Fuga escrita por Repatafan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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 —Como assim ele foi preso?— Tasha perguntou aumentando cada vez mais o tom de voz.

—Tasha, não é o lugar certo para fazer perguntas. Precisamos ir para o esconderijo, lá podemos fazer todas as questões necessárias e elaborar um plano para salvar o Reade— ordenou Kurt, porém, a latina não ficou muito convencida.

—Desculpe? Acho que não percebi bem. Você está dizendo que vai deixar o Reade ser aprisionado e, certamente, torturado sem fazer absolutamente nada?

—Se você quer ir salvá-lo está à vontade, Natasha — a morena revirou os olhos, ela odiava quando a chamavam assim – mas não se esqueça que depois vai ter de lidar com as consequências da sua decisão. Ou, você pode ir connosco para o abrigo e pensamos num plano para tirá-lo de lá, sem nenhuma decisão de cabeça-quente.

Tasha acabou por concordar com Kurt.

—---No FBI----

—Diretor Assistente Edgar Reade, ou melhor dizendo, Ex-Diretor Assistente Edgar Reade — disse Madeline com o seu sorriso sínico já conhecido por todos — Parece que foi o primeiro dos seus parceiros a ser encontrado e preso. Quer nos contar onde se encontram os restantes criminosos do grupo?

Reade permaneceu em silêncio.

—Reade, aconselho você a falar, se permanecer calado a sua situação só irá piorar— falou Weitz ao entrar na sala de interrogatório.

—Sabe que não deveria estar me interrogando a mim, Weitz.

—Então quem ele devia estar interrogando? — Madeline interrompeu a primeira fala de Edgar naquele interrogatório.

—Você! Ainda tem dúvidas?

—Falsas acusações é um crime Edgar, quer aumentar a duração da sua estadia na prisão?

—---No Abrigo----

—Agora já me pode explicar o que se passou, Rich?

—O FBI estava nos cercando e, eu quis ficar lá com ele, ou saíamos os dois ou ninguém saía. Ele insistiu que eu fosse embora, ele disse que vocês precisariam mais de mim do que ele. Me desculpe, Tasha — Rich estava sinceramente triste pela morena.

—Eu entendo, eu é que devia pedir desculpa por ter sido rude com você antes.

—Pessoal, já é tarde e estou muito cansada, eu vou para a cama. Quer me fazer companhia Tash?— perguntou Patterson.

—Posso ir. Boa noite a todos— ambas falaram.

—Como está se aguentando?

—Acho que bem— Tasha tentava esconder as suas emoções ao máximo.

—Não vale mentir— Patterson olhou para a sua companheira de quarto que mostrou um sorriso fraco, pelo facto da loira a conhecer tão bem.

—Sinto falta dele e se ele for torturado? Nós sabemos bem do que a Madeline é capaz— a latina deixou escapar uma lágrima que já lutava há muito para ser libertada.

—Hey, nós vamos conseguir trazê-lo de volta e ele vai estar bem— Patterson puxou a sua amiga para um abraço apertado

—---No FBI----

—Qual é a parte de “Não vou falar” que vocês não entendem? Podem me manter aqui, me torturar em algum Black-Site da CIA, mas não vou falar!— Reade estava claramente exaltado.

—Como você sabe, a CIA apenas tem jurisdição a nível internacional e não tem em sua posse nenhum Black-Site.

—Weitz, pode parar, você sabe qual foi o meu cargo e sabe as informações que eu tive acesso.

—Agora é apenas um cidadão comum, ou, um criminoso comum, acusado de uso de drogas, cujos testes foram falsificados e, muitos mais atos ilícitos— Madeline interrompeu novamente a abordagem calma e suave de Weitz, que bem no fundo defendia o acusado.

—Madeline, vamos parar com isso, já falei o tinha a dizer, nenhum acordo que poderá, eventualmente, oferecer-me irá mudar o meu discurso.

—E se for um acordo para Natasha?

—Não, não existe necessidade de eu contribuir para um acordo desses, pode desistir— Reade sabia que essa decisão podia sair-lhe cara mais tarde, mas ele confiava plenamente no team e, especialmente, em Tasha.

—Vamos levá-lo então— Madeline ordenou ao substituto de Keaton no cargo de Diretor da CIA.

—---No Abrigo----

—Todos sabem, que temos várias acusações sobre nós e para recuperarmos Reade, a única maneira possível vai ser eliminá-las. Como sabem, sou acusado de assassinar vários inocentes com a minha arma pessoal, mas como já temos as imagens das câmaras, não vai ser difícil de me ilibar. Rich e Patterson, eu tenho um sistema de videovigilância em minha casa, vocês seriam capazes de aceder as câmaras e ver quem invadiu a minha casa e roubou a arma?

—Claro, chef. Só vamos precisar de algum tempo.

—A Jane é acusada, juntamente comigo, de nos termos infiltrado no FBI para utilizarmos o poder dado para interesse próprio. Para comprovarmos que é mentira, precisaríamos de falar com alguém da Sandstorm.

—Poderíamos tentar falar com o Borden, ele é o único que está vivo e era importante na estrutura da Sandstorm— falou Jane – O Borden pode contar o verdadeiro plano da Sandstorm, detalhe por detalhe.

—Tasha, você está sendo incriminada por assassinar Claudia e a advogada de Crawford e, tentar fazer com que o Air Force One caísse. Primeiro, você tem alibi para quando a Claudia morreu?

—Eu estava a procura-la pelas ruas de NY, talvez tenha passado por alguma câmara.

—Quando Madeline matou a Kira, a filha dela viu você, o que não será fácil de ilibar. No ataque ao avião, temos Weitz e Boston. A ajuda de Weitz será quase nula, pelo facto de ele estar a trabalhar com Madeline e qualquer erro no nosso plano, poderá ser fatal.

—Patterson e Rich, o vosso envolvimento com os “Three Blind Mices” e o dinheiro que Patterson ofereceu a Kathy não vos está a ajudar. Para ficarem inocentes, precisaríamos do depoimento dela, o que será impossível assim que ela descobrir que matamos Dominic.

—Podemos usar o estado mental de Kathy e dizer que ela nos obrigou a participar no seu projeto, ameaçando expor as nossas verdadeiras identidades— Patterson falou.

—Mas ela sabia quem vocês eram realmente?— perguntou Jane.

—Não, mas ninguém sabe disso e como vamos falar sobre a insanidade mental dela, poucas pessoas irão acreditar nela.

—E para confirmar o bom trabalho de Rich com o FBI, iremos abordar o assunto de que ele já foi avaliado pelo seu trabalho por Millicent — retomou Kurt.

—Por fim, para ajudar o Reade teremos de falar com a Hirst, para comprovarmos que ela falsificou os testes, com segundas intenções e sem Reade saber disso.

—Parece um grande plano e pra termos sucesso, precisamos de ilibar um a um. Se algum de nós estiver dentro do FBI, será muito mais fácil para os outros concluírem o plano.

—Deveremos começar pelo mais fácil que, na minha opinião, é o da Jane— argumentou Tasha.

Os restantes concordaram.

—Como vamos falar com Borden? Não podemos sair muito longe daqui.

—Convenceremos Weitz a fazê-lo.

Agora com um plano definido e, aparentemente, sem falhas, poderiam recuperar as suas inocências e, mais tarde, prender Madeline, colocando um ponto final naquele capítulo menos bom das suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem! Comentem o que acharam!