Meu coração em suas mãos escrita por Eduardo Marais


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Nesta história, Cora não morreu. Está de volta e vive com as filha na Mansão Mills.



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— Ele mentiu, mãe...- Regina enxuga o rosto e tenta manter a dignidade. – Tudo o que vivemos foi minuciosamente elaborado...

Cora se senta na cama e oferece seus braços para aconchegar a filha.

— Eu me entreguei a ele, dei a ele o melhor de mim...

— William fingiu o amor o tempo todo? Mas e a chama roxa?

— Isso é que me machuca ainda mais. – ela funga e se acomoda nos braços da mãe. – Eu sei que ele me ama, mas me usou apenas para salvar a juventude dos pais...

— Não entendi, meu amor.

— William é o príncipe do reino Velac, filho do rei Olavo...e William é um Dark One! Ele camuflou os poderes e esteve aqui apenas para recuperar o coração do pai...e conseguir levar o meu coração para ser usado em uma fórmula de magia, mãe!

Cora acaricia a cabeça quente da filha, sentindo seus cabelos molhados pelo suor.

— Mãe, ele tirou meu coração do peito! – Regina grita e recomeça a chorar. – Vou morrer e não tive tempo de dizer a William que estou grávida de um filho dele! Iremos morrer, meu bebê e eu!

O choro contagia Cora, que mesmo lutando para manter-se forte naquela situação, permite que as lágrimas embacem seus olhos.

— Eu vou morrer e não terei a chance de ver meu bebê nascer! William irá matar o próprio filho, porque não consegui contar a ele!

— Meu amor, fique calma. Vamos dar um jeito nisso.

Gold se mantém pé junto à cama, comovido e assustado com a situação. Iria perder sua pupila e não teria tempo de conhecer o filho daquele Sombrio maluco que lhe proporcionara mais tempo de vida. Tenso e sem iniciativa, apenas esfrega as mãos contra o tecido da roupa.

— Ele arrancou seu coração diante de seus olhos?

— Não, mãe...eu não vi. Ele me disse sobre o objetivo de sua vinda e me informou que arrancaria meu coração...mostrou-me uma caixa que protegeria meu coração durante a volta dele...

Cora e Gold se entreolham.

— William me abraçou, nós nos beijamos e eu desmaiei...

Com movimentos suaves e amorosos, Cora afasta Regina de seu corpo e a acomoda novamente cama. Acaricia o rosto quente e úmido da filha, segurando-o entre as mãos.

— Meu coração me diz que não foi isso o que ocorreu.

— Não? – Gold consegue se comunicar.

Sem dar tempo de questionamentos ou argumentações, Cora mete a mão dentro do peito de Regina e para surpresa delas, consegue trazer o coração carmim da filha e o mantém protegido na palma da mão.

Regina grita e cobre a boca com as mãos. Urra e chora como se fosse uma criança. Grita mais uma vez, quando o coração é devolvido ao seu peito.

— Ele não levou meu coração! – ela abre a boca como se fosse uma criança e chora ainda mais.

Sem se conhecer, Gold sobe na cama e provoca um abraço coletivo, com suas pupilas...

— William não cumpriu a missão! Ele vai ser morto!

Naquele momento, fica claro que Regina se conformaria em morrer para que o homem amado fosse feliz e que salvasse os seus. Mas não estava disposta a aceitar que ele fosse punido por não cumprir sua podre missão.

E certamente, não ficaria com seus braços cruzados.


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos a quem dedicar tempo para ler.
Um abraço bem abraçado
Edu



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