você sabe qual é.

Hipnotizada, a garota assentiu, antes de pressionar a faca suja de sangue contra seu próprio pescoço.

***

Não demorou até que os pais de Edmund retornassem e se deparassem com a visão mais horrível de suas vidas.

E eles haviam visto Rose na cena de assassinato.

A mãe desmaiou em segundos, enquanto o pai correu até seu filho na esperança de salvá-lo, até notar que seu coração não estava onde deveria.

Estava em uma das mãos daquela menina, que jazia em uma poça do próprio sangue, com a expressão assustadoramente serena.

— Ela enlouqueceu. – informou o xerife mais tarde, sem encontrar palavras precisas para descrever a situação.

Ainda assim, ele carregaria a eterna culpa de ter quase notado o que estava acontecendo.

Ninguém poderia prever.

Na falta de pessoas vivas a quem culpar, os pais de Mary foram ameaçados de linchamento e fugiram da cidade durante a noite.

E quanto à Catherine e Lizzie… O que quer que fosse aquilo, de alguma forma elas sabiam que havia se iniciado naquela noite, por uma brincadeira imprudente.

Aquilo assombraria suas lembranças por anos a fio. Elas contariam a seus filhos, que contariam a seus netos e bisnetos, sempre com uma singela mensagem: “não provoque o desconhecido.”

De fato, o jogo do Amor Perfeito caiu no esquecimento.

Até que não se sabe como, muitos anos depois, ele ressurgiu com outro nome e sem nenhum aspecto romântico.

Jamais chame por Mary diante do espelho.


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