Emma - Órfã dos heróis escrita por claradasideias


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

1- Baseada na história "Eu não entendo o destino - Adrienette" de Raven Black. Podem encarar como uma continuação se quiserem, mesmo que não tenha muito a ver Link nas notas finais.
2- Emma é a órfã e Marc é o filho... Quem pegou a referência? kkk
3- Minha 31° fanfic! Que alegria!
4- Roda o cap:



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Todos sabiam que Ladybug e Chat Noir tinham um filho, havia provas o suficiente para qualquer um que não tivesse medo da verdade.  

O Ladyblog sempre foi a principal fonte de informações sobre os heróis da cidade, foi por ali que as primeiras evidências surgiram. Começaram com comentários sem intenção sobre o engordamento de Ladybug, até que chegaram a teorias astronomicamente comentadas e exageradas. Foi aí que compraram o Ladyblog. 

Foi uma mudança brusca. Enquanto mais evidências apareciam, dessa vez sem serem apontadas pelo blog, as negações sob argumentos bastantes questionáveis começaram a aparecer no blog. Ele ainda tinha bastante conteúdo de qualidade que só se encontrava lá, mas naquele assunto já não era confiável. 

Os dois tentavam com muito afinco esconder da mídia por muito tempo, e se a verdade estava na boca do povo, isso não era sinônimo de terem falhado. As pessoas eram lógicas e compreensivas, sabiam que era tão perigoso revelar seu filho ao mundo quanto se revelarem. 

Por isso, quando todos já tinham certeza, o assunto sumiu e só era possível encontrar as negações fracas do Ladyblog. A identidade daquela criança seria mantida segura. Ninguém oficialmente mencionava esse assunto e ninguém realmente sabia quem era o filho dos heróis, se vivia, se morria... 

A situação era confortável no momento e assunto tendia ao esquecimento. Já fazia alguns meses inclusive, talvez algum mais insistente poderia teorizar sobre sua idade, talvez ele dissesse 2 anos. Foi quando a assunto passou na boca de todos, inclusive do comprado Ladyblog. Afinal, agora a criança já não tinha mais pais. 

A dupla heroica parisiense não morreu pela mão de Hawkmoth, que já estava preso ao lado de Mayura, seus miraculous já guardados com o Guardião. Foi por um sequestro daqueles que muitos diziam serem os pais da heroína. Afinal, todos teorizavam as identidades dos dois e muitos usavam as informações a seu favor. 

Infelizmente para os dois, principalmente para a joaninha, aqueles sequestradores acertaram. Sem hesitar Ladybug deu seus brincos para salvar os pais, Chat Noir não foi capaz de impedir o ato impensado, nem a morte dos três. Tendo o miraculous da criação, foi muito difícil para Chat Noir derrotá-lo. Sua ira era a força mais do que necessária para isso, todavia ele não podia ir contra a força dos números. 

Jade Turtle, o Guardião dos Miraculous, apareceu bem a tempo para recuperar os miraculous do poder absoluto. Pelo menos esse peso ele não tinha na consciência, só o de desperdiçar a vida de dois jovens. Dois jovens, inclusive, que eram a esperança para a guarda dos miraculous no futuro. 

Ele só tinha uma esperança... 

... 

Emma não conseguia compreender porque ninguém se interessava em adotá-la. Ela chegara ali com quase 3 anos, era uma desvantagem no principal critério de escolha para quem iria adotar. Mas ela já presenciou crianças mais velhas sendo adotadas. 

Ela tinha plena noção de todo o preconceito que envolvia a escolha de uma criança, muitos casais eram racistas e tinham a imagem da criança perfeita em sua mente. Emma não sabia se cumpria esses critérios, quais seriam? Loira de olhos azuis? Isso ela era. Não podia ser sua aparência o problema. 

Alguma doença? Todos querem um filho “saudável”, então aqueles com deficiência ou alguma necessidade tendem a serem esquecidos. Emma não sentia muito mais dificuldades do que as outras crianças, mas ela poderia ter alguma outra coisa que não houvessem contado. Existiam tantas doenças, ela temia todo dia descobrir que praga horrenda se abatia sobre seu corpo... 

Às vezes, ela recebia visitas. Todos os outros no orfanato tinham inveja dela por isso, porém Emma também os invejava. Ela sabia que nenhum daqueles o adotaria, enquanto as entrevistas às quais os outros compareciam tinham a adoção como fim. 

Tia Alya, Tio Nino e Tia Chloé. Eles apareciam algumas vezes, eram amigos de seus pais, enquanto ainda eram vivos. Marinette e Adrien, ela jamais esqueceria o nome seus pais. Era um luxo que quase ninguém dali tinha. Era outro motivo para ser invejada.  

No início, Emma tinha esperança de que um deles adotarem-na. Até que a Tia Alya e o Tio Nino traírem-na. Um dia eles chegaram com uma criança, um bebê que era tão parecido com os dois que ela não teve dúvida sobre a origem dela. Não fora adotada, foi feita pela mão deles. 

Emma ficou com raiva dos dois e não hesitou em demonstrar. Aquela criança seria a perdição de alguma das outras daquele lugar, talvez dela mesma. Seria um a mais na concorrência da vida, com a vantagem de ter uma família... 

Não demorou para Chloé traí-la também.  

Até onde sabia, ela não tinha um namorado, logo deu-se conta do quão pouco sabia deles. Só quando a Tia casou que ela descobriu o compromisso. Talvez elas devessem conversar sobre outras coisas que não a vida de seus pais... 

Luka era legal com ela e conhecia novas histórias sobre sua mãe. Os outros três sempre contaram eram apaixonados desde que se conheceram e Luka quebrou essa ideia que tinha deles, com as histórias que tinha por ter sido namorado de sua mãe por um mês inteiro. 

Por debaixo dos panos, Emma rezava todo dia. Ela era muito religiosa, o orfanato ser da igreja ajudava, e rezava todo dia por uma família. Naquela época, ela rezava pela infertilidade de Tia Chloé e Luka. Assim, eles adotariam um filho, se não ela mesma, outro.   

A sua religiosidade era forte o suficiente para ensiná-la a não ser egoísta. Sabia que tinham crianças ali em situações muito piores. Ela tinha pelo menos o consolo da morte de seus pais. Outras crianças, sempre achariam que seus pais a abandonaram e nunca os conheceriam.  

E ainda havia aquelas cujos pais estavam presos. Elas não podiam ficar nem com sua família biológica, porque está presa, nem com uma adotiva, porque a biológica tem mais direito a guarda. 

A grande decepção foi quando viu a criança nos braços de Tia Chloé, igualzinha a ela. Não era adotada, era dela. 

—Por que ninguém me adota?!- perguntou com raiva para Tia Alya no seu aniversário de 10 anos -É por causa de meus pais? - essa era a única explicação possível, depois de falta de sorte e charme (quanto a primeira não sabia, mas sempre disseram que era charmosa, então não considerava essa) 

Alya engoliu em seco e não respondeu.  

Todos sabiam que ela era filha de Ladybug e Chat Noir, ninguém conseguiria chamar aquela menina de sua. Nem ela. Sentiriam que roubavam o legado dos heróis que salvaram a cidade. Apesar disso, ninguém se deu ao trabalho de informar a garota sobre sua herança genética. 

—Meu pai era modelo... Ele era famoso, não era? - perguntou inocentemente -Não gostavam dele? É por isso? 

—Não... Todos gostavam dele. - Alya olhava para o chão, deprimida pelo assunto –Mas de qualquer modo, ele só era conhecido para quem era do mundo da moda. 

—E minha mãe? Ela era uma estilista famosa? Ela... - hesitou -Tinha popularidade? 

Alya suspirou e pensou antes de responder, não queria falar nenhuma bobagem. 

—Ela também só era conhecida no mundo da moda... Esquece isso, não é o motivo.  

Nesse momento entrou um velhinho que parecia em seu leito de morte procurando por ele, ao seu lado estava uma velhinha. Alya sorriu, era hora. 

—Eu sou Mestre Fu, seu novo guardião legal e esta é Marianne, minha esposa. 

Emma pulou de alegria, aquele senhor o adotaria. Ela teria um pai, uma mãe, uma família. Correu para abraçar seus novos pais, sorrindo. 

—Qual é meu novo sobrenome? - perguntou animado sobre sua nova vida, nem percebendo que Alya sumira 

—Venha comigo, temos que lidar com um pouco de burocracia. Depois conversamos. - ele era sério 

Chegaram em uma casinha cheia de poções e desenhos, Emma achou tudo muito legal. Era como nos livros de fantasia, sentia que viveria ali uma grande aventura. Como a que Cassandra viveu nos livros de Pseudonymous Bosch, sua série de livros favorita.  

—Eu preciso deixar uma coisa clara para você, não sou seu pai.  

—Eu sei, mas é como se fosse, papai. - disse sorrindo 

—Não, ele quis dizer que não te adotou. - Marianne explicou 

—Mas então porque eles deixaram que me levassem? 

—Vamos contar porque ninguém te adotou até agora, menina. Senta no colo do Fu, vem. - Mestre Fu sentou e apontou seu colo 

—Você sabe quem foram seus pais? - perguntou Marianne 

—Marinette e Adrien – respondeu sem pensar 

—E você sabe quem eles foram? - insistiu Mestre Fu 

—Como assim? - Emma não conseguiu acompanhá-lo. 

—Ladybug e Chat Noir –  o Mestre continuou 

—Então o senhor é... E minha mãe era... E meu pai era... E você veio... E... - Emma tentava pôr os pensamentos em ordem, eram informações demais para ela 

Pensar em toda a história de sua família, da desgraça de Chat Noir ao descobrir que o próprio pai era Hawkmoth, do sequestro dos pais de Ladybug... Que tudo aquilo dizia a ela. 

—Exatamente, te trouxe aqui para treinar-lhe para ser a nova Guardiã dos Miraculous, como deveria ter sido sua mãe. Afinal, já tenho mais de 200 anos. Não tenho muito tempo... - dito isso, abraçou bem forte Emma e Marianne 


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Notas finais do capítulo

https://fanfiction.com.br/historia/779974/Eu_nao_entendo_o_destino_-_Adrinette/
Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais



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