A Única Esperança escrita por ImperatrizPersefone


Capítulo 27
Dor que o Tempo não Cura




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Poseidon

 

Acordo e percebo que chorei enquanto dormia, o meu sonho foi tão lindo, devo agradecer a Hipnos por me proporcionar doces lembranças.

Há muitos séculos, eu vivia tranquilamente em Atlântida ao lado dos seres marinhos, os comandava com muita sabedoria, respeito, éramos um povo muito tranquilo e nunca fazíamos guerra com outros deuses.

A minha esposa era a Anfitrite, éramos apaixonados um pelo outro, o nosso casamento era harmonioso e estávamos muito felizes pois a minha amada esposa estava grávida pela primeira vez.

Todos no meu reino estavam felizes com a vinda do meu filho, a alegria era contagiante e esperávamos que sempre continuasse assim, mas infelizmente não foi o que aconteceu.

Recebi uma visita muito indesejada, Atena veio me procurar, disse que estava apaixonada por mim, jamais trairia a minha esposa e a rejeitei, mas ela não parecia aceitar isso.

Não entendia porque esse interesse repentino em mim, ela dizia que sempre seria uma deusa casta, mas parece que falava isso apenas para manter afastados aqueles deuses tarados que mesmo sendo seus irmãos a desejavam.

Um dia precisei ir em uma reunião do Olimpo, mesmo odiando aquele lugar por estar cheio de deuses mentirosos, tinha que ir, fiquei dois dias longe de Atlântida e quando voltei, tive um enorme sofrimento.

Atena atacou a minha amada cidade, matou todos os habitantes, incluindo a minha amada esposa.

Fiquei desesperado ao ver tudo destruído, apenas alguns homens sobreviveram porque estavam comigo, com muita dor no coração jurei me vingar daquela deusa egoísta e mesquinha.

Consegui fazer as escamas para mim e os meus soldados e desde então lutamos contra Atena.

O meu ódio aumentou por Atena não ter sido julgada pelos assassinatos, meu sofrimento era imenso que resolvi abrir mão da minha imortalidade para não ter que conviver mais com nenhum deus injusto.

Mesmo após tantos séculos, a perda da minha família ainda dói, mas sei que nada os trará de volta à vida, também não sei se devo atacar Atena agora, acho que o melhor que posso fazer no momento é um deus bondoso, justo, ser algo que aquela egoísta jamais será.

 Levanto da cama, tomo um banho e vou encontrar os meus marinas, me sinto bem ao lado deles, ninguém humano tem memória de outra vida, mas sabem que há séculos me servem e são respeitados. 


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