Brothers escrita por Padfootly


Capítulo 1
Segundo e Terceiro ano


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente linda. Aqui estou eu mais uma vez com uma fic nova ~~ antes de terminar as antigas ~~ mas essa ideia surgiu na minha cabeça e eu simplesmente tinha que escrever.
Espero que gostem desse amorzinho ♥
Nos vemos lá em baixo.



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Segundo ano

James tinha acabado de voltar para casa do seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Seus pais estavam morrendo de saudades e loucos para ouvirem tudo que o filho tinha para contar sobre o ano, mas, diferente do que imaginavam, a escola não foi a primeira coisa que James falou quando chegaram ao lar. Ele simplesmente continuava falando e falando sobre o melhor amigo do mundo que havia feito em Hogwarts.

                -E Sirius é simplesmente incrível, Sabe? Acredita que ele nunca negou NENHUMA das ideias que eu tive? Por mais loucas que pudessem parecer...

                Era um falatório sem fim sobre um tal de Sirius Black, coisa que fez com que seus pais se preocupassem. Quer dizer... O garoto era um Black, eles não queriam seu menino perto daquela família, eles eram conhecidos por seu purismo e os Potters não queriam que a cabeça de James fosse enchida com aquilo. Decidiram não falar nada e apenas observar o comportamento do mais novo após o ano que passou em companhia do garoto.

Tudo mudou em uma noite quando Fleamont – O pai de James – estava sentado no sofá da sala, ele tomava uma poção para aliviar a sua dor de cabeça que não o deixava dormir naquela noite. Ouviu um barulho vindo da lareira e logo se levantou com a varinha em riste. Já era madrugada e ele não conseguia imaginar quem iria aparecer repentinamente em sua casa essa hora da noite. Para sua surpresa era um garotinho, ele aparentava ter seus doze anos, cabelos negros e cacheados desciam até seus ombros, estes que tremiam por um choro copioso vindo do menino. Ele chorava e soluçava um pouco alto. O mais velho baixou a varinha ainda ficando com ela em mãos.

                - O James t-á? – Foram as primeiras palavras que saíram da boca dele, emboladas pelo choro. – Por favor, Senhor Pot-t-er... Eu... Eu preciso do James.

O mais velho balançou a varinha, mandando um patrono para sua esposa no andar de cima. Foi só então que se aproximou do garoto, que continuava a chorar e murmurar que precisava de James, notando pela primeira vez a pele muito pálida, o corpo magro e grandes olhos cinzas do mais novo. Passou a mão no cabelo do garoto com um leve cafuné e logo foi trazendo-o em direção ao sofá.

                - Ele está dormindo. – Fleamont respondeu abafando um pouco do choro do menino que ainda perguntava pelo garoto mais novo. – O que houve?

                - Me... Me des-s-culpe. – Sirius tentou falar ainda chorando, e o Senhor Potter o sentou no sofá. – Mas o James me disse que eu poderia vir para cá caso eu precisasse.

                -Não precisa se desculpar, querido. – Quem falou foi Euphemia, só então o patriarca notou a presença da sua esposa no recinto. Seu robe enrolado em seu corpo indicava que ela tinha acabado de sair da cama.

                O garoto parecia não estar ouvindo muito bem, pois continuava chorando e repetindo que precisava de James.

                -Está tudo bem. – A matriarca falou com a voz leve e doce. – Você é Sirius Black?

Ao ouvir o som do seu sobrenome o rapaz passou a chorar de forma mais forte, e gaguejar ainda mais.

                -Me desculpem Senhor e Senhora Potter, mas..., mas o James me di-s-se que eu... que eu poderia vir para cá se as coisas começassem a ficar muito ruins novamente em minha casa e, eu... eu simplesmente não poderia aguentar mais um dia naquele lugar.        

Os mais velhos trocaram olhares entre si, decidindo que não havia mais nada o que fazer, a não ser tentar acalmar o garoto e deixar que ele ficasse a noite. Ouviram barulhos de passos descendo a escada e quando olharam na direção viram James Potter, com o cabelo mais bagunçado que o normal, e um pijama de Quadribol no corpo. Ele coçava os olhos mostrando que tinha acabado de acordar, provavelmente, por conta do barulho do amigo.

Assim que viu Sirius sentado no sofá chorando ele desceu correndo o resto dos degraus que faltavam sentando-se ao lado do outro e puxando o garoto para um abraço apertado, o choro começou a se acalmar imediatamente, se transformando apenas em alguns soluços.

                -Ela te bateu de novo? – James perguntou baixinho, querendo que os pais não ouvissem, coisa que falhou. Sirius apenas acenou a cabeça que sim antes de responder.

                -Todos os dias desde que cheguei das férias, mas hoje foi pior. Eu... Eu simplesmente não aguentei.

Os mais velhos pareciam horrorizados com a normalidade que os dois falavam sobre aquilo, como se fosse algo frequente na vida do Black. Eles respiraram fundo pensando sobre o que fazer a respeito.

                -Está tudo bem. – Eles ouviram a voz de James. – Você pode ficar aqui com a gente, não é mesmo mãe?

E foi só naquele momento que os olhos de Sirius foram em direção a Euphemia e a Fleamont parecendo enxergar eles pela primeira vez naquela noite, tinha tanta dor naquelas íris que eles acharam que iriam sufocar.

Os dois assentiram com um sorriso doce no rosto.

— Vamos subir. – O senhor Potter falou. – Ele vai dormir no seu quarto, tudo bem?

— Sim, tem bastante espaço na minha cama. – O menino assentiu e foi logo puxando o amigo em direção ao seu quarto. Fleamont seguiu os garotos, enquanto Euphemia foi providenciar um chá na cozinha para acalma-los.

Quando ela chegou no quarto, James e Sirius já estavam deitados na cama de casal do seu filho, O Black com um outro pijama de Quadribol que pertencia a Jay e os cabelos presos. Ela sorriu para imagem e logo entregou a xícara com o chá ao mais Black que se sentou na cama e levou ela até os lábios, dando um sorriso ao sentir o gosto bom da bebida. Assim que terminou todo o liquido se sentiu automaticamente mais calmo, aparentemente o chá tinha gotas leves de poção calmante.

—Obrigado por me deixarem ficar, Senhor e Senhora Potter. – O menino disse de forma muito polida, fazendo com que os mais velhos rissem e dessem um aceno de mão tirando a importância do assunto.

— Você sempre será bem-vindo, Sirius. – Quem respondeu foi Euphemia, ao que o garoto sorriu em agradecimento. Os pais de James sorriram e logo saíram do quarto deixando os meninos bem confortáveis e deitados na cama.

A matriarca estava perdida em pensamentos, não sabia o que iria fazer diante daquilo, não podia simplesmente manter um menino de doze anos na sua casa sem a autorização dos pais, tinha sorte que o seu marido era Auror ou podiam ser indiciados caso a Senhora Black decidisse registrar o sumiço.

Quando entraram no quarto do casal a primeira coisa que saiu da sua boca foi:

— O que podemos fazer sobre isso?

Fleamont suspirou, mostrando que isso também o preocupava.

— Eu vou entrar com uma ação na central amanhã contra os pais dele.

Ela balançou a cabeça concordando - aquilo era bom, por hora - e os dois deitaram-se para dormir.

*

A senhora Potter acordou cedo na manhã seguinte, mas seu marido já não estava no quarto, seguiu para o quarto do filho - queria checar se os garotos estavam confortáveis - e acabou rindo quando abriu a porta. A primeira imagem que teve foi a de James estava amontoado ao lado de Sirius - por mais que a cama fosse enorme e tivesse bastante espaço -, ambos com os cotovelos e joelhos jogados em cima do outro, com os cabelos pretos e bagunçados no mesmo travesseiro, dormindo profundamente e o Potter mais novo mantinha um braço ao redor de Sirius quase de forma protetiva. Ela não conseguia deixar de pensar que eles deveriam ser irmãos, era tão parecidos.

Sorriu docemente se retirando do quarto.

Ao chegar na cozinha deu de cara com seu marido, postou um leve beijo de bom dia em seus lábios e logo começou a falar o que estava em sua mente.

— Não sei se vai adiantar.

— Do que você está falando? – Seu marido perguntou.

— Você disse que vai entrar com uma ação contra os Blacks, mas eu não sei se vai adiantar se ele não tiver para onde ir. Pode ser ainda pior para ele. – Seu marido sorriu e a abraçou.

— Onde você quer chegar com isso? – Um sorriso brincava em seus lábios como se ele já soubesse a resposta.

— Ele poderia ficar aqui, você não acha? Sirius e James já parecem ser irmãos de qualquer forma.

— Sim eu passei lá quando acordei, James é bem protetivo com o menino Black – Falou rindo.

— E então? – Ela perguntou. Seus olhos demonstravam facilmente a expectativa.

— Acho que você está certa. – Ele sorriu, depositando um beijo nos lábios da esposa. Aparentemente ele havia ganhado mais um filho.

Terceiro ano

*

12 de maio de 1974.

Era dia 12 de maio e Sirius estava agindo estranho. Claro que ninguém poderia lhe culpar. Era dia das mães e havia enviado flores como presente para Euphemia, ele não estava certo se deveria ou não ter feito isso... Ele pensava que por mais que ela tivesse lhe acolhido na sua casa, ainda assim ela não era sua mãe. Ele estava tão nervoso sobre isso que não havia simplesmente contado a ninguém, e junto das flores havia rabiscado um bilhete dizendo “Eu sei que você não é realmente a minha mãe, mas... bom... espero que goste”

O dia havia se passado muito mais lento do que o normal e seus amigos estavam estranhando a quietude do mais velho, não era do seu feito agir daquela forma e eles haviam até cogitado ele estar doente. Coisa que o fez sorrir ladinamente.

O que Sirius não imaginava era que Euphemia havia ficado em êxtase ao receber o presente. Ela o via como um filho desde o dia que ele apareceu chorando em sua lareira, com um sorriso brilhante a senhora Potter se pôs a escrever uma carta de agradecimento para o presente de seus filhos.

Foi no dia seguinte, em pleno café da manhã, que chegou a resposta tão temida por Sirius. Ela havia escrito uma carta conjunta de agradecimento para os dois, dizendo o quão feliz ela havia ficado pelo presente. James tinha lido a carta em voz alta para que ele pudesse ouvir também.

Era. Uma. Carta. Conjunta.

Ele suspirou quase entrando em pânico sobre a reação de James. Será que não seria muito estranho? Será que James ficaria irritado com ele? Será que James iria achar que ele estava tentando roubar sua mãe? Mas, diferente de todas as possibilidades que haviam passado em sua cabeça, a única coisa que James fez foi sorrir e passar a carta para que ele pudesse ler com mais calma. Sirius tremia e foi com um alivio que ouviu a voz do melhor amigo – que parecia alheio a todo o seu sofrimento – falando:

— Você enviou flores, cara? – Sua voz era tão leve que a cada sopro dela Black sentia sue coração voltar a bater normalmente. – Eu comprei só uns chocolates de Hogsmeade. No ano que vem nós, definitivamente, temos que combinar nossos presentes para que você não faça parecer que eu sou um filho relapso.

Os dois riram juntos, e toda a ansiedade e duvida dentro de Sirius foram substituídas por uma felicidade genuína ao perceber que a família de James – a sua nova família – realmente queria ele. E isso o fazia se sentir tão amado.


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Notas finais do capítulo

E então o que estão achando? Mereço comentários dessa belezinha?
Lembrando que ela já está toda prontinha e quanto mais comentários mais rápido eu me animo para postar o próximo.
Beijinhos da tia Pads ♥



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