Fatídicas noites escrita por Biazitha


Capítulo 4
Desculpas aflitas e promessas amanhecidas




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[HYUUGA NEJI]

Quando meu nome foi chamado e meu rosto pálido apareceu no telão senti que a minha alma deixou o meu corpo por míseros segundos; o meu estômago bateu no chão e o coração retumbou na cabeça. Eu não sabia que poderia ficar mais branco do que já era.

Fiz uma reverência desajeitada e quase derrubei o microfone no processo, causando risadas maldosas na platéia.

— Está nervoso Neji? — indagou um dos apresentadores, que eu acreditava ser o tal de Dongyup, com um sorriso divertido no rosto redondo.

— Um pouco.

— Então assume que tem culpa no cartório?! — forcei uma risada para acompanhar o resto, mas com certeza era perceptível o meu desconforto. Agarrei alguns cabelos da nuca e deixei o riso morrer de repente, fechando minha cara. Olhei para Tenten por uns segundos, perdendo-me em sua beleza extraordinária e agradável como um bobo apaixonado.

— Você sabia que a sua amiga tinha todas essas mágoas guardadas no peito? — perguntou outro homem, aquele eu sabia que se chamava Chanwoo por já ter o visto em outros programas, ao mesmo tempo em que batia com a mão esquerda no próprio coração. Acompanhei o gesto enquanto engolia em seco.

— Sim. — a resposta pareceu deixar grande parte dos presentes em choque. Tudo bem, talvez tenha soado como se eu fosse um filho da puta. Quero dizer… Realmente um tremendo filho da puta sem sentimentos.

— E você não faz nada para mudar isso?

— Eu não sei o que fazer. Eu queria voltar a conversar como antes, a amizade dela é muito importante para mim. — “e o amor também”, entretanto resolvi não acrescentar aquele detalhe à minha fala.

— Isso é tão confuso! Vocês parecem querer conversar, mas não conseguem. O que te impede de fazer isso?

— Eu sempre sinto que estou atrapalhando. Ela estuda muito e está sempre ocupada com os livros, eu não quero ser algum tipo de distração.

— Pelo que ela disse, toda noite você está fora. Tem algum outro motivo para fazer isso? Você gosta de sair tanto assim?

— Não sei. Às vezes é bom para espairecer. — senti-me fechando aos poucos em minha própria concha, todo a vontade que eu havia juntado para falar publicamente sobre o problema estava descendo pelo ralo. Ideia idiota estar ali! — Sei que ela não gosta muito de ir para baladas, então não a convido para que não acabe indo forçada.

Tenten claramente não gostava de minhas saídas noturnas e eu não tirava sua razão, nem eu mesmo gostava, contudo era única forma de escapar de tudo o que eu sentia quando encarava a minha própria cama e lembrava dos seus beijos.

Como eu podia ser tão covarde? Onde estava com a cabeça?

— Vocês conseguem apontar algum momento em específico onde sentiram que as coisas haviam mudado?

— Acho que foi um processo gradual, aos poucos foi acontecendo sem que nos déssemos conta. Não lembro de nada que tenha acontecido! — respondeu Tenten antes que eu pudesse abrir a boca. O pânico estampado em seus lindos olhos amendoados enquanto apertava a almofada em seu colo.

— Uma briga, talvez? Alguma coisa que um fez e o outro não gostou? — insistiu Dongyup comprimindo os olhos, parecia desconfiado.

— Não mesmo, nada me vem à mente. Da minha parte não há nada do tipo. Neji nunca me fez nada.

Os olhares se voltaram para mim mais uma vez e dei de ombros, uma pequena gota de suor fazendo o caminho sinuoso da minha nuca até as minhas costas.

— Não lembro de nada do tipo também.

Suspirei desanimado e o foco da conversa mudou em poucos segundos com Youngja apontando para os dois ansiosos ao meu lado.

— Os amigos acompanham a situação de perto, sejam bem-vindos. Como é para vocês todo esse silêncio entre eles?

A audiência fez barulhos diversos quando Hinata e Naruto apareceram no telão. O loiro sorria brilhante, como se fosse uma estrela de cinema, enquanto minha prima balançava as pernas inquieta.

— Eu queria que eles voltassem a ser como antes ou que pelo menos nos contassem o que se passa com eles. — a voz baixa de Hinata estava ainda mais silenciosa, como se temesse algo. — Nunca escondemos segredos uns dos outros. O nosso grupo já é pequeno e agora parece que está ainda mais fragmentado.

Oh, merda… Era como uma bola de neve dos infernos, cada vez adicionando mais arrependimento em minha mente pesada.

— Vocês se recordam de algum dia em que essa estranheza realmente passou dos limites? — Chanwoo perguntou, cutucando a ferida mais um pouco.

— Eu e Hinata temos aula de coreano juntos no horário da manhã enquanto Neji e Tenten tem no horário da tarde. Um dia ela saiu tarde da aula de coreano, muito tarde, mas ele não foi capaz de esperá-la, deixando-a sozinha nas ruas. Ficamos muito preocupados aquele dia, porém ele mesmo só voltou de balada na manhã seguinte, não parecia muito preocupado com ela. — explicou o loiro e precisei de muita calma para não piorar a situação, mantendo a faceta calma e não revirando os olhos ou bufando.

— Não foi bem assim. — comecei a explicar antes que alguém me acusasse mais ainda. — Ela estava com outro colega de classe e não havia perigo nenhum, não vi motivos para esperá-la naquele dia.

— Você poderia ter ao menos ligado para ela, idiota! Não se deixa amigos para trás e você sabe bem disso. Nunca deixamos um dos nossos. — reclamou o loiro e senti como se estivesse discutindo com uma criança de três anos. Ele falava como se fôssemos parte de uma seita.

Contudo não era como se estivesse completamente errado. Não estava e odiava ter que admitir isso para mim mesmo. Como se eu precisasse de mais culpa em meus ombros… Eu já sabia do quão idiota era.

— Na verdade, Neji mandou várias mensagens para mim naquela noite. — quando Hinata falou em meu favor fiquei dividido entre o alívio e a vergonha. Pude sentir Naruto murchar ao meu lado, talvez por ter “esquecido” de contar aquele detalhe e por sua namorada ter tirado toda a atenção de si. Também senti os olhos da Mitsashi me queimando, assim como os olhos de todos os outros. Abaixei a cabeça e comecei a brincar com o microfone. — Foi errado tê-la deixado para trás, mesmo acompanhada, e não ter falado diretamente com Tenten, mas ele ficou me importunando desesperado até que ela estivesse segura em seu quarto. Depois até comprou alguns doces para que ela comesse no café da manhã no dia seguinte, mas pediu para que eu entregasse e fingisse que eu havia comprado.

Tudo estava muito silencioso, ninguém ousava interromper nossas discussões e histórias. Os apresentadores balançavam a cabeça ora ou outra, mas se mantinham quietos. Isso me deixava ainda mais amedrontado.

— Meses atrás Neji acabou se machucando e precisou ir às pressas para o hospital. Ficou três dias internado até conseguirem colocar o braço dele no lugar e todos os dias que íamos visitá-lo, Tenten ficava do lado de fora do quarto. Nunca entrou para ver como ele estava e não foi conosco buscá-lo quando ele recebeu alta. — continuou Naruto com o tom de voz voltando à exasperação. Não evitei revirar os olhos, ele só estava ali para ver o circo pegar fogo e contar metade das histórias. Estava pior do que as minhas meias-verdades.

— Hinata, tem algo a acrescentar? — inquiriu Chanwoo como uma forma de brincadeira, mas o que arrancou ainda mais risadas foi a minha prima assentindo positivamente e empurrando o namorado com o ombro, como se pedisse para ele calar a boca.

— Tenten tinha uma prova muito importante no dia que meu primo recebeu alta e ela tem pavor de hospitais. Foi muito difícil para ela conseguir ir até o quarto naqueles dias, mas sempre perguntava por ele várias vezes quando o horário de visitas acabava e ficava observando na porta o tempo todo, mesmo que tremendo um pouco. Quando Neji voltou ao goshiwon, ela havia preparado um jantar muito gostoso e deixado algumas comidas no quarto dele para que não fizesse muita força para ir até a cozinha.

— Desculpa, mas eu preciso rir disso tudo. Vocês dois são hilários. — Dongyup apontou para os dois ao meu lado, em seguida para mim e Tenten. — E esses outros dois são muito estranhos!

Levantei a cabeça e coloquei os fios soltos atrás das orelhas, sentindo-me quente com toda a situação. Eu só queria ir embora.

— Acho que ouvimos o suficiente, mas quero fazer algo antes de terminarmos. — Youngja subiu até onde eu estava com rapidez e me puxou até o centro do palco, não fui capaz de oferecer qualquer resistência. Havia tanto sangue circulando nas minhas bochechas que eu sentia que explodiria a qualquer momento. Em poucos segundos, a mulher fez Tenten parar em minha frente e juntou nossas mãos que não seguravam os microfones. A mão delicada dela parecia tão gelada e úmida quanto a minha. — Quero que peçam desculpas um para o outro e prometam melhorar daqui para frente. Independente do que houve, vocês são amigos e dois jovens-adultos capazes de passar por cima disso. Não deixe que nada acabe com a amizade e esse sonho bonito de vocês quatro.

Olhei para a morena dos cabelos belamente presos, que também me olhava, e arrisquei um sorrisinho confiante. Ela pareceu surpresa quando retribuiu.

Eu sentia muitíssimo por estarmos naquela situação.

— Me desculpa Tenten. Eu serei um melhor companheiro de aulas e um melhor amigo daqui para frente. Vamos voltar a ser como éramos, eu sinto muita falta da sua amizade…

— Me desculpa Neji, eu vou me esforçar para que tudo volte a ser como antes. Você mora no meu coração, sempre morou.

Apertei as mãos dela mais entre as minhas. O meu coração latejava e retumbava no peito com as suas palavras.

— É isso que vocês precisam fazer! Vocês precisam se esforçar para que exista harmonia. Os dois precisam ser mais sinceros, dizendo de verdade tudo o que acontece, só assim a amizade será como antes. Talvez até melhor. — aconselhou Dongyup com uma expressão séria. Concordei como um idiota, balançando a cabeça várias vezes enquanto me soltava do aperto de nossas mãos e corria de volta para o banco. A atenção ficou pouco em mim porém, para o meu alívio.

Fazia tanto tempo que não nos olhávamos como havíamos sido forçados a fazer. Foi como se vários elefantes pisassem no meu estômago e abelhas picassem cada parte do meu corpo. Uma junção de reações tão estranhas, no entanto ao mesmo tempo tão boas e seguras que me deixavam fora de mim.

Porque apenas Mitsashi Tenten me causava isso.

— Ele te deu a palavra de que será um amigo melhor e você deve se esforçar também…

A partir dali não consegui prestar atenção em mais nada. Meus olhos se mantiveram fixos nos meus pés e minhas mãos suadas se apertavam tanto que começaram a doer, no entanto eu não desfiz aquela posição até a hora de podermos ir embora.

O problema principal – que apenas eu e Tenten tínhamos conhecimento – continuava intocável e inalcançável.

Uzumaki Nauruto mantinha um sorriso satisfeito no rosto, de minuto em minuto se elogiando por ter tido a brilhante ideia de nos levar até o público tentando contaminar a silenciosa Hyuuga Hinata com a sua animação. E mesmo que Tenten retrucasse de uma forma estranhamente mais mal-humorada do que nunca que toda aquela palhaçada não havia mudado nada – o que me doía um pouco ouvir, por mais verdadeiro que fosse –, ele fingia não escutar nada e continuava se colocando em um pedestal.

A van, que havia nos levado até o programa e agora nos devolvia ao goshiwon, parecia cada vez mais apertada e sufocante. Tenten estava sentada do meu lado no banco de trás e poucos centímetros nos separavam. Sua mão esquerda estava jogada no banco e precisei conter muito o impulso de pegá-la entre as minhas ao mesmo tempo que abria todo o meu coração para ela.

Por mais irritante e tenso que tenha sido, talvez o programa tenha acendido algo mais dentro de mim. Eu quero mudar essa situação; nós podemos ser amigos mesmo que ela me rejeite, certo?

Pior do que está não pode ficar...

— Preciso contar algo para vocês. — joguei a frase no ar interrompendo a sessão de amor próprio de Naruto.

Hinata, que ia no banco a nossa frente, virou a cabeça lentamente em minha direção e o loiro fez o mesmo. Como se fosse um filme de terror, todos os olhos me queimavam, de todas as direções possíveis. Jurei que fariam uma careta de susto a qualquer instante e abririam a porta da van para fugir.

Não foi o que aconteceu, eles só ficaram me encarando com certa ansiedade em seus olhos.

— Bom, não só eu. A Tenten também precisa.

— Eu!?

— Aconteceu sim uma coisa para que ficássemos… Estranhos. — ignorei a agitação crescente da morena ao meu lado. Ela suspirou fundo algumas vezes, provavelmente pensando se valeria à pena me matar naquele instante ou depois. — Nós… Eu… Bom… Aconteceu, não é? Esse tipo de coisa acontece. O momento parecia certo e aconteceu. Foi rápido, mas...

— Vocês transaram, então? — perguntou Uzumaki com tranquilidade, não mais me encarando, no entanto um sorriso maldoso tremia o canto de seus lábios.

— Eu falei! Eu sabia! — comemorava Hinata como uma criança, batendo palmas.

— O quê? — berrou Tenten, agarrando o banco e se contorcendo. — Como…?

— Eu devia ter apostado… — murmurou o loiro após um tempo apreensivo onde minha prima ria baixinho e a moreno ao meu lado surtava. Arregalei os olhos e pulei até seu banco, mesmo que o cinto me impedisse de fazer muito. Agora sim a careta de susto havia aparecido. Tentei manter a seriedade enquanto mirava no fundo dos seus olhos azuis também arregalados.

— Apostado o quê?

— Isso. — seu dedo indicador viajou de mim até a Mitsashi várias vezes. Senti meu rosto todo pinicar e ferver. — Eu já tinha comentado com a Hinata que a proximidade de vocês não era só amizade. Eu só tenho cara de tonto, mas não sou. — Naruto riu muito. Riu de verdade. Riu até as lágrimas escorrerem de seus olhos. Riu até ficar sem fôlego e quase fez nossas cabeças explodirem com o som irritante que saía de sua boca. Ainda um pouco ofegante, continuou: — Nós imaginamos que vocês contariam o que aconteceu uma hora ou outra, mas não imaginamos que precisaríamos ir até a droga de um programa de televisão para que isso acontecesse.

— Acharam que não percebíamos os olhares que trocavam? Devo dizer que vocês foram além da expectativa de todos. — confessou a Hyuuga, sangue do meu sangue, falando tais atrocidades na minha cara. Como eles puderam…?

— Qual expectativa? — indagou Tenten, finalmente se pronunciando corretamente.

— Vocês querem sinceridade? — quem respondeu foi Naruto, que ainda mantinha um leve riso preso em sua boca. Na verdade não sabíamos se queríamos, porque toda a sinceridade deles até aquele momento havia sido traumatizante. Mesmo assim gememos um “sim” sofrido em uníssono. — A expectativa era que vocês aparecessem algum dia dizendo que estavam namorando, isso quando ainda estávamos no Japão, mas não foi o que aconteceu. Depois achamos que o clima da Coreia ajudaria no romance, mas de repente ficaram estranhos, então foi fácil entender que tinha acontecido algo.

— Depois de tantos anos com aquele chove e não molha, foi um tanto decepcionante ver os dois tão distantes. Achei que finalmente teríamos vários encontros duplos. — Hinata soava sincera como nunca, olhando para nós com um sorriso maternal e acolhedor. — Vocês esconderam bem da gente.

— Só que não. — completou o maldito loiro, voltando a rir como uma hiena. Senti meu rosto todo se apertar e arrisquei uma olhadela para a morena ao meu lado, que já me encarava com desespero. Dei de ombros como se não me importasse, porém era certeza que não poderíamos fugir de uma conversa agora.

— Se vocês sabiam por que não falaram nada? Evitaria todo esse trabalho! — explodiu a Mitsashi, de novo se agarrando ao banco e se contorcendo. Achei que teria uma parada cardíaca em poucos minutos ali mesmo.

— Não podíamos afirmar nada, por mais que estivesse na cara. E provavelmente vocês dariam um jeito de fugir do assunto, como sempre fazem. O programa foi uma boa saída.

— Eu só não consigo entender o motivo para vocês ficarem estranhos assim. A amizade e o amor de vocês é mais forte do que qualquer insegurança que tenham. Como deixaram chegar a esse ponto? — comentou Naruto e eu o soltei, finalmente. Ele suspirou em alívio, logo arrumando sua roupa amassada. — Se vocês estão apaixonados, o que fica muito claro para quem vê de fora, é só deixar tudo seguir o fluxo.

Eu estava realmente sem palavras com toda a situação. O verdadeiro Hello Counselor parecia ter acabado de acontecer dentro do carro e não na KBS horas atrás.

— Agora vocês aprenderam que não podem e nem conseguem esconder nada da gente, não é?

— Vocês são dois bizarros! — sibilei entredentes, cruzando os braços e olhando para a estrada escura.

Meu dedo sofreu até digitar a senha certa do meu pequeno quarto, tanto por estar suado quanto por minha agitação. Tenten parecia estar enfrentando a mesma situação, suas mãos tremiam visivelmente. Estávamos sozinhos no corredor silencioso, Naruto e Hinata haviam voado até os seus quartos sem nem mesmo um “boa noite”.

— O que acha de conversarmos melhor amanhã de manhã? — perguntei com a voz baixa, parado na porta aberta. A morena estava de frente para mim e parecia esperar por minhas palavras havia um tempo. — Eu acho melhor, mas antes preciso saber… Podemos tentar de novo?

A sombra de um sorriso brincou em sua face, subindo até os olhos. Sozinhos ali, mais uma vez, imaginei o que aconteceria se eu a beijasse de novo? Era o que eu mais queria… Eu queria amar Tenten e queria ser amado por ela, mais do que o clássico amor de amigos.

— Boa noite pequeno gênio. — o apelido que eu odiava, e que não ouvia há anos sair de seus lábios, acendeu algo em mim. Poderia ter ficado irritado com a provocação fajuta como ficava antes, no entanto só pude sorrir. Ali estava a resposta...

Nós poderíamos tentar de novo. E de novo. E de novo, se necessário.

Tenten finalmente se permitiu sorrir alegre e deu uma batidinha no meu braço antes de caminhar até o seu quartinho. Suspirei fundo, como um adolescente virgem e iludido, antes de responder com a minha melhor voz aliviada:

— Boa noite Ten.


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