Se alguém perguntasse, Stephen diria que não se arrependia.

É claro que não.

Metade do universo estava a salvo porque escolheu fazer o que era certo, por escolher o caminho mais difícil, mas o único cabível. Mas isso não quer dizer que a vitória não tenha sido dolorosa, porque foi. Mais do que imaginava ser possível.

Mas se lhe perguntassem sobre isso também, diria que valeu a pena. De verdade, do fundo de seu coração, Stephen sabia que valia.

Valia a pena sentir a perda se a outra metade do universo estava comemorando a vitória e o retorno de todos.

Talvez não fosse justo, mas o que na vida de fato o é? Tony Stark estava morto. E sentia muito por isso; por ele e por sua família.

Queria ter lhe dado mais tempo. Queria ter tido mais tempo com ele.

Queria ter feito valer o juramento que fez ao se formar na faculdade de salvar vidas. Nunca ferir, nunca tirá-las. Queria ter feito mais.

E talvez essa seja sua sina afinal. Sentir a culpa e o pesar de ter mandado um homem bom, um herói, para sua morte.

Sem poder lhe dizer para aproveitar o tempo que ainda tinha. Sem poder lhe dizer que ele era a única chance em 14 milhões. Sem poder dizer que o amava. Que o amou em 14 milhões e 605 realidades diferentes e que, se pudesse — se houvesse uma única chance que fosse — teria derrotado Thanos em seu lugar.

Deus, como queria ter oferecido mais a Tony Stark!

Mais do que o silêncio.

Mais do que a incerteza.

Mais do que sua morte.