A Única Esperança escrita por ImperatrizPersefone


Capítulo 4
O Despertar da Consciência de Poseidon




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781421/chapter/4

Quatro Anos Depois

Julian

Hoje viajarei com os meus pais para os Estados Unidos, onde haverá uma reunião com os empresários mais ricos, não estava com vontade de sair de Atenas, me sinto tão bem em casa, perto dos meus livros e do meu único amigo, com quem passo horas conversando e treinando, Sorento tem um grande poder de luta, mas o meu poder não se compara ao dele, passamos quatro anos pesquisando, mas ainda não descobrimos o porque desse poder, a única coisa que descobrimos através de livros antigos é que na antiguidade os deuses existiam na terra e que eles e os seus guerreiros tinham uma força chamada de cosmo energia, que é a força que lhes dão forças para lutarem já que eles não costumam usarem armas para lutarem, mas isso não faz nenhum sentido para nós, pois não somos guerreiros e também não acreditamos que os deuses realmente existem e moram junto aos humanos, a única coisa que sabemos é que ninguém pode saber que temos esse enorme poder.

Como não tenho opção, entro no jato particular junto aos meus pais, depois de horas de vôo, chegamos em Nova York, uma cidade que para mim não tem beleza nenhuma, aqui sequer tem o mar, não sei porque mas a medida que vou crescendo, sinta mais necessidade de estar próximo ao mar, as vezes sinto como se existisse uma força que me atrai ao mar, mas isso deve ser coisa da minha mente adolescente, eu nunca fui muito normal e para provar isso, é só mostrar que faço faculdade mesmo tendo apenas 14 anos, quando entrei na universidade pela primeira vez, senti todos os olhares voltados para mim, felizmente estudo junto do Sorento, porque os outros alunos não conversam comigo.

Entro na enorme suíte do hotel, deixo a mala em um canto do quarto e me jogo na cama sem ao menos tirar meus sapatos, só ao lembrar que ficarei uma semana nessa cidade me sinto desanimado e sem ânimo para nada, é como se estivesse doente, como eu queria um belo nado no mar, ligo a televisão mas ela não me distrai, não é por causa do idioma, pois desde pequeno tive aulas de inglês, a verdade é que não desejava visitar esse país, mas tentarei me distrair durante a semana que eu permanecer nesse lugar. 

Felizmente uma semana passa rapidamente, fui obrigado a ir em duas festas e a jantares chiques, aos quais não me sinto nenhum pouco confortável, apesar da minha idade, entendo muito os negócios então participo das conversas com os adultos que tratam com preconceito por eu ser um adolescente, já as pessoas da minha idade sequer quiseram conversar comigo, mas não deixei que isso me abalasse, já estou acostumado a ser desprezado por causa da minha inteligência, mas sei que um dia isso mudará e serei muito respeitado.

Com muita alegria entro no jatinho particular, estou contando as horas para estar novamente em casa, poder meus livros sossegado, no momento estou lendo sobre os deuses primordiais e achando muito interessante o modo como eles são retratados, acho incrível o poder deles, mas de todos os deuses que eu já pesquisei, o que mais gostei de estudar foi sobre Poseidon, o imperador dos mares, acho seus poderes muito interessantes, no mundo em que vivemos, onde muitas pessoas passam dificuldades por causa da seca, alguém com poder de fazer chover ajudaria muitas pessoas e salvaria as suas vidas.

Acordo durante o vôo sentindo que algo estranho estava acontecendo, o avião estava balançando demais, minutos depois, ouvimos o piloto falar que estava com um sério problema no avião e que tentaria um pouso de emergência, aquilo me deixou apavorado, olhei para os meus pais e vejo que eles também estavam apavorados, nesse momento só consigo pensar que todos morreremos, fecho os meus olhos com força e desejo com todo o meu coração que aconteça um milagre e conseguimos nos salvar.

Praia

Uma bela loira de apenas de treze anos estava sentada sozinha olhando a imensidão do mar, ela estava muito confusa, há algumas semanas, aconteceu algo estranho com o seu corpo e não foi nada que alguém que ela conhecesse já teve, não foi uma alteração de humor causada pelos seus primeiros ciclos menstruais, ela ficou tão espantada com o acontecimento que não teve coragem de falar dele com ninguém, enquanto nadava no mar, suas pernas sumiram e no lugar delas apareceu uma cauda, bem parecida com a cauda de uma baleia, o desespero dela foi enorme e piorou quando sentiu uma força a puxando para o fundo do mar, ela se deixou levar por essa força e nadou para o fundo daquelas águas, por algum motivo que ela não consegue explicar, não sentiu falta de ar e esse fato fez com que ela nadasse por horas e pela primeira vez na sua vida, sentiu-se livre.  

Enquanto pensava na sua vida, algo lhe chamou a atenção, entrou no mar, ao ter contato com a água salgada sua cauda apareceu o que lhe deu permitiu mergulhar nas águas limpas e profundas, minutos depois viu um avião caindo na água, estava distante dela, mas presenciou quando a aeronave bateu nas águas, então nadou com rapidez e em poucos minutos chegou perto dos destroços do avião, viu quatro corpos já sem vida e um percebeu que o jovem loiro estava vivo, ela o segurou com muito carinho e nesse momento sentiu algo muito estranho vindo daquele garoto, não sabia o que era aquela sensação, mas ficou feliz em poder salvar a sua vida, nadou rapidamente e levou o garoto para a praia, o colocou de lado para expelir a água salgada, o que aconteceu e ficou feliz ao ver o loiro abrir os olhos, ele lhe olhou como se já a conhecesse, o loiro sentou na areia e olhou para a imensidão do mar e lhe agradeceu por ter lhe salvado.

Dois Depois

Julian: Eu perdi as duas pessoas que mais me amaram, sei que só sobrevivi a esse terrível acidente por causa do meu cosmo, foi muito difícil enterrar os meus pais, me sinto um pouco perdido, não sei o que fazer da minha vida, só sei que não estou sozinho pois tenho o meu amigo Sorento ao meu lado e também a Thetis, a linda sereia que me tirou do fundo do mar, mesmo com o meu cosmo, sei que não viveria muito tempo embaixo das águas, pois estava inconsciente e também por ter corpo totalmente humano, mas o que me deixa mais confuso é que eu nunca acreditei que existem deuses e descobri que sou a reencarnação do deus dos mares e eles são meus amados marinas que desde a era mitológica me servem, fazem isso com muito respeito e dedicação, sei que tenho muitos marinas mas não sei quantos reencarnaram e nem faço ideia de como os encontrarei, na verdade, não tenho ideia do que fazer nessa minha nova vida, a única coisa que eu sei é que os respeitarei e jamais lhes tratarei como se fossem inferiores a mim, pois eles não são apenas guerreiros, são também as únicas pessoas com quem eu posso contar e que nunca me deixaram sozinho, como a Thetis não tem família a trago para morar na minha mansão, a companhia dela me faz muito bem, não a trato como uma empregada, mas sim como uma amiga, Sorento também passa muito tempo perto de mim, sei que com o passar do tempo seremos como uma família, algo que nunca soube o que significava enquanto vivia como um deus, pois infelizmente os deuses que moram no Olimpo se tornaram egoístas e para quem quer ter uma vida em família, esse sentimento não pode existir, pois é um sentimento ruim e também pode ser o causador da destruição de uma família. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Única Esperança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.