Soldados de Chumbo escrita por Coelho Samurai


Capítulo 9
Capítulo 9 - Contato Imediato




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Aquele final de semana não mostrou nenhuma surpresa aos Soldados de Chumbo. Aparentemente as ações de todos naquela semana foram o bastante para afastar os criminosos e demoníacos das ruas. Era segunda feira e James assistia a missa da manhã, rezada pelo Padre Maurice.
— Vão em Paz, e que o Senhor vos acompanhe.
— Graças a Deus. - Pessoas se levantam, se ajoelham uma última vez ao se despedirem da capela com o sinal da cruz, e saem. James demora a sair, espera a Igreja ficar vazia.
— O senhor soube de algo?
— Não, James. Ainda não. Hans e Arthur estão em Chicago cuidando das coisas, e Gravys está sabe Deus onde. Nossa missão por enquanto é cuidar dessa região. Irei à Notre Dame esta tarde para uma palestra sobre demonologia no seminário universitário. Estarei fora por dois dias.
— Entendi. Algo para mim, senhor?
— Não, por enquanto. Você e John podem fazer o trabalho que já fazem. Mantenham-se atentos.
— Sim, padre. - James sabia que o Padre estava escondendo algo, havia algo demasiado sério em sua fala. Ele se dirige para fora da igreja, faz frio. Ele entra em seu carro, liga o motor e vai em direção à escola.
Dentro da sala, se senta, como de praxe, ao lado de John.
— Você está bem? - Pergunta o redneck.
— Sim, estou com um pouco de sono. Acordei cedo para assistir a missa do Padre Maurice. Aproveitei para perguntar alguma coisa sobre os demoníacos. Qual é a do seu sorriso idiota?
O amigo não podia esconder.
— Eu e Sara nos beijamos ontem.
— MAS... O quê??? Sério? - James abaixava o tom de voz devido ao olhar torto que havia recebido do professor.
— SILÊNCIO, Sr. Roy. - Gritou o homem bem vestido, de meia idade e um espesso bigode. - James acena como um pedido de desculpas.
— Sim, sério.
— Então vocês estão juntos agora?
— Eu não sei.
— Não sabe?
— Não falamos sobre depois.
— Aonde ela está?
— Ela não faz essa aula. Deve estar estudando violoncelo.
Depois de um tempo, o sinal barulhento da Indy High soava pelos corredores e salas de aula. Jim e John caminhavam em direção aos seus armários quando avistam de longe Sarah, que vinha com a amiga, Elizabeth Nüll.
— Oi. - Disse John, sem muito jeito, e quase corando.
— Oi, você. - Sarah o cumprimenta com um abraço e um pequeno selo nos lábios danificados pelo fumo de cachimbo. - Estava mostrando a Escola para a Beth.
— Vou estudar aqui com vocês - respondeu a loira. - James, né?
— Isso, Margareth.
— É Beth.
— Eu sei, só estou te irritando.
— A troco de quê, exatamente?
— Se vamos trabalhar juntos, se acostume com meu temperamento. - Ele pisca para a garota.
— Sarah, vou andando, tenho tutoria de biologia agora.
— Claro, até mais tarde. - A loira sai bufando, fuzilando Roy com os olhos.
— Qual foi essa, Arch? - Perguntou John.
— Ué... Sério que ela não lembrava do meu nome a ponto de "conferir"? Palhaçada. Ela está é jogando charme pra cima de mim.
— Pois eu acho que é você quem está afim dela. - Disse Sarah.
— Isso é quimicamente improvável. Se me dão licença, vou deixar os pombinhos me paz. - James continua a andar. John e Sarah se encaram por alguns segundos. Ela o puxa para o canto do corredor.
— Não saiu em nenhuma missão nesse fim de semana?
— Tudo ficou bem calmo. Sem falar que nossa primeira impressão como heróis não foi das melhores. Mas fazer o quê?
— Quer jantar com a minha família hoje? Meu pai quer te conhecer.
— Seu pai? Misericórdia. É assim que eu morro, então.
— Você levanta um tanque de guerra nas costas e está com medo do meu pai?
— Seu pai tem mais poder sobre mim do que você pode imaginar.
— Como assim? - Sarah ri.
— Seu pai pode me proibir de ver você. - A risada de Sarah se transforma num adorável sorriso. - Sou a prova de balas, mas isso é demais pra mim. - Agora ele quem sorri.
— Relaxa, John. Meu pai já gosta de você. Você é trabalhador, estudioso, e além de tudo, tem um caráter de ouro. Eu a-- adoro passar tempo com você.
— Quer que eu finja que não ouvi isso?
— Só digo quando você disser primeiro.
— Eu vou, algum dia. Eu prome-- John escuta algo. Ele vira a cabeça.
— O que foi?
— Um som estranho... Não sei do que se trata.
— Deve ter sido o sinal, o pessoal está entrando nas salas.
— Não... Tem outra coisa. - Quando os corredores se esvaziam, apenas o zelador está no fim do corredor passando seu esfregão no chão. - Com licença... - Grita John ao homem. - Que horas são, por favor?
O homem não responde. - Sarah, entra na sala de aula, Agora!
— Por que? - John tira de vista os olhos do zelador para se voltar à garota.
— Entra, por fa-- John é atingido por algo e arremessado pelo corredor. Sarah solta um grito e se abaixa.
— JOHN!!!! - Exclama ela. O zelador agora se tornara uma criatura maior, com 3 braços e feições assustadoras.
John se levanta, levita alguns centímetros do chão e voa com toda força em direção à criatura. Eles se agarram e começam a voar baixo pela escola vazia. Sarah os persegue e acompanha a troca de socos e porradas que dão um no outro, a criatura não consegue ferir diretamente John devido à sua impermeabilidade. Eles voam até se aproximarem da sala do zelador. De dentro dela, James sai com uma colt 45. silenciada e atira diretamente na cabeça da criatura, que estava no ar, presa a John. A criatura perdera parte do crânio. John a solta e continua no ar. Desce lentamente olhando para a deformidade do monstro.
— Como conseguiu fazer isso?
— Minha mira é boa, Hev.
— Não, digo... Essa bala é especial ou coisa do tipo?
— Balas banhadas em água benta. Despedaçam os demoníacos.
— Ele está morto?
— Eu creio que sim.
James guarda a arma, os alunos saem das salas por terem ouvido o barulho da confusão. John rapidamente chuta o corpo do demoníaco para dentro da sala do zelador.
— James Roy, John Smitthensen. O que estão fazendo no corredor? Que confusão é essa. Ouvimos alguém gritar.
— Fui eu, Sra. Prius. Eu achei ter visto um rato...John e James estavam me ajudando a pegá-lo. - Disse Sarah, surgindo da curva do corredor e se entrelaçando nos braços de John.
— Bom, e pegaram?
— Alarme falso. Era uma bola de poeira. - Disse James. - O zelador não deve ter vindo trabalhar hoje.
— Bom, chega de confusão. Para a aula. JÁ! TODOS, VOLTEM ÀS SALAS DE AULA. - Sra. Prius ordenava, e voltava ela mesma para sua aula de geometria.
Dentro da sala, James, John e Sarah estavam sentados próximos um do outro.
— O que diabos era aquela coisa? - Perguntava Sarah.
— Um demoníaco. Criatura do inferno enviada para escravizar a raça humana.
— Parece coisa de história em quadrinhos.
— Mas é sério. - Interrompeu James. - Nossa missão, minha e de John é matarmos quantas criaturas dessas conseguirmos achar. 
— Que missão? - Perguntava Sarah, fitando John. - Você não me disse nada.
— É algo novo. Estamos numa cruzada com mais alguns sujeitos com habilidades especiais. - Respondeu John, com medo de ter logo já sua primeira D.R. com Sarah. - No jantar eu posso te contar mais.
— Então você vai? - Sarah parecia animada, mas irônica.
— Vou. Seu pai não deve ser tão mais assustador que o demoníaco de hoje.
— Johnny.
— Sim, Arch?
— Ou é uma grande coincidência... Ou os demoníacos sabem aonde estudamos... E quem somos...


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