The End escrita por isabella_maries


Capítulo 1
O começo do fim


Notas iniciais do capítulo

Sei que o título não é muito criativo.

Porém quando tive que pensar em um não houve outro que talvez pudesse descrever esse pedaço de história que surgiu e se desenvolveu a partir de uma cena que veio em minha cabeça.

A música que brotou essa ideia na minha cabeça e que de certa forma regeu cada linha dele é When the party's over, da Billie Eilish. Recomendo muito ouvirem a música durante a leitura.

Assim como The Pain, ela é o tipo de one que se passa no momento,e não chegar a dar detalhes passados de como chegou nesse determinado momento.É pedaço de uma cena de história

Enfim, espero que gostem e me digam o que acharam.



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                Eu sabia o que viria a seguir assim que passasse por aquela porta. Sabia que novamente ele me encheria de beijos que faria a minha pele se arrepiar e que fariam meu coração bater acelerado. Sabia que exibiria um sorriso no rosto ao mesmo tempo em que me elogiaria para minutos depois transarmos novamente. Pra no fim ir embora, deixando-me sozinha com as minhas dores, mágoas e lágrimas. Sendo ele o motivo de todas elas.

                Que pioravam após fingirmos que nós não tínhamos aqueles encontros no dia seguinte, e depois algum dia seria exatamente igual. Edward iria chegar dando-me um dos beijos de tirar o fôlego, subiríamos para o meu quarto e antes das duas da manhã iria embora prometendo voltar no dia seguinte. Igual como seria naquela noite.

— Só depende de você. – ouvi a minha voz rouca soar enquanto encarava a minha visão miserável no espelho. Espelho que refletia o vazio nos meus olhos castanhos, os ossos da minha clavícula onde naquela noite ele havia depositado inúmeros beijos antes de me tomar para si. Meus cabelos ainda permaneciam molhados deixando em evidente o recente banho, que permaneci encolhida antes lavar o meu corpo. Deus! Como eu ainda permitia esse homem acabar comigo dessa forma? Toquei no espelho e me lembrei de quantas vezes ele fora testemunha das minhas lágrimas, dos meus choros e dos meus sorrisos bobos antes de perceber na vala que havia entrado quando aceitei aquela situação.

Mas o nada é melhor, às vezes

— Bella, está tudo bem? – ouvi a voz de ele soar alta e preocupada, fechei os olhos sentindo lágrimas rolar pelo meu rosto.  Eu precisava fazer aquilo, por meus pais e por mim. — Bella?

— Já estou saindo. – disse enxugando as minhas lágrimas, respirei fundo antes de dar passos lentos para porta sentindo o meu coração de maneira veloz no meu peito. Abri a porta vendo Edward deitado confortavelmente na minha cama, vestido apenas com cueca branca e pela primeira vez em dois anos, não senti desejo nenhum. Ele me olhou deixando celular de lado, erguendo as sobrancelhas.

— Mesmo? – indagou, sem ao menos pensar meus pés andaram na sua direção enquanto meus olhos não desviavam dos seus. Assenti, sentando-me ao lado do seu corpo e uma das suas mãos tocaram meu rosto que permanecia frio e seus olhos verdes me olharam com a preocupação tomando conta deles. – Não parece. – murmurou, toquei o seu rosto e ergui o seu queixo depositando meus lábios nos seus. O último beijo antes do caos. Afastei-me dos seus lábios e toquei o seu rosto senti a minha mão formigar para depositar tapa ali, mas não era o certo. Não daquele jeito. Sai do seu lado e fui em direção ao banheiro. – Bella

O olhei séria, ele me olhava confuso.

— Eu quero você fora daqui. – disse pausadamente num tom frio. Seus olhos se arregalaram.

— Como? – soltou.

— Você ficou surdo de uma hora outra? – questionei sarcástica. – Mas não problema, eu repito com prazer, eu quero você fora daqui.

— Bella, o que aconteceu? Nós estávamos bem até agora. – falou, aquilo fez o meu sangue ferver.

—Nós, não Cullen. Você. – revidei alto. – Aliás, quando é que você não está bem não é? Transando com Victória e comigo ao mesmo tempo, mas eu sou a única que ninguém sabe que de dia  sou sua melhor amiga, e de noite sou sua amante.

— E você nunca reclamou. –pontuou, quis rir.

—E para quem eu reclamaria Edward? Para você? – soltei ácida. – O cara que sempre soube que eu era apaixonada e usou isso para satisfazer seus desenhos carnais e no qual, eu, a tola apaixonada nunca permiti ver a verdade através de seus toques e seus beijos.

Edward me encarava em choque.

— Bella. – ouvi em murmurar.

— Acabou Edward. – disse após respirar fundo. Ergui o queixo vendo que ainda estava sentado na cama olhando-me com os olhos esbugalhados. - Você não ouviu o que eu disse Cullen? Saia fora daqui. – gritei as últimas palavras, num ato insano peguei as roupas dele ao lado da porta e jogando sobre si. Para então puxar a coberta da cama, o lençol, obrigando sair da cama tão em choque quanto antes. – Eu quero que você saia por aquela porta e não volte nunca mais.

— Bella, vamos conversar. - disse calmo, andando na minha direção a passos lentos.

— Nós não temos o que conversar Edward. Eu não quero mais isso para mim, esse frio, esse nojo que percorre meu corpo depois de perceber que mais uma vez fui usada por você.  – disse alto.

— Bella. – sussurrou tentando tocar o meu rosto, e num momento de raiva, meti um tapa na sua mão para depois enfiar dois tapas no seu rosto. O silêncio tomou no quarto sendo o único som audível era a minha respiração rápida enquanto via as marcas vermelhas surgirem no seu rosto. Seus olhos verdes me encararam com ódio. 

— Se troque na sala e suma daqui. – ordenei fria. Ele se virou pegando as suas roupas e passou por mim, segurando a porta.

— Você vai se arrepender Swan. – disse, o olhei.

— Não Cullen, eu não vou. – respondi firme, e logo ouvi a porta ser batida com força. A adrenalina percorria o meu corpo ao mesmo tempo em que as lágrimas desciam devagar, fechei os olhos ouvindo a porta da entrada ser fechada com força e o Volvo cantar pneu. Sentei-me na cama e me permitir desabar sentindo a dor tomar cada pedaço de mim, do meu peito pesar e doer por entre as costelas como se tivesse uma estaca entre eles. Deus! Parecia que iria morrer, até respirar doía. 

                O som estridente do celular acordou-me do estado de torpor que ainda me encontrava notando que havia perdido completamente a noção das horas. A luz clara vinha da janela fazendo-me ver vários pontinhos brancos cair de maneira constante.  Depois do primeiro toque, o celular não parou mais de tocar e pareceu começou a revezar com o telefone no andar de baixo.

Mas o nada é melhor, às vezes

                Fechei os olhos e encostei o meu rosto nas minhas pernas, eu não queria falar com ninguém, eu queria ser ninguém. Até que em algum momento do dia tudo parou, retornando o silêncio de antes.

— Bella? – ouvi a voz de Tanya soar baixa atrás de mim, porém não olhei para onde a sua voz vinha. Continuei encarando a janela até ela sentar do meu lado, olhei para a minha única amiga que sabia o que acontecia entre mim e Edward.

— Eu vou embora. – sussurrei. – Para longe do Edward, para longe de quem eu fui.

— O que aconteceu Bells? – questionou num tom baixo.

— Coloquei um ponto final Tanya. – murmurei e logo o entendimento preencheu nos seus olhos azuis.

— Fora por isso que aquele filho da puta estava com um humor do cão hoje. – disse mais para ela do que para mim.  Nada mais foi dito entre nós, Tanya ficou comigo até o dia seguinte cuidando de mim e ajudando-me a sair do torpor em qual estava presa, algo que foi libertador quando ao notei que Edward não bateria na minha porta antes de dormir.  Uma sensação estranha tomou conta de mim e limpei as lágrimas que desceram pelo meu rosto antes de acordar Tanya que fora dormir na minha cama.   

                A neve cobria as ruas da cidade e o vento cortava o meu rosto isentos das lágrimas que não possuía mais há vários dias. A casa em que morei por tantos anos e no qual tive minhas maiorias alegrias, e também as minhas maiores tristezas, estava vazia exatamente como eu estava. 

— Senhorita, pronta para ir? – questionou o taxista que havia levado a minha última mala para o carro. Olhei a casa antes de fechar a porta e trancá-la pela última vez, coloquei a chave embaixo do vaso e vir-me-ei entrando no carro logo depois, para então seguir para o meu destino, sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

The Pain: https://fanfiction.com.br/historia/750387/The_Pain/



After The End (Continuação) : https://fanfiction.com.br/historia/781495/After_the_End/



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