Emily e Hotch estavam se encarando na mesa do café da manhã. Eles haviam descoberto que seriam pais em alguns meses.

— Nós vamos falar sobre isso? – Emily se sentiu mal com o silencio de Hotch. – Olhe, nós não estávamos realmente evitando esse tipo de consequência.

Hotch apenas olhou para ela, tentando fazer sua cara de paisagem, mas um sorriso se espalhou pelo rosto. Ele ainda estava absorvendo a idéia de outro bebê, mas quando a ficha caiu ele sentiu muito amor.

—Sinto muito, a ficha ainda não tinha caído ainda. – Hotch viu Emily suspirar. – Eu não estava tendo a ideia ainda, mas agora é uma coisa perfeita.

— Então você está bem com isso? – Emily perguntou. – Quero dizer, com o bebê?

— Nós vamos ter um filho. – Hotch puxou Emily em seus braços. – Deus, eu te amo.

— Eu também te amo, mas precisamos casar. – Emily riu da expressão de Hotch. – Se não quiser casar, pelo menos no civil. Eu pouco ligo para uma cerimônia na igreja.

Hotch retirou um anel da gaveta e com a presença de Jack ele se ajoelhou.

— Emily Prentiss, razão da minha vida. – Ele pegou a mão dela na sua. – Aceita ser minha mulher para a vida toda?

— Você sabe que sim! – Emily o ajudou a se levantar. – Aaron, é lindo demais.

— Você vai ser minha mamãe? – Jack perguntou da porta.

— Eu serei se você quiser. – Emily viu Hotch pedindo a palavra.

— Jack, o que acha de ter um irmãozinho ou irmãzinha? – Hotch viu os olhos do filho brilhando. – Isso é um sim?

— Definitivamente. – Jack sorriu. – Assim como a tia JJ vai me dar um primo em menos de duas semanas.

— Exatamente isso. – Emily viu o menino a abraçando e a beijando. – Para o que foi isso?

— Por dar ao meu pai a felicidade. – Jack suspirou. – Isso não é legal? Tio Derek vai casar com a tia Penelope e a tia JJ grávida. Agora vocês dois vão se casar e ter um filho.

Os dois assentiram e começaram a dar ao garotinho o café da manhã.

JJ se sentia grande. Will e ela estavam perto de ter seu primeiro filho, que acabou vindo de surpresa, mas já muito amado.

— Então eu pensei que Garcie e Reid poderiam ser os padrinhos. – JJ olhou para o namorado. – Acredite quando eu digo que Garcie enfiaria uma bala antes que alguém tentasse machucar Henry e Reid seria o padrinho que o mandaria para Yale.

— Eu acho uma ótima ideia. – Will viu que JJ estava com um pouco de dor. – Amor, você está bem?

— Estou. É só seu filho brincando com minha bexiga. – JJ suspirou. – Eu vou para o trabalho, há uma nova agente que começará e me substituirá durante o período com nosso filho e você.

— Certo. – Will observou JJ saindo pela porta.

Ele sabia que provavelmente seu bebê poderia vir hoje então ele colocou a bolsa ao lado da porta. 

 Ele voltou para o lado da mesa e largou as chaves do lado da xicara de café.

JJ entrou na agencia e notou que Derek estava sentado em sua mesa e não na cadeira.

— Penelope Garcia! – Ela quase se jogou para a amiga. – Senhor Stark. Que prazer em ver você.

— O prazer é meu, senhorita Jareau. – Tony sorriu. – Vamos Pen?

— Eu posso ficar mais algum tempo? – Penelope deu olhos de cachorrinhos para o irmão. – Por favor?

— Penelope, um dia seus olhos de cachorrinhos não funcionarão. – Stark sorriu para a irmã. – J.A.R.V.I.S me conecte com os investidores na sala do agente Rossi.

Batendo suavemente, Tony entrou quando foi autorizado.

— Penelope me deu os olhos de cachorrinho. – Stark estava querendo usar o computador de Rossi. – Já que o seu computador está pegando poeira, eu posso usar para me conectar com meus acionistas e Pepper?

— Use à vontade. – Rossi fechou a porta. – Podemos falar sobre o casamento de sua irmã?

— Não vamos ter o Red Hot Chilli Peppers tocando. – Stark dobrou os braços. – Eu sei que a Pen preferiria o Nickelback.

— Foi por isso que eu consegui fechar com eles. – Rossi corou. – Mas pelo amor de Deus, não conte a ela. Eu não quero minha conta arruinada antes que eu pague o cachê.

— Se você ficar sem dinheiro eu pago. – Stark ligou o computador e colocou a senha de Dave. – Eu sei sua senha, não se importa, né?

— Você não é um unsub, Tony. – Rossi gostava e muito do homem a sua frente. – Tenho certeza que teve aula com sua irmã.

— Na verdade, foi J.A.R.V.I.S quem me ajudou, mas Penelope fez algumas modificações para deixar o sistema seguro. – Tony se conectou com seus assistentes.

No bullpen, JJ, Emily e a nova assistente Jordan Todd conversavam sobre doadores.

— Em três semanas você vai assumir esse cargo. – JJ apontou para si mesma. – Porque eu estou enorme.

— Você está ótima. – Jordan olhou para Morgan e depois percebeu que Penelope lhe dava adagas com os olhos. – E você pensa em ter filhos, Emily?

Ela não queria estragar o momento de JJ e sua gravidez estava no começo.

— Ainda não. – Emily sorriu. – Acho que JJ agarrou o último doador viável.

— Doador do que? – Hotch surgiu por trás e as meninas riram. – Então agente Prentiss?

— Apenas uma conversa de garotas. – Ela sorriu porque todos já sabiam sobre seu relacionamento com Hotch.

— Prazer em conhecer você, agente Hotchner. – Jordan apertou a mão do homem.

— Prazer. – Hotch olhou para Emily. – Agente Prentiss, pode vir ao meu escritório?

— Claro, agente Hotchner. – Eles mantinham um ar profissional no escritório.

Jordan se virou para Derek bem a tempo de ver o agente beijar Penelope nos lábios. Foi apenas quatro segundos, mas ela ficou com raiva da técnica.

JJ levou Jordan para sua sala, sabendo que ela dava olhares mortais para Pen e ela não gostou nem um pouco.

— Você está bem? – A mulher perguntou quando JJ ofegou.

— Eu estou sim. – JJ colocou a mão na barriga.

Penelope olhou para uma foto dela e de Reid. Ela sabia que o jovem estava sendo atormentado por seus pensamentos e pela sensação de seu pai ser um assassino.

Quando estava com JJ ela percebeu que a amiga estava tendo problemas.

— JJ, está tudo bem? – Pen levantou da cadeira.

— Ela fez isso mais cedo. – Jordan deu de ombros. Era a primeira palavra educada que ela deu para Pen.

— Qual o intervalo? – Penelope perguntou.

— Na última meia hora, a cada dez minutos. – JJ ofegou outra vez.

— Você minha amiga está em trabalho de parto. – Penelope saltou da cadeira, pegando sua bolsa cesta. – Venha.

— Não, Reid precisa da gente. – JJ tentou. – E o bebê só nasce em três semanas.

— Querida, você está em trabalho de parto. – Penelope ajudou JJ a se levantar e foi com ela até o bullpen. – Senhoras E senhores, eu não sou médica nem interpreto uma na televisão, mas a jovem JJ está em trabalho de parto.

 - Eu vou pegar o carro. – Hotch apareceu, com o cabelo bagunçado.

— Agente Todd, espero que esteja pronta. – Emily ajeitou as roupas. – Seu trabalho começa agora.

A agente se virou e sorriu, mas sua meta era conquistar Derek e rouba-lo de Penelope.

Reid finalmente conseguiu pegar o assassino de Riley, apesar de descobrir coisas sobre seu passado. Indo direto para o hospital, ele encontrou JJ com o bebê e sorriu.

— Se algo acontecer, você e Garcia podem mandar ele para Yale. – JJ falou para Reid, depois que o jovem aceitou ser o padrinho do bebê.

— Oh, Yale, Henry? Quer ir para Yale? – Reid riu para o bebê. – Não se preocupe que eu mando você para a CalTech com apenas um telefonema.

Ambos riram, nem imaginando os próximos dias que se seguiriam.