Poseidon 

Faz dois dias que voltei para a minha mansão acompanhado de todos os meus marinas, não importa a patente de suas escamas, todos vivem perto de mim e os trato da mesma maneira, ao fazer isso, consegui facilmente o respeito e a lealdade de todos.

Não acredito que as coisas na Grécia não mudaram nos quatro anos que fiquei sem vir a esse país, os pais do Sorento continuam nos enchendo a paciência para pararmos de vivermos viajando e fazermos faculdade, o que eles não sabem é que como sou um deus e Sorento é um dos meus generais mais poderoso, possuímos mais inteligência que um humano comum que fez doutorado.

Eu não tenho nenhum interesse pelas empresas que os meus pais biológicos me deixaram, na verdade, não sinto que tenho nenhuma ligação com os humanos que tanto me amaram que eu os amei, nos últimos anos vivi apenas como um deus e não consigo mudar isso.

Sinto um desejo enorme de ir para o Olimpo e falar umas verdades para o meu odiado irmão Zeus, que continua vivendo tranquilamente como se os problemas dos humanos não tivessem nada haver com ele, não entendo como pode ser tão egoísta. 

Entendo os motivos de Hades desejar uma guerra contra ele e caso isso ocorra lutarei ao seu lado, pois acho que devemos o tirar do seu trono e lhe julgar por todos os seus crimes, só não sei como os filhos dele reagiram.

Estou sossegado na sala da minha mansão conversando com os meus marinas sobre a próxima viagem quando sinto o cosmo do exército de Hades, já esperava que em breve ele viesse para a terra, espero que finalmente esse seja o último conflito entre ele e Atena, o meu maior desejo é que ela seja castigada por todos os seus crimes, sei que isso não trata a minha esposa e Atlântida de volta, mas ela tem que pagar por todo o mal que me fez.

Estou com pensamentos divididos, não sei se não devo tomar uma posição nessa guerra já que não estou envolvido nela ou se devo ir até o santuário e fazer o que o meu coração manda, afinal como moro na terra de alguma maneira acabarei sofrendo as consequências dessa guerra.

Todos os meus marinas estão preparados para enfrentar uma guerra embora até nesse momento só tenham usado seus poderes para fazerem curas, observo o cosmo de cada um deles e tomo a decisão de ir para o santuário mesmo ainda não sabendo o que devo fazer ao chegar lá.

Levanto do sofá e falo olhando para os meus amigos que todos iremos para o santuário, eles parecem perplexos com a minha decisão pois nenhum deles esperava que entrássemos em uma guerra, mesmo não gostando da minha ordem, todos chamam as suas escamas que imediatamente os atendem e os vestem.

Visto a minha amada escama, pego o meu tridente com a mão direita e teletransporto todos para o santuário, a cena que vejo é terrível, muitos cavaleiros estão a beira da morte, muitos criados que sequer sabem lutarem para se defenderem estão machucados, a vila perto do santuário onde vivem pessoas inocentes está prestes a ser destruída, sinto o desespero de muitas pessoas, a natureza perto do santuário pega fogo, é muita dor reunida, abaixo um pouco a cabeça e fecho os meus olhos, sinto como se todos chamassem por mim.