Belong escrita por Kim Nari


Capítulo 5
Kindness




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Gaara 

Uchiha Itachi é um homem gentil. 

Posso conhecê-lo há apenas alguns dias mas, algumas coisas são impossíveis de se disfarçarem. 
A gentileza de Itachi Itachi para com todos é uma delas. Ele é um alfa líder e poderia usar isso como desculpa para mandar e desmandar em  todos, ser rude e cruel, porém não, ele prefere pedir a mandar e ás vezes até mesmo fazer ao invés de cansar ainda mais seus homens.
O dia quase inteiro que passamos dentro daquela caverna serviu como um dia inesperado de folga para eles que já tinham feito a viajem de ida e agora estavam fazendo a de volta. Também serviu para que nos aproximássemos um pouco já que todos eles sem exceção foram muito receptivos a minha entrada na família, como fizeram questão de deixar claro com suas palavras gentis e verdadeiras de boas vindas. 

Alguns foram além dizendo que a minha presença melhoraria o humor de Itachi e quem sabe é claro lhes daria a honra de vê-lo sorrindo, não preciso dizer que foi Zabuza-san o único que parece ter coragem ou loucura o suficiente para brincar com Itachi dessa maneira. Itachi não fez nada além de segurar a minha mão na frente de todos, o que me fez corar, e dizer que se ele fosse sorrir para alguém seria apenas para mim, suas palavras me fizeram corar ainda mais, aposto que meu rosto ficou do tom do meu cabelo. 

Depois disso Itachi me levou para o canto da caverna que eu estava usando como quarto, ficamos ali o resto do dia conversando coisas bobas e sem tanta importância como quais eram minhas cores e comidas favoritas, como eu era na infância e o que mais gostaria de aprender além de andar a cavalo, Itachi estava sempre atento e parecia realmente interessado em tudo o que eu dizia, falei tanto que acabei com medo de incomodá-lo com meu falatório. 

Quando comentei isso com ele achando estranho essa sua paciência  e interesse em mim, um simples ômega, ele disse que jamais se cansaria de qualquer coisa que viesse de mim, o que me fez corar outra vez, além de gaguejar uma resposta qualquer.  

Assim que a tempestade passou já era muito tarde para que retomássemos a caminhada, foi decidido que sairíamos assim que o sol surgisse no horizonte. A noite montaram uma fogueira para nos aquecer, cozinharam um novo cozido e devo dizer que Shino tem excelentes habilidades culinárias, depois foi a hora de organizar as rotas que usaríamos na viajem, eles pediram a minha opinião a um ômega, eu nem acreditei na hora, dei a minha opinião sobre uma rota que era um pouco mais longa, porém muito mais segura, a mesma que usei quando fui visitar Temari, quando todos os detalhes foram finalmente acertados, eles contaram antigas lendas de Konoha.

Em todos esses momentos alegres e divertidos eu estive presente, coisa que eu não podia fazer em Suna, onde alfas e betas estivessem reunidos ômegas deviam se manter afastados, principalmente se fossem assuntos sérios, como decidir qual rota usar, o que em uma viajem, mesmo com uma caravana grande como a nossa pelo deserto era caso de vida ou morte.   

Dormi novamente no meu quarto improvisado, com Itachi ao meu lado numa distância respeitosa, na manhã seguinte acordamos antes mesmo de amanhecer, arrumamos as coisas e partimos, iniciando novamente nossa viagem para Konoha, eles voltando para casa mais uma vez e eu indo para um lugar praticamente desconhecido, em um clã novo, que seria meu novo lar. 

Ganhei algumas aulas de montaria bem divertidas aliás, mesmo que eu tenha caído para o outro lado da cela na primeira vez que  subi sozinho no cavalo mas, graças a Itachi não tive uma queda feia, ele me segurou, depois disso os outros também se aproximaram para ajudar, isso é uma coisa que eu já reparei neles, sempre dividem as tarefas e ajudam uns aos outros como uma família mesmo, uma coisa muito bonita de se ver. 

Mesmo com as aulas continuei a ir no cavalo junto com Itachi, nas manhãs preguiçosas aproveitando que o sol ainda não estava muito forte tirava alguns cochilos para repor a energia das noites mal dormidas, Itachi também não dormia bem graças aos meus pesadelos, mas continuava firme e forte sem nenhum sinal de cansaço, só percebi que ele sabia dos meus pesadelos quatro noites atrás, quando fui acordado de maneira carinhosa por ele que me abraçava enquanto eu soluçava devido ao choro.

Não consigo me lembrar a quanto tempo tenho pesadelos, desde que me entendo por gente eles estão comigo, me assombrando durante as noites, enquanto eu ainda era criança, Chiyo-sama dormia no meu quarto para cuidar de mim, devido a minha saúde frágil, ela me ajudava a superar os terrores noturnos com sua paciência e carinho infinitos, quando fui ficando maior e a minha saúde melhorou um pouco, sua presença materna no meu quarto foi retirada, ele dizia que eu ficaria mole com tantos cuidados.

Desde então lido sozinho com as crises, fico inúmeras noites sem dormir, e só quando estou muito cansado é que eu consigo pegar no sono, por uma noite inteira sem sonhos ruins me atormentando, me fazendo lembrar do que eu quero esquecer, os sonhos me fazem viver em constante terror 24 horas por dia sem um momento para descanso. 

Nos últimos dias não tive nenhum pesadelo, creio que devido a tantas mudanças e coisas novas acontecendo minha mente ficou tão cheia que não deu espaço para que os sonhos voltassem, até agora, Itachi dorme na sua própria tenda e eu na minha elas ficam uma do lado da outra, não achei que ele fosse tão atento a mim para perceber as minhas crises de terrores noturnos.

Acordei duas noites seguidas do mesmo jeito com Itachi me amparando em seus braços, fazendo carinho nos meus cabelos dizendo que  estava tudo bem e que eu podia voltar a dormir,  e foi o que fiz, e nessas duas manhãs acordei abraçado a Itachi. 

Somente quando a terceira noite veio ele me perguntou sobre os meus pesadelos, não falei nada, não quero que ele saiba disso, apenas o abracei mais me recusando a falar, ontem aconteceu a mesma coisa e suas palavras magoadas ainda estão martelando na minha cabeça.

—--- Sei que não nos conhecemos a muito tempo, mas confie em mim por favor, Gaara eu só quero te ajudar, me diga o que te assusta desse jeito eu posso protegê-lo, me deixe te ajudar. 

Não consegui falar, o medo foi mais forte que a vontade de contar a Itachi sobre tudo, se ele não acreditasse em mim ou pior me levasse de volta ao kazekage quando visse como as minhas costas são feias, cheias de cicatrizes e marcas, não podia falar. 

Apenas balancei a cabeça em negativa, ele suspirou pesado mesmo obviamente magoado comigo ele continuou ao meu laado ,como já tinha virado nosso habito a três noites, ele não está sendo rude ou me pressionando a contar, mas, posso sentir sua aura magoada misturada a um sentimento muito mais forte que não consigo identificar.   

Deixar Itachi magoado está acabando comigo, não consigo me concentrar em nada nem interagir com os seus irmãos, como vinha fazendo nos últimos dias, o jeito gentil e protetor deles me deixou a  vontade para ser uma versão minha mais falante e risonha, que eu nem sabia que existia. 

Passamos o dia inteiro assim trocando apenas algumas palavras, evitando olhar em seus olhos, não quero ver a mágoa neles, todos já perceberam o clima estranho entre nós, nenhum deles comenta nada, acho que Zabuza e Shino falam alguma coisa com Itachi, os observo conversarem, enquanto levo algumas coisas para o quarto na hospedaria em uma vila dentro do País do Fogo, atravessamos a fronteira no finzinho da tarde, amanhã a noite já estaremos em  Konoha. Se todos ajudarem um pouco, conseguiremos descansar mais cedo. 

Estamos meio divididos, a hospedaria não tinha quartos disponíveis para todos, metade fica nessa e uma outra metade em uma próxima daqui. Os quartos são simples e bem limpinhos, com uma decoração mais viva e cheia de cores que Suna, tem vasos de flores penduradas na janela que dão vista para um campo verde enorme.   

Percebo a aproximação de Itachi, ele vem bem devagar receoso, até estar bem próximo de mim, não preciso me virar para confirmar que é ele, reconheço sua presença, como se nos conhecêssemos a muito tempo. 

Por um longo tempo ele não diz nada, assim como eu, desde a primeira e única vez que estive aqui no País do Fogo especificamente eu gostei muito, conheci as cores, para alguém cuja a vida sempre foi cinza, manchada de vermelho sangue, conhecer as cores e a alegria, foi mesmo que por poucos dias foi a coisa mais incrível que já me aconteceu, quando voltei a Suna estava conformado em como minha vida era e nunca mudaria pelo menos foi o que pensei, mas quando as chamas da esperança de uma vida diferente mantiveram-se acesas no meu coração passei a desejar ardentemente uma vida melhor. 

Saber do casamento fez com que elas se apagassem, pelo menos por um tempo, a gentileza de Itachi e o seu cuidado para comigo trouxeram novamente essas chamas, espero estar fazendo a escolha certa e que as coisas sejam coloridas e não cinzas.

—--- Já terminamos de arrumar as coisas, pode descansar agora Gaara quando for a hora do jantar Shino vai passar aqui para pegar você está bem ? ---- Balanço a cabeça ainda sem olhá-lo ---- Me desculpe se o pressionei a fazer algo que não queria Gaara. 

Nesse momento eu me volto para olhá-lo, ele já está de costas partindo, me deixando sozinho, até vê-lo partindo não tinha percebido que mais do que a esperança de uma vida melhor tinha se infiltrado em meu coração, a esperança de não estar mais sozinho também estava queimando em meu coração consumindo tudo com suas chamas. 

Dou alguns passos o alcançando em frente a porta, seguro sua mão com força, ele me olha surpreso com a minha ação. 

—--- Por favor não vá ---- Peço entrelaçando nossos dedos ---- eu vou contar, eu só preciso de um pouco mais de tempo, eu tenho tanto medo Itachi, de tudo, me dê um tempo e eu vou contar tudo, tudo mesmo.

Não quero mais voltar a estar sozinho, nunca mais. Não espero que Itachi diga algo, o abraço passando meus braços por sua cintura e encostando meu rosto em seu peito, ele não me afasta, ao contrário ele me puxa para mais perto de si, suas mãos me enlaçam, em um circulo protetor quentinho. 

—--- Eu estou aqui com você Gaara, para tudo inclusive as coisas tristes e difíceis principalmente para essas, você pode me contar tudo.  

Assinto com um balanço de cabeça, não confio na minha capacidade de falar, estou me segurando muito para não chorar. 

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

É fácil perder a noção do tempo quando estou ao lado de Itachi, ele não é um homem de muitas palavras, mas sim de ações, não parou por um segundo de me confortar e acariciar meus cabelos nem mesmo quando deitamos na cama, ele insistia que eu precisava descansar e eu confesso que estava realmente precisando, estava mesmo cansado de tantos dias de viajem sem dormir direito.   

Era estranho estar com ele na cama, mas, não desconfortável, seus braços me mantinham envolvido no casulo protetor de sua presença, estava quase dormindo quando ouço batidas na porta, Itachi resmunga algo que não entendo e vai até a porta me deixando na cama. 

Presto atenção na conversa, o sono foi embora, como ele havia dito é Shino para nos avisar que é a hora do jantar, eles dizem algo mais bem baixinho que eu não entendo, logo Itachi volta. 

Me sento na cama, para poder conversar melhor.

—--- Nós vamos jantar fora o que você acha? está tudo bem para você ? Se estiver muito cansando nós podemos comer algo por aqui mesmo.

—--- Eu estou bem Itachi, e eu adoraria jantar fora com você. 

Seus olhos brilham e um pequeno sorriso surge em seus lábios. É impossível não sorrir de volta.  

—--- Está bem tome um banho, e logo eu estarei de volta para irmos.  

—--- Sim. 

Ele sai e eu vou para o banheiro que fica dentro do quarto mesmo, me apronto rápido e de forma simples com um kimono verde-água um presente de Temari antes de partir que nunca usei, bom eu também nunca sai para jantar em um restaurante. Hoje é um bom dia para começar novas tradições.

Quando apareci na porta após suas três batidas na porta, Itachi elogiou minha roupa, me fazendo corar até parecer uma pimenta, partimos sozinhos para jantar, questiono a ausência do resto do grupo, Itachi disse que eles não conseguiram entrar em consenso sobre onde comer e decidiram cada um ir comer em um lugar diferente. 

  As ruas de Minara, são calmas e tranquilas, sem muita lotação, o restaurante é apenas algumas ruas depois da hospedaria, assim que entramos, um senhor que acredito ser o dono vem nos cumprimentar, ele sorri muito e inesperadamente abraça Itachi. 

—---Que bom vê-lo saúdavel Itachi-kun, a quanto tempo você não vem aqui, então o convite para a cerimônia é verdadeiro. você vai mesmo casar ? ---- pergunta olhando para mim.

—--- Sim Takato-sama, a cerimônia vai ser em algumas luas.   

Olho para Itachi eu não imaginava que ele ia querer uma cerimônia para celebrar a nossa união, esse gesto me deixa emocionado, para mim sempre foi importante celebrar a união perante os deuses, tanto como uma forma de agradecimento quanto um pedido de bençãos e proteção para nós.

—--- Este é o jovem que roubou seu coração, Fugaku esteve aqui a alguns dias e me falou do ômega de Suna que o conquistou, não posso dizer o quanto fico feliz por você Itachi. 

Agora é a vez de Itachi olhar para mim, sinto minhas bochechas corarem e a vontade de esconder meu rosto é grande. 

—--- Sim, é ele Gaara. ----O sorriso de Takato-sama se abre ainda mais, ele parece realmente feliz por Itachi. ---- Gaara este é Takato-sama um amigo muito importante para mim. 

—--- Olá ---- Faço uma mesura ---- É um prazer conhecê-lo Takato-sama.

—--- O prazer é todo meu, meu jovem, agora venham, a mesa de vocês já está separada.

Ele nós guia até uma mesa mais reservada no fundo do restaurante, protegida por um biombo de bambu que nos dá privacidade. 

—--- O jantar logo será servido, do jeito que você pediu menino.

Ele sai e como disse logo o jantar chegou, pratos típicos e variados de Konoha, legumes que eu não sei o nome, assim como ensopados com frutos do mar, Temari me preparou um desses na minha breve estadia em sua casa, todos com uma cara deliciosa.  

Antes que eu possa servi-lo Itachi prepara a Tchawan com o cozido de frutos do mar e a menor com arroz e tsukemono, tentei fazer o mesmo com ele, mas ele não deixou. Cada vez mais seus gestos me surpreendem em Suna você nunca poderia comer antes de um alfa, e muito menos esperar que o alfa te servisse, esse era o dever dos ômegas, Konoha me parece um lugar surpreendente, com esse hábitos tão diferentes. 

Agradeci a refeição começando a comer, o início do jantar foi silencioso, eu não sabia bem o que falar, nos aproximamos um pouco, mas a minha timidez atrapalhava um pouco, fora que eu  não sabia como me portar numa situação tão atípica. 

Itachi tratou de quebrar o gelo, fazendo perguntas simples sobre a minha infância, contei o máximo que podia para não tornar o clima ruim.  

Contei sobre meus irmãos e nossas brincadeiras, como Kankuro e  Temari sempre me defendiam das outras crianças que faziam brincadeiras malvadas, porque eu não conseguia acompanhá-las nas brincadeiras, por não ser tão forte fisicamente, até para os padrões ômegas eu sou frágil.  

Contei sobre Chiyo-sama e como ela cuidava de mim depois que ele perguntou sobre minha mãe. 

—--- Eu sinto falta dela, Kankuro e Temari conviveram com ela, eu não tive essa oportunidade, gostaria muito de tê-la conhecido, Chyio-sama sempre diz que eu e ela temos personalidades muito parecidas, apesar de parecer fisicamente com meu pai. 

Lembrar dela me deixa triste por motivos que eu não contei a ele, minha gestação foi complicada para ela que, assim como eu também era muito frágil, os médicos a alertaram dos perigos de uma terceira gestação, tendo consciência dos riscos ainda assim ela foi contra a vontade de seu alfa e me teve, isso custou sua vida. Meu pai jamais a perdoou por sua decisão, assim como jamais me perdoou por ter nascido. Todos aqueles que me amam sempre fizeram questão de deixar bem claro que ela me amou muito e nem por um dia sequer, mesmo sabendo dos riscos  se arrependeu de sua escolha.

Entendo a sua escolha, porém entender não a torna mais fácil carregar o peso dessa escolha. Estou chorando e não percebi, Itachi limpa minhas lágrimas, seus olhos de ônix negra estão preocupados.  

—--- Falei algo errado?  

—--- Não, eu não lembro dela ---- Confesso ---- Ela morreu quando eu nasci, foi minha culpa.  

Itachi sai de seu lugar, e se senta ao meu lado me abraçando.

—--- Não foi sua culpa Gaara, nunca mais repita isso, você não teve culpa nenhuma.

Me agarro a suas palavras, minha consciência ainda grita que eu sou o culpado, mas estar envolvido no abraço carinhoso e protetor de Itachi ameniza um pouco essa dor.

—--- Desculpe ter estragado o jantar ---- peço.

Depois da minha confissão não consegui mais jantar, tentei fazer Itachi terminar o dele, não era justo que ele não jantasse por minha causa, ele se mostrou irredutível quando insisti, ele já estava decidido a voltar para a hospedaria. 

E voltamos, dessa vez ele não estava disposto a ceder. Nos despedimos na porta do meu quarto, mesmo sendo casados ainda não me sentia preparado para passar uma noite inteira ao seu lado.  

Dormir me custou um bom tempo, talvez tivesse sido melhor não ter dormido.

Sonhei com o momento em que descobri que eu era o causador da morte de minha mãe, durante uma das muitas surras que levei essa era o meu aniversário e tinha feito uma pequena comemoração aproveitando que ele havia saído, estava imensamente feliz eu tinha nove anos e ia ser a primeira vez que comemoraríamos, sempre vi a festa para Temari e Kankuro nos seus dias especiais e quis muito uma, finalmente teria uma.  

O que era para ser uma festa se tornou um pesadelo, ele estava furioso, brutal em cada golpe que desferiu contra minha carne, foi a primeira vez que usou o chicote, enquanto me batia sem descanso ele me contou porque fazia aquilo era a minha punição por ter lhe tirado seu amor, ela deveria ter sobrevivido não eu, era o que repetia chorando convulsivamente, marcando a minha alma para sempre com o fogo do seu ódio. 

Devo ter feito um grande barulho, Itachi está no meu quarto usando seu kimono, seus olhos são ferozes e mortais, sei que sua fúria não é dirigida a mim, tenho certeza que jamais me machucaria, ele me aninha em seus braços quentes e cheios daquilo que não ouso nomear, ele não poderia fazer isso, ninguém poderia, não mereço. 

O sentimento que está gravado em minha pele em seu belo kanji, transborda de Itachi, ele me aninha em seus braços impedindo que eu me machuque e que os sentimentos maus venham, ele canta uma bela melodia de ninar e cada gesto seu é uma promessa daquilo que eu jamais imaginei que teria.  

Itachi é uma promessa de amor.

—--- Não me deixe por favor. ---- Imploro. 

Ele não diz nada, seus braços me abraçam com mais força e seus lábios deixam um beijo carinhoso na minha testa fazendo promessas de cuidado e proteção.

—--- Nunca meu amor, nessa e em todos as outras vidas estaremos juntos e ninguém vai te machucar novamente.  

 


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