Andar pelos corredores não era suficiente para Tony. Quando ele ouviu que Penelope fora sequestrada, ele literalmente arrancou os fios de seu IV e saiu voando pela janela. 

Ele tinha uma vaga noção que Natasha, Bruce e Thor conseguiram resgatar Penelope antes mesmo que a equipe BAU chegasse ao casebre abandonado.

Ele cruzou a esquina e chegou ao quarto dela.

Algumas horas antes...

Natasha se preparou para usar qualquer tipo de força. Ela faria isso por Penelope. A loira deixou sua própria marca nela, que era engraçado dizer.

Chutando a porta dos fundos, Natasha viu o corredor livre. Bruce havia entrado também e Thor já estava dentro. Os três receberam a presença do agente Barton, o arqueiro, do Capitão América e do Pantera Negra. Isso seria um resgate a moda vingador.

Tony chegou em seu traje e agora sim, isso seria um resgate especial. Tony estava na cola de Steve, com cuidado. Barton foi com Natasha, enquanto pantera negra seguiu Bruce.

— Se Justin estiver ao meu alcance, eu vou fazer picadinho dele. – Tony jurou. – E se ele machucar Penny, eu não sei se respondo por mim.

Steve apenas olhou para o amigo. Parecia que ele estava prestes a estrangular alguém. Mas até mesmo ele entendia a vontade de Tony.

Hammer havia feito a vida de Tony e de sua irmã um verdadeiro inferno uma vez, ele não iria deixar isso acontecer de novo.

Natasha cruzou a porta do porão, derrubando um dos seguranças, imobilizando-o com os pés na garganta dele, o deixando inconsciente. Arrumando sua roupa, Natasha prosseguiu sempre com a arma a sua frente.

Ela encontrou a porta do porão e ouviu uma briga do lado de fora. Som de raios provavelmente vindo de Tony e ela viu Bruce ao seu lado.

— No três. – Natasha falou e se preparou. – 1,2,3.

Bruce, já como Hulk abriu a porta do porão e jogou quatro caras longe em segundos. Natasha derrubou o quinto e o sexto.

Justin sabia que era o fim dele então pegou a arma e bateu na cabeça de Penelope, garantindo que ela estivesse nos últimos segundos. Ela já estava desmaiada dos eletrochoques, um estrago a mais a impediria de sobreviver.

A equipe BAU finalmente chegou e Derek viu os homens caídos, quase sem vida, mas sua prioridade era Penelope. Ele precisava ver sua esposa. Foram dois dias e ele estava louco.

Hotch, Rossi, Emily e Reid o seguiram até o porão.

— Acabou Justin! – Natasha encarava o cano de uma arma. – Atire em mim e você não sairá vivo daqui.

 - Eu não vou voltar para prisão, Srta Romanoff. – Justin apontou mais a arma. – Eu mal sobrevivi da última vez.

— Hammer! – A voz grave de Tony fez o homem olhar para Tony. – Que tal você vir a mim? Direto ao invés desses joguinhos? Deixe-a em paz.

— O irmão pródigo está aqui! – Justin sabia que não sairia vivo desse confronto. – Aquele projeto de marido dela está aqui também?

— Estou. – Derek encarou Penelope amarrada e sua raiva cresceu. – Baby Girl!

— Nós nos divertimos um pouco. – Justin pegou um nervo de Derek. – Pena que não cheguei na parte mais deliciosa.

— Não caia na dele, Morgan. – Tony abriu seu elmo. – Justin, por que está fazendo isso com ela? É falta de mulher?

— Seu canalha. – Justin apontou a arma e atirou em Penelope.

Todos congelaram quando o sangue começou a jorrar. A equipe do FBI puxou seus gatilhos e atirou, sem dó nem piedade. Ele caiu no chão, totalmente morto.

Guardando sua arma, Natasha correu até Penelope e cortou as cordas que a prendiam no poste, frouxamente.

Derek correu para Penelope e tentou acordar sua mulher. Ele não podia perder Penelope. Hotch correu para buscar ajuda para Pen quando Rossi confirmou a morte de Hammer.

— Penelope! – Tony chegou perto dela. – Não morra irmãzinha.

Thor observava a corrida para salvar Penelope enquanto Steve subiu para cima e nem chegando no lado de fora, desabou em lágrimas. Nick Fury, adivinhando o que aconteceu, correu para dentro da casa.

Ele congelou ao ver Penelope sendo tratada por paramédicos e Bruce, que insistira em ajudar depois de colocar algumas roupas.

Quando ela estava estável o suficiente, Thor e Derek ajudaram os paramédicos a subir com Pen, enquanto Natasha segurava o soro e Tony bombeava ar para dentro de sua irmã.

Emily foi amparada por Hotch que nesse ponto também chorava enquanto JJ foi amparada por Reid e Rossi estava sendo amparado pelo Pantera Negra. Mais uma vez Penelope sofreu um atentado.

JJ correu para a porta assim que soube que Penelope estava chegando. Quando ela viu sua amiga, Will envolveu seus braços ao redor de sua cintura. Ela olhou para Derek completamente entorpecido.

— Derek, venha comigo. – Fran puxou o filho para o banheiro com uma nova muda de roupa. – Eu estou aqui com você, sabe disso.

— Eu só queria ter impedido que ela fosse com Tony. – Derek escorregou pela parede até o chão. – Mas conhecendo Penelope, ela iria de qualquer jeito. E ela é forte, batalhadora.

Derek abraçou a mãe e chorou o que precisava antes de voltar e ficar forte. Ele e Pen fizeram planos depois de Kate nascer. Um plano caso algo acontecesse com um deles, porém Derek nunca em sua vida achou que fosse o planejamento de Penelope que iria usar.

 Ela havia escolhido como seria sua cerimônia fúnebre, sua cremação, as cinzas seriam espalhadas no jardim federal e Derek e Kate iriam morar com Rossi. Tony se encarregaria de ajudar Kate e Derek depois e todo o dinheiro que ela havia juntado iria para Katie.

Mas Derek se sentou naquela sala de espera com mais do que lamentações. Eram esperanças.

Entrando no quarto de Pepper, Tony olhou para ela e seu adorável filho. Ela tinha lágrimas nos olhos e muito provavelmente já sabia o que havia acontecido.

— Vem aqui. – Ela o chamou e ele foi. – Você está bem?

— Na medida do possível. – A voz de Tony estava embargada. – Ela precisa melhorar. E Justin a torturou com choque e ele...

— Tudo bem. – Pepper deu um beijo nos lábios do marido. – Penelope é uma mulher forte. Se há algo que eu sei sobre sua irmã, é que ela é forte e determinada.

Ele olhou para o filho e suspirou. Ele iria ver o corpo de Justin em algumas horas porque ele precisava de um fechamento.

Natasha se olhou no espelho, limpando as marcas de sangue em suas mãos.

— Você está bem? – Barton perguntou a amiga. – Eu te procurei por todos os lugares.

— Eu ainda não consegui tirar a imagem da Penelope no chão amarrada. – Ela lavou as mãos com mais rapidez. – Eu deveria ter quebrado o pescoço daquele filho da...

— Ok, Nat. – Barton a impediu de dizer um palavrão. – Vamos esperar na sala de espera, sim?

Natasha assentiu e viu a sala cheia de pessoas diferentes, mas que estavam aqui por Penelope. Era um jogo de espera cansativo, mas eles enfrentariam de qualquer jeito.