Estranha Sensação escrita por Loreh Rodrigues


Capítulo 41
Eu acredito (+18)


Notas iniciais do capítulo

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Y cómo olvidarte

Si la vida me enseñó que vas primero

No me importa la distancia, yo te quiero

Y al final sé que a mi lado vas a estar

Voy a esperarte

Cuando se ama de verdad, no existe el tiempo

Y te juro que no es el final del cuento

El destino no nos puede separar

Cómo Mirarte - Sebastián Yatra

***

Victoria queria se virar e fugir daquele olhar, mas era como se estivesse hipnotizada. Porque ela sabia que, olhando nos olhos dele, acreditava em Heriberto, não podia evitar, seu corpo e alma lhe pediam a gritos para acreditar nele, para mais do que confiar num homem que ela vira na cama com outra há alguns dias, se entregar e ser completamente dele e era um desejo urgente. 

Recordou como o seduzira, sem pudor, há alguns meses, quando ele ainda era padre e corou ao mesmo tempo em que a lembrança lhe fez bem. Na presença dele os pensamentos libidinosos eram a regra, muito maiores e intensos do que qualquer razão. Mais que queimar em fogo, sua paixão fazia-na queimar em brasa: 

— E eu não devia... — Finalmente se virou. — Ela me disse que me chamaria para ver, isso não sai da minha cabeça. Eu não sei como ela fez, como ela conseguiu, mas, mesmo sem dever, eu... Acredito em você, Heriberto.

Ele deu dois passos na direção dela e, quando deram por si, ele estava deslizando o rosto pelo rosto dela alcançando maliciosamente a boca enquanto ela repousou seus braços sobre ele e o beijo, misturado à deliciosa sensação de que suas mãos subiam e desciam pela cintura dela, provocava arrepios e uma grande excitação em Victoria, como se aquele fosse o primeiro e único motivo pelo qual haviam subido para aquele quarto.

Ele comprimiu seu corpo contra a parede da varanda e Victoria envolveu suas pernas em sua cintura, isso foi a deixa para que ele a levasse para dentro, sem interromper o beijo, entrelaçados, antes de jogá-la na cama e encará-la com um desejo voraz. 

— Você não sabe o quanto eu te desejo, Victoria. — Disse encarando os olhos dela sem parar de deslizar as mãos pelo corpo dela.

Victoria nem sequer conseguia responder, pois, imediatamente, ficou muito excitada, já estava desde que entrou com ele naquela suíte. Quando ele tirou suas roupas e foi até ela e fez o mesmo, ela se arrepiou quando ele deteve as mãos com força em suas nádegas e pressionou seu corpo contra a cama e, na frente, contra o corpo dele, ela pôde sentir sua masculinidade ereta.

— Hum! — disse Victoria ao sentir seu membro tocar em sua feminilidade e a languidez percorrer todo seu corpo. — Eu também te desejo. Ah, Heriberto você não sabe o quanto eu te desejo. — Disse enquanto ele preenchia seu pescoço em beijos e carícias. 

Todo o calor da paixão que incandescia entre Heriberto e Victoria podia ser sentido naqueles beijos, a suíte estava em chamas. O desejo que o corpo dele e o dela evidenciaram ao primeiro contato ou até mesmo com as lembranças da paixão que sempre compartilharam, ficava ainda mais intenso com a voracidade daqueles ósculos que se davam como se nunca tivessem se beijado e como se precisassem fazê-lo ininterruptamente para sempre. 

Heriberto ainda não tinha penetrado Victoria e só com o toque dele, o deslizar de suas mãos por todo seu corpo ela sentia-se inteiramente desejada. O modo como ele resvalava seu membro em sua feminilidade, o lambear dos lábios dele nos dela, a dança de suas línguas acopladas deixavam Victoria lânguida, entregue, ela não conseguia dissimular, o prazer que Heriberto lhe dava era incontrolável. 

Ela só conseguiu agarrar-se ao pescoço dele com toda a força e, por vezes, deslizar suas mãos pelas costas do homem que lhe despertava uma paixão tão intensa marcando-o com suas unhas sem sequer perceber. Ela já gemia. Sempre que ele parava de beijá-la podia sentir o reflexo do prazer que o corpo dela emanava nos sons e também em seu descontrole que se arqueava e não obedecia ao aos comandos da rainha da moda que, aliás, não existiam em contato com a pele de Heriberto, não com aquele contato. 

Heriberto deu uma pausa e ficou olhando o rosto dela com a cabeça enterrada entre aqueles lençóis que participavam do potente momento de paixão entre os dois. Ele desfrutava de ver o rosto dela com a expressão alterada, tudo fruto dos beijos, das mãos dele deslizando por sua pele e de seu membro brincando com sua pérola que já gritava por recebê-lo. Ele também sentia o reflexo daquelas carícias, não podia resistir muito tempo mais sem senti-la completamente, sem a explosiva e, ao mesmo tempo, suave, sensação de sentir-se dentro dela.

 

Afastou a alça do sutiã dela e, com a mesma avidez de desde o princípio, envolveu todo o seu seio direito com a mão fazendo movimentos circulares com o polegar antes de descer a boca ali e brincar com sua língua durante algum tempo. O prazer de Victoria se multiplicou, quase gritou de prazer agarrando suas mãos nos ombros de Heriberto com os olhos fechados. Ele desfrutou perceber que lhe deixava tão excitada sem nem sequer havê-la penetrado ainda.

— Vem Heriberto, eu quero que você me foda. — Implorou Victoria ofegante entre gemidos. 

— Você quer? — Ele indagou vaidoso.

— Quero agora! — ela abriu os olhos encarando-o. Dar ordens era muito mais delicioso durante o sexo.

Ao sentir a paixão de Victoria ele cuidadosamente afastou sua calcinha e encaixou seu membro começando leves incursões. A penetração fluiu fácil, a excitação provocada pela troca de carícias de segundos antes ajudava com que a umidade da feminilidade dela permitisse que movimentos pudessem lhes dar tanto prazer quanto seus corpos, e por que não dizer suas almas, pediam. 

Victoria sentiu quando ele afastou ainda mais sua perna esquerda e intensificou os movimentos na mesma proporção em que ela intensificou os gemidos de prazer. Logo, ela mesma acoplou suas pernas no quadril dele e ele agarrou-a com as mãos enquanto seguia o ritmo dos movimentos que exalavam o som dos gemidos de ambos subindo as mãos pelas costas dela mesclando seus dedos com os cabelos dela pela nuca, apoiando a cabeça dela que se projetava para trás pelo prazer que seu corpo experimentava. 

Às vezes ele diminua a marcha dos movimentos e mordiscava o  queixo dela, ou beijava-a, mas ela tinha dificuldade em correspondê-lo pela ação do prazer. Todo o mundo à sua volta já havia desaparecido e o mundo era aquele quarto, aquela, cama, aquelas sensações maravilhosas. Amarem-se imediatamente, essa era, agora a urgência de ambos. 

***

Bernarda ainda amargava a sensação da surra que recebera de Victoria quando decidiu dar um passo um tanto mais audacioso em seu plano. Talvez, se Heriberto a visse daquela maneira, e ela conseguiria convencê-lo de que sofreu uma injustiça por parte de Victoria e pudesse estar um pouco mais perto da cama daquele homem que a enlouquecia.

Ela subiu até a suíte dele e teve uma desagradável surpresa quando percebeu que a porta estava entreaberta e que os sons do sexo e da paixão podiam ser ouvidos do corredor. Os dois estavam transando, ela sabia! Victoria primeiro a espancara para agora estar transando com Heriberto mesmo depois de tudo que ela fez. Empurrou levemente a porta e, como numa vingança inesperada, a imagem que viu a golpeou até mais do que Victoria havia feito uma hora antes. 

A estilista perdia as forças por tanto prazer, desprezou as pernas sem conseguir mantê-las encaixadas no quadril de Heriberto e agarrava-se em seu pescoço com os braços mantendo a cabeça junto dele, mas ele não diminuía o ritmo dos movimentos até que ela gritou mais de uma vez ao atingir um orgasmo explosivo como jamais havia sentido. Ele ainda lhe penetrava de leve, mas ela estava desesperada com aquela sensação tão extasiante que deixava descargas de prazer por todo o seu corpo. 

— Ohhhh, meu Deus Heriberto, que delícia! — Exclamou ofegante, satisfeita, completa.

O sexo com Heriberto era excepcional, ela não podia negar, não queria, ela sabia. Ele regalou quase no mesmo momento com os movimentos leves que permaneceu fazendo durante seu orgasmo e os dois se abraçaram ofegantes e satisfeitos por saberem que a paixão estava não só viva, mas impetuosa dentro de ambos. Depois de alguns segundos Heriberto se afastou e olhou o rosto de Victoria que era uma completa representação da volúpia apaixonada dos dois: suado, os cabelos desarranjados grudados no rosto, seus corpos ainda encaixados. 

Como se o prazer ainda os dirigisse, beijavam-se sem vontade de parar, alheios à presença de Bernarda que observava a cena com ódio do corredor, por uma pequena fresta da porta que era mais do que suficiente para que ela visse tudo que acontecia ali dentro. Mortificada, ela disse baixinho:

— Essa partida ainda não acabou, Victoria! Eu vou virar o jogo e você vai se arrepender de tudo que me fez hoje!

 ***


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