Brothers escrita por Padfootly


Capítulo 3
Sexto ano


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Sirius sentou ao lado de Remus num dos sofás que ficavam em frente a lareira, James e Peter estavam jogados no chão apostando uma partida de xadrez bruxo.

— Moony, posso ler a palma da sua mão? – Ele perguntou.

Remus olhou para ele sorrindo antes de responder:

— Achei que você não fosse bom, ou se quer gostasse, de adivinhação.

— Achou errado. – Respondeu Sirius, que tentava a todo custo manter o rosto sério.

Remus revirou os olhos, ouvindo uma risadinha vinda do chão - apostava que era James - e estendeu a sua palma da mão direita para o amigo, que sem demora segurou ela.

—Hummm. – Ele falou, estreitando os olhos como se fizesse um grande esforço para se concentrar. – Eu vejo aqui que você ama chocolate, é muito estudioso e tem um amigo muito lindo.

— O amigo lindo deve ser eu. – Falou James, interrompendo a leitura do outro, e fazendo Remus gargalhar.

— Cala a boca, James. – Rosnou. – Continuando... Vejo também que a palma da sua mão deveria estar apertando a minha bunda.

James começou a gargalhar sem conseguir se segurar, Remus parecia levemente vermelho, mas ainda assim respondeu.

—Podemos resolver isso num lugar mais privado. – Falou dando um risinho e voltando a ler seu livro.

Sirius suspirou, será que um dia ele sairiam apenas dos flertes?

*

James não poderia estar mais feliz. Ele estava finalmente tendo o seu primeiro encontro com Lilian Evans. Quer dizer, ele nunca duvidou que iria conseguir – talvez algumas vezes ele tenha, mas isso não vem ao caso- mas estar ali com ela andando por Hogsmeade fazia todos os anos de tentativas valerem a pena. Seus pensamentos foram atrapalhados pela voz da garota em questão.

— Sou eu ou realmente tem um enorme cachorro preto seguindo a gente? – James virou numa velocidade quase humanamente impossível ao ouvir aquelas palavras, fazendo uma cara de raiva assim que avistou a forma animaga do melhor amigo tentando segui-los de forma sorrateira. Ele não acreditava que aquele idiota estava fazendo aquilo com ele.

— Ele é tão fofinho. – A menina continuou a falar alheia ao seu drama pessoal. – Ele provavelmente está perdido. – Ela se ajoelhou na neve – janeiro sempre nevava tanto – ficando num nível onde seu rosto ficava na altura do focinho do cachorro.

 - Vem aqui garoto. – Ela falou batendo nas pernas para que o cachorro se aproximasse. Coisa que ele fez sem cerimônia. – Quem é o bom garoto? Quem é o bom garoto?  - Ela começou a fazer carinho nas orelhas do cachorro enquanto falava com ele.

—Não toca nele, Lily. – James se pronunciou pela primeira vez. – Ele provavelmente tem pulgas, raiva ou algo assim. – Rosnou ainda com raiva recebendo um latido do cachorro em questão.

Revirou os olhos.

—Não seja idiota, Potter. Ele deve estar apenas com fome. Nós deveríamos levar ele para o Hagrid.

— Nós deveríamos era levar ele para ser castrado, era isso que deveríamos fazer. – Colocou seu melhor olhar de ameaça no rosto enquanto grunhia isso.

Padfoot latiu para ele mais uma vez, e ele poderia apostar que havia sido uma risada, antes de sair correndo para longe dos dois.

—Você assustou ele. – A menina resmungou, mas aceitou de bom grado a mão que ele estendia para ajudar ela a se levantar. – E então, para onde vamos?

—Surpresa. – Respondeu rindo.

*

— Remus? – James o chamou. O garoto que estava ajeitando seu malão levantou os olhos para o amigo, sinalizando que estava ouvindo. – Não vai aceitar nenhum dos convites que recebeu para o dia dos namorados?

— Não pretendo. – Respondeu.

— Prefere passar o dia dos namorados sozinho aqui no quarto? – Remus assentiu e deu um sorriso.

— Eu não preciso de garotas para me divertir.

— Essas foram as oito palavras mais tristes que eu já ouvi na minha vida. – Comentou rindo.

— Eu nunca disse que descartei os garotos da equação. – Respondeu de forma nervosa, temendo a reação do amigo. Esse riu alto.

— Você fala “os garotos”, mas a única coisa que escuto é “Sirius”. – Os dois riram, e trocaram olhares cumplices.

*

—Sirius. – Remus começou olhando para o amigo. Os dois estavam na cama de Moony, sentados encostados na cabeceira.

—Sim? – Ele respondeu.

— É dia dos namorados. James e Peter tem encontros hoje, e você recusou todas as 14 garotas que vieram te chamar para sair dizendo que você já tinha planos. Mas você está sentado aqui me fazendo companhia no nosso dormitório deserto desde manhã. Por quê você recusou todas as garotas e qual são os seus planos?

Sirius fingiu se alongar e colocou seus braços ao redor do mais novo, dando um dos seus famosos sorrisos safados e se movendo mais para perto dele antes de responder:

— Advinha, Lupin.

E puxa-lo para o tão esperado beijo.

Sirius gemeu assim que seus lábios se encontraram. Ele nunca havia provado nada tão macio na sua vida e, por todos os Deuses, ele queria fazer isso havia tanto tempo. No começo era só um leve encostar de lábios, mas assim que Black embrenhou sua mão direita nos cabelos cor de areia do Lupin, esse abriu levemente a boca concedendo passagem para a língua afoita do mais velho. Moony se sentia em êxtase ao ter a língua sugado de forma tão pecaminosa pelo outro e soltou um leve gemido, descendo suas mãos até o quadril de Sirius e puxando ele rapidamente para o seu colo o apertando cada vez mais próximo de si. Quando finalmente o ar faltou e eles se afastaram, juntaram suas cabeças e trocaram sorrisos cumplices.

— Merlin, eu deveria ter feito isso antes. – Sirius foi o primeiro a se pronunciar.

— Deveria mesmo. – Concordou o outro rindo, e tomando-o para um novo beijo. Ele sentia que poderia se viciar na boca do amigo.

Eles estavam deitados na cama agora. Remus com um suéter mais largo do que ele, recostado no peitoral do mais velho.

—Re... Porque você não me disse que tinha um cheiro tão gostoso? – O outro riu e ele suspirou. -  Você é tão fofo, Rems.

— Eu sou mais forte que você e poderia te dar uma surra. – Resmungou de forma sonolenta.

— Eu sei. – Pads respondeu de forma apaixonada.

*

—VOCÊ O QUÊ? – James gritou no salão comunal, que se encontrava deserto.

— Sim, Prongs. Eu beijei o Remus, não fique histérico. – Respondeu de forma contida, mas um riso brincava nos seus lábios.

— Eu acho que estou hiperventilando. – Respondeu, tentando controlar a voz.

— Prongs, por favor...  

— Minhas mãos estão tremendo. – Ele falou, mostrando as mesmas ao amigo.

— James...

— EU ESTOU SUANDO. – Ele volta a gritar sem conseguir se conter. – Está vendo isso? – Ele aponta para o rosto. - São lágrimas de alegria.

— Por favor, não grite. Ninguém sabe ainda... Estou te implorando.

Eles foram interrompidos pela abertura do quadro da mulher gorda, Lily e Remus vinham entrando juntos após uma das rondas de monitores. Ela olhou para o rosto do namorado, que parecia a ponto de surtar, para o de Sirius que estava num tom de vermelho fora do normal, e então para o de Remus que estava sendo desenhado em compreensão para o que estava acontecendo.

— NÃO ACREDITO. – Ela gritou caminhando até Sirius. – ME DEIXEM VER ESSES LÁBIOS INCHADOS.

— Lily, pelo amor de Deus. – Grunhiu o mais velho.

— Eu só quero morrer. – Falou Remus, seu rosto estava tão vermelho de vergonha quanto era possível.

— Eu vou escrever uma carta para a sua mãe, James. – A ruiva falou. – Ela vai ficar em êxtase. Ela achava que iria demorar pelo menos mais uns dois anos para algum dos dois fazer algum movimento. – Assim que terminou de falar rumou em direção ao seu quarto para escrever deixando os três sozinhos ali.

Sirius tinha certeza que não merecia os melhores amigos que tinha.


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Notas finais do capítulo

E então? Esse foi maior do que o normal. Tô ansiosa para saber o que estão achando.
Beijinhos



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