A desobediência tem seu devido preço escrita por Isa Caan


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora!
Boa leitura!



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Depois de alguns minutos ali, Steve se recompôs então Dóris e ele voltaram para o quarto de Danny

— Voltamos – Steve disse após chegar ao quarto – E então, o que acha de voltar com sua avó para seu quarto, amigo?

— Só se ela fizer mágica

— Eu faço, claro, vai ser ótimo! – Dóris sorriu

— Então vamos! – Assim que Dóris e Freddie saíram do quarto, Steve se sentou na poltrona ao lado da cama de Danny

— Cadê o Flippa?

— Foi pegar alguns doces na máquina do fim do corredor – Danny respondeu olhando pra Steve – Então, vai me dizer o que está acontecendo ou eu vou ter que descobrir?

— É a minha mãe... Eu sabia que algo estava errado, Danny... Então eu perguntei e ela me disse, ela está doente e vai morrer... Ela tá se aproximando porque tá doente...

— Caramba... Eu sinto muito, cara – Danny disse e Steve assentiu

— Eu não sei o que fazer... Freddie tá tão apegado a ela que...

— Como você vai contar a ele? Quero dizer, você vai contar, não é?

— Não, não posso fazer isso

— Steve, eu acho que ele deveria saber

— Não, Danny... Eu não posso preocupa-ló... Ele está se recuperando desse acidente, eu não acho que devo contá-lo

— Eu te entendo, só que, você não acha bom prepará-lo? Como você disse, ele está apegado a ela e acho justo que ele saiba

— Eu não sei, Danny...

— Ele vai ficar chateado se você não contar, você sabe disso... Ele gosta de saber o que está acontecendo... Você deveria contar a ele, Steve... Você sabe que sim

— É, eu sei... Eu só... Danny, eu tô com medo... Eu sei que devo contar ao Freddie, isso seria o certo, mas a Dóris ela, ela quer construir algo para que as crianças lembre dela de um jeito bom, se eu contar, ele vai sacar o que ela quer

— Não acho que seja uma boa ideia, mas você é o pai, você sabe o que deve ser feito – Danny disso o observando

— Para com isso

— O que?

— Você está me julgando

— Eu não disse nada

— Mas pensou

— Eu só não acho que seria o correto, ok? Ela tá fazendo isso, me desculpe, ela é sua mãe, mas podemos concordar, eu não duvido que, se ela não descobrisse essa doença, ela não iria voltar pra cá, Steve... Freddie merece saber a verdade, vocês sempre trabalharam com isso... E Mary e Joan também, todo mundo tem que saber o que está acontecendo

— Ela não quer que eu diga a Mary

— Ela tá fazendo você mentir pra Mary, Joan e seu filho, olha, eu realmente acho que ela está te enganando, cara... Ela tá fazendo você se juntar a ela nessas mentiras loucas! Você não é assim, Steve

— Eu não sei o que fazer, tá?

— A verdade, talvez?

— Eu não posso!

— Você não quer! Mas ok, tudo bem, como eu disse, você decide – Danny disse levantando as mãos – Cadê esse médico pra me dar alta?

— Você tem que ficar aqui, levou um tiro

— Você não fica, e aliás, preciso voltar a sede, temos coisas para resolver

— Júnior me disse que os atiradores são do exército afegão

— Ele me falou, eu só não sei o porque nos atacar, não faz sentido... Você não volta lá atrás de confusão há anos

— Eu? Agora a culpa é minha?

— É, talvez, tudo é sua culpa

— Claro que é – Steve revirou os olhos e logo alguém bateu na porta e entrou – Ei, Charlie

— Oi, tio Steve, como o Freddie está?

— Ele está bem, tá no quarto com a avó dele

— E você está bem? Você parece preocupado

— Se eu estou bem? Eu estou ótimo, amigo – Steve respondeu sorrindo ao menino e se levantou – Eu preciso ir, eu volto aqui antes do médico te dar alta – Steve disse a Danny já saindo do quarto

— O que deu nele? – Charlie perguntou a Danny

— Você sabe, o tio Steve é louco as vezes – Danny respondeu ao filho

 

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— Olá – Steve disse entrando no quarto e vendo o médico ali – Está tudo bem, doutor?

— Sim, comandante McGarrett, vim avisar que o rapazinho aqui poderá voltar pra casa amanhã mesmo

— Graças a Deus! – Steve sorriu e se aproximou do menino – Ouviu isso, filho? Você vai pra casa!

— Ainda bem, eu não aguentava mais ficar aqui

— Mas você precisará continuar com a fisioterapia, ok? Mas você pode voltar pra casa e ir à escola normalmente, mas você tem algumas restrições, como nada de esforço exagerado – O médico disse ao menino que assentiu – Amanhã logo pela manhã irei vir e dar a alta, ok?

— Ok doutor, obrigado – Steve agradeceu e o médico saiu

— Bom, eu preciso ir – Dóris disse após o médico sair

— Fica mais um pouco, vovó! Por favor! Você chegou e ficou mais tempo com o papai

— Eu preciso ir, Freddie... Depois eu volto, eu prometo

— Eu também achei que você iria ficar mais – Steve disse – Eu quero ir na Five-0, quero ver se ajudo no que houve hoje cedo

— Bom... Tudo bem, eu fico – Dóris disse se sentando

— Eu volto logo, ok? – Steve beijou o topo da cabeça do filho

— Tá tudo bem, pai? – O menino perguntou antes que Steve saísse

— Sim, claro – Ele deu um sorriso ao menino e saiu do quarto.

 

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— Então, o que temos? – Steve disse passando pela porta de vidro dupla

— Você não deveria estar aqui – Lou disse assim que ele entrou

— Se eu ficasse no hospital, eu com certeza teria um ataque – Steve disse chegando perto de Lou – Cadê Junior e Tani?

— Estão lá embaixo tentando descobrir o que os homens querem daqui – Steve ia dando meia volta quando Lou o parou – Você, venha – Disse liderando o caminho até a sala dele e Steve o seguiu

— Qual é, Lou...

— Qual é, nada... Você evidentemente veio até aqui porque algo aconteceu lá no hospital. Quem está com Freddie? – Lou sentou em sua cadeira e Steve ficou em pé

— A minha mãe está com ele, olha Lou, não é nada, você só precisa me deixar ir lá embaixo

— Escuta, eu realmente não sei o que tá passando na sua cabeça, mas posso dar um palpite que seja Dóris, então, fale – Steve se sentou

— O Freddie está próximo da Dóris e eu estou preocupado, é isso

— Continue

— Continuar o que? Não tem o que continuar

— Tem, tem sim algo ainda

— Ela me chamou hoje e disse que está doente e que vai morrer. É isso, Lou!

— Oh... Sinto muito, cara

— E agora eu não sei, Freddie está apegado a ela, eu não posso falar isso pra ele

— Mas você não acha que seria o certo? Por ele estar apegado a ela?

— A Dóris quer que as crianças lembrem dela como algo bom

— Você sabe que esconder não é o certo, né?

— Talvez, talvez ele entenda quando descobrir... Se descobrir... Talvez eu finja que não sabia quando acontecer

— Ele vai descobrir, é o seu filho... Ele pode muitas vezes querer ver o bem em tudo, e eu admiro isso nele, mas ele não é bobo! Ele vai ligar um com um...

— Eu vou pensar nisso... Agora, podemos?

— Tudo bem, claro – Lou então observou Steve sair da sala para ir em direção a sala azul. Quando Steve chegou, ele foi até onde Junior estava

— E aí, o que nosso amigo disse?

— Nada, só abre a boca para pedir um advogado. Não há nada no reconhecimento facial e as digitais estão raspadas...

— Comandante McGarrett, finalmente quem eu queria – O homem falou olhando pra Steve

— Porque não pediu que eu viesse logo?

— Você estava com seu filhinho, não podia fazer isso, mas já que está aqui... – O homem o olhou sínico – Aliás, como seu filho está? Freddie, esse é o nome em dele, não é? Ainda bem que ele escapou daquele acidente

— Não fale de meu filho – Steve se aproximou com o punho cerrado – Quem é você? Porque você atacou minha equipe?

— Eu tive vontade – O homem falou e o punho de Steve voou em sua mandíbula – Você não pode fazer isso

— Eu posso tudo – Steve disse segurando o homem pela gola da camisa – Principalmente aqui, então, vai me dizendo o que você quer

— Steve – Tani o chamou e Steve caminhou até lá, fechando a porta da sala para que o homem não ouvisse a conversa – O outro abriu a boca, o nome deles são Al Hassi e seu parceiro, Mahoe Ali, eles receberam por uma conta anônima da deep web as instruções do que era pra ser feito, tenho que dizer, a pessoa sabia tudo sobre o palácio, tudo o que passaram para eles, fizeram eles entrarem aqui. Isso me leva a crer que quem comandou, conhece aqui. Segundo Hassi, eles queriam saber as informações que tínhamos sobre algumas missões feitas por você desde que assumiu a Five-0

— Tipo missões não autorizadas? Como Omar Hassan?

— Algo assim... Nós vamos investigar isso! Ele também nos passou o contato na Deep Web, iremos analisar e tentar encontrar algo

— Porque eles atacaram e não mataram ninguém?

— Hassi disse que não são assassinos, eles trabalham com informações, eles esperavam que não houvessem ninguém no escritório, ou menos pessoas

— Ok, tudo bem Tani, bom trabalho

 

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— Todas as missões que eles queriam tinha a ver com você e Catherine – Tani disse espalhando os relatórios pela tela na frente deles

— Lá em baixo o Ali falou do Freddie, saber de missões com você e Catherine pode, de alguma forma, levá-los até o menino?

— Não faz sentido pra mim, Júnior! Fui saber do Freddie quando a Catherine morreu, então nós não discutimos isso

— E algo relacionado a ele? Já vi pais que pediram aos filhos para guardar alguma informação, tanto falado quanto em forma de algum brinquedo, e nunca falá-las até que alguém de confiança pergunte – Júnior observou – Talvez Catherine falou algo ou deu alguma coisa para ele com alguma mensagem

— Pode ser, mas se isso aconteceu, foi há dez anos, não acho que ele se lembre de algo...

— Ele tem razão – Lou falou – Então pra essa teoria ainda ser válida, deve existir alguma coisa que ele tenha trago com ele quando chegou

— Ou cartas. Catherine escreveu cartas para mim, ela nunca as envious mas quando peguei Freddie, eles me entregaram, talvez haja algo ali, eu vou levá-las ao laboratório, talvez tenha algo

— Qualquer coisa deve ser importante agora, tudo o que você lembrar, precisa dizer – Lou falou pra Steve

— Sim, e preciso de segurança com o Freddie enquanto eu pego tudo, não sei se essas pessoas vão vir atrás dele mesmo sem as informações, então quero um de vocês lá

— Eu vou – Júnior se prontificou

— Ótimo, assim que eu terminar, eu volto pra lá

 

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Já era noite quando Steve chegou ao hospital, Freddie conversava com Júnior e visivelmente Dóris já havia ido embora. Ele levou as cartas para o laboratório e não encontraram nada, e vasculhou também pela casa, e principalmente as coisas que ele havia guardado de quando Freddie era pequeno, mas não havia encontrado nada. Após Júnior sair, Steve sentou no sofá que havia ali e pegou o livro que ele estava lendo, apesar de não estar prestando atenção em metade das palavras, ele deveria fingir normalidade

— Papai, o que você tem? – Freddie perguntou após o observá-lo

— Nada, porque?

— Você está tenso e preocupado com alguma coisa, seu rosto diz que tem algo errado

— Não é nada com o que você precise preocupar – Steve estava se esforçando pra não demonstrar essa preocupação pois sabia que seu filho era ótimo em lê-lo, mas foi em vão

— Mas eu já me preocupei... Tem alguma coisa a ver com a conversa sua com a vovó?

— Tá tudo bem. Eu estou pensando no que aconteceu na Five-0 hoje – Então Freddie o olhou desconfiado e Steve se levantou, caminhando até a cama

— Pai... Por favor, o que tem de errado? Porque o tio Júnior ficou aqui? Eu sei que tem algo, me fala... A vovó tá enganando de novo? Você evitou quando eu perguntei se era por causa da conversa...

— Você precisa descansar, amigo... E como eu disse, você não precisa se preocupar com nada – Steve passou a mão nos cabelos do menino

— Você parece chateado, eu sei que tem algo e você não me conta... Eu não gosto quando você está triste, papai

— Filho, olha... Tudo bem, hoje só aconteceu muita coisa... Não precisa se preocupar comigo, ok? Tudo aquilo com a Five-0 me deixou preocupado, é só isso

— Você promete?

— Sim – Steve puxou o cobertor sobre o menino – Agora você precisa dormir, ok?

— Tudo bem, boa noite pai

— Boa noite, filho – Steve beijou a testa do menino – Dorme bem

— Você também, papai – O menino fez uma pausa – Eu te amo, papai – Disse olhando pra Steve, que ainda estava ao seu lado

— Eu também te amo – Steve disse e sorriu para o menino


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Notas finais do capítulo

Steve não tem um segundo de paz, coitado! Será que a opção de esconder de Freddie é uma boa escolha?

Mahalo a você que está acompanhando e aturando minha demora pra postar!



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