Crepúsculo-Nova Geração escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Thomas Rosewood




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P.O.V. Thomas.

Minha mãe era Rosewood, mas meu pai é o Detetive Clark. Minha mãe morreu quando eu tinha sete e graças ao meu pai, sei como pensar como policial, agir como policial.

Todo dia venho a esta casa enorme e abandonada, leio cartas, diários de todos os meus ancestrais. Eles tinham os mesmos sintomas  que eu tenho. Pesadelos, visões... e piorou. Muito.

Todas as cartas e diários dizem basicamente a mesma coisa. Que há demônios na mansão, para nos atormentar, para nos prender e nos matar. Os homens da linhagem Rosewood são sua presa favorita. Decidi passar uma noite aqui para ver o que acontece.

Foi a pior noite que já tive quase não dormi e quando eu dormi... havia uma garota no meu sonho. Não apenas uma garota. Ashley.

Fui acordado por um sacolejo.

—Ei!

—Ashley?

—Você tem problema na cabeça menino?! Veio fazer o que aqui? Não entende que se ficar aqui, vai morrer?!

—Você é real?

—Sou. Deixa eu adivinhar, ela tomou a minha forma? Chocante. Vamos, vou levar você pra sua casa. E não se preocupe. Hope, eu e nossos amigos estamos procurando um jeito de dar um jeito nisso.

Ela estava estava usando uma camiseta preta com o logo e nome da banda Ramones, as unhas pintadas de vermelho, os olhos delineados com uma linha preta, batom incolor com aparência molhada, calça jeans de lavagem clara e toda cheia de rasgos, coturnos e uma jaqueta de couro preta.

Me levou até o seu carro que na verdade era uma van. Uma van do Internato onde estudava.

—Fica ai, eu já venho.

P.O.V. Ashley.

Fiz umas armadilhas na casa, pintei elas com tinta de pichar parede do jeito que o Jack tinha me ensinado para mantê-los contidos. Fiz no teto, no chão embaixo dos tapetes. Coloquei sal nos batentes das portas e das janelas. Peguei as coisas que o Thomas tinha deixado lá, enfiei na mala junto com as cartas e os diários e voltei pra van.

—Você demorou.

—Precisava fazer algumas armadilhas. Para mantê-los contidos. Até encontrarmos um modo de destruir a casa permanentemente, não toque em nada. Não varra o sal das portas, das janelas, não mexa nas pinturas. Não toque em nada. Tome. Hope fez pra você. Sugiro que use.

P.O.V. Thomas.

Disse Ashley me estendendo um colar que era feito com pimentas vermelhas ressecadas e um vidrinho cheio de sal grosso.

—Obrigado.

—Sei que não acredita. Mas, use mesmo assim. Dê uma chance. Se não funcionar... pode jogar fora.

Eu tinha que perguntar.

—Qual é o seu relacionamento com a Hope?

—Você quer saber se estamos juntas? Somos só amigas. Melhores amigas, é como uma irmã.

—E você é...

—Se eu sou lésbica? Não. Eu sou bailarina. Bailarina clássica.

—Sério?!

—É. Não posso gostar de rock e de balé ao mesmo tempo? Mas, quem tem o talento musical é a Hope. Ela toca piano, arpa francesa, violino e ela é soprano.

—Ela é bailarina também?

—Sim. Nós fizemos o lago dos cisnes juntas uma vez. Ela era Odille e eu Odette. No ano seguinte foi ao contrário.

Ela estacionou a van e estávamos de frente para a minha casa.

—Tchau Thomas. Boa noite.

—Boa noite.

E pela primeira vez desde que eu consigo me lembrar... eu dormi sem pesadelos. Eu dormi em paz.

—Nossa, filho me deu um susto esta noite. Se não estivesse roncando pensaria que estava morto.

—Eu ronquei?

—Como um trator enguiçado. Eu acordei, porque você não acordou. Conseguiu se livrar dos pesadelos, enfim?

Peguei no colar.

—Consegui.

—O que é isso ai?

—Não sei. Parece que é pimenta e sal grosso. Pai?

—O que?

—Acredita em demônios?

—Honestamente? Depois que eu cheguei nesta cidade eu não sei mais no que eu acredito. Sua mãe sempre me falava que existia mais coisas entre o nosso mundo e o próximo do que podíamos se quer imaginar, que existiam coisas que a ciência não explicava. Que haviam "males" que a medicina não podia curar. Sua mãe nasceu aqui, ela cresceu aqui. Imagino que ver coisas assim desde menina te impeça de ser cético.

—Quero voltar naquela casa amanhã, de manhã. Ashley disse que fez armadilhas na casa.

—E porque iria querer para um lugar cheio de armadilhas?

—Não acho que as armadilhas sejam para nós.

 No dia seguinte meu pai reuniu uma equipe de peritos para examinar a casa. Eles etiquetaram, fotografaram e catalogaram tudo.

—Eu nunca vi um símbolo igual a este. Algum tipo de culto? E sal nos batentes de portas e janelas?

—Arrume alguém pra varrer isso ai...

—Não. Não mexe em nada. Não limpa nada, não varra nada. Deixa como está.

—Thomas...

—Pai, eu sou o dono da propriedade e eu disse pra deixar como está.

Meu pai pesquisou os desenhos no banco de dados, para ver se achava alguma correspondência e achou. Vários casos de assassinatos violentos, pessoas que disseram que haviam sido possuídas. E haviam várias constantes nas histórias. Como cheiro de enxofre ou ovo podre, uma fumaça negra que descia pela garganta do indivíduo e... Os Winchester.

Eles tinham passagem pela polícia, foram presos por roubo, até homicídio. Mas, as pessoas que foram salvas disseram que foram salvas por Samuel e Dean Winchester.


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