Um mês já se havia passado desde a explosão e, nesse espaço de tempo as sequelas da explosão já mal se notavam e tinham planejado um plano para resgatar Rich.

Numa casa abandonada nas redondezas de Toronto, Patterson decidiu dar uma pequena palestra de agradecimento.

—Eu sei que estamos todos correndo muitos riscos para tentar salvar Rich e quero que saibam que eu apenas quero agradecer-vos e, por mais estranho que pareça, estou gostando de estar fugindo. Isso está fazendo que os nossos laços se fortaleçam e tornássemos, ainda mais, uma família.

—Chega de lamechices Patterson - Disse Tasha em modod de brincadeira.

—Vai dizer que você não tem gostado de estar na nossa companhia — disse Reade aproximando-se de Tasha.

A relação deles tinha melhorado bastante nas últimas semanas, mas ambos não queriam apressar as coisas, se alguma coisa acontecesse, ia acontecer naturalmente.

—Todos prontos? - perguntou Kurt.

—Sim chefe - respondeu a equipa.

Chegando ao Blacksite, tentaram fazer o mínimo barulho possível e não ativar nenhum alarme, mas era quase impossível passarem despercebidos, existiam muitos guardas e alarmes lá dentro.

Quando se aproximaram da cela onde se encontrava Rich, acionaram um alarme fazendo com que começasse um tiroteio.

Reade, Zapata e Patterson davam cobertura a Jane e Weller, que tentavam tirar Rich da cela.

Já com Rich fora da cela, dirigiram-se para o exterior e entraram numa Van.

—Estão todos bem? - perguntou Jane olhando pelo retrovisor.

—Sim, só um arranhão no braço - disse Reade.

Tasha imediatamente olhou para o braço de Reade - Você está sangrando. Parece que a bala apenas passou de raspão - Ela tratou de cuidar imediatamente do ferimento com o kit de primeiros de socorros que estava na Van.

—Obrigado Tash— Ela apenas sorriu de volta e Reade fez-lhe sinal para que ela se encosta-se no peito dele e ela imediatamente obedeceu.

—Vocês os dois... — Patterson deu um murro no ombro de Rich para ele ficar calado e deixar Reade e Zapata aproveitarem esse momento.

Já dentro de casa, Jane e Kurt estavam preparando a comida para o jantar, Patterson e Rich conversando e Zapata estava mudando o curativo de Reade.

—Vou ter de mudar o curativo mais algumas vezes e retirar a sutura, mas seu braço ficará bom.

—Não me livro de você tão facilmente. Parece que você não é uma enfermeira tão má como eu pensava.

Reade fazia referência à conversa que eles tiveram à alguns anos atrás, antes de beijá-la.

—Tive tempo para melhorar meus dotes médicos - Tasha brincou.

Reade não aguentou esperar mais tempo, e aproveitando que uma mecha do cabelo de Tasha tinha escapado do seu puxo, colocou a mecha atrás da orelha dela e puxou-a para mais perto dele e beijou-a.

Ambos tinham vontade de fazer isso à muito tempo, mas tinham medo. Tasha tinha medo que o que Reade lhe dissera na sala de interrogatório quando foi presa fosse verdade. E, Reade sabia que tinha sido muito frio com ela e magoara-a muito com as palavras que ele proferiu para expulsar a raiva que sentia naquele momento e, assim que, saiu do interrogatório arrependeu-se do que dissera.

Porém, decidiu arriscar e como ele se sentia bem por ter arriscado, beijá-la relembrou a suavidade dos lábios dela e todas as restantes sensações que estavam adormecidas por algum tempo.

Quando finalmente se separaram para recuperar o fôlego, Tasha encostou a sua cabeça no pescoço de Reade e, sorrindo, disse:

—Não imagina as saudades que tive disso.

Os dois voltaram a beijar-se, desta vez, de uma forma mais apaixonada, mas tiveram de se conter e aguardar para saciar as saudades que ambos sentiam.