Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 31
Prisioneiro ou aliado?


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas o/
Promessa é dívida, então aqui está o outro capítulo do mês.

O capítulo de hoje contém palavrões, por isso a fic tem o aviso de linguagem imprópria. Espero que ninguém se incomode.

Boa leitura!



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— O que foi isso? — perguntou Lina com os olhos arregalados.

— Foi um raio — disse Lucy. — Laxus deve estar lutando.

— Olha se não é nosso imã de confusão — Bickslow riu

— Bickslow! Babys! — Lucy gritou, logo dando um abraço nele e beijando cada um dos totens.

— Lucy, Lucy — voavam felizes.

— Ela tem amizade com todo mundo da guilda? — perguntou Lina, admirada com a facilidade da loira em fazer amigos.

— Não só da guilda, ela tem amizade com um monte de gente de fora também — explicou Happy.

— Incrível — sorriu, vendo a loira cumprimentando outras duas pessoas.

— Receio que vamos ter que deixar as apresentações para depois — disse Evergreen, sorrindo para Lina — Vamos para um lugar mais calmo primeiro.

— Por mim, tudo bem.

— Ótimo, temos um lugar perfeito!

— Esse lugar tem uma cama? Adoraria dormir em paz sem correr o risco de ser pega — perguntou Lucy, lembrando-se da noite anterior.

— Cama, sala com lareira e até piscina.

— Oba!

— Podemos ir agora? Estou com preguiça de me enfiar na briga — Happy quase implorou.

— Vamos, Happy. Precisamos de um pouco de paz.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Não adianta ficar se escondendo, eu sei onde você está — Laxus sorriu, jogando outro raio em direção a parede de pedra. — Quem tal revelar sua aparência? Não tem muita graça lutar com alguém invisível.

— Bem, já que quer tanto me ver, não irei ficar me escondendo, mas não vai adiantar muito — disse uma voz masculina.

Laxus arregalou os olhos quando o ser revelou-se. Diferente do que imaginava, não era um humano, mas sim uma coruja.

— Desde quando coruja fala? — perguntou-se. — Tudo bem que temos três gatos falantes, mas isso continua sendo estranho para caralho…

— Eu consigo ouvir você, garoto.

— Ótimo, uma coruja idosa.

— Como é que é? Acha que só porque agora tenho a aparência de uma coruja, sou velho ou coisa do tipo?

— Para me chamar de garoto, no mínimo deve ter 40 anos.

— Tenho 55.

— Ok… E o que faz aqui?

— Nada que lhe interesse, mas se quer mesmo saber, apenas sigo ordens.

— Você é idiota? Conta o seu plano sem mais nem menos.

— Não contei meu plano, até porque em nenhum momento citei que fui mandado aqui para localizar as garotas loiras e impedi-las de continuar avançando e… DROGA, ACABEI DE CONTAR O PLANO — gritou desesperado, colocando as asas na cabeça e arregalando os olhos.

— Previsível — Laxus seu um sorriso ladino.

— VOCÊ FEZ DE PROPÓSITO!

— Você acha? — riu.

— A Mestra vai ficar muito brava, vou virar frango a passarinho…

— Não vai não, você vem é comigo.

Antes que a coruja pudesse registrar o que estava acontecendo, Laxus aproximou-se, literalmente, como um raio e agarrou-a com as duas mãos, segurando as duas asas para impedir o futuro voo.

— PODE IR ME SOLTANDO, RAPAZINHO!

— Para uma coruja, você fala demais.

— Eu não sou uma coruja… Na verdade eu sou, mas também não sou.

— Magias de transformação não são estranhas para mim — sorriu, começando a subir a escada de runas para encontrar com seus amigos.

— O que vai fazer comigo?

— Para der sincero, estou na dúvida. Não sei o que seria mais gostoso, uma sopa ou frango assado — respondeu, fingindo estar pensativo.

— SOCORRO, UM CANIBAL!

— Eu estava brincando, não sou muito fã de comer porcarias.

— Eu também não, prefiro arroz e feijão… Espera, você acabou de me chamar de porcaria?

— Se a carapuça serviu.

— Olha aqui, você sabe com quem está falando?

— Com uma coruja falante que fica invisível e foi idiota o suficiente para contar o próprio plano e ser capturada.

— Assim você acaba com minha reputação…

 — Não ligo o suficiente para me importar.

— Você podia, pelo menos, apertar um pouco menos?

— Para você escapar? Não vou cair nessa.

— Não vou fugir.

— Duvido.

— Quanta confiança em mim.

— Por que raios eu confiaria em você? Você ia sequestrar minha amiga.

— Você tem um ponto…

O silêncio reinou, dando para Laxus a falsa impressão de que ele teria paz até chegar ao esconderijo escolhido. Doce ilusão, em menos de dois minutos, a falação começou de novo.

— Para onde estamos indo?

— Se você continuar me irritando, vamos direto para o inferno.

— A juventude de hoje em dia está perdida, quanta falta de paciência.

— A sua geração também deve estar perdida, não fecha o bico nem por dez minutos.

— Estou entediado.

— Está de brincadeira com a minha cara?

— Não, você não é nada divertido.

— O sentimento é mútuo.

— Chato demais.

— Eu deveria ter te acertado quando tive chance.

— Burro demais também.

— VOCÊ…

— O Laxus está brigando com uma coruja, cara maluco — Happy tampou a boca com as patinhas, escondendo o riso.

— Quer virar espetinho, gato?

— LUCY! — gritou, voltando para dentro da casa.

— Nada assustador — continuou a coruja.

— Puta que pariu… Freed, prende esse troço em uma runa — pediu, entrando na casa.

— É para já — o esverdeado sorriu, começando a escrever as runas no ar.

— E ainda me chama de troço, irritei a tomada.

— Cansei — Laxus não pensou duas vezes antes de soltar a coruja no chão.

— LIBERDADE! — sorriu, tentando voar e sendo impedido pelas runas. — Pobre não tem um minuto de paz…

A casa que Laxus escolheu ficava em uma vila muito acolhedora, a intenção era misturar-se com os moradores com disfarces e não levantar suspeitas.

O lugar era grande o suficiente para abrigar todos, mas só tinha dois quartos. Todos acharam melhor não escolher uma casa com quartos separados, para não serem pegos de surpresa se alguém invadisse.

Freed tomou todas as precauções necessárias e colocou runas e mais runas ao redor da casa para mantê-la protegida. Os disfarces ficaram por conta de poções que Bickslow comprou, elas mudariam a aparência e a voz deles.

— Você lutou com uma coruja? — Lucy olhou com dúvida para o loiro.

— Ele foi transformado em coruja, só não sei como — explicou Laxus. — A intenção era impedir vocês de avançarem.

— Então, a sensação de estar sendo observada foi tudo culpa sua.

— Eu só cumpro ordens, menina — disse a coruja. — Não me leve a mal, estou preso àquela mulher.

— Que mulher?

— Você sabe de qual mulher estou falando.

— Ela não cansa nunca?

— Se ela se cansasse, eu poderia voltar a minha forma original. Soltarei fogos de artifício no dia em que alguém prender aquela maluca.

— Nem o próprio comparsa gosta daquela mulher — Bickslow riu, colocando a língua para fora da boca.

— Não sou comparsa dela. Ou obedeço, ou morro.

— Que mulher é essa de que vocês tanto falam? — perguntou Laxus, não entendendo nada.

— Vou contar tudo o que vem acontecendo para você, melhor se sentar, a história é longa — Lucy sorriu melancólica, preparando-se para contar a mesma história que contou aos demais.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Juvia não esperava que teriam tanto membros do Conselho na guilda… — a azulada olhou ao redor com receio.

A guilda parecia uma prisão cercada pelo Conselho Mágico. Os membros espalhavam-se pelo lugar sem cerimônia, fazendo a ronda tanto do lado de dentro como do lado de fora. Quando Juvia e Lily chegaram, foram logo interrogados sobre o porquê de terem viajado.

— Isso já está começando a parecer exagero — Levy sussurrou. — Não sei o que eles acham que vão conseguir aqui, Lucy não viria para cá sabendo que vão pegá-la.

— Juvia acha que eles são burros — disse, recebendo um aceno da outra azulada.

— Alguma notícia, Mira?

— As meninas já estão em segurança e Laxus capturou uma coruja.

— O que ele vai fazer com uma coruja?

— A coruja é um espião, estava seguindo a Lucy.

— Oh! Agora fez sentido… Tomara que eles consigam mais informações com ele, estou cansada de ficar pensando em toda essa situação, nada mais faz sentido.

— Acho que agora só podemos esperar e nos concentrar nas rosas.

— Concordo. Vamos apenas ter paciência.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Margareth… Nunca ouvi falar, mas já fiquei com raiva — disse Laxus olhando para o teto, tentando assimilar tudo o que ouviu.

— Então, vocês precisam chegar em segurança em Rósea para começar a procurar pela primeira pista — Freed acenou para si mesmo, depois de entender os acontecimentos. — Acho que essa parte é o de menos.

— Chegar em Rósea é fácil, difícil é fazer isso sem aquela maluca perceber — disse a coruja.

No exato momento em que ele falou, todos arregalaram os olhos e olharam em sua direção.

— O que foi? Tem um inseto no meu rosto? TIRA, TIRA!

— Droga! Esqueci que ele estava aqui e contei tudo — Lucy sorriu envergonhada.

— Como se eu pudesse fazer algo estando preso nessa gaiola invisível.

— Gaiola de runas.

— Tanto faz .

— Mas tem diferença.

— Não ligo, só quero sair daqui.

— Como se fôssemos deixar, ainda mais agora que você sabe demais.

— E quem vai me impedir, mocinha?

— Eu — Laxus sorriu macabramente.

— Adoro essa gaiola, nunca quero sair daqui — mudou de ideia, com medo do loiro. — Poderiam pelo menos me alimentar?

— Não!

— Vão me matar de fome? Não sabia que a Fairy Tail era tão cruel.

— Ache o que quiser.

— Não vejo problemas em alimentar ele — Lucy sorriu.

— Você é doce demais, loirinha. Não custa brincar um pouco com a cara dele.

— TENHO CARA DE PALHAÇO? — gritou a coruja.

— Você tem cara de sem nome.

— Meu nome é Julian, muito prazer. Posso comer agora?

— Você come comida normal? — perguntou Lucy, indo para a cozinha.

— Sendo comida humana, como o que me der.

— Peixe faz bem para a saúde e deixa o pelo bonito — Happy entrou na conversa.

— Não tenho pelos…

— Deve servir para as asas — deu de ombros.

— Como ficou assim, senhor Julian? — perguntou Lina.

— Eu morava em uma simples vila em Bosco, quando o local foi invadido e destruído por Margareth. Consegui fugir, mas ela me encontrou e jogou uma poção. Virei uma coruja e cá estou.

— Você já tentou fugir dela?

— Várias vezes, mas ela sempre me acha. Como a poção foi ela quem fez, tem ligação com sua magia. Não posso fazer muito a respeito.

— Você pode nos ajudar.

— Desculpe, não é que eu não acredite no potencial de vocês, mas lutar contra Margareth não é uma escolha inteligente. A mulher pode acabar com nossas vidas em um piscar de olhos.

— Então, ela é uma assassina?

— A prioridade é escravizar, mas se a pessoa for teimosa ela não tem dó. Todos que caem em suas garras acabam sendo forçados a fazer seu trabalho sujo de alguma forma.

— Foi você quem destruiu minha vila natal?.

— Eu estava lá no dia, mas não fui eu. Minha missão naquele dia era apenas procurar por Samantha, mas Margareth ficou nervosa quando eu não a encontrei e surtou.

— Quantos feridos?

— Zero. A vila estava abandonada quando cheguei.

— O que sabe sobre Samantha?

— Ela é neta de Margareth, mas seguiu o caminho contrário da avó. Isso é tudo que sei.

— Sabe algo sobre alguém chamado Natsu? — Lucy voltou com sanduíches para todos e serviu a coruja.

— Natsu… Natsu… Não reconheço esse nome.

— Um homem de cabelo rosa.

— Ah! O novo prisioneiro de Margareth. Pobre garoto, azarado demais…

— Então, você o viu?

— Recebi ordens de seguir ele um tempo atrás, até nos sonhos dele aquela mulher me colocou…

— Onde ele está?

— Não faço ideia.

— Isso está cada dia mais complicado.

— Agora que estou aqui, vocês vão me levar junto, né?

— Por que levaríamos você com a gente? — perguntou Laxus, odiando a ideia.

— Acabei de falar demais para vocês — riu. — Ela não vai deixar isso passar.

— Você mesmo disse que ela pode te achar, não queremos dar de cara com essa mulher.

— Não sou o único seguindo vocês, sou apenas mais um peão nesse jogo de xadrez.

— Arrumamos um novo amigo — os olhos de Lucy brilharam de animação.

— Gostei dessa garota.

— Quem não gosta dela? — Evergreen sorriu, entrando na casa.

— O perímetro está limpo, não encontramos nada suspeito — Bickslow riu, entrando depois de Ever.

— Limpo, limpo — os totens gritaram, girando pela sala.

— Ótimo, posso ser solto agora? — Julian olhou para Freed com esperança.

— Sem gracinhas, senão eu te prendo de novo — Freed desfez as runas.

— LIBERDADE! — voou, esticando suas asas, logo pousando na cabeça de Lucy.

— Trapaceiro, ficou logo perto da Lucy para não virar churrasquinho pelas mãos do Laxus — Happy riu. — Você é dos meus.

— Um gato e uma coruja falante, qual o próximo animal? — perguntou Laxus para ninguém em específico.

— Que tal um coelho? — Lucy sugeriu.

— Loira, chega de animais — retrucou, fazendo todos rirem. — Dois já é demais.


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Notas finais do capítulo

Até mês que vem :3



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