One shot - Bolo de canela escrita por Queen of Disaster


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá!
SUPER aceito comentários depois, blz?



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Era agora. Agora ou Nunca. Harry nunca tinha se sentindo tão nervoso como nesse momento. Ele estava correndo contra o tempo, pois, sabia que Krum queria convida-la para o baile, que Rony pensava em fazê-lo se a tal veela não aceitasse seu pedido, que McLaggen queria chama-la para o baile e para um passeio para Hogsmeade, que até mesmo o Malfoy queria chamar a sua melhor amiga para o baile. Sim, até o Malfoy queria levar a sua Mione para o baile, mas ele não ia deixar nenhum daqueles rapazes chegassem perto de sua amada.

Ele corria feito um louco para a biblioteca com a esperança, e com quase certeza, de que Hermione estaria lá enfiada no meio de duas estantes com os cabelos ondulados e longos presos num rabo de cavalo para que não atrapalhasse na leitura. Ela estava exatamente onde e como ele imaginava. Ela nunca mudaria e ele estava infinitamente feliz por isso. Ela tinha uma pilha de livros do seu lado e um pergaminho com centenas de palavras anotadas com alguns desenhos simples para melhorar seu entendimento. Seus cabelos amarrados num rabo de cavalo alto deixando apenas algumas mechas soltas que ela assoprava quando entravam no meio de sua visão. O uniforme estava impecável como sempre e a concentração inabalável.

—Mione...

Ela levantou os orbes castanhos cautelosamente e sorriu carinhosamente e apaixonadamente para o amigo. Harry estava tão cegamente apaixonado que nem se deu conta que ela sentia o mesmo, mas sempre esteve esperando por algum sinal de sua parte, afinal ela também não tinha percebido nenhum sinal pela parte dele. Apaixonados um pelo outro sem dizer nada pelo simples medo de serem rejeitados, realmente era bem a cara de Harry e Hermione. Grifinórios que não tinham coragem de se declarar. “Seria cômico se não fosse trágico”.

—Ah... Harry... Oi- ela estava visivelmente feliz em vê-lo.

Ela estava meio tímida, mesmo que aquele fosse seu melhor amigo, ele também era sua paixão e ela tinha muito medo que botasse tudo a perder por bobagens. Achava que Harry jamais olharia para ela já que era sua melhor amiga, uma viagem! Quem não olharia para uma moça como Hermione? Mas na cabeça da Granger, Harry ainda mantinha aquele antigo e puro sentimento por Gina.

Na verdade, Harry esperava que não tivessem muitos que olhassem para sua amada se não seria um problema. E se alguém já tivesse a convidado? E se alguém já tivesse se declarado? E se o Malfoy tivesse a convidado? Não, ele definitivamente não podia perdê-la para o Malfoy. Ele sabia que em uma época anterior eles tinham se gostado, mas nenhum nunca tomou nenhuma iniciativa pela condição sanguínea e as casas que pertenciam. Eram preconceitos demais e eles não tinham maturidade na época para suportar. Mas quem garante que eles não tinham agora?

Ele não tinha mais tempo para pensar se deveria ou não a convidar, se ela gostava de outro ou não. Ele faria sua tentativa, pelo menos, se levasse um não, ele teria tentado e não ficaria remoendo a ideia de que deveria ter feito algo. Ele teria feito! Ele teria tentado! E para o momento, isso mais do que bastava.

—Mi... Eu queria saber... Se você...

Aquilo era bem mais difícil do que ele tinha pensado!

—Se eu o que, Harry?

O seu nome pronunciado pelos lábios delas faziam com que ele quisesse escutar novamente seguido de um sim para seu pedido.

—Se você... –ele fechou os olhos com medo- Gostariadeiraobailecomigo...

Ele suspirou nervoso, ele sabia que ela tinha entendido quando ela deu aquele sorriso. Aquele sorriso era tão lindo, ele queria bater uma foto desse momento e gravar para sempre na mente para que não se esquecesse da sua Mione sorrindo pra ele daquele jeito tão angelical, simples e perfeito.

—Eu aceito, Harry!

Ela sorriu novamente e sorriu para o amado querendo, também, que aquele momento nunca acabasse. Ele tinha dado o primeiro passo! Aquela frase se repetia na sua mente uns milhares de vezes e o pedido de Harry passou o resto do dia se repetindo em sua cabeça permanecendo lá até que enjoasse. E ela não enjoava.

O sorriso que o rapaz deu fez com que Hermione visse estrelas, aquele sorrisinho tímido e surpreso era tão natural e bonito. Ela era completamente apaixonada pelo rapaz e pelo seu sorriso, ela não conseguia ficar triste com aquele moreno sorrindo com aqueles dentes brancos e lábios abrindo-se num riso animador e caloroso.

O que a deixava com mais borboletas na barriga foi o que Harry fez antes de sair. Ele sorriu, pegou-a nos braços e a rodopiou no ar fazendo com que gargalhassem e Madame Pince brigasse com os dois. Depois disso, ele tinha que ir por causa do treino de Quadribol então ele simplesmente deu um beijo em sua bochecha e saiu para o campo. Ela passou o resto do dia com a mão na bochecha e sorrindo feito uma boba apaixonada. Não conseguiu prestar atenção nas aulas, não que isso fosse um problema para Hermione, e quando as pessoas falavam com ela estava parecendo que era irmã de Luna Lovegood, não tinha mais os pés na realidade, e estava adorando se sentir assim.  

Mas algo a tirou de seu êxtase quando trombou com o segundo melhor amigo no corredor.

Rony a pediu para ir com ele ao baile e ela negou. Inicialmente, parecia sentir-se culpada por negar o amigo de tão longa data, doía-lhe magoar o coração alheio. Mas no exato instante que ela entendeu que ele só o fizera pois tinha sido recusado, seu rosto se tingiu de um vermelho escarlate. Como ele podia tratá-la como última opção? Como prêmio de consolação? Não, não e não, queridos. Hermione Granger não é prêmio nem de consolação, nem de primeiro lugar. Ela é a própria corrida, os competidores, tudo. E como tal, não ia aturar um desaforo daqueles, sendo amigo ou não.

— Eu me dou o meu valor, querido— a voz de Hermione saiu áspera – Se for me chamar para qualquer coisa, queira estar comigo. Não sou mulher de ser segunda opção de ninguém. Passar bem, Ronald Weasley.

Após o terrível pedido. Hermione se dirigiu ao campo de Quadribol e sentou-se na arquibancada, vendo seu moreno voar alto. Ele nunca saia dali. E enquanto o sol se punha no horizonte, a lembrança do beijo na bochecha de mais cedo voltou a mente e a menina tornou a ficar vermelha, desta vez por outras razões. Junto a vergonha veio também o desejo. Desejo que o beijo de Harry tivesse sido em outro lugar...

— Um beijo por seus pensamentos – a voz de Harry soou rouca.

Parece que Merlin estava ouvindo seus pensamentos.

Hermione estava tão absorta em pensamentos que não tinha percebido quando Harry chegou. Ele estava a sua frente, em cima da vassoura. Cabelos bagunçados pelo vento, a pele com uma camada de suor e a respiração cansada devido ao treino árduo, os óculos pendendo sobre o nariz, por fim o sorriso. Aquele sorriso! Hermione nunca tinha visto o melhor amigo sorrir daquela forma tão... sedutora e confiante antes.

Movida por seus desejos e pela bela visão que tinha de Harry naquele instante, Hermione o puxou para fora da vassoura e lhe deu um beijo apaixonado. Dessa vez, justamente onde ela queria.

De início, Harry estava em choque. Mas ao notar o que estava acontecendo, firmou-se em suas pernas, puxou a cintura da amada e aprofundou o beijo. E que beijo! Há muito os dois fantasiavam como seria sentir os lábios do outro. Bem, a experiência mostrava ser bem melhor que a expectativa.

E quando o maldito ar lhes faltou, se separaram.

— Acho que apostarei mais vezes saber seus pensamentos – Harry confessou rindo e Hermione o acompanhou.

— Eu só estava pensando em hoje mais cedo e onde eu realmente queria nosso beijo.

— Significa que eu te decepcionei hoje cedo? – Harry falou com o ar de brincalhão.

— De forma alguma – falou ela desesperada, sem notar a brincadeira – Claro, eu gostei de hoje. De tudo. Da bochecha... Digo, da bochecha no beijo... Digo, do BEIJO NA BOCHECHA... E do de agora, e...

— Ei, calma – ele ria horrores enquanto distribuía beijos no rosto vermelho dela – Mensagem captada – ele bateu sentido – Beijar em todos os locais!

Harry falava com a postura séria como se fosse um soldado declamando ordens, mas a sua voz de risada não condizia com isso. Os dois se desataram a rir.

— Ok, mocinho. Você me pegou nessa. Mas vamos que você precisa de um bom banho.

— Quer dizer que a senhorita não gosta de suor pós – treino? Como assim esse não é o seu perfume preferido da vida? Espera aí que eu vou impregnar ele em você.

Ao notar as intenções do rapaz, Hermione saiu correndo e gritando “sai daqui”, enquanto Harry corria e ria da menina.

Mais tarde...

Hermione esperava os amigos no corredor para jantarem juntos. Em suas mãos repousava um caderno. Mas diferente do esperado, ela não estava estudando. Bem, não magia, pelo menos. Era um caderno com partituras. Recentemente, a menina tinha descoberto os prazeres de tocar piano e estava aplicada em aperfeiçoar a arte. Ela sabia o básico desde... sempre. Mas decidira melhorar ainda mais. Não que qualquer um soubesse disso.

Entretida em seu novo hobby, nem notou a aproximação de um rapaz.

— Poderr falarr com você?

Viktor Krum.

Ela só o tinha visto poucas vezes, falado? Menos ainda.

Por esse exato motivo estranhou quando Viktor a chamou para ir ao baile. Foi esquisito recusar, afinal sequer esperava o convite do rapaz. Ele tentou agir com confiança após a recusa, mas era notável que estava abatido. Hermione tentou compensar dizendo que não havia nada de errado com o jogador, mas que já tinha um par. Tendo entendido isso, ele apenas acenou e saiu.

— O que Viktor Krum estava fazendo aqui? – a voz esganiçada de Rony lhe chamou a atenção

Rony e Harry chegaram no exato momento que Krum saiu.

— Falando comigo.

A cara de Rony era um misto de admiração pelo jogador, surpresa, raiva e confusão. Enquanto Harry estava sério.

— Que? Por que? – disse (leia: quase gritou) Rony.

— Ele estava apenas me chamando para o baile – falou com tranquilidade – Mas eu neguei. Já tenho par.

Hermione mantinha seus olhos fixos em Harry ao falar a última frase. Como forma de tranquiliza-lo, e pareceu funcionar até Rony abrir a maldita boca.

— MAS É O VIKTOR KRUM! QUEM PODE SER UM MELHOR PAR QUE VIKTOR KRUM?

Antes que Hermione pudesse gritar que Rony calasse sua maldita boca, Harry reagiu. Até bem, eu diria.

— Eu.

Sua voz era tranquila, apesar de seu interior estar completamente turbulento. Na sua cabeça existiam milhões de inseguranças. Afinal, Viktor Krum era incrível e ele era só... o Harry. Seu coração tentava lhe dar a confiança de que Hermione gostava dele e que nada mais importava. Mas tinha sido tudo tão rápido, será que isso era realmente verdade?

Passando por cima de suas dúvidas, ele saiu do lado de Rony e passou seu braço ao redor da cintura de Hermione, lhe acolhendo em seus braços. Em um simples gesto, ele os assumia para todos, tentava acalmar sua ansiedade e inseguranças, e encontrava a sua essência calmante: morangos, chocolate, grama cortada, pergaminho novo e canela. Em outras palavras: Hermione.

A cara de choque de Rony era impagável. Por alguns segundos ele tinha a boca aberta em um perfeito “O” e estava congelado. Mas como alegria de grifinório dura pouco, ele logo começou a gritar perguntas e fazer o seu típico escândalo de sempre. Mas o casal não ligou. Hermione não descolava os olhos de Harry, nem ele dos dela.

Ali começava um novo capítulo da história dos dois. Se iria durar ou não... é outra coisa. Se resistiriam a Voldemort, a guerra, a perdas, ou simplesmente a Hogwarts... também era outra coisa. Mas o que mais importava no momento era que estavam juntos e que Hermione desejava bolo de canela. Então deu logo um belo cascudo no amigo ruivo e puxou os dois para o salão. Afinal, o que melhor para comemorar que seu crush gosta de você do que um belo bolo de canela?


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Notas finais do capítulo

Obrigada, leitorxs. Amo vocês. Por favor me digam o que acham, ok?!



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