If Walls Could Talk escrita por ladyenoire


Capítulo 1
I Wanna Feel You


Notas iniciais do capítulo

Essa "twoshot" é baseada na música If Walls Could Talk do 5 Seconds Of Summer. Se quiserem escutar enquanto leem, é uma boa.
Boa Leitura!!!



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“Se essas paredes pudessem falar,

Eu espero que elas não contem nada.

Porque elas viram muitas coisas”.

 

Ladybug olhou para a sua mão e notou que o seu uniforme estava sumindo, então correu e adentrou o armário do zelador.

— Ei! O que você está fazendo? – questionou assim que Chat Noir entrou atrás, desesperado.

— A minha transformação está terminando também. – virou de costas e apagou a luz – Não se preocupe, não vou olhar. – a heroína ficou mais tranquila e também virou de costas. Confiava no parceiro o suficiente para saber que ele cumpriria o que disse.

Logo o brilho avermelhado e o brilho verde tomaram conta da sala e os kwamis caíram cansados em suas mãos.

— Ah não, não! – Marinette exclamou.

— O que foi? – Adrien questionou preocupado.

— Eu não trouxe o macaron da Tikki. – com um aluno do colégio sendo akumatizado, saiu na pressa para se transformar e imaginou que depois que desfizesse a transformação teria todo o tempo do mundo para alimentar a kwami. Afinal, os macarons estavam na sua bolsa na sala de aula, que antes parecia tão perto, mas agora sentia como se fosse muito longe.

— Está tudo bem. – Tikki a tranquilizou.

— Também não trouxe o queijo do Plagg. – tinha cometido o mesmo erro da sua lady.

— O quê? – o kwami arregalou os olhos – Agora vai demorar até eu recarregar as minhas energias sem o meu pegajoso! Você não pode ter feito isso comigo A... – bolhas esverdeadas saíram da boca de Plagg, antes que ele falasse o nome do seu portador.

— Calma, calma. – fez sinal para o kwami ficar quieto – Eu saio primeiro e depois você sai, certo Ladybug? – pensou em chamá-la de “my lady”, mas era estranho sem o traje de herói.

— Ok, pode ser. – respondeu nervosa.

— Sim, já estou indo aí! – ouviram uma voz se aproximando e um barulho de chaves.

— Vem vindo alguém! – Adrien, que estava bem na frente da porta, automaticamente andou para trás e bateu as costas nas de Marinette. – Desculpa. – virou repentinamente de frente para ela. Ambos sem enxergar um palmo na frente de si.

— A-Aham. – logo permaneceram parados, estáticos.

O barulho de chave na maçaneta fez com que Adrien e Marinette se arrepiassem. Além de descobrirem as suas identidades, seriam pegos juntos no armário do zelador?

A pessoa que estava atrás da porta se afastou, deixando a dupla confusa. Então, o loiro andou até a porta novamente e tentou abri-la.

— Hã... My lady?

— Sim?

— Temos um probleminha!

— O que foi?

— Acho que estamos trancados. – Marinette andou até ele, mas como não enxergava nada, bateu de cara nas costas do garoto.

— Ai!

— Você está bem?

— Sim, sim. Só... Não ligue a luz.

— Tá. – ficaram em silêncio por alguns segundos – Mas como vamos sair daqui?

— Seu Cataclysm?

— Pode ser, mas vamos ter que esperar o Plagg recarregar as energias sozinho.

— É, ok. – novamente silêncio.

Adrien notou que Ladybug se movimentou. Ela começou a tatear as paredes do pequeno cômodo até chegar ao lado totalmente oposto que o parceiro estava – ainda assim não ficando muito longe dele, pois a sala era realmente pequena. Em seguida, sentou no chão, de costas para ele.

— Então... – o loiro se escorou na porta e virou na direção que imaginava que ela estaria. – Você estuda aqui? Tipo, nessa escola? – tentou puxar assunto. Marinette pensou se responderia ou não. Mas logo depois concluiu que não tinha muito a perder de qualquer forma, não era como se estivesse falando exatamente quem era para Chat Noir.

— Sim, estudo. – Adrien abriu a boca surpreso.

— Eu também. – ela arregalou os olhos.

— Ér... Eu acho que... Sem mais perguntas desse tipo. – disse logo, antes que eles acabassem descobrindo mais do que deviam.

— Tá. – o silêncio reinou entre os dois. Adrien então andou um pouco mais pra frente e sentou no chão, de costas para Marinette.

Tikki e Plagg dormiam tranquilamente em um dos panos que ambos encontraram ali, enquanto os dois heróis estavam calados. O único som ouvido era o das suas respirações e das respirações dos kwamis.

— Então, Ladybug... – Chat Noir começou novamente. Estava preso e sozinho com a sua amada, precisava ter ao menos uma conversa com ela – O que você faz no seu tempo livre? – a azulada balançou a cabeça em negação.

— O que eu falei sobre as perguntas?

— Mas isso não quer dizer muita coisa. Eu aposto que nós não nos conhecemos por trás das máscaras.

— Tem razão, porque das pessoas que eu conheço dessa escola, nenhuma tem a sua personalidade convencida. – os dois riram.

— Então, o que temos a perder? – Marinette sorriu. Chat Noir era seu parceiro, afinal. Não faria mal dizer a ele.

— Bem, eu gosto de desenhar e costurar. – ele assentiu impressionado. Quem diria que Ladybug gostava disso? Ela e Marinette realmente têm mais coisas em comum do que ele pensava – E você?

— Na verdade, eu faço várias coisas quando não sou o Chat Noir. Mas nem todas eu gosto. – suspirou – O que eu mais gosto mesmo é esgrima. – a garota se surpreendeu. Quer dizer então que o parceiro treinava esgrima junto com o amor da sua vida? Honestamente, ela até desconfiava. Chat Noir sempre se mostrou um bom lutador nessa modalidade.

— Entendi.

— Também gosto de jogar video games.

— É eu também.

— Sério? Qual é o seu favorito?

Ultimate Mecha Strike III.— Adrien arregalou os olhos.

— Não acredito! É o meu também! – exclamou empolgado, fazendo Ladybug rir. – Você sabe o que isso significa, não sabe? – deu um sorriso pretensioso.

— Não. O quê?

— Que fomos feitos um para o outro. – Marinette podia não enxergar nada, mas sabia exatamente a expressão que ele estava usando enquanto falava isso.

— Nos seus sonhos, kitty. – corou ao dizer aquilo, era diferente sem o traje. Adrien então sorriu.

— Sim, também. Mas nos meus sonhos a nossa relação está um pouco mais avançada.

— Ah é? – questionou em um tom divertido. – Em que sentido?

— Atualmente nós acabamos de nos casar e você está grávida, nosso primeiro filho. – ambos riram – Vamos ter mais dois, só pra você saber.

— É, é importante a mãe das crianças saber quantos filhos vai ter. – Marinette entrou na brincadeira, pelo menos estava tirando o foco das perguntas pessoais.

Se ela tivesse coragem de falar com Adrien assim, certamente diria esse tipo de coisa pra ele.

— Claro. E eu pensei em ter um gato, mas de gato já temos eu.

— O que acha de um hamster?

— Você está lendo os meus pensamentos? – riram novamente – Mas ainda não decidi o nome dele.

— Acho que precisamos comprá-lo primeiro. Aí quando olharmos pro rostinho dele, vamos saber.

— Tem razão, Bugaboo. – sorriram e ficaram em silêncio novamente.

Por um momento bateu a tristeza em ambos. Chat Noir por conta de realmente querer tudo aquilo com Ladybug. Só de ela entrar na brincadeira e falar sobre, o seu coração se aqueceu. No entanto, ele sabia que no momento não tinha chances com ela. Ladybug gostava de outra pessoa.

Já Marinette, imaginou-se tendo tudo aquilo com Adrien. Só que como comprariam um hamster se ela não conseguia nem dizer uma frase completa sem gaguejar na frente dele? Era frustrante demais.

— Ladybug?

— Sim?

— Será que eu posso... – virou na direção dela, por mais que não enxergassem nada. Em seguida, tateou o braço dela e foi subindo a sua mão até parar no rosto da azulada.

— Chat, o que está fazendo?

— Nada, eu só... Queria sentir a sua pele. – tão macia e gélida quanto imaginava. Não que já não tivesse visto, mas sentir com a sua mão era diferente – Com as luvas não dá pra fazer isso. – Marinette corou violentamente. Porém logo colocou sua mão sobre a mão dele.

— Posso sentir a sua? – se surpreendeu com o pedido.

— P-Pode, claro. – Marinette então estendeu a mão com cuidado, até que alcançou o rosto do garoto. Sua pele era quente e suave, assim como ela imaginava. – Ladybug... – passou a acariciar a bochecha dela, que fechou os olhos, aproveitando o toque. – Eu gosto de você.

— Eu também gosto de você, Chat.

— Não. Eu gosto mesmo de você. Mais do que como parceiros, mais do que como amigos. – Marinette arregalou os olhos. Não sabia se era o momento, ou o toque de Chat Noir, muito menos se tinha a ver com a sua conturbada vida amorosa, mas a ideia do seu parceiro, não parecia mais uma total loucura.

Marinette não disse nada, apenas entrelaçou a sua mão na mão de Adrien que estava sobre a sua bochecha, em seguida a levou até os seus lábios e depositou um beijo. O loiro, que se surpreendeu com a atitude dela, aproveitou para inclinar devagar o seu corpo na direção da heroína – cuidando para não se baterem –, fazendo as respirações se chocarem.

— Posso? – pediu com os lábios próximos aos dela.

— Sim. – respondeu um pouco nervosa. Logo, sentiu os lábios dele pressionando os seus de uma maneira um tanto desajeitada, visto que não enxergavam nada. Adrien então colocou as duas mãos sobre o rosto dela, alinhando melhor as suas bocas. Já Marinette, colocou as suas sobre os ombros do parceiro colando mais ainda os seus corpos.

— My lady... – murmurou entre o beijo, que se tornava cada vez mais envolvente.

Adrien puxou de leve Marinette para cima de si, ficando praticamente deitado e se escorando em um dos cotovelos. Teria ido por cima dela, mas não quis que a sua lady deitasse no chão.

Não era a primeira vez que tinham se beijado, mas era a primeira vez que se beijavam sem as máscaras e em uma ocasião que certamente lembrariam depois.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAA IA SER UMA ONESHOT MAS VOU POSTAR EM DUAS PARTES!!!!
Eu gostei muito de escrever hehehe! Ok, agora pode ir pro próximo capítulo ^^



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