Oblivion escrita por Lucca


Capítulo 3
Primeiros Passos


Notas iniciais do capítulo

Kurt foi totalmente surpreendido pela chegada de Jane. Acabou levando-a pra casa e, com a interferência dos filhos, aceitou a história contada por ela. Mas suas barreiras ainda estavam lá e Jane terá que vencê-las.
Boa leitura



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— Não! Você não vai! Não é seguro. Estão te caçando lá fora. – Kurt sussurrou. Já estava ficando visivelmente irritado.

— Já fui caçada outras vezes e nunca me pegaram. – Jane parecia calma enquanto dava a mamadeira ao Ben.

— Não! O melhor é você ficar aqui até todo nosso plano estar esquematizado e eu ter certeza de que é seguro você sair. – Ele estava irredutível

— Kurt, precisamos de ajuda. Você acha que não desconfiarão se você começar a levantar as coisas que precisamos para forjar minha morte? Computadores, telefones, tudo que deve estar rastreado. A menor suspeita e nossa chance vai por água abaixo.

Era incrível como a voz dela parecia doce e calma, mesmo que ele lesse o leve tom desafiador nas entrelinhas do não dito. Kurt respirou fundo buscando uma nova forma de convencê-la. Imposição não parecia funcionar com Jane. Ele sentiu a bile subindo ao perceber que, nos últimos meses, dar ordens foi o que mais fez. Diálogo mesmo, só agora com ela. Ou seria uma discussão? E por que isso ainda lhe parecia mais agradável do que todos aqueles meses sendo obedecido por todos no FBI? Por que isso parecia melhor do que as doces conversas entre ele e sua mãe ou Nas? Ele socou levemente o corrimão da escada que dava acesso à cozinha no nível superior. Resolveu buscar um outro tom e argumentos fora da esfera da segurança de Jane:

— As crianças foram envolvidas nisso. Precisamos passar segurança pra elas, especialmente Bethany que já entende melhor. Você já imaginou como ela se sentira se, ao voltar da escola, sua ninja protetora não estiver mais aqui? nisso?

Foi a vez de Jane engolir seco pensando na horrível teia dos fatos se entrelaçando sobre ela como uma armadilha na qual não sofreria as consequências sozinha.

— Kurt, precisamos confiar um no outro e confiar que tudo vai dar certo. Você localiza Boston Airls Graib e eu vou atrás de Ana Montes. Se queremos entender o que está acontecendo e tirá-los do meu encalço, precisamos da ajuda desses dois.

Weller assentiu com um gesto descontente. Era hora de acordar Bethany e prepará-la para a escola, uma rotina sempre repleta de choro e negativas por parte da menina. Então, era preciso focar em sua filha e não nessa mulher que invadiu suas vidas.

Estranhamente, a pequena Bee acordou feliz. Ouviu atentamente as orientações de Jane e concordou com tudo que ela propunha: o banho, o café da manhã, a ida pra escola. O efeito Jane Doe sobre a família era uma paz que Kurt desconhecia a meses.

A família deixou a casa todos juntos no carro. Jane escondida no porta-malas. Após deixar as crianças na escolinha e Jane numa travessa discreta, Weller riu se si mesmo ao pensar o quanto as últimas horas foram loucas e, ao mesmo tempo, as melhores das quais se lembrava.

Jane não teve dificuldade em chegar ao local onde Ana Montes vivia e trabalhava. A jovem sempre foi acompanhada discretamente por ela pois sentia que deveria protegê-la. Ironicamente, ao longo dos últimos anos, foi a tatuada que precisou da ajuda da garota diversas vezes e isso a deixava muito mais incomodada. Desejava do fundo de sua alma não colocar Ana em perigo.

Bateu na porta do apartamento e fingiu estar ali apenas para uma visita casual. O novo lugar onde Ana estava instalada, essa mistura de lar com ambiente de trabalho, era bem melhor que o anterior demonstrando que a jovem estava conseguindo se manter bem com a renda dos serviços que oferecia. Com a breve conversa inicial, Jane descobriu que nessa fase final da faculdade, diversos projetos inovadores faziam parte de sua rotina, alguns deles lhe pareceram muito úteis aos seus propósitos.

Não demorou para que Ana a questionasse sobre o real motivo da visita. Ela percebeu o quanto Jane estava em alerta durante toda a conversa.

— Ana, novamente estou precisando de um favor seu. Preciso de informações sobre duas pessoas: Roman Briggs e Avery Drabkin. Ele está numa instituição de segurança máxima para portadores de distúrbios mentais. Ela em algum lugar da Alemanha, espero.

— E eu vou repetir a mesma pergunta que te fiz quando precisou da minha ajuda antes: por que você não pediu isso a Patterson?

— Então, a minha resposta também será como foi da outra vez: quanto menos você souber, melhor para sua segurança. Eu preciso consertar as coisas, Ana. E não tenho mais ninguém a quem recorrer. Isso está mais sério e complicado do que foi da última vez...E, sobre Patterson, essa é a terceira coisa sobre a qual preciso de sua ajuda. Ela está morando na Califórnia e parece incomunicável. Você conseguiria abrir uma porta de diálogo entre nós duas? Tudo tem que ser muito discreto, use todos os VPNs mais sofisticados que você tiver acesso...

— Pare! Antes que você diga mais alguma coisa, eu quero falar. Desde nosso primeiro encontro, me interessei muito pelo seu caso e tenho pesquisado a fundo sobre o incidente na Times Square, em 2015, e seus desdobramento. E, se você está precisando da minha ajuda agora é óbvio que algo muito grande está acontecendo. Eu não vou fazer nada às cegas. Entendo que queira me poupar, mas não sou mais uma adolescente de 17 anos.  Sou adulta agora. Então, ou você me conta tudo, ou pode esquecer de contar com minha ajuda!

Jane aspirou o ar ponderando sobre o que fazer. Levantou-se e disse:

— Sinto muito, Ana. Minha vida sempre foi uma bagunça e não quero te envolver nela. Obrigada mesmo assim.

Foi a vez da garota ficar em pé diante dela visivelmente descontente:

— Você apagou a tatuagem de coruja?

Jane ficou confusa com a pergunta:

— N...não. Não apaguei nenhuma delas. Cada uma me traz lembranças especiais de momentos e pessoas que eu não quero esquecer, Ana. Não quero me esquecer de nada do que vivi nunca mais.

— Então ainda estamos ligadas. A coruja nos protegeu de algo muito ruim como meu irmão me prometeu que faria. Você tem certeza que sua escolha em me deixar de fora estará me protegendo e não me deixando exposta à uma ameaça muito maior e desconhecida?

Impossível não considerar a força do dúvida lançada por Ana. Jane não sabia a qual tipo de ameaça todos estavam expostos, mas era certo que existiam questões biológicas e tecnológicas envolvidas. Vidas estavam sendo alteradas sem que as pessoas tivessem sequer noção disso. Ela levou a mão até a parte de trás do pescoço sentindo o quanto estava tensa. Talvez seu próximo passo fosse cometer mais um erro para a enorme lista que já carregava do passado, mas Ana estava em pé à sua frente, desafiando-a a correr esse risco pelo bem de todos.

Jane sentou-se novamente, olhar fixo num ponto do chão, pernas entreabertas, corpo reclinado para a frente, cotovelos apoiados nos joelhos. Seu foco estava em organizar um relato coerente e breve. Ana sentou-se ao lado dela e ouviu atenta a tudo. Quando a morena terminou, disse:

— Uau. Tá, eu confesso que não esperava algo tão... absurdo e grande assim. Você está encrencada... Pior: nós todos podemos estar encrencados. Venha, vou ver se consigo as informações que me pediu.

As duas passaram o dia juntas reunindo informações muito mais complexas e relevantes do que Jane pretendia inicialmente. A boa notícia é que Avery estava levando uma vida aparentemente normal na universidade da Alemanha. Parecia seguro deixá-la lá. Mas essa era a única boa notícia. Não conseguiram qualquer forma de contato com Patterson. Ela estava completamente oculta atrás de proteções tecnológicas. Ana precisaria de ajuda para fazer isso. Roman se tornou outro problema urgente que precisavam resolver. Seu caso aparecia com julgado e sua execução estava marcada para o mês seguinte.

O retorno pra casa foi tranquilo. Se encontraram no local combinado, Jane se alocou no porta-malas e assim entrou na casa de Kurt. No início da noite, ele seguiu a rotina com os filhos sem ela para ser captado pelas câmeras de segurança. Depois de desligar o sistema, ela entrou. Evitaram a conversa sobre seus planos por causa da presença dos filhos.

Na sala de brinquedos, curtiram os pequenos e Kurt observou atentamente o carinho e a sintonia que Jane tinha com eles. Os dois disputam o colo de Jane que pacientemente brincou com os cubos de montar e sorriu o tempo todo. Não havia qualquer diferença entre Bethany e Ben para ela. Tratava os dois com igual carinho e atenção.

— Uma foto! Uma foto! – Bethany estava eufórica com o momento em família. – Todo mundo junto!

— Não, filha, essa não é uma boa ideia. Um outro dia talvez... – Kurt respondeu.

A tristeza nos olhos da pequena era de partir o coração.

— Mas é a nossa família. A foto é pra lembrar do amor quando não fica juntinho... – a pequena insistiu.

O casal sentiu o peso das palavras da pequena. Sempre usaram esse argumento quando tinham que deixar o Colorado, onde ela morava com sua mãe Allie, para retornar a NYC. Kurt olhou para Jane já pressentindo o que iria encontrar: um olhar tão suplicante quanto o de Bethany. Decididamente as crianças representavam um ponto fraco dela.

— Por favor, Kurt. Usamos o meu celular. – Jane arrematou.

Kurt assentiu sorrindo. Essa foto era um risco desnecessário. Por que ele se sentia tão bem em estar cedendo?

Os quatro se reuniram e Jane fez a selfie de baixa resolução naquele celular barato. Bethany pegou o celular das mãos dela completamente encantada com a imagem capturada:

— Vamos imprimir essa foto pra você e guardá-la num lugar seguro e muito especial! – Jane sugeriu ao ver o quanto aquilo parecia precioso aos olhos da pequena. Na verdade, sentia a mesma coisa.

— Vai ser o nosso tesouro de pirata! – Bee disse com um saltinho

— Isso mesmo! – Jane disse puxando-a para seu colo – E não há tesouro maior! Agora é hora de dormir, capitã Bethany Weller. Amanhã novas aventuras te aguardam! – e abraçou a enteada.

— Vem, papai, vem! – a pequena disse chamando o pai com a mãozinha – Abraço de família.

Kurt se aproximou com cuidado, mas a filha enlaçou seu pescoço e puxou com toda a força que tinha. Seu rosto acabou colado ao de Jane que não pareceu nem um pouco constrangida com a proximidade. Quando já ia se afastando, Bethany reivindicou:

— Beijo sanduíche. – e apontou com os dois dedinhos indicadores para suas bochechas.

O casal obedeceu.

— Agora no Ben! – e apontou o irmãozinho.

Claro que o bebê também ganhou o carinho.

— De novo! Mais um! – Bee disse apontando de novo para si mesma.

Sem receio algum, os dois se prepararam para repetir o beijo, mas Bethany se afastou rapidamente fazendo os lábios deles se encontrarem. Não era possível dar sequência ao beijo ali na presença dos filhos. Mas os dois se afastaram apenas alguns centímetros, com o coração pulsando forte no peito e olhos presos um no outro:

— Dois namoradinhos! – Bethany sussurrou rindo e colocando as mãozinhas para cobrir a boca.

Eles riram constrangidos e felizes. Como seria bom poder ter apenas isso como realidade em suas vidas!

Quando finalmente fizeram os pequenos adormecerem, desceram para a cozinha. Era hora de trocar informações:

— Localizei Boston, mas não consegui falar com ele. Parece que a carreira dele como artista plástico está em ascensão na Europa. Minha agenda está lotada com reuniões e papeladas burocráticas e isso dificulta executar o que planejamos. Tenho uma ideia sobre como conseguir o corpo e o avião que precisamos, mas também não progredi muito nisso.  E você, como foi? – ele falou enquanto organizava algumas coisas no armário, evitando olhar diretamente para ela.

— As coisas também não foram como eu esperava. Acabei contando tudo a Ana. Ela não conseguiu acesso à Patterson. Vai precisar de Boston e Rich pra isso. Avery está bem. Talvez nem tenha sido zipada. Mas a execução de Roman já tem data marcada, Kurt. Eu não vou deixar isso acontecer.

— Você precisa ter calma. – disse se virando para ela - Uma ação precipitada é tudo que eles precisam para virarem o jogo contra nós. Verei o que posso fazer. No momento, é mais urgente forjar sua morte.

— Você tem razão. Mas prefiro que Boston esteja diretamente envolvido nessa parte e não a Ana. Eu não me perdoaria se ela acabasse incriminada.

— Vou te passar tudo que consegui, você entra em contato com ele amanhã. – então um curto silêncio se instalou. Os olhos de Jane fixos nele, esperando o que viria a seguir. Ele estava em pé, próximo à bancada, com a cabeça abaixada, moveu os olhos na direção dela para continuar – Bem, eu já vou subir para dormir também...

— Mas já? A gente podia conversar mais, ainda é tão cedo... – ela questionou aflita sem ponderar exatamente o peso que isso teria sobre ele. Para ela, era seu marido ali. Queria de volta o velho hábito de passarem algumas horas abraçados no sofá, desfrutando da presença um do outro. Mas para ele, era apenas uma desconhecida que entrara na sua vida no dia anterior.

— Precisamos descansar. Ontem nós quatro juntos na cama foi meio desconfortável...

O comentário caiu sobre ela com uma lâmina cravada direto no seu coração. Jane sabia o quanto sentimentos podem ser alterados com o ZIP. Ela não voltou a amar Oscar. Essa possibilidade fez seu corpo todo estremecer.

— Você não está cansada? Dormimos tão pouco ontem. – ele questionou pensando no sono agitado que ela teve.

A voz de Kurt a trouxe de volta de seus pensamentos.

— N...ão. Ontem dormi mais do nos últimos meses... – e mordeu os lábios segurando a vontade de completar dizendo que a presença dele tinha sido um bálsamo acalmando o caos no qual ela estava mergulhada. – Eu tenho um pouco de dificuldade pra dormir... – “sem você” seria o final da frase, mas ela achou melhor não dizer. Ela queria não demonstrar o quanto esse diálogo a estava afetando, mas seu olhar vagava perdido pela mesa – Acho que vou tentar falar com Boston, então.

A agitação e desconforto de Jane não passou despercebida por Kurt que apertou os olhos para prestar mais atenção nela.

— Você nunca para? – ele perguntou.

Ela fechou os olhos recordando quando ele lhe fez essa mesma pergunta há muito tempo atrás e um sorriso triste se formou nos seus lábios.

— O que foi, Jane?

— Lembranças... você me perguntou isso pouco depois de nos conhecermos... – céus, ela sentia-se precisando do antídoto do ZIP agora mais do que quando estava morrendo. Como queria que ele se lembrasse de tudo que viveram e pudesse amá-la de novo.

Kurt enfiou a mão no bolso e retirou um pequeno pedaço de papel.

— Esse é o número do telefone de Boston Arliss Crab. – estendeu a mão oferecendo o papel à ela.   

A mão de Jane voou em direção ao papel com uma ânsia desesperada de quem precisa daquilo pra poder respirar. Focar na missão seria sua válvula de escape para suportar tudo que não podia ter agora. Consequentemente, sua mão esbarrou na de Kurt e, então, ela não conseguiu evitar mantê-la ali o máximo que podia sentindo um pouco do calor dele. Os olhos dos dois se fixaram em suas mãos e naquele toque que, por instantes, nenhum deles se esforçou em interromper. Com um leve roçar do polegar sobre os dedos dela, Kurt tomou a iniciativa da separação.

— Pelo menos tente dormir. Você precisa descansar também. Fique à vontade lá no porão, eu trouxe mais roupas. Boa noite. – e saiu em direção à sala onde ficava a escada que dava acesso aos quartos.

Jane desceu ao porão determinada a fazer tudo que podia pra ter sua família plenamente de volta. Assim que sentou-se na cama, ligou para Boston que só atendeu após o quinto toque.

— Pronto. – a voz dele soou sonolenta do outro lado.

— Boston, é Jane. Você está sozinho?

— Jane... Jane... que Jane?

Um arrepio correu por sua espinha. Se ele também foi zipado, isso não seria nada fácil. Com apenas um fio de esperança, ela disse:

— Jane Doe.

— Ah, olá, Jane! Desculpe-me não reconhecer sua voz...

Ela nunca imaginou que ficaria tão feliz por ouvir Boston dizer que se lembrava dela.

— Você está sozinho?

— É claro que estou. Estava dormindo. – nesse momento, ele se sentou na cama assimilando que a ligação e pergunta eram um sinal de alerta. – São três da manhã aqui. O que aconteceu?

Jane respirou fundo e começou um relato breve, mencionando as informações mais relevantes e terminou dizendo:

— Boston, eu preciso de você. – a essa altura, sua voz já estava carregada de emoção e isso foi captado por ele do outro lado da linha.

— Mas é óbvio que você precisa de mim e que eu vou ajudá-la. Toda vez que minha vida e carreira estão engrenando num ritmo normal, Rich e algo sobre ele despencam sobre mim tumultuando tudo!

— Eu sinto muito...

— Não sinta, não é você, Jane, Rich é meu carma.  Assim que amanhecer, Boston Arliss Crab vai anunciar que precisa de um retiro de meditação isolado na Tailândia. Até amanhã à tarde, desembarco nos EUA com uma nova identidade e a gente se encontra.

Casa de Madeline

— Ninguém desaparece assim! Há algo que não estamos enxergando. – Shepherd estava muito irritada.

— Acalme-se, é apenas uma questão de tempo agora. – Madeline a tranquilizou a abraçando.

— Chame Nas e Keaton para uma reunião particular. Lembre-os do perigo que Remi representa. Diga para estarem alerta à qualquer indício, por menos provável que seja! Precisamos desconfiar de tudo e de todos. Remi sabe como fazer aliados rapidamente. É quase um dom natural para ela.

 - Será assim, exatamente como você quer. Remi não tem a menor chance. Confie em mim.


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Notas finais do capítulo

Agora sim essa história começou a se desenrolar. Estão gostando? Alguma crítica?
Estamos bem no início e adoraria entrelaçar momentos desejados por vocês ao arco principal. Deixe seu pedido nos comentários.
Gratidão imensa por cada um de vocês que dedicou um pouquinho do seu tempo à esse capítulo.



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