A música ecoava pela sala ampla, as vibrações das notas musicais parecendo se embrenhar em seu ser e fazendo com que se movimentasse.

Passos livres, leves, espaçados. A postura ereta e correta sem qualquer esforço, porque já se tornara natural. Natural assim como os giros, os saltos, os momentos em que se permitia apenas se sentar no chão e fechar os olhos, aproveitando as vibrações tão gostosas e confortantes da música que tocava.

Natural como a felicidade que sentia por ter aquele momento. A dança, a música, a arte era sua vida, era sua paixão, sua felicidade. Era quem era, apenas.

O modo como se deixava ir pela música, pelas notas musicais já tão bem conhecidas por si, era isso que a fazia ser quem era. Era por isso que seus shows eram sempre tão bons, sempre tão requisitados. Era por isso que era uma idol, afinal.

Seu amor pela música não podia ser abalado por nada, nem por qualquer inimigo, nem por qualquer situação. Seu amor pela dança era o que a movia, era por isso que vivia, em função da felicidade que qualquer tipo de arte lhe causava.

Lembrava-se de quando entrou para a caçada, a estranheza que todos sentiam ao vê-la treinar luta enquanto ensaiava, mas no final todos se acostumaram a vê-la assim. Até por quê não era muito diferente em campo de batalha. Jin costumava dizer que vê-la lutar era tão bom quanto ver um show. Azin dizia que tinha inveja da forma como ela se entregava em ambas situações e como era realmente belo poder vê-la lutando, o que causava um Jin irritado – embora ela soubesse que Azin só a elogiava daquele modo para irritar Jin.

Sentia o poder correr por suas veias, do mesmo modo que a música enquanto dançava, por isso era tão bom fazer aquilo. Lutar era bom, porque lutar é uma arte.

E qualquer tipo de arte faz parte de quem é.

Simples assim.