A Rosa Solitária escrita por Princess of Roses


Capítulo 1
Surpresa de Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores.
Essa oneshot foi escrita para o aniversário do nosso querido pisciano.

Essa oneshot é um pouco diferente das fics que costumo escrever, pois tem uma pegada mais dramática e o foco dela é na amizade e não em um romance.
Tive uma enorme inspiração na fic da minha querida amiga e leitora ImperatrizPersefone
Vou deixar o link da fic dela nas notas finais

Bem, espero que gostem e tenham uma bo a leitura.



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Mais um ano havia se passado e novamente o dia dez de março tinha chegado, mas aquela não era uma data feliz para o jovem dourado de peixes.
Para Afrodite o dia do seu aniversário era apenas mais um dia comum, pois quase ninguém se lembrava do seu aniversário e todos os anos passava aquele dia sozinho.

Só o seu primeiro aniversário ali no santuário foi alegre e feliz. A festinha foi simples, mas feita com muito carinho. Aquele foi o seu único aniversário que realmente se sentia querido por todos.
Já nos anos seguintes todos esqueceram de si.

Naquele momento o belo pisciano se encontrava em seu lindo jardim cuidando das flores, sua expressão era vazia e mostrava perfeitamente a enorme tristeza que sentia.
Desde pequeno sofria uma enorme discriminação por causa da sua beleza, muitas pessoas lhe ofendiam pelo fato de ser andrógino, era taxado de aberração e até de anormal.

Quando ainda morava no orfanato, passava horas ajudando a cuidar do jardim e da horta do orfanato. Preferia passar boa parte do dia cuidando das plantas pois elas não lhe feriam com palavras cheias de preconceito ou com agressões físicas. As plantas não lhe discriminavam por parecer uma menina e pareciam adorar serem cuidadas por si.

Já no santuário as coisas não mudaram muito, continuou sendo discriminado e atacado por causa da sua aparência e para piorar tudo o seu sangue se tornou venenoso.
Até tinha feito algumas amizades, mas como temia machucar os outros sempre ficava longe deles. Quando não estava treinando, passava o tempo cuidando do jardim da sua casa ou lendo em seu quarto.

Com o passar dos anos foi injustamente taxado de egoísta e narcisista, coisa que não era.
Isso só lhe deixava ainda mais triste, pois não ficava longe dos outros por se achar melhor, mas sim por temer machucar alguém com o seu veneno.

O seu desejo era de poder conviver normalmente com as outras pessoas, mas como tinha medo de feri-las com o seu veneno, sempre ficava longe.
Apesar de estar acostumado com a solidão, se sentia muito sozinho pois era raro receber uma visita em sua casa onde passava a maior parte do seu tempo.

Alguns minutos depois, Afrodite termina de podar as rosas e sente o seu rosto molhado, estava chorando novamente por se sentir tão sozinho e abandonado.
O único que entendia a sua tristeza era Misty, o pequeno francês também sofria um enorme preconceito por causa de sua aparência andrógina.

Quando soubera da forma nojenta e preconceituosa que Kanon o tratava, decidiu ajudar o pequeno libriano como podia.
Certo dia o viu treinando sozinho e o ajudou dando várias dicas de como aperfeiçoar o cosmo sem a ajuda daquele preconceituoso. Via que Misty tinha um enorme potencial e o ajudaria como pudesse.

Depois daquele dia passou a sempre assistir os treinos solitários do loirinho e com o passar do tempo acabaram se tornando bons amigos.
Apesar de saber do seu sangue venenoso, Misty não tinha medo de ficar perto de si e como o seu veneno não o afetava, sempre ficava muito feliz quando tinha a companhia dele.

Em seguida o loiro vai para dentro da sua casa e guarda as ferramentas de jardinagem, estava tão triste e desanimado que só pensava em ficar ali trancado.

Enquanto isso na casa de touro, Aldebaran preparava um lindo bolo de chocolate com morangos enquanto Misty e Aiolia terminavam de montar os mini sanduiches.

— O Dite vai adorar essa surpresa, ultimamente ele anda tão cabisbaixo.
— O nosso amigo é muito solitário e pra piorar tudo essas más línguas ficam falando um momrnte de mentiras sobre ele.
— Eu sei disso Debas, Dite e eu sofremos muito por causa da nossa aparência. Mas ele não é arrogante, ele só tem medo de ferir os outros por causa do seu sangue venenoso.
— O Shion disse que ele pode tocar em nós desde que não esteja machucado. Mas ele parece não entender isso.
— Aiolia, esse é um assunto muito delicado pra ele, o Dite gosta tanto da gente que não suportaria se acabasse ferindo algum de nós.
— Você tem razão Debas, o medo dele é tão grande que acaba se afastando mais do que realmente precisa. Eu sou muito grato ao Dite, ele tem sido um amigo e mestre maravilhoso pra mim.
— Ele é uma pessoa maravilhosa, mas esse povo é muito preconceituoso.
— Eu não me importo com a aparência dele, o meu irmão disse que o importante é o caráter e eu concordo com ele.
— E você está certo em pensar assim Aiolia, é ridículo julgar uma pessoa pela aparência. O preconceito só destrói.
— O Debas disse tudo. Esse ano o aniversário do nosso amigo não vai passar em branco.
— Mas quantos anos ele está fazendo Misty?
— Hoje o Dite está fazendo treze anos, não vamos deixar esse aniversário ser um dia triste.

Pouco tempo depois Orfeu chega na casa de touro carregando a sua lira, como não tinha dinheiro para dar um presente ao pisciano, tocaria uma linda música pra ele.

Depois que o bolo e os sanduiches estavam prontos, os quatro começam a subir as doze casas.
Ao chegarem em escorpião, Milo se junta ao grupo e eles continuam subindo as escadarias. O escorpiano tinha feito vários pastéis gregos que eram chamados de spanakopita.
Já os outros perceberam que Milo estava se controlando para não falar tanto, era perceptível que o loiro não queria aborrecer ninguém com o seu falatório exagerado.

Quando o grupo chegou em aquário, encontraram Camus os esperando. O ruivo tinha feito uma enorme jarra de limonada de morango e os famosos croissants recheados com creme.
Já Aiolia se ofereceu para levar a travessa de plástico que continha os croissants, pois seria complicado para o ruivo subir aquelas escadas levando a jarra e a travessa ao mesmo tempo.  

Ao chegarem na casa de peixes o pequeno grupo vai até a cozinha e arruma a mesa sem fazer barulho, queriam fazer uma surpresa para o pisciano que naquele momento estava no quarto.
Depois que já estava tudo pronto, Orfeu começa a tocar a sua lira para chamar a atenção do pisciano.

Enquanto isso no quarto principal, Afrodite estava terminado de se vestir depois de ter tomado um banho demorado e fica surpreso ao ouvir aquela música. Tinha certeza que o som estava vindo da cozinha, mas não sentia nenhum cosmo naquele lugar.

Depois que terminou de se vestir, o loiro vai até a cozinha e quase cai pra trás ao ver seus amigos ali e uma linda mesa posta.
A surpresa foi tão grande que os olhos azuis do pisciano marejaram de emoção.

— Surpresa! Feliz aniversário!
— Pessoal, vocês lembraram de mim?
— Nós jamais iriamos deixar o seu aniversário passar em branco. Você é nosso amigo e nunca esquecemos do seu aniversário.
— Faço das palavras do Misty as minhas, você é um amigo muito querido e nós fizemos essa festinha especialmente pra você. Não queremos te ver triste nesse dia tão especial.
— O Debas disse tudo, você nunca mais estará sozinho pois agora tem a nós.
— Muito obrigado a todos, isso significa muito pra mim. Ter vocês aqui é um enorme presente, eu...

Devido a grande emoção Afrodite não consegue terminar a frase e acaba chorando de alegria. Não esperava receber aquele enorme carinho e uma festa surpresa. Naquele momento viu quem eram os seus verdadeiros amigos e agradecia aos céus por eles terem entrado no seu caminho.

Momentos depois o belo loiro é surpreendido ao ser abraçado por Misty e Milo, mas quando tentou se afastar deles sentiu Aldebaran lhe segurar e também lhe dar um abraço.

— Fique tranquilo, você não vai nos machucar.
— Milo, o meu sangue é venenoso, eu sou perigoso.
— Você não está machucado, pode ser tocado e tocar na gente sem nenhum problema. Já está na hora de você superar esse medo.
— Misty, eu não quero machucar ninguém.
— E você não vai nos machucar.

Ao ouvir aquelas palavras do libriano o sueco apenas acena com a cabeça e sorri. Eles tinham razão, não precisava se isolar por causa daquele medo. Só precisava tomar alguns cuidados e poderia ter uma convivência quase normal com os seus amigos.

Depois que quebraram o abraço, o taurino corta o bolo e entrega a primeira fatia para o sueco que fica muito feliz com aquele gesto.
Naquele momento Afrodite se sentia feliz e muito querido e especial, não se sentia mais sozinho ou abandonado naquele lugar.

Quando todos já estavam servidos, Orfeu pega a sua lira e começa a tocar uma linda música para o pisciano que sorri emocionado ao receber aquele lindo presente.
Para o sueco o importante naquele dia era ter o carinho e a companhia dos seus amigos, não precisava receber presentes caros para se sentir feliz e querido.

Apesar de simples aquela festinha foi maravilhosa para o pisciano que se divertiu muito conversando com os seus amigos. O loiro passou uma tarde muito agradável na companhia deles, jamais esqueceria aquela linda surpresa que eles tinham feito para si.

No começo da noite a maioria dos cavaleiros foram embora, exceto Misty que preferiu ficar mais um pouco com o seu querido amigo.
O libriano estava satisfeito que tinham conseguido tirar aquela tristeza do pisciano o fazendo se sentir querido e especial.

— Misty, eu nunca vou esquecer essa linda surpresa que vocês fizeram pra mim. Mas de quem foi a ideia?
— A ideia foi minha, eu não queria que esse dia fosse triste pra você. Então eu contei o meu plano para o Debas e ele aceitou me ajudar a fazer essa surpresa. Quando os outros ficaram sabendo também quiseram participar.
— Agradeço por ter pensado em mim com tanto carinho, você tem sido um amigo maravilhoso e muito especial pra mim.
— Eu digo o mesmo de você Dite. E se não fosse por você, o meu treinamento teria sido muito prejudicado por causa daquele babaca preconceituoso. Graças as suas dicas o meu cosmo está muito mais forte e consegui aperfeiçoar as minhas habilidades em combate.
— Quando vi o Kanon te tratado daquela forma tão nojenta e preconceituosa, não pensei duas vezes em te ajudar. É um grande prazer pra mim poder ajudar quem precisa.
— Eu sei, quero que continue me ensinado pois ainda tenho muito a aprender.
— Se esse é o seu desejo, continuarei te ajudando com muito prazer. Você tem um enorme potencial e tenho certeza que logo irá receber a armadura de lagarto.
— Obrigado Dite, eu queria poder fazer mais para que não se sentisse tão só.
— Misty, hoje vocês me mostraram que eu não estou sozinho, não deixarei mais que os outros me coloquem pra baixo.
— Fico feliz em ouvir isso, você sempre terá a mim e os nossos amigos. Agora eu tenho que ir, tenha uma boa noite.
— Também te desejo uma boa noite Misty.

Depois que o libriano saiu de sua casa o loiro vai para o seu quarto e sorri feliz ao lembrar daquela maravilhosa tarde que tinha passado ao lado dos seus amigos.
Nunca mais se deixaria abater pela tristeza ou pela solidão, pois não estava sozinho e tinha amigos maravilhosos ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

Aqui eu tentei mostrar como o Dite se sente ao ser vítima de uma discriminação tão grande e injusta.
E sobre o sangue venenoso, eu acredito que o cavaleiro de peixes pode tocar nas outras pessoas e ser tocado. Só não pode ter contato com os outros quando estiver ferido.

E aqui está a incrível fanfic que me inspirou, vale muito a pena a leitura dela.
https://fanfiction.com.br/historia/779295/A_Vida_dos_Cavaleiros_de_Ouro/

Muito obrigada a todos pelo carinho e apoio.
Um grande abraço e até breve.



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