A Última Chance escrita por Caroline Oliveira


Capítulo 35
O reencontro predestinado


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Sejam bem vindos a mais um capítulo!
Estava com ele semipronto fazia algum tempo, mas não conseguia decidir qual ponto de vista o encerraria. É um capítulo de transição, caminhando para o ápice da batalha e dos conflitos que decidirão o destino dos nossos heróis e de Nárnia como um todo.
Espero que gostem e não esqueçam de comentar.



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Caspian X

Nihor permanecia parado poucos metros à nossa frente e o rosto baixo, ponderando sobre algo que eu não fazia ideia, a expressão truncada, nitidamente desagradado. Susana e eu trocamos um olhar aliviado e feliz por ver a lança brilhar diante de nós como se nos desse sua bênção, mas o comportamento do príncipe calormano estava me incomodando. Ele não estava feliz por finalmente alguém ter passado nos testes?

Susana e eu nos aproximamos do pedestal e senti o cabo frio da lança nas minhas mãos. Temi que algo acontecesse assim que tentássemos retirar a arma da rocha, ou principalmente que Nihor por algum motivo nos atacasse, mas nada aconteceu. Tiramos juntos a lança e sua luz se apaziguou. 

Deixei a lança com Susana e me virei para o príncipe.

— Tem algo que quer nos contar, príncipe Nihor? - Abordei-o - Quero dizer, você não parece nem um pouco feliz por termos resgatado a lança que pode acabar de vez com a sua pior inimiga.

Ele levantou o olhar devagar para mim, como se a mente estivesse voltado ao ambiente aos poucos. Ele mantinha a expressão carrancuda e suspirou enquanto procurava palavras.

— Não me entenda mal - Pediu - Estou satisfeito que em breve Cietriz será extinguida desse mundo para sempre. - Ele ergueu as sobrancelhas - Cisne Branco enviou alguns casais aqui através do tempo. Recordo-me apenas de dois que conseguiram chegar até mim e nenhum deles me enfrentou da forma que fizeram.

Então apenas dois casais estiveram perto de conseguir a lança. Como Nihor havia dito, tínhamos visto cenas do passado e do presente, mas o futuro era inconcebível para aquele que tinha fé em Aslam. Talvez a estratégia fosse mesmo nos convencer de que o teste era leal com acontecimentos que realmente nos trouxeram aprendizados, para depois nos enganar, mostrando as coisas que poderiam sem dúvida estragar a felicidade que almejávamos. Nada como uma mentira mesclada com a verdade.

Mas isso não explicava o problema de Nihor.

— Está com essa cara porque ferimos o seu ego? - Susana soltou. Olha, era uma possibilidade, porém acho que eu não teria sido tão direto quanto ela. Talvez fosse por isso que a arqueira fosse ela e não eu; ela sabia como mirar as palavras.

— Não, majestade - Ele frisou a palavra, tentando ignorar a alfinetada sem sucesso - Conhecem a minha história, se não, não estariam aqui. Eu amava Cisne Branco com todo o meu coração, abandonei a minha casa, o meu reino, o meu direito de governar Calormânia por ela! - Ele fez uma pausa - E quando estávamos prestes a encontrar a felicidade, uma maldita feiticeira louca seca a minha pele e carne até só restarem ossos! - Soltou um riso sem humor - Acham mesmo que o amor vale a pena? Todos os casais que passaram por aqui me provaram que não. O amor acaba quando o seu pior medo te acerta! E eu confesso que estava satisfeito com a minha constatação até vocês aparecerem.

— Então realmente ferimos o seu orgulho? - Reiterou Susana - Aliás, você deveria estar feliz, sabe? - Ela mostrou a lança - Agora que conquistamos a lança, você está livre, não?

Apesar de ver a vida de outra maneira, eu entendia a amargura dele. As pessoas costumam se apegar às coisas que perderam. Às rejeições e aos “não” que receberam, aos projetos que fracassaram, às dores que não permitem que vão embora. E na situação dele, tendo passado anos trancafiado naquela caverna sem perspectiva, a esperança já devia ter se apagado. Mesmo quando se viu livre, achou que não valia mais a pena provar da liberdade.

— E todo o tempo que eu perdi aqui? - Indagou frustrado - Eu perdi a minha vida e nem depois da morte eu tive paz! Estou preso aqui dentro há séculos sabendo que a mulher da minha vida está lá fora e sem poder encontrá-la!

— Nihor, eu jamais poderia comparar a minha situação com Susana a tudo que você sofreu - Foi a minha vez de falar - Mas eu poderia ter pensado como você. Cinco anos sem vê-la e sem qualquer perspectiva de encontrá-la de novo até o fim dos meus dias, sendo obrigado a me casar sem amor apenas para gerar descendentes e agradar meus conselheiros! Quando Susana voltou, eu pensei assim. De que adiantaria viver um romance com ela no pouco tempo que ela permaneceria aqui se ela iria embora de novo e me deixaria pior do que antes? Eu me acovardei! - Senti o olhar de Susana em mim - Contudo, se eu não tivesse olhado para a situação de uma outra forma, eu não estaria aqui hoje.

Susana se aproximou de mim e pegou a minha mão.

— Caspian está certo, Nihor - Ela concordou - Não pense nas coisas que você perdeu. Pense no que você ainda tem! Você mesmo disse, Cisne Branco está lá fora! Agora vocês estão livres para irem ao País de Aslam e terem a paz que tanto esperaram!

— Nihor - Sobressaltei-me ao ouvir a voz de Cisne Branco atrás de nós. Susana e eu nos viramos num susto e encontramos a rainha de Nárnia com os olhos cheios de lágrimas.

Arrisquei um olhar para o príncipe calormano, que tinha o olhar fixo na amada, os olhos marejados e os lábios tremendo. Eles correram um em direção ao outro, mas pararam quando poucos metros os separavam.

— É você mesma, Cisne? - Nihor não conseguiu acreditar.

Susana olhou para mim e eu retribuí seu olhar e sorriso. Abracei minha amada de lado e assistimos Nihor e Cisne deixarem o espanto do reencontro ser substituído pela alegria de matar as saudades.

A Lança de Água brilhou novamente e em seguida a mesma luz podia ser vista contornando o casal. 

— Seremos eternamente gratos aos dois - Cisne nos disse enquanto seu corpo e o de Nihor começavam a ficar transparentes, como se logo fossem desaparecer - O seu amor salvou o nosso.

Nihor fez uma mesura, a expressão pacífica. Eles se deram as mãos e de modo semelhante a quando Liliandil tomava forma de estrela, os dois se tornaram duas esferas de luz e sumiram das nossas vistas. Estariam em paz e em plena felicidade no lugar para onde deveriam ter ido há mais de mil anos.

— Bem - Susana quebrou o silêncio - Nós conseguimos.

Afaguei seu rosto, afastando uma mecha de cabelo e tomei seus lábios em um beijo demorado e calmo. Aquela fora uma jornada extremamente difícil, na qual fomos colocados à prova ao extremo dos nossos limites. Mas conseguimos. Com a graça de Aslam, nós conseguimos.

Quando nos separamos, tomei a mão de Susana outra vez e caminhamos em direção à saída da gruta, passando pelo mesmo caminho tortuoso. Agora faltava pouco para tudo acabar. Àquela altura, os exércitos já estavam reunidos. A batalha nos aguardava.

Dois dias depois

Território de Arquelândia

Pedro Pevensie

Levantamos acampamento momentos depois do sol nascer. As terras de Arquelândia estavam tomadas por neve, símbolo do domínio de Jadis sobre o local. Era um pouco incômodo ter que movimentar o exército sobre o solo fofo e gelado, mas não tínhamos outro remédio.

De acordo com os cálculos de Glenstorm, chegaríamos às campinas ao redor do castelo de Anvard entre as dez e onze da manhã. Ele ainda estava visivelmente abatido pelo assassinato da esposa, tanto ele quanto seus filhos, porém converteu toda a revolta em forças para derrotar os inimigos. Ele não se perdoaria se desse à memória de Windren o desgosto de perder essa batalha.

De relance, vi Neriah comprimir os lábios e apertar as mãos em volta das rédeas de seu cavalo, provavelmente protestando contra a terra gélida em que Jadis transformou seu país montanhoso e primaveril.

— É revoltante, não é? - Indaguei a ela. A princesa ergue o olhar para mim rapidamente, sendo despertada dos seus pensamentos.

— Apesar disso tudo me enfurecer - Reconheceu a princesa - Estou mais preocupada com meu pai e meus súditos. Não sei o que podem ter feito com as tropas de Arquelândia, com as pessoas da cidadela. Ahadash e essas feiticeiras vão pagar por cada vida ceifada!

— Todos nós queremos fazer justiça, mas se me permite um conselho: não alimente a sede de vingança. - Sorri de canto - Nós seres humanos nunca sabemos a medida certa. Sempre nos excedemos e nos envenenamos no processo. Permita-se ser guiada por Aslam e nós salvaremos esse continente.

Ela ponderou sobre as minhas palavras.

— Obrigada por sua sabedoria, Grande Rei Pedro - Ela fez uma mesura. - Me lembrarei de suas palavras.

As horas passaram arrastadas, como se nossa caminhada não tivesse fim. Eu me pegava pensando se Liliandil tinha conseguido libertar e curar Edmundo; se Caspian e Susana estavam bem e se tinham conseguido a lança. A ansiedade agitava-se no meu âmago, querendo que tudo acabasse logo para ter toda a família reunida e a salvo.

Quando finalmente alcançamos as campinas, o exército inimigo já nos aguardava. Os soldados calormanos estavam em formação, usando um uniforme semelhante ao que usavam em meu reinado, com alterações mais modernas obviamente. Eles se posicionaram à frente do castelo de Anvard e nos esperavam impassíveis. A quadriga de Jadis os liderava e uma nevasca ameaçava prejudicar nossa visibilidade no campo de batalha.

Não pude evitar um arrepio ao encontrar a feiticeira. Apesar de estar longe, sua postura soberba a destacava na imensidão branca da neve e laranja e amarelo dos soldados de Ahadash, que por sinal não estava presente. Talvez estivesse preservando a si mesmo no castelo.

Era meu dever conter Jadis até que Aslam chegasse e eu sabia que ele viria no tempo oportuno. Tinha a sensação de encontrar uma velha conhecida, porém não deixei de ter medo. Sem dúvida seus poderes haviam crescido. Sem dúvida eu precisaria dar tudo de mim.

Inspirei e expirei até o ar se exaurir completamente dos meus pulmões. Estava na hora.

Lancei um olhar para Glenstorm, que andou alguns poucos passos para frente e levantou sua espada para que todos entendessem o comando de preparação.

— Essa é a batalha das nossas vidas! - Bradei - Lutem como se fosse a última e vençam!

Os soldados bradaram.

— Por Nárnia e por Aslam! - Icei o cavalo para frente ao bradar de novo e logo estávamos correndo em direção aos inimigos, eu já sentindo o olhar frio de Jadis sobre mim.

Liliandil, a estrela

Salvos por um triz da perseguição dos guardas, Edmundo e eu exploramos com cautela as passagens secretas do castelo de Anvard. O local era escuro e úmido, mas as paredes que davam para o exterior tinham algumas falhas, que deixavam a luz passar por frestas estreitas. 

Qualquer ruído era sinal de alerta e nós não encontramos ninguém pelo que pareceram horas, até que ao subir alguns lances de escadas, ouvimos algumas vozes.

Protetor, Edmundo fez um sinal de silêncio com o dedo indicador, que por pouco eu consegui discernir pela esfera de luz que eu empunhava e que logo desfiz para não chamar atenção. Meu amado passou para minha frente e tentou espiar pela parede anterior à curva que daria para as pessoas que conversavam.

— Consigo vê-los batalhando daqui! - Uma voz de criança, um menino, observou.

— O exército dela é muito grande? - Indagou a voz de um adulto.

— Sem dúvida! - O menino voltou a falar - Mas os guerreiros narnianos são muito destemidos! - O garoto falava com animação, vibrava com a visão da batalha que era ouvida dos confins do castelo.

— Gostaria de poder ajudá-los - O homem lamentou - Não nasci para a guerra.

— Talvez possa nos ajudar - Edmundo se revelou de repente e eu me sobressaltei, assim como as pessoas na dilatação do corredor que se seguia.

— Quem é você? - Outra voz se pronunciou, ameaçadora e eu ouvi o som de uma espada sendo tirada da bainha.

Fui para perto de Edmundo finalmente e consegui ver o que ele via. Havia cerca de dez a doze pessoas ali. A maioria trajava vestes nobres, com certeza eram parte da aristocracia da Arquelândia, mas alguns eram servos e outros eram soldados. A criança sem dúvida era nobre e a pessoa com quem ele falava parecia uma espécie de tutor. A sala estava iluminada por algumas tochas fracas.

— Sou o rei Edmundo - Anunciou o próprio, erguendo as mãos na frente do corpo para indicar rendição - Fui sequestrado pelo rei Ahadash e suas aliadas. Estava em uma missão para recuperar a arma que irá derrotar a serpente do deserto quando me trouxeram.

— Ouvimos alguns boatos - Reconheceu uma mulher, uma serva pelo uniforme - Usaram vossa majestade para trazer a bárbara feiticeira de Nárnia e iriam sacrificá-lo a Tash depois.

— Como sabem tanto sobre isso? - Indaguei. O homem que nos apontava a espada ergueu a sobrancelha. - Ah, perdão. Sou Liliandil, filha de Ramandu, líder das estrelas.

— As paredes das passagens foram construídas para serem uma rota de escape para a família real e seus súditos em um possível ataque. - Respondeu o soldado, baixando a espada - Elas nos protegem das ameaças externas, mas também permite espionar o exterior para saber quando reagir.

— Neriah foi genial ao nos indicar esse lugar - Observei para Edmundo.

— A princesa está a salvo? - Um outro nobre perguntou, o rosto se iluminando de esperança.

— Deve estar no campo de batalha ao lado do rei Pedro nesse momento - Respondi. - Sabem do rei Naim e do general Tácito?

— Ainda estão no calabouço. - Respondeu o tutor do menino - Não havia sentido em interligar as passagens à masmorra, afinal seria uma rota de fuga perfeita para malfeitores. - Deu de ombros - Não conseguimos salvá-los.

— Há mais pessoas aqui com vocês? - Edmundo perguntou.

— Boa parte dos servos e dos soldados que conseguiram escapar estão explorando as passagens. - Uma mulher, também aristocrata respondeu. - Pretendemos encontrar uma forma de libertar o rei, mas precisamos limpar o perímetro mais próximo do calabouço. O que o rei Pedro planeja fazer com a feiticeira branca e a serpente do deserto?

— Liliandil e eu precisamos voltar para o campo de batalha - Explicou Edmundo - Podemos auxiliá-los a libertar Naim e a liderar os soldados para lutar contra os calormanos. Precisamos também abrir passagem para que minha irmã Lúcia e um grupo de soldados invadam o castelo para encurralar a serpente. Jadis será derrotada no campo de batalha mais uma vez.

— Não vai ser fácil - Avisou o soldado - Os guardas que as feiticeiras amaldiçoaram são muito resilientes. Libertar o castelo dará trabalho.

— Teremos que tentar - Dei de ombros - O continente inteiro depende disso.

Todos na sala se entreolharam, até que os que estavam sentados se puseram de pé e todos assentiram, concordando com nossa empreitada.

Apesar de esperançosa, eu tinha que concordar com o soldado. O plano parecia perfeito. Restava executá-lo.

Pedro Pevensie

Aquela sem dúvida era a pior batalha que eu já havia enfrentado. Os soldados enfeitiçados pareciam máquinas de matar e os que pareciam mortos-vivos simplesmente se levantavam repetidas vezes depois de serem abatidos. Apenas dilacerando seus corpos é que era possível mantê-los no chão.

Em pouco tempo minha armadura e a espada que Caspian me dera estavam sujas de sangue e neve. Era impossível sentir frio diante de tanta adrenalina, mas a nevasca sem dúvida atrapalhava os movimentos.

Estava diante de mais um soldado morto-vivo. Seus golpes eram imprecisos, mas um passo em falso meu por conta da neve foi suficiente para que rasgasse meu braço. Grunhi com a dor e revidei o golpe, acertando-o na perna. Ele manquejou, mas continuou avançando contra mim, dando golpes aleatórios na minha direção. Rasguei seu peito uma, duas, três vezes, o que restava de sangue espirrando violentamente contra mim e contra o solo embranquecido. 

Irritei-me e larguei o escudo, segurando a espada com as duas mãos para cortá-lo por inteiro.

Foi quando uma trombeta foi ouvida e todos paramos para procurar de onde o seu som vinha.

A neve parou de cair e estranhamente tudo à minha volta passou a ficar mais lento, como se o mundo parasse.

A trombeta foi tocada por um dos soldados de olhos azulados que flanqueava a quadriga de Jadis. Uma espécie de névoa branca saía do instrumento quando era tocado, como se um feitiço fosse conjurado.

Jadis fez a quadriga avançar, atropelando tudo e todos que ficavam em seu caminho. Ela vinha em minha direção.

 

Cietriz, a serpente do deserto

No salão principal da Fortaleza de Anvard, os preparativos para o ritual corriam de vento em popa. A mesa sacrificial estava colocada ao centro e a coleção de facas estava ao meu dispor.

O soberbo e tolo Tisroc Ahadash, que àquelas horas já devia estar ardendo no mármore do País de Tash, antes de morrer nos trouxe as sacerdotisas e servas do templo para o ritual de sacrifício. Assim como eu, as moças vestiam vestidos de cores vibrantes em tecidos leves e fluidos para as danças, uma mistura calorosa de vermelho, laranja, roxo e amarelo.

— Já que o rei narniano se enfiou nas passagens secretas e os incompetentes foram incapazes de trazê-lo à mim - Esbravejei para os guardas, enfeitiçados por Jadis - Sacrificaremos o rei Naim e seu futuro genro. Tragam-no até mim!

Os guardas encantados não esboçaram reação diante do comando, apenas giraram os corpos para a direita e marcharam para fora do pátio para cumprir minhas ordens.

— Já está quase tudo pronto, senhora - Uma das servas me avisou.

— Ótimo! - Exclamei. Bati palmas duas vezes - Comecem a preparação do ambiente!

As sacerdotisas acenderam os incensos e logo a fumaça perfumada inundou o pátio. Os músicos começaram a melodia sedutora, composta por instrumentos de sopro e alguns tamborins. As sacerdotisas logo se colocaram no centro do pátio, ao redor da mesa de sacrifício e começaram a dançar, os corpos se movendo de forma provocante ao som da sinfonia.

— Que Tash, o irresistível, receba o sacrifício - Recitei - Que me conceda poder! Que nos conceda a vitória!


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