Estranha Sensação escrita por Loreh Rodrigues


Capítulo 45
Ao nascer do sol (+18)


Notas iniciais do capítulo

Não se esqueçam de votar e comentar bastante pra me motivar mais

PS. A história está muito perto do seu final, mas não fiquem tristes, pois vocês terão uma boa surpresa. 

⚠️ ALERTA ⚠️ 
Capítulo com descrição do ato sexual.



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***

Victoria recordou sua adolescência. Havia tido uma amiga que lhe dizia que, no momento em que ocorre a culminância de um verdadeiro amor, a pessoa ouve violinos tocarem e sente borboletas no estômago. Jamais havia acreditado nessas coisas, mais do que isso, havia fugido toda a vida da vulnerabilidade de um sentimento como o amor.

Entretanto, agora, com quase quarenta anos, reconhecia e se reconectava com todos as sensações das quais sempre havia ouvido falar, mas nas quais só havia acreditado na adolescência, antes de ter seu coração partido. E era curioso que a mesma pessoa que um dia fragmentara seu coração em mil pedaços e despedaçara sua fé no amor, agora o consertava tão perfeitamente.

— E então? — Indagou Heriberto impaciente com o anel da mão. Tinha um medo real de que sua resposta não fosse positiva apesar da emoção que reconhecia nos olhos dela. — O que você me diz? 

— Heriberto, eu... quero, eu quero mais que tudo, mas... — Com a pausa uma lágrima escorreu por seu rosto. — Esse assédio de Bernarda não me deixa segura, além disso, eu não sou uma mulher livre, meu ex-marido...

— Victoria, Victoria, me escute! — Ele a interrompeu acariciando seus dedos. Como desejava adereçá-los com aquele singelo anel de brilhantes, que apesar de simples, reluziria perfeitamente naquela mão delicada e talentosa. — Eu sei de todos os nossos "mas", não precisa enumerá-los. Olhe em volta Victoria. — Apontou o mar e o céu. — Veja quanta vida nós temos para viver, quanto mundo por descobrir e eu não quero fazer nada disso sozinho! 

— Eu também não. — Ela suspirou emocionada. — Eu aceito, Heriberto. Aceito me casar com você assim que se consolidar meu divórcio com Osvaldo. 

Ele riu cativando-a com aquelas linhas que se formavam em seu rosto enquanto sorria. Seu olho esquerdo se fechava mais que o direito e sua picardia ficava estampada em sua cara mesclada àquela felicidade genuína que era emanada pelo brilho de seus olhos. Apesar da ansiedade que ele sentira para colocar o anel em seu dedo, o beijo veio antes desse ritual sagrado. E foi tão doce e quente como só pode ser um beijo em que ambos estão nus, com as mãos livres para as carícias que são solicitadas e as peles agregadas conscientes da decisão de unirem-se em corpo e alma. E como havia desejo naquele beijo! Desejo, fogo e paixão correspondida, a mais bela dádiva que duas pessoas podiam desejar... juntas! 

***

Victoria despertou com o som de um pássaro que passou sobre o navio bem próximo da janela da cabine. Olhou pela abertura de vidro, na direção do céu ainda era noite,  mas o céu tinha uma mescla de tons deslumbrantes entre o negro, o azul e o laranja intensamente atraentes. Ela se mexeu na cama tentando ter uma melhor visão daquele espetáculo, despertando a Heriberto que, imediatamente a acariciou carinhoso e disse:

— Você fica ainda mais linda quando acorda. — Sorriu galanteador suspirando apaixonado. 

— Hum... — Ela sorriu suspirando ao receber o beijo dele. — Isso é impossível, eu fico horrorosa quando acordo. 

— Não! — Ele negou com segurança. — Isso, é que é impossível. Você é linda de qualquer maneira, Victoria. A mais linda de todas as mulheres.

— Você é que é único. Mais do que eu poderia merecer. — Ela devolveu o galanteio com aquele sorriso bobo de mulher apaixonada. — Vamos ver o nascer do sol na varanda? — Convidou animada. 

— Tem certeza? Ainda está escuro. — Ele observou o desvanecer da noite pela janela. 

— Sim! As cores do céu não mentem. E foi tão bom ficar lá com você até tão tarde ontem. Quero mais! — Convidou ela sem disfarçar o duplo sentido. 

— Você gostou mesmo daquela varanda, não é? — Ele perguntou gargalhando malicioso. 

— É a melhor parte dessa cabine. — Ela mordeu o lábio com um olhar sensual. — E, pelo que vi, ainda estamos longe da costa, não vejo as luzes de Miami.

— Sim, o navio vai ficar em alto mar até por volta de meio dia. — Ele respondeu. — Daqui a pouco eles vêm com o café-da-manhã e, só depois começam a aproximação do porto.

Animados, se levantaram, tomaram um banho rápido, escovaram os dentes e, compartilhando um leve cobertor, se acomodaram naquele mesmo sofá onde haviam feito amor na noite anterior, ainda nus para verem o nascer do sol que começava a apresentar-se no horizonte ainda com seus raios tímidos. O cenário era um espetáculo fascinante e a ideia de beijarem-se e trocarem carícias cada vez mais íntimas naquelas condições era muito sedutora. 

Heriberto não resistiu aos beijos e carícias de paixão que rapidamente subiram de tom e, enquanto Victoria observava o céu, ele começou a explorar seu corpo que lhe parecia um banquete extremamente apetitoso sobre aquele sofá. Desceu e, cada vez mais excitado, beijava sua pele, suas pernas até que ela se sentisse beijada na alma enquanto ela tinha cada vez mais dificuldade em se concentrar no céu que era exatamente onde ela se sentia naquele momento. 

Ao voltar de sua exploração, subindo por sua pele, Heriberto não conseguiu resistir ao convite de sua intimidade pelo caminho. Victoria sentiu o tom de seus olhares e se arrepiou quando ele se deteve alguns segundos olhando-a, desejando-a, devorando-a com o fogo de seu olhar apaixonado. Ela também desejou, dentro de si, gritou por ele, para que ele a preenchesse com sua boca.

Heriberto acariciou-a com o dedo indicador brincando com sua intimidade antes de tomá-la em um beijo de paixão. Invadiu-a vendo como Victoria se contorcia à sua primeira incursão e fez com que sua língua passasse a mover-se em seu clitóris enquanto seus lábios eram sugados por ele num desejo sem precedentes. Victoria se contorceu, muito, repetidas vezes, entre gemidos. Revirava a cabeça, mordia seus lábios e gritava cada vez que sua língua se movimentava naquele vai-e-vem delicioso em seu ponto mais sensível.

Victoria se esforçava para manter os olhos abertos e gritou precipitando os quadris em direção à sua boca enquanto sua língua viajava mais profundamente quando sentiu o auge chegando no calor da língua de Heriberto movendo-se avidamente ali. Não conseguiu parar de rebolar e de se contorcer pela força do orgasmo que teve. Heriberto sorriu beijando em volta de sua intimidade, subindo por sua barriga, até chegar a seu pescoço.  

— Oh meu Deus! — Exclamou ela ainda sentindo aqueles espasmos ofegante. — Como você acordou animado.  

— Quero que você nunca se esqueça de como é fazer amor comigo vendo o sol nascer. — Ele disse junto a seu ouvido.

Ele então passou a beijá-la ardentemente e ambos deixaram-se levar, deixaram que o caminho da paixão que necessitavam percorrer lhes conduzisse, não tinham nenhuma intenção de parar. Depois de sentir-se preenchida e plena pelas carícias de Heriberto, de sentir a languidez que aquele orgasmo tão forte lhe deixou, ainda mais bela coberta pelo sol da manhã, ela puxou-o pelos ombros e fez com que ele se deitasse no sofá de barriga para cima e se acomodou sobre ele. 

Heriberto caiu arfando quando também atingiu o pico depois de entrar e sair dela em ritmo frenético, como nenhuma mulher o havia tido, de um jeito que ele pertencia unicamente a ela. Ela lentamente, enquanto recuperava o controle de seu corpo, ajeitou-se nas almofadas do sofá, respirando agitadamente enquanto, ele também acomodou-se sobre o busto dela. Seu corpo precisava de um tempo para retomar seu controle. Ambos sentiam as palpitações da corrente sanguínea um do outro bem como o suor e o cheiro de paixão que o sexo havia deixado em seus corpos.

 

— Você conseguiu! — Exclamou Victoria acariciando seus cabelos e sua nuca enquanto ele permanecia deitado sobre os seios dela. — Eu não quero passar uma noite mais longe de você. Eu quero que todas as nossas noites e manhãs sejam como hoje... incríveis. Até que nos casemos, venha morar em minha casa comigo, Heriberto. Você aceita? Aceita viver comigo e todos os meus muitos demônios? 

***


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