happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 2
Embaixo do mesmo sol


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!

Estou muito animada com a nova temporada, espero que vocês também estejam.

Deixa eu dizer uma coisa que esqueci de comentar no último capítulo. Assim como na temporada passada tivemos o nosso casal em evidência como sendo a Bella e o Edward e toda a dificuldade da distância, resolvi dar um tempo de folga para eles hahaha (claro que não significa que não vou desenvolver os dois, até porque eu os amo de paixão), mas, nessa temporada, Rosemm vão ser o grande foco, o segundo casal Alisper e o terceiro Beward, mas todos muito bem citados e com muitos pontos de vista, não se preocupem. Só digo que, vocês viram bem na última temporada, Bella e Edward serão mais como Alice e Jasper.

Dito isso, preparadxs para as reações?

Espero que gostem :)



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Capítulo 2 – Embaixo do mesmo sol

|ROSALIE|

A falta de reação deixou-me mais aflita do que uma gritaria ensurdecedora o faria. Emmett apertou minha mão com calma, mostrando que ainda estava ali e aquilo fez-me bem, pelo menos para a parte de mim que estava prestes a se desesperar.

Ele olhou para mim sugestivamente, provavelmente querendo contar a parte dele, mas neguei discretamente. Uma reação por vez que o fosse, não poderia socar tanta informação assim na cabeça deles.

—Filha... – mamãe sussurrou ainda sem dar uma dica do que sentia.

—Você tem certeza disso? – o meu pai perguntou sério.

Abri a boca, ansiosa, não queria chatear eles. Nada saiu de lá então eu fechei engolindo em seco.

—Eu tenho – tio Carlisle respondeu firme.

Sorri de canto para ele, agradecendo pelo olhar por ele ter respondido como o meu médico.

Escutei uma mosca passar pela mesa. Não literalmente, mas eu teria a escutado se houvessem moscas no inverno de Forks. Esperei algo de qualquer pessoa, foi quando vi o sorriso no rosto dos meus amigos e irmão que meu coração acalmou um pouco.

—Eu vou ser titio? – meu irmão perguntou quebrando o silêncio, ele parecia emocionado, então eu ri assentindo.

Ele se levantou, agachando ao meu lado e me abraçando.

E ali estava uma das coisas que eu mais amava em Jasper. Ele poderia estar confuso sobre como aquilo aconteceu e mais um monte de coisas, mas saber que era o que eu queria, era o suficiente para ele e ele iria me apoiar, não importando mais nada.

Pensei que Bella, Alice e Edward fossem dizer algo, e talvez realmente o fariam, mas foram abafados pelo choro de minha mãe. Meu pai a abraçou de lado e sussurrou algo confortador em seu ouvido. Eu fiquei confusa.

Todos estavam sendo muito educados em esperar as reações dos meus pais.

—Estamos juntas, filha – ela disse depois de um tempo – Tenho certeza que Carlisle deve conhecer uma boa clínica e, não sei como é a recuperação desse tipo de cirurgia, mas acredito que você possa voltar ainda esse semestre para a faculdade.

Primeiro eu senti meu coração se encher de amor, pensando que era o apoio que ela me oferecia, mas senti-me machucada ao reparar que não era o que eu pensava.

Ela estava oferecendo o aborto para mim.

Vi Emmett ajeitar a postura na defensiva e seu rosto travou numa máscara de raiva. Eu tinha que falar antes dele.

—Desculpa, acho que expressei-me mal – falei soltando um riso sem muito humor – Eu terei um bebê dentro de poucos meses – bati decidida – Acho que assim vocês entendem melhor o que digo – falei levantando da minha cadeira.

Jasper se mantinha abaixado perto da minha cadeira vazia, surpreso de mais com minha mãe. Meus pais olharam para mim, surpresos. Eu não era de bater o pé em muitas coisas, mas eles também não eram o tipo tão controladores, pelo menos eu achei que não o fossem.

—Rosalie Lilian Hale, nem pense em estragar a sua vida dessa forma – meu pai disse impassível.

—ESTRAGAR A MINHA VIDA? – gritei brava – Eu e meu irmão fomos um erro na vida de vocês dois?

—Não é o que seu pai quer dizer, meu amor, sabe que foram nossos milagres – minha mãe disse vindo para o meu lado e segurando minha mão entre as dela –, mas vocês vieram em um momento propício para nós dois. Já tínhamos nos formado e tínhamos empregos estáveis.

Soltei minha mão das dela.

—Esse bebê não é infortúnio algum para mim, sinto muito que se sintam assim sobre ele, mas é meu e eu vou cuidar dele – falei séria.

—Rosalie, filha – meu pai se levantou – Entendemos que pode ser assustador, mas é algo o qual você pode escolher...

—Eu sei que posso, sou grata pelo Estado me dar essa autonomia sobre o meu corpo e a minha decisão final é que eu terei esse bebê – repeti como faria por mais quantas vezes fossem necessárias.

—Rosalie, você ao menos sabe quem é o pai dessa criança? – papai disse irritado.

Jasper se levantou do meu lado, bravo com a insinuação.

—É claro que sei – falei ofendida.

—Tudo bem, que saiba, mas se for algum amigo de faculdade, não seja tola ao pensar que ele estará ao seu lado para tudo. A sua vida vai mudar, virará de ponta cabeça e não a dele, a dele ficará intacta, Rosalie. Entenda isso, eu e seu pai só queremos te proteger desse futuro. Sabe quão difícil a vida é para uma mãe solteira? – minha mãe dizia com falsa calmaria – O aborto...

—Já chega, Anne. Ela já falou que não vai abortar – Emmett falou se colocando a minha frente.

Eu não tinha nem o visto levantar.

Permaneci atrás de Emm, chateada com todas as acusações e pensativa com o futuro que minha mãe pintava. A vida dele realmente não mudaria em nada.

—Emm – tia Renée repreendeu.

—Eles não vão falar assim com ela na minha frente. Ela não está sozinha, o bebê vai nascer e vocês se arrependerão ao lembrar tudo isso o que estão falando. Já deixei isso ir longe de mais. Vocês podem apoiá-la ou colocar um sorriso falso no rosto como fizeram por Jasper mais cedo, mas a decisão é de Rosalie, parem de tentar mudar a mente dela para o que vocês acham que é o correto – ele disse tentando, sem muito sucesso, conter sua ira.

—Garoto, se acalme. Rosalie decidir contar isso com todos presentes não lhe dá autonomia alguma para se meter em assuntos que não lhe dizem respeito – meu pai disse já completamente sem paciência.

—Para o inferno que me acalmarei. Ou vocês conversam com ela direito, ou vão para casa e tentem entender que são avós e só voltem quando puderem aceitar esse futuro – falou Emm ainda mais sério.

—Emmett, já chega, isso não tem nada a ver com você – tia Renée disse séria.

—Ah, mas tem – ele falou bravo.

Que se dane, eu já o impedi por tanto tempo de contar, ele poderia fazer do jeito que queria.

—Emmett? – tio Charlie perguntou entendo tudo.

Ele me olhou por sobre o ombro e eu assenti levemente, indo mais para o lado dele.

—É isso mesmo o que está pensando, sargento – ele disse sério – Parabéns mãe e pai, vocês também serão avós dentro de poucos meses.

Ele falava tudo com um tom grave e irônico na voz.

—AI MEU DEUS – Bella e Alice gritaram juntas.

Tudo bem, meu filho tinha o amor dos pais e dos tios. Cresci com algo semelhante e tudo deu certo.

Minha mãe parecia que desmaiaria a qualquer momento. Meu pai estava corado, a raiva borbulhante nos olhos escuros que tanta segurança já me passaram.

—Você fez isso com ela – ele disse indo para cima de Emmett.

—Calma – Jasper mandou se colocando entre nós dois e meu pai – Ele está machucado pelo tiro que tomou por Rosalie há menos de uma semana, tem certeza que é isso que quer fazer? – meu irmão perguntou ponderado.

Meu pai travou o queixo, fulo da vida.

—Emmett, se explique – tia Renée pediu ainda confusa.

—Foi em Nova Iorque, aconteceu – ele deu de ombros.

—O que quer dizer com “aconteceu”? – ela perguntou se levantando também.

Ótimo, era esse embate mesmo que eu queria, pensei ironicamente.

—Mãe, quer mesmo que eu te explique como é que se fecunda um óvulo? – ele perguntou incrédulo.

Eu teria dado risada em outro momento, mas agora sentia-me extremamente mal por todas as coisas que já tinha escutado.

—VOCÊ BAIXA A SUA BOLA PARA FALAR COMIGO, EMMETT SWAN – ela se irritou.

—Renée, desculpe por interromper, mas eu continuo achando que é indiferente. A vida de Rosalie mudará e a sua continuará intacta, Emmett – mamãe disse sem humor – Então, se você quer mesmo manter isto, Rosalie, eu demando que fique em Forks – ela deu seu ultimato.

Agora sim, não aguentei a risada que escapou da minha garganta. Emmett me olhou preocupado com meu óbvio descontrole emocional. Ele pediu, delicadamente, para eu sentar-me, Bella me deu um copo de água e eu agradeci.

—Anne, você está errada. A minha vida girará em torno dessa gravidez tanto quando a dela e eu não pretendo abandoná-los em Forks – Emm disse quando eu me acalmei e, com a sua certeza, eu me senti mais segura.

—Está correto nessa ideia – Renée disse – Mas isso apenas lhe diz que o frio de Forks terá que voltar a fazer parte de sua vida, porque isso significa que você também fica.

Emmett bufou em alto e bom som. Virou-se para mim, a máscara de ódio suavizou quando viu meu rosto assustado.

—Vai ficar tudo bem – prometeu em um sorriso.

Ele se esticou e pegou a torta de mirtilo toda, ainda intocada, pegou um garfo limpo e espetou na torta, depois deu a mão para mim. Tomei cuidado porque era o braço ruim, mas o segui para o andar de cima da casa de seus pais.

.

—Acha que eu vou ficar muito redonda? – perguntei comendo a torta direto da travessa, sentada na cama dele.

Emmett chegou no quarto e sentou na escrivaninha que tinha ali, depois de deixar-me em sua cama com a torta e o garfo. Faziam alguns minutos que ele rascunhava coisas em um papel e digitava coisas no notebook.

—Eu acho que não – ele sorriu olhando por sobre o ombro – Mas vai ser uma das grávidas mais lindas de todos os tempos – falou com certeza e eu sorri.

Comi mais de um terço da torta antes de ficar cheia, coloquei a torta no criado-mudo ao lado cama e deitei esticada.

Ele continuou trabalhando no que quer que fazia enquanto eu fiquei encarando minha barriga. O bebê era muito pequeno para estar mudando minha anatomia já, mas eu fiquei entediada então comecei a forçar a barriga para cima, tentando imaginar a saliência ali.

—Olha, vou estar assim antes de repararmos – falei tentando fazer com que Emmett conversasse comigo.

Ele se virou com a cadeira de rodinhas e andou com ela até perto de mim, rindo.

—Isso aí é barriga de cocô – ele brincou e eu fiz careta.

—Esse cocô é o seu filho, insensível – falei séria e ele riu ainda mais.

Voltei a sentar-me na cama para que ele se sentasse ao meu lado, mas ele não fez nada, só ficou olhando para mim.

—Vai me dizer em que essa mente misteriosa tanto trabalha? – perguntei debochada.

—Na possibilidade de voltar para Nova Iorque sem o apoio dos seus pais – ele disse sincero.

Suspirei entendendo o rosto preocupado dele. Fui para mais perto dele e acariciei o vinco formado entre suas sobrancelhas.

—Vamos fazer dar certo – prometi e ele sorriu.

—Seu pai já pagou esse semestre seu na Columbia? – perguntou e eu sorri de canto.

—Acho que ele pagou o curso inteiro – brinquei -, mas mesmo que não o tenha feito, posso aplicar para conseguir financiamento, muitas pessoas conseguem – falei dando de ombros.

—E como se sentiria em mudar para um prédio mais próximo do de Edward? – perguntou sério.

Fiquei quieta pensando naquilo. Seria uma mudança e tanto, eu não estaria mais tão próxima da faculdade como eu gostaria, mas eu estava disposta a mudar. O que eu não queria era desistir de algo. Nem da faculdade, nem do bebê. Então abri um sorriso simples para Emmett.

—Sinto-me melhor do que você pensaria – falei bem humorada e ele sorriu sentando perto de mim.

—Sei que você pode estar assustada com tudo isso, ainda mais depois de tudo o que a sua mãe disse, mas quero que tenha certeza de que eu vou estar com você por todo o percurso. Vou te carregar se a barriga estiver muito pesada, e não sairei do lado da privada enquanto suas náuseas não passarem – ele disse segurando minha mão nas suas, transmitindo toda a segurança que sentia – Você me disse isso muitas vezes, mas agora é a minha vez – sorriu de canto e então olhou fundo os meus olhos – Nós vamos fazer isso dar certo – prometeu e eu não duvidei.

—Eu sei que vamos – falei certa e ele sorriu me abraçando.

Ele não me deixou voltar para a casa dos meus pais, disse que não me queria em um ambiente hostil, então ligamos para Bella trazer um pijama para mim e ela veio com Edward, Alice e Jasper no comboio.

—Eu estou tão feliz – Bella disse assim que destrancamos a porta do quarto para eles entrarem.

Abracei minha amiga e Alice veio no pacote, pulando em nós.

—Sou noiva do titio, então sou titia também e que morra quem tentar dizer o contrário disso.

Comecei a rir da baixinha, deixando a animação dela ser computada na minha mente para meu bebê ter certeza que era muito querido.

—Eu também sou tio. Eu sou né? – Edward perguntou inseguro.

—Não só tio como ajudou esse nenê chegar onde está, porque se não tivesse me aceito em Nova Iorque, vai saber – Emm brincou e eu ri.

Fui paparicada e eles ficaram felizes ao ver que eu tinha deixado torta para eles comerem. Comeram com as mãos como selvagens e depois foram se lavar no banheiro de Emmett. Quando saíram, eu entrei lá e me troquei, depois deitei ainda rodeada com as conversas e animação.

Emmett não disse nada sobre nossa partida para Nova Iorque, mas eu tinha que deixar Alice saber para que ela estivesse preparada também.

—Lice, acho que vamos perder o apartamento – falei chateada.

—Só porque eu tinha parado de me preocupar com isso – Bella brincou.

—Vamos achar um novo, em um prédio legal também – Lice disse, sem deixar se abalar.

—Talvez um pouco menos legal que o atual – Jazz constatou rindo ao meu lado.

—Também não me importo – falei de pronto e Emmett sorriu.

Não demorou muito para Emmett enxotar todos dizendo que o neném tinha que dormir. O neném era ele, não o ser que se formava em meu ventre. Bella levou o resto da torta para a cozinha e combinamos de nos falar no dia seguinte.

—Posso dormir na sala – Emmett disse ao trancar a porta.

—Ou pode parar de moda e deitar aqui logo – falei entediada e ele sorriu contente.

Pulou na cama do meu lado e apagou o abajur que tinha deixado acesso.

—Qualquer coisa é só me chamar – ele disse e eu sorri no escuro, percebendo que eu poderia levar aquela promessa por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Eu amo um casaaaaaaaal

O que acharam das reações? Surpreenderam-se com Renée, John e Anne contra a liberdade de escolha de Rose e Emm? E o Charlie? De que lado acham que ele ficará?

Uma coisa é certa: esse bebê já tem muito amor disposto entre tios e pais então, força ele tem para continuar.

Na quinta-feira eu volto com mais, pelo ponto de vista do papai mais babão de todos.

Um beijo! ;)



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