08:30 — São Francisco, casa da Summer.
Violet POV's off
Summer POV's on
“-Posição base - a voz da minha mãe ecoa atrás de mim - Um, dois, três…
E a mesma repetição de passos que faço todos dos dias.
—Vamos Summer quero ver perfeição - ela fala batendo palmas atrás de mim no ritmo que eu deveria seguir - Postura, mantém, roda! - grita ela - Mais uma vez não esta bom o suficiente - diz a mesma me repreendendo.
 Todas às ocasiões com aquela voz fria e olhar de desgosto como se eu não fosse boa o suficiente, e refaço uma infinidade de vezes, troco de sapatilhas por sapados de dança de salão de novo e erro e começo de novo”.
 E as exclamações, e broncas ecoam na minha cabeça até que acordo ofegante olho para meu quarto onde a luz da janela deixa o mesmo mais claro procuro foco, e coloco a mão sobre meu peito que ainda sobe e desce acelerado pelo pesadelo.
 Levantei-me e fui direto para o chuveiro liguei na água gelada justamente para ficar em alerta, depois do banho fiz todos meus exercícios, e tomei meus suplementos e desci para tomar o café da manha.
 Na mesa estão meu pai na ponta a direita, minha mãe em sua esquerda e meu irmão ao lado dela os três me olham em quanto me sento ao lado de Kalel.
— Bom-dia - ele me cumprimenta de maneira calma.
— Bom dia - respondo colocando suco verde no meu copo, minha mãe apenas observa até onde encho o mesmo.
 Ela é uma ex-bailarina então obviamente é magra, bonita de longos cabelos ruivos como os meus, olhos castanhos, com a pele muito branca por falta de sol já que a mesma odeia bronzeado, e sempre esta muito elegante.
 Já meu pai tem cabelos castanhos escuros alguns fios brancos se misturam em suas madeixas, olhos verdes, esta sempre de paleto e gravata por causa do trabalho, atualmente esta um pouquinho mais cheio do que o costume, mas minha mãe já o colocou em uma dieta para perder peso. Ele sorri para mim.
— Dormiu bem filha? - ele pergunta gentilmente.
— Claro - minto para ele sorrindo.
— Isso é bom - o mesmo diz voltando o foco para o tablete em suas mãos.
— Fiquei sabendo que a Violet voltou - diz minha mãe chamando a atenção minha e do Kalel.
— Verdade, estou animado - o mesmo comenta.
— Ela ficou fora muito tempo - digo dando em seguida o primeiro gole no suco.
— Sim, mas a conhecendo como conheço certamente ela vai treinar muito e superar seus limites - fala Kalel de maneira confiante.
— Vocês são realmente perfeitos juntos - admite minha mãe de maneira pensativa - Mas ela vai ter que se dedicar muito este ano se ainda quiser continuar ser um cisne da companhia - argumenta.
— Não se preocupe quanto a isto - diz meu irmão de maneira convencida.
— Você vai concorrer a dançarina principal este ano? - minha mãe pergunta olhando para mim.
— Com certeza - afirmo fitando ela.
— Perfeito espero que ganhe - a mesma diz de maneira seria, como se fossem ordens suas palavras.
 Algumas horas mais tarde eu e Kalel vamos para o estúdio para ensaiar afinal uma grande competição esta chegando. Entramos em uma sala vazia junto com a professora Rosália, a mesma tem os cabelos loiros presos, é jovem tem por volta uns trinta anos, e veste roupas de treinamento.
— Certo vão se alongar para começarmos - diz ela antes de beber algo da garrafa que tem em mãos.
 Olho para Kalel que parece concentrado em seus exercício, e faço o mesmo ficamos nisto por quase quinze minutos até estarmos em nossa posição base.
— Certo vamos começar com a valsa - informa ela ligando a música.
 Ficamos treinando vários estilos de dança, porém sempre pensei que Kalel é rápido de mais ele tem um tempo impressionante, mesmo já tendo dançado com outros bailarinos com certeza ele é o mais rápido.
 Fazemos uma pausa para o almoço meu irmão me acompanhou até nosso restaurante favorito que fica aqui perto. Sempre achei o ambiente agradável, e os garçons são muito educados.
 Fizemos nossos pedidos e logo chegou na nossa mesa no prato dele muita proteína e para acompanhar suco de laranja, já no meu prato muitas folhas e legumes cozidos e suco verde. Ele repara que estou a observa-lo.
— Sabe às vezes você devia mudar um pouco seu cardápio - ele diz de maneira gentil.
— Só se for para eu ficar gorda - comento dando a primeira garfada.
— Não é porque você comeu como uma pessoa normal durante um dia que você vai subir de peso - argumenta Kalel.
— A mamãe acabaria descobrindo - digo bebendo mais do suco verde.
— Você já é de maior de idade deveria ditar suas próprias regras - fala ele-Não deve se importar tanto com o que ela diz se não você vai ficar maluca.
 Sorri para Kalel, mesmo que eu quis-se fazer as coisas do meu jeito certamente ela me culparia e deixaria bem claro que sou um fracasso, entre outras coisas que não gosto nem de pensar.
— Quem sabe um dia - digo de forma otimista.
— Só não faça nem uma loucura - pede ele pensativo.
    Summer POV's off
          Violet POV's on
 Para minha sorte tinha conseguido chegar na hora certa na parte da manhã o movimento e bem tranquilo, tanto que hoje foi o Gustavo que abriu a cafeteria.
 O mesmo parecia concentrado em cozinhar lá fundo, quando se aproxima das 14 horas já estou me preparando para voltar para casa. Bocejo e entrego mais dois chocolates-quentes para as clientes que acabam de chegar.
 Sinto uma mão no meu ombro me viro para olhar é o Jonathan sorrindo como se ele tivesse aprontado algo.
— Você não ia vir anoite? - pergunta ele.
— Troquei com Jess hoje você esqueceu? - respondo fazendo outra pergunta.
— Verdade - afirma - Tem tanta coisa para fazer que esqueci, mas é uma pena porque eu precisava que você fingisse ser minha irmã - diz Jonathan sorrindo.
— E por que preciso fingir ser sua irmã? - pergunto arqueando a sobrancelha.
— É porque levei uma garota que estamos ficando mais “serio” em casa só que ela encontrou algumas coisas de outras garotas que já frequentaram meu lar ai para deixa-la menos nervosa disse que era da minha irmã mais nova - informa ele.
— E ai ela quer conhecer esta tal de sua irmã que não existe - digo concluindo o pensamento dele.
— Isso - afirma o mesmo.
— Mas nem somos parecidos - falo cruzando os braços.
— Temos cabelos castanhos - argumenta ele.
— Você acha mesmo que ela vai acreditar nisto? - pergunto incrédula.
— Se ajuda posso dizer que somos irmãos por parte de pai afinal meu pai tem uma porrada de filhos depois que separou da minha mãe você poderia realmente ser minha irmã - diz ele sorrindo.
— Você é um idiota - afirmo olhando ele.
— Por favor - pede ele juntando as mãos - É importante para mim.
— Ta bom, mas se você casar com ela um dia eu não vou fingir minha vida toda que sou sua irmã - digo de maneira séria.
— E quem disse que vou me casar? - responde ele arqueando a sobrancelha.
— Todos dizem isso até serem fisgados - argumento desamarrando o avental - E quando vamos ver ela? - pergunto.
— Hoje anoite em um jantar em “família” é em um restaurante chique coloco que um vestido bonito - fala ele me olhando - Vou te mandar o endereço, e horário depois.
— Fique sabendo que vai ficar me devendo um mega favor - falo.
— Claro, quando precisar de um rim tenho dois ótimos - afirma ele sorrindo.
— Você não tem jeito - falo saindo, a Catarina já havia chegado para ficar no meu lugar ela nós cumprimentamos sorrindo e logo assume seu posto.
 A mesma já teve um breve lance com Jonathan, na verdade a maioria das garotas que trabalharam aqui se envolveram com ele, mas como o mesmo diz “é apenas um caso de uma noite”.
 Depois que troquei meu uniforme por minhas roupas fui direto para casa afinal não voltava lá desde ontem, quando cheguei escuto como se alguém estivesse tocando violino uma melodia triste, me aproximo da varando de onde vem o som olho de relance e vejo Logan, mas decidi não pertuba-lo.
 Na mesinha da sala tem uma porção de livros empilhados a maioria era sobre engenharia, cálculos complexos, arquitetura, música. Vou direto para o meu quarto.
 Olho as horas se me apresasse poderia ir para o estúdio e voltar a tempo de me aprontar para o tal jantar que de acordo com a mensagem do Jonathan seria às 20 horas.
 Procuro alguma coisa para eu vestir no jantar até que acho um vestido preto que vai uns três palmos para baixo dos joelhos e de alças finas, suave decote que ainda tinha a etiqueta e para acompanhar o meu bom e velho salto médio da cor preta, escolhi brincos de perolas brancas que ganhei de presenta da Marilyn este ano. Sorri para o 'look' que tinha acabado de montar.
 Então me apresei em trocar de roupa e pegar minha mochila para ir para o estúdio, quando passei pela sala novamente Logan esta apenas folheando rapidamente os livros como se procurasse por algo, ele me olha.
— O Hian ontem queria saber se no dia 11 do mês que vem você tem compromisso - diz ele de maneira neutra.
— Não, não tenho nada marcado por quê? - pergunto.
— Certamente ele deve estar marcando uma das confraternização “obrigatórias” - responde ele pensativo.
— Entendo - digo no mesmo embalo que o dele - Tenho que ir - informo.
— O.k - concorda ele ainda neutro, e volta seu foco para os livros.
 Sai direto para o estúdio, chegando lá fiz aulas de balé com algumas das bailarinas da companhia passei horas treinando. Consegui ver o Kalel e conversar um pouco com ele, mas o mesmo estava com a Summer então fomos breve já que ela o apresou.
 Quando é próximos das 18:30 voltei para a república desta vez Alan e Hian estão em casa os dois estavam rindo de algum filme que passa na TV. Hian olha na direção da porta para ver quem tinha chegado.
— O Logan me avisou tá marcado dia 11! - fala ele animado.
— Não sei bem para que é, mas vou sim - afirmo me aproximando.
— Perfeito, a vai ficar para o jantar? - ele me pergunta.
— Não, vou sair de novo - informo.
— A esqueci de dizer - diz Alan focando em nós dois - Fiquem em alerta a Cristine vai fazer uma inspeção nos apartamentos para verificar como estão e se tem drogas nos quartos - avisa ele.
— Como você descobre estas coisas? - pergunta Hian.
— Tenho muitos amigos - responde ele de maneira convencida.
— Você também mora aqui? - pergunto.
— Não - diz ele rindo - Moro na república do Norte que fica um pouco afastada, mas o aluguel tem um preço bom - argumenta.
— Fui lá não tinham vagas - falo de lembrando dos vários nãos que recebi.
— É pelo preço lá enche de estudante fácil - comenta Alan.
 Ficamos conversando mais um tempo até que me toquei que horas são então corri para o banho, lavei meu cabelo e escovei o mesmo deixando mais liso que o normal.
 Fiz uma maquiagem bem suave, e me troquei quando finalmente estou pronta paro na frente do espelho e me observo dou uma voltinha para ter certeza que estou bem. Pego minha bolsa e saio do quarto são ainda 19:15 combinei com Jonathan de chegarmos mais cedo para dar tempo de pensar em algo.
 Me despedi do Hian e Alan e fui pegar o táxi lá em baixo que já estava me esperando. Levou quase meia hora para chegarmos já o transito estava difícil.
 Desci na frente do restaurante e Jonathan já estava lá o mesmo traja um terno azul-escuro, os cabelos suavemente bagunçados o deixava mais jovens e atraente ele foca em mim.
—Finalmente chegou, pensei que não viria mais - diz ele.
— O trânsito estava horrível - comento em quanto me aproximo - Certo o que vamos falar para ela? - pergunto de maneira direta.
— Não se esqueça nascemos em São Francisco, minha mãe chama Mariane e nosso pai Afonso somos descendente de italianos, e somos filhos do segundo casamento do meu pai - informa ele pensativo - E seja adorável - pede.
— O.k - afirmo pensando em tudo que ele disse - E como esta garota é?
— Bonita - responde ele pensativo - Agora sorria ela esta chegando - diz ele.
 Me viro para atrás e vejo uma mulher loira, de olhos azuis só que mais escuros do que os dele, magra e alta, tem uma maquiagem elegante, e veste um vestido vermelho com um decote bem grande a deixando em todos os aspectos muito atraentes.
— Jonathan - cumprimenta ela dando um beijo nele sem pudor algum, apenas observo o gesto deles e tento sorrir quando ela foca em mim - Esta é sua irmãzinha? - pergunta.
— Sim - afirma ele.
— Sou Violet prazer - digo sorrindo estendendo a mão para cumprimenta-la, esperando que ela acredite nesta fachada de irmã mais nova.
— Sabrina o prazer e todo meu - responde ela sorrindo.
— Bom vamos entrar - fala Jonathan, ele olha para mim como se dize-se que por hora estamos bem.
 Fomos direto para mesa que ele havia reservado Sabrina se senta a sua direita e eu a esquerda, não demoramos para pedir assim que o garçom sai ela foca em mim.
— Você tem quantos anos Violet? - pergunta ela.
— Dezenove - respondo educadamente.
— E o que você faz? - insiste ela.
— Estou fazendo faculdade de fotografia, e danço balé também - digo - Mas você?
— A eu sou dentista - responde ela sorrindo.
— E como se conheceram? - pergunto para os dois.
— Conta para ela amor - diz Sabrina focando em Jonathan.
— Foi a alguns meses atrás meu carro tinha ido para o conserto e acabamos dividindo a mesma corrida de táxi depois disto começamos a nos ver com bastante frequência - fala ele sorrindo, segurando a mão da moça.
— Que romântico - digo mantendo minha postura.
— E você tem namorado? - pergunta ela.
— Sim tenho - afirmo - Estamos juntos a dois anos e três messes - digo antecipando aproxima pergunta dela.
— Que ótimo você pretende se casar quando terminar a faculdade? - pergunta ela.
— A não sei - digo de maneira tímida - Nós nunca falamos sobre isso até agora.
Assim que termino esta frase os garções chegam com nossos pedidos ficamos conversando sobre assuntos aleatório e uma hora ou outra chegamos no assunto de infância, já tínhamos bebido vinho de mais.
— Como foi crescer na mesma casa que o Jonathan ele é sempre tão reservado - diz ela rindo em quando fala.
— A era divertido ele sempre foi muito atencioso como irmão mais velho - digo e dou um soquinho no braço dele que apenas observa com certeza de nós três ele é o mais sóbrio já que quase não bebeu nada.
 Quando dei por mim, estamos saindo do restaurante conversando e rindo, Sabrina para por um momento e sussurra algo para ele que esboça um sorriso travesso como se a mesma falasse algo muito provocativo.
— Vou colocar a Violet no táxi e já vamos - diz ele olhando ela.
— Certo - afirma a mesma - Adorei te conhecer Violet vamos sair mais juntos da próxima vez traga seu namorado e saímos em casais - propõe a mesma.
— Sim - afirmo sorrindo e olho para meu chefe que sorri também e vamos da direção onde ficam os táxis caminhamos devagar até lá - Nunca mais faço isso - falo focando nele.
— Também espero não precisar mais fazer coisas assim - confessa ele - Mas você foi incrível - elogia o mesmo, e balanço a cabeça positivamente.
— Até amanhã então - digo me despedindo assim que chegamos no ponto.
— Até e obrigado de novo - agradece ele.
 Entro no táxi e Jonathan fala para o motorista o endereço da república e paga a corrida, ele balança a mão em quanto o carro sai e faço o mesmo. Quando chego em casa já são quase uma da manhã entro no elevador e subo direto.
 Assim que eu me aproximo vejo Logan abrindo a porta como se estivesse chegando agora também…