Angel of Circus escrita por Milly Malfoy


Capítulo 2
Angelical


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o segundo capítulo.
A música que Angel canta foi escrita por mim.
Tomara que gostem ♥



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Capítulo 2

 

 – Angelical

 

“Angel”

 

“Angel”

 

“Angel”

 .

.

“Rosária”

 

~Flashback on~

 

Aproximadamente 11 Anos Atrás

 

—Nos vamos ter que decidir qual vai ser o seu número, o que sabe fazer garota?

           Elas estavam no meio do camarim onde ficavam guardados vários figurinos para as apresentações do circo. Estavam remexendo em baús com trajes mais antigos que talvez serviriam em Rosária.

—Não sei ao certo o que eu poderia fazer de especial para uma apresentação.

—Não tem problema, daremos um jeito de você não ser inútil. Vamos prove este aqui. - Disse entregando para ela um tutu de bailarina com cores chamativas, decorado com várias pedras e lantejoulas.

[...]

—Vamos, novamente! Você não está se esforçando! - Elsa estava de braços cruzados. Uma bailarina com três pernas passava a Rosária uma coreografia para ela copiar.

—Eu não consigo decorar desse jeito os passos. - Suspirou cansada.

—Por que não??

—Eu não consigo enxergar muito bem os movimentos que esta fazendo, então eu não...

—Vamos garota, você não esta tão cega assim. Você nem precisa de uma daquelas bengalas e nem um cão guia então pode ver o que ela está fazendo!

—Eu posso até ver um pouco, mas preciso me focar pra ver, e como e tudo muito rápido alguns movimentos eu não consigo entender e... - Tentou faze-la entender.

—Me poupe disso. Sua primeira apresentação é daqui uma semana, trate de se esforçar! Eu a acolhi nesse lugar, mesmo você não sendo exatamente o tipo que eu pegaria. Logo temos que caprichar no seu número. Ele não pode ser qualquer coisa, tem que ser algo diferencial para não matar o publico de tédio. O circo é sua nova casa. Mostre um pouco de gratidão.

—T-t-udo bem. Eu vou me esforçar. - Disse em tom choroso

—Ótimo, não nos envergonhe em sua apresentação. - Concluiu severa.

[...]

           Rosária enxergava a plateia meio embaçado, mas conseguia distinguir que estava mesmo cheia. Mesmo se não enxergasse, o barulho da multidão a entregaria. 

Pendurada em fitas no teto a bailarina de três pernas que lhe instruiu para seu número estava se apresentando. A plateia as vezes aplaudia e fazia sons de surpresa enquanto ela se enrolava nas fitas e parecia dançar no ar. Como um balé nas alturas.

Seu número era o próximo, ela tremia e suas mãos suavam. Devidamente não estava pronta. Deu um pulo quando repentinamente uma mão agarrou seu ombro. Era Elsa.

—Vamos. É quase a sua vez, vamos te maquiar. - Justificou Elsa, despreocupada.

—Han? Mas já me maquiaram, passaram um pouco de pó de arroz e um brilho nos lábios. - tentou Rosária.

—Não isso. Eu estava falando de maquiar os olhos.

—Como ass...

            Elsa empurrou-a levemente nos ombros para senta-la em uma cadeira. Pegou uma substancia vermelha e começou a passar abaixo dos olhos. Como se ela chorasse sangue.

 —Por que... - Começou ela mas foi interrompida

—Eu disse a você que o seu numero não pode ser qualquer coisa. Tem que ter algo chamativo de destaque, afinal ser cego não é algo que seja algo tão incomum. Agora vai pra lá, esta quase na hora de você entrar- Elsa a empurrou na direção do palco.

—O que é isso? - Perguntou aponta do pro pote com a substância que ela passava em seus olhos, temendo a resposta.

—Sangue. De galinha, não se preocupe! - Continuo ao ver o olhar assustado de Rosária em sua direção 

[...]

             A plateia gritava no meio do grande círculo que a tenda formava, ela deixou maia nervosa e assustada ainda. A música iniciou e ela ainda estava parada. Já errando os primeiros times da musica, tentou compensar e disfarçar o erro. A plateia aparentemente não percebeu, mas duvidava que Elsa a perdoaria. Não conseguia ver sua expressão, mas pelo canto de olho teve a impressão de ver Elsa cruzar os braços na coxia do palco, algo que ela sempre fazia quando ficava brava, ela obviamente não deixou escapar sua falha. Isso a deixou mais nervosa ainda e na hora que teve de fazer um salto, tropeçou nos próprios pés e caiu miseravelmente no chão.

           A plateia gargalhava e apontavam, crianças jogavam pipocas em sua direção rindo ainda mais. Sentiu lágrimas virem aos olhos, e passou a mãos para enxugar, melando as mãos do sangue no processo. Com nojo esfregou as mãos desesperadamente no tutu rosa bebe que usava. Logo puxou a saia dele para tirar todo o sangue do rosto. Quando Elsa apareceu ao seu lado com olhar severo, esticou a mão para levanta-la, que o fez com certa brutalidade.

—Me desculp -tentou baixinho mas Elsa a ignorou.

—Senhoras e senhores peço suas  desculpas, esta é a primeira apresentação da nossa bailarina aqui. Por favor curtam o restante do show, que venha as gêmeas!! -A plateia gritou animada. Demorou cerca de 20 segundos com a plateia aplaudindo ate as siamesas aparecerem. Com certeza isso era devido que a apresentação delas não eram para o final do show, logo não deviam estar esperando serem chamadas. Elsa deve ter adiantado para elas para que o publico esqueça da sua apresentação patética. Enquanto o publico aclamava e gargalhava com as gemas Elsa a arrastou para fora do palco.

—Esta de castigo. Sem jantar. Para o quarto já. E e melhor ir pensando em algo para me compensar.

—Eu vou te compensar eu juro, próxima vez eu consigo. – Falou chorosa.

—É melhor mesmo. - Elsa não amoleceu pelas lágrimas da menor.

[...]

             Ela estava novamente  o centro do circulo. A musica começou e dessa vez ela acertou os primeiros passos. Usava um tutu branco, com a saia levemente estufada. Ao invés de sangue nos olhos, usava um pano branco para vendar os olhos. Uma sugestão sua para se livrar de passar aquele sangue, sorte sua Elsa  ter concordado com a troca. 

Ela estava acertando os passos com dificuldade. Assim a musica ia seguindo. Mas acabou tropeçando nas próprias pernas ao fazer um salto e novamente foi ao chão. A plateia explodiu em gargalhadas barulhentas. 

"De novo não"

             A música parou de ser tocada e a plateia ria. De súbito teve uma lembrança da época que cantava no coral da igreja. Lembrou de uma vez  o ensaio um colega acabou esquecendo a letra, ai também riram dele. Ai teve uma ideia. Levantou do chão e começou a cantar uma das musicas que mais gostava de cantar.

Lá na clareira eu vi um anjo,

 

Um anjo do Senhor,

 

O que estaria fazendo um anjo ali?

 

Nessas terras até então sem cor,

 

Nas clareiras o anjo está,

 

O que, ó anjo, estás fazendo aqui?

 

O anjo não precisou responder,

 

Que para as terras sem cor,

 

Luz ele veio trazer.

 

           Quando ela parou de cantar a plateia ainda parecia um pouco anestesiada. E em seguida começou a aplaudir. Elsa observava chocada com a voz da garota e mais ainda com a reação da plateia.

"Eles realmente gostaram"

           Era estranho por não fazer parte do que uma apresentação de circo de horrores faria. Mas se gostaram... "Que voz angelical" ela ouviu alguém falar.

—“Angelical” -silabou Elsa lentamente observando a garota loira com olhar inocente e tutu branco, parecendo constrangida com os aplausos. 

—Isso senhoras e senhores ,uma salva de palmas para a Angel a nossa nova integrante do circo Freak Show.

             O publico aplaudiu e assoviou com entusiasmo. Elsa sorrio e aplaudiu também e logo em seguida gesticulou para a garota sair do palco para ela anunciar o próximo número.

             Enquanto Rosária se dirigiu para o camarim sentiu duas mãos no seu ombros era Elsa que parecia muito empolgada.

—À partir de hoje seu nome será Angel.

—Mas eu me chamo Rosária.

—Não mais, agora é Angel - falou passando a mão na bochecha da garota e sorrindo.

—Mas eu gosto do meu nome.

—Não gosta mais, quer mesmo manter o nome  dado por quem a abandonou. Eu te acolhi, estou te dando um novo nome para sua nova vida. Longe daqueles que não a quiseram. -Falou agora mais severa

[...]

           Rosária acordou mas ao abrir os olhos não enxergou nada. Por um momento acreditou que ela ainda não havia aberto os olhos, mas ao constatar que eles estavam sim abertos ficou confusa e quando percebeu o que estava havendo começou a gritar. Ouviu passos correndo na direção do quarto.

—O que esta havendo? - Disse uma voz feminina preocupada

—Meus olhos.. não enxergo... -falou com dificuldade começando a chorar

—Espera. Vou chamar a chefa -falou e ouviu a se afastar

—Angel o que aconteceu? 

[...]

            Haviam passado três dias desde que a menina havia acordado sem enxergar mais nada. Desde então ela havia se enfurnado em seu quarto, sem vontade de fazer nada. Passava a maior parte do tempo chorando.

—Olha garota você precisa se acalmar, o medico esta aqui pra vê-la. Tome esse remedinho. -Elsa disse em tom maternal.

—Médico? Para meus olhos? – A garota passou as mãozinhas por cima dos olhos.

—Não exatamente, vamos tome logo o comprimido.

           Enquanto caminhavam pelo corredor, Angel sentiu-se fraca e sonolenta e tropeçou precisando se apoiar nas paredes do corredor para não cair. Sentiu as mãos de Elsa em seus ombros a sustentando. Ainda sonolenta ela foi guiado por Elsa a caminho do espaço que servia como enfermaria do circo. Ao entrar na nela estava sentando em uma cadeira ao lado de uma maca, vestia um jaleco branco e trazia no rosto um sorriso cínico. Rosária não podia vê-lo, afinal não estava enxergando mais nada, mas ouviu-o se levantar e começar a falar, aparentemente com a mais velha.

—Está é nossa paciente? – O médico tinha uma voz grossa, que não era nada acolhedora.

—Sim, já dei o comprimido que me pediu para ela tomar. - Elsa guiou Rosária para se deitar na maca de bruços. O médico ajudou a arruma-la na posição desejada.

—E-espera...o que está havendo? Ele vai analisar meus olhos?  -Perguntou ela fracamente, estava cada vez mais difícil manter os olhos abertos.

—Não exatamente querida. Ele vai...transforma-la. Para melhor. Agora feche os olhos e deixe-o trabalhar, não resista. –Elsa passou carinhosamente a mão sobre a cabeça dela, mas Rosária sentiu um arrepio ruim. O que ela queria dizer com transformar ela?

—Mas...-tentou perguntar mas Elsa a cortou.

—Shiii, durma criança. - Rosária ia tentar rebater mas sentiu-se fraca e sentiu a cabeça pender para o encosto e assim apagou.

[...]

             Acordou lentamente já afarando, sentindo um incomodo gigante nas costas que quanto mais desperta ficava mais o desconforto se transformava em uma dor aguda. Demorou um pouco para entender por que tudo estava escuro, normalmente logo que acordava esquecia por uns instantes que ela não enxergava mais. A dor vinha em picos e a sensação de pontadas. Ela ainda estava de bruços, com esforço esticou a mão para tentar tocar as duas regiões das costas de onde vinha a dor, mas se assustou ao encostar em uma superfície metálica no lugar onde devia estar sua pele. Ao tocar novamente percebeu que essa coisa que fria como metal se projetava de suas costas. O coração começou a bater descontroladamente, um frio na barriga, as mãos tremia e ela se lembrou de Elsa.

Não exatamente querida. Ele vai...transforma-la.

 

            Tentou levantar da maca mais ainda estava fraca e a dor nas costas estava aguda, então começou a gritar por ajuda.

—Ah, ela acordou. – A voz cínica do médico chamou a sua atenção .

— O que esta acontecendo? Eu não enxergo... O que é isso nas minhas costas, está doendo... Me ajude! – Já sentia lágrimas vindo, tanto de dor como de aflição com essa situação.

—Calma garota. Já deixei com a senhora Mars, uma caixa de analgésicos para você tomar pelas próximas semanas. Isso vai ajudar a diminuir a dor.

—Mas senhor, o que é isso que está doendo, o que fizeram comigo? – Gritou desesperada, como ela queria poder se olhar no espelho e acabar com esse mistério. Por que ninguém lhe dizia nada?

—Nós apenas fizemos uma pequena transformação em você. Para ajuda-la a encontrar...seu verdadeiro eu.

—O que?! O que fizeram, me responda! Por favor!

— A senhora Mars vai lhe explicar tudo, agora se me der licença, agora que você acordou meu trabalho aqui está terminando. Boa recuperação.

—Espere! Não vai embora! Não quero ficar sozinha! – Praticamente implorou.

—Informarei a dona Mars para dizer que está acordada. Adeus. - Dito isso logo Rosária ouviu o barulho da porta fechando. Voltou a tentar se sentar na cama, sentindo fisgadas dolorosas ao tentar se mover. Ouviu novos passos se aproximando e tentou se recompor. A porta se abriu com um chiado, e logo ouviu a voz de Elsa.

—Como se sente, Angel? – Perguntou com a voz calma, sentiu ela se sentar ao seu lado e passar a mão em seu cabelo.

—Senhora , o que aconteceu, o que é isso nas minhas costas? O que quis dizer com me transformar? –Perguntou angustiada.

—Veja isso como um procedimento estético. Como que faz cirurgias plástica, só que no seu caso com um motivo mais...artístico.

—Mas o que é isso nas minh... – Foi interrompida.

—É melhor descansar, não é o melhor momento para falarmos disso. Além do mais, já está feito. Foque na sua recuperação, sim? – Vou trazer um chá de camomila para você.

~Flashback off~

[...]

             Angel sempre fora introvertida, apesar de saber o nome de todos  e conhecer um pouco do jeito de cada um que faziam parte do circo, nunca tomou a iniciativa de tentar fazer amizade ou uma conversa casual. Como sempre ela ia comer cerca de meia hora depois de todos, assim já teria lugares isolados na grande mesa. Caminhando com sua bengala guia até onde ficavam as mesas do pequeno buffet , equilibrou uma bandeja em uma mão, e se dirigiu para o canto mais silêncio da mesa, onde deveria estar mais vazio. Começou a comer calmamente mas algo pouco habitual aconteceu.

— Posso me sentar ao seu lado? -Era Jimmy Darling (mãos de lagosta), equilibrava nas mãos uma bandeja. – “Não.” Era o que queria responder mas deu de ombros, e ele sorriu com simpatia, se sentando a seu lado.

—Bom, nós nunca conversamos exatamente não é? - Ele olhava pra ela fixamente sorrindo, esperando que ela concordasse, quando percebeu que isso não ia acontecer, ficou meio sem jeito e tentou continuar – Meio estranho, por que nós estamos a tanto tempo aqui, é como se morássemos no mesmo lugar. - Ele esperou novamente que ela dissesse algo, o que não aconteceu – Você não é de falar muito, né? -Apesar de estar sendo ignorado ele ainda sorria, ela não podia ver o tal sorriso, mas pela maneira que ele falava ela quase podia visualizar que ele sorria.

          Sentindo que ele não ia desistir, desviou o olhar que até então estava na comida para encara-lo (na verdade, apenas se virou na direção dele por consideração), levantou a sobrancelha e falou irônica:

—O que você acha?- ele deu uma risadinha e ela sorrio de lado.

—Acredito que você é muito falante sim - Ele riu da própria piada. —Bom eu sempre quis perguntar... esses suportes de asas nas suas costas doem? Incomodam. Não consigo me imaginar vivendo algo pontudo assim saindo de mim. -Disse genuinamente curioso.

—Bom, eu não consigo me imaginar vivendo com as suas mãos, mas você parece viver bem com elas. A gente se adapta se acostuma, em nem sinto mais o suporte. Apenas nos primeiros meses dava alguma infecção, ai voltava a doer, tinha que passar umas pomadas. Mas hoje não dói mais. Virou literalmente parte do meu corpo. Só uma vez uns anos atrás eu me virei de costas enquanto dormia, senti a sensação de algo estar me espetando de dentro pra fora, acordei num susto. - Ele riu um pouco dessa última parte, fazia tanto tempo que não conversa com outra pessoa assim. A maioria das vezes só falava com Elsa e com quem ia se apresentar com ela os figurinistas e maquiadores. Mais ninguém.

—Até que você é engraçada - deu mais uma risada — Eu adorei quando você começou a usar aquelas asas. Pareciam até de verdade, como se você fosse mesmo um anjo. - Ele falou mas se arrependeu ao ver o semblante dela se fechar um pouco. Então tentou concertar seu erro. —Bom eu queria só te dar o parabéns por ter ganhado o papel principal no especial de Natal. Vou estar assistindo lá das coxias. - Ele piscou para ela, momentaneamente esquecendo que ela não ia ver, então deu um toque divertido n o ombro dela no lugar.

—Bom, Elsa disse que vai me fazer um figurino especial para a apresentação. Não sei o que ela quer dizer com especial, se devo ficar preocupada. - Falou numa mistura de diversão e seriedade.

—Eu não me preocuparia se fosse você, ela deve só estar achando um vestido mais espalhafatoso, chamativo. Nada demais. Bom acho que tenho que ir, tenho que ensaiar meu número, tenho apresentação hoje. Vou fazer algo novo. Quer ir assistir? Bom claro, ver você não, mas vai ter uma parte falada, então se você tiver interesse... - Olhou esperançoso para ela. Quem visse a cena veria o olhar pidão que lançou para ela, mas Angel não precisa enxergar para se atentar ao tom implorativo nesse convite.

—Se eu não me aparecer nada melhor para fazer essa noite...eu vou. - Disse tentando camuflar que realmente tinha intenção de ir.

— Ótimo! Espero te ver nas coxias então, Angel. Até a noite! - Falou animadamente e se levantou , com um sorriso bobo no rosto, saiu andando.

Angel sorriu feliz, voltou a comer enquanto imaginava como seria a tal apresentação de Jimmy e por que ele convidou justamente ela para ir. Teria ele algo especial em mente?


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Notas finais do capítulo

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