Por trás do ódio escrita por Greta Muniz


Capítulo 11
11- Expectativas da vida vão além....


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem por não ter postado ontem, estava difícil de encontrar palavras certas para este. Mas hoje temos musica então aproveitem.
Boa Leitura...
Beijos da Mya♡



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Tudo oque os dois rapazes sabiam eram que estavam presos, machucados, e sem salvação. Naquela sala escura ficaram a noite inteira sozinhos, e com muita dor, a maior parte delas os dois ficaram inconscientes. Em algum momento na escuridão Caio soltou lágrimas de arrependimento ao ver o colega machucado caído ao chão. 
— Rafael me desculpa ...- disse com a voz embargada.- Eu não deveria ter...- respirou tentando não chorar.- Ter tido aquela ideia!Me desculpa!
O loiro não se aguentou e soltou as lágrimas que escorriam por seu rosto inchado. 
O rapaz ao seu lado o olhou com um pouco de dificuldade, seu olho esquerdo estava muito inchado , o impossibilitado de as formas.
— Não quero que se culpe- respirou, continuando com dificuldade. - Eu aceitei , e não me arrependo! Vamos sair dessa- o confortou dando uma tentativa de sorriso. E se entregou a escuridão mais uma vez.

Pela manhã, não sabiam se passariam daquele dia, só esperavam os mexicanos chegarem para acabar com aquele sofrimento. 
Assim que os latinos chegaram, notaram a presença de Martin, que com certeza era o mandante de tudo aquilo. Em sua expressão não se passava absolutamente nada. Já a de seu filho, era de divertimento, ele se satisfazia com o sofrimento dos jovens. 
Rafael é Caio não lutaram, não resmungaram, decidiram não irritar mais seus agressores, sabiam agora que eles estavam apenas os assustando, e sim mostrando poder através de sua dor.
Martin andou até os jovens, olhou seus semblantes,antes cheios de vida e energia,agora não se via nada , estava fosco sem alguma esperança. 
Suspirou e olhou para o filho, que estava encostado na porta ja com as mãos na cintura onde ali estava a arma apenas esperando para ser engatilhada. Olhou novamente para os jovens, Aquilo era realmente merecido? Oque os rapazes fizeram para merecer a morte como castigo?
Essas perguntas rodavam em sua cabeça.Ele havia tido uma vida, já foi jovem assim como estes moribundos a sua frente. 
Colocou uma das mãos nas têmporas, respirou fundo e olhou para o filho, que ja estava com a arma em posição. 
Fez sinal para o filho parar oque já estava prestes a fazer,o mesmo olhou sem entender. 
— Los chicos ja aprenderan , no vamos sujar nossas manos con chicos!
Carlitos o olhou incrédulo, como pode o pai mudar tão rápido de ideia.
—¿ Mas Padre ! Elles nos roubaran!!
O senhor começar a andar em direção a porta.
— Deixen elles! Vamos deixar que elles se salven.- dito isso entrava dentro do carro.

Um pouco distante do galpão, mas perto o suficiente para ser visto pelos 5 jovens dentro do carro, Martin e seu primogênito vão embora deixando Rafael e Caio a própria sorte. 
— Eles foram embora! -alertou André.
— É nossa chance!- declarou Marcela .
Os 5 se entreolham, e 3 deles saiem em direção ao galpão. 
Anne e Paulo continuaram no carro , caso os mexicanos voltassem teriam alguém para chamar socorro.

Os três iam em direção ao galpão, com medo do que iam encontrar. André ia na frente , logo atrás Marcela e Vic.
Encontraram os dois amarrados, e com os rostos machucados. 
Logo correram para dessamarra-los .
Marcela segurou o rosto de Caio o chamando, o mesmo a olhou e deu um pequeno sorriso. Vic chorava e olhava para Rafa. Que perguntava com estava Caio.
— Eu estou bem, me tire daqui Cel!- disse com a voz embargada. 
A mesma balança a cabeça limpando as lágrimas que escorriam por seu rosto.
— Ah você está chorando! Rafa olha só ela está chorando- disse tentando descontrair o momento mesmo ele sendo sério. 
Chegando no carro com um pouco de dificuldade, foram rapidamente atendidos por Anne e Paulo que já os aguardavam.
— Vamos embora logo antes que eles voltem!- alertou Paulo. 
— Eles não voltar,nos deixaram lá!- explicou Rafa , que logo em seguida deitou sua cabeça no colo da namorada.Nenhuma palavra foi tida ,apenas seguiram para o hospital,deixando para trás, o lugar onde viram a morte.

No caminho para o hospital Rafa e Caio estavam cada um com a cabeça apoiada no colo de Cel e Vic conseguiram descansar. Os dois relaxaram sabendo que estavam com os amigos e principalmente seguros. Como decidiram não ir ao hospital mexicano, para não correr o risco de encontrar com algum capanga de Martin, seguiram para Charlestown a cidade de onde nunca deveriam ter saído. 
Mas se preocupavam com oque iriam falar sobre o estado dos colegas, que tinham o rosto inchado e hematomas pelo corpo. Tinham medo de contarem a verdade e Rafa e Caio serem acusados de invasão à domicílio e roubo,oque não seria nada legal ser fichado tão jovem.

—Mas vão perguntar o porque de vocês estarem assim! - argumentou Paulo que estava no porta malas, para dar espaço ao amigos. 
— Vamos dizer que fomos atacados por homofobicos, que acharam que eu e o Rafael éramos um casal.- explicou Caio com voz baixa e de maneira lenta.
Todos acentiram, mesmo achando injusto os agressores saírem impunes.
Já no hospital os dois foram atendidos, fizeram alguns exames e foram liberados com ferimentos não tão graves. Por sorte nenhum osso quebrado. Uma das enfermeiras até tinha perguntado se eles queriam prestar alguma queixa,mas ambos negaram, alegando querendo esquecer tudo oque aconteceu. 
Depois de algumas horas no hospital,os 7 jovens se encontravam dentro do carro em silêncio, cada um absorvendo tudo oque ocorreu. André foi o primeiro a despertar e olhou para os amigos.
— Vou levar vocês para casa!- disse colocando a chave na ignição. 
—Espera!- pediu Caio- Cel que horas são?
A mesma olhou seu relógio, que marcava 19:00.
O loiro olhou para o restante do grupo, e sorriu.
—O evento vai acabar em uma hora, temos tempo para ir e tocar!
— Vocês estão cansados purpurina, é melhor ir pra casa- disse Cel.
—Mas só estaríamos mostrando para aqueles muchachos que somos fracos!- dizendo isso, olhou para Rafa.- Nós precisamos fazer isso!
André e Paulo concordaram. 
— Agora é com você Rafa.- Disse Vic.
O ruivo a olhou e riu.
— Bom ... Espero que a plateia não se assuste com a nossa cara! 
Todos riram e se abraçaram. 
— Então vamos lá!- André ligou o carro e foi em direção a praça de eventos. 
                        [...]
O grupo corria no limite de Caio e Rafa, até chegarem aos bastidores do evento ,encontrando Kevin,o produtor do evento. O mesmo olhou para os dois integrantes com o rosto e inchado e disse!
— Ah kingdom que bom que chegaram se preparem , vocês deram os próximos -O dando as costas quando olhou para o grupo- Ah e vocês dois , é bom que arrumem essa cara!- apontou para o loiro e o ruivo. É saiu andando.
O grupo logo começou a se arrumar. Caio passou lápis de olho preto e sorriu,quem diria que sua estreia seria Assim, com o rosto todo zoado. E olhou para Rafa que estava ajeitando a jaqueta, andou até e ele.
— Bom ruivo, essa é a minha estreia! Então não a estrague!!
E riu ,o ruivo sorriu e chamou o restante da banda.
—Galera eu sei que o combinado era tocar Walls,mas depois de tudo que eu e Caio passamos, pensei em tocar Alive.
— Tem razão amor, já tínhamos ensaiado essa ,então não vai ser um problema não é gente?- perguntou Vic. 
Todos acentiram ,menos Caio, que mesmo estava super nervoso.
A banda foi chamada e todos foram em direção ao palco. 
Rafa pegou o microfone e olhou para o público. 
— Bom acho que todos vocês estam se perguntando oque aconteceu!- riu sendo acompanhado de todos.- Eu e meu colega fomos confundidos e sofremos agressão por homofobicos!- todos estavam espantados com aquela revelação , até mesmo os integrantes da banda.que não esperavam esse discurso. 
Rafa olhou de soslaio para Caio e continuou. 
— Mudamos a música escolhida, pois ela demonstra todo o sentimento que sentimos, e espero que todos consigam sentir!
Então começaram os primeiros acordes da música. 

I was born in a thunderstorm
(Eu nasci em uma tormenta)

I grew up overnight
(Eu cresci do dia para a noite)

I played alone
(Jogava sozinha)

I played on my own
(Eu joguei sozinha)


I survived
(Eu sobrevivi)

I wanted everything I never had
(Eu queria tudo que nunca tive)

Like the love that comes with light
(Como o amor que vem junto com a luz)

I wore envy and I hated that
(Eu senti inveja e odiei isso)

But I survived
(Mas eu sobrevivi)

I had a one way ticket to a place where all the demons go
(Eu tinha uma passagem só de ida para um lugar onde todos os demônios vão)

Where the wind don't change
(Aonde o vento não mudava)

And nothing in the ground can ever grow
(E nada no chão jamais iria crescer)

No hope, just lies
(Sem esperança, apenas mentiras)

And you're taught to cry into your pillow
(E você é ensinada a chorar no travesseiro)

But I survived
(Mas eu sobrevivi)

I'm still breathing (3x)
(Ainda estou respirando)

I'm alive(4x)
(Estou viva)

                   [...]
Nesse momento Rafa e Caio cantaram juntos.Com sentimento como se isso fosse uma vitora.
                              [...]

I took and I took and I took what you gave
(E eu peguei, peguei o que você deu)

But you never noticed that I was in pain
(Mas você nunca percebeu que eu estava sofrendo)

I knew what I wanted; I went out and got it
(Eu sabia o que queria, segui e entendi)

Did all the things that you said that I
wouldn't
(Fiz todas as coisas que você disse que não faria)

I told you that I would never be forgotten
(Eu te disse que nunca iria ser esquecida)

And all in spite of you
( E tudo , apesar de você)

Yo respiro (3x)
( Eu respiro)

I'm alive(4x)
(Estou viva)


Rafa fez um improviso coloncado a frase em espanhol, aquela sim tinha sido uma frase com um grande significado. 
— Muito obrigado! Eu queria pedir uma salva de palmas para o novo integrante da banda que fez sua estreia hoje!! Caio!!

E todos aplaudiram, Rafa olhou sorrindo e também aplaudindo o loiro, que neste momento tinha um grande sorriso no rosto. Sim aquela tinha sido a melhor estreia que ele podia ter esperado.

[...] 

Dona Judith  com seu peso na consciência  ,resolveu ir falar com o pai viúvo  de Caio, junto com seu marido,bateram na porta.

Roberto atende a porta e da passagem  para a vizinha, que começa  a tentar explicar  oque viu na noite passado. 

— Bom Roberto  , é  o Caio....

— Oque  tem ele? - questionou ele.

— Bom o menino  Caio ,bom ele....- Ela não  conseguia  continuar,seu marido ja estava impaciente. 

— Oque tem eu ?- Perguntou  Caio no meio da sala. 

A senhora  o olhou e caiu dura no chão. 

— Meu Deus dona Judith!! - alarmou Caio.

O senhor Alfredo, apenas a olhou e se levantou. 

— Bom me desculpem! Acho que ela exagerou  um pouco no chá  hoje! 

E saiu levando a esposa desacordada, deixando  pai e filho  sem entender. 

— Bom é  melhor eu ir tomar banho-  o loiro seguiu  escada, sem explicar para o pai  o porque do rosto machucado.

[Continua...]


Bom a versão que escolhi de Alive, foi o cover do Jonny Bliss:

https://youtu.be/d1mp__uSoBE


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Notas finais do capítulo

Ai gente eu achei necessário usar um cover do que a original, primeiro porque
Queria um vocalista homem para ficar mais real, e segundo porque encontrei esse que é perfeito,principalmente por ter um pequena parte em espanhol. Ah a música Walls é da banda Kings of Leon ,para quem ficou crurioso. Espero que tenham gostado.
Até a próxima ☆



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