Anata no Fantasy: Fairy Tales Hen escrita por Eien SZ


Capítulo 7
Capítulo 7- Aviso


Notas iniciais do capítulo

Demorou? Sim, mas aqui estamos com cap novoooo



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A enfermaria da Guilda era um salão modesto com alguns quartos onde os pacientes eram tratados por dois médicos que ali trabalhavam; um homem corpulento e grisalho, e uma jovem requintada. Do lado de fora do salão se aproximava uma garota de cabelos brancos, e um semblante quase tão pálido quanto. Era Dulci, acompanhada dos dois irmãos, Victoria e Rafael. Haviam acabado de sair da arena de treinamento onde se conheceram e presenciaram tudo aquilo. Andersson já havia dispensado todos logo após a batalha entre Jove e Thomas. Dulci vinha pelos corredores do castelo em direção à porta do salão enquanto conversava com os outros dois animados. Ela tentava se manter calma, talvez ter eles ali ajudasse ela a se distrair no fim das contas, mas no fundo Dulci estava preocupada com Eien, ela temia o pior.

Aquele dia definitivamente não tinha sido um dia comum para ela... Mas o mais surpreendente é que ela não sabia se tinha sido um dia bom ou não. Ela sabia que havia ganhado algo, e esse algo por si só já parecia ser algo bom. Entretanto, se o preço desse algo fosse a Eien, não valeria a pena. Só o que ela precisava para definir se seu dia tinha sido especial ou um desastre era saber se Eien estava bem.

A garota abriu a porta do salão com tanta imponência que até assustou os outros dois. Eles podiam notar que no fundo ela estava tensa, mas não podiam fazer muito que não apenas tentar descontrair. Além de que, eles estavam maravilhados com o que tinham acabado de fazer, e de poderem andar pelos corredores da KOA.

Dulci viu 10 quartos, 5 em cada lado do salão. E ela teria certo trabalho para encontrar o quarto onde se encontrava a ruiva, se para o seu desespero ela não se deparasse com os gritos e choros de dor da garota no 4º quarto à direita. Os berros de Eien eram agoniantemente altos, atravessando as paredes e mesmo a porta fechada do quarto onde se encontrava. Dulci engoliu em seco e foi correndo em direção à porta, quando antes de tocar na maçaneta a porta se abriu e de dentro do quarto saiu a médica. Nesse curto intervalo de tempo onde a porta se abriu e se fechou, Dulci conseguiu ver Eien brevemente, deitada numa cama, com a boca escancarada e os olhos fechados, chorando de dor. Estava sendo tratada pelo médico e uma outra enfermeira que tentava estancar o sangramento.

— Como ela está?! Ela vai ficar bem?! - Indagou aflita.

A médica olhou para a garota e as duas crianças ao lado dela, e disse genuinamente:

— Fiquem tranquilos, a vida dela não corre risco. Mas ela provavelmente vai precisar ficar de repouso por alguns meses.

— I-Isso é ótimo! - Proferiu Rafael tentando confortar a situação, mas Dulci ainda não havia relaxado.

— Isso vai deixar alguma... Sequela nela? Algum efeito colateral? - Questionou torcendo para que a resposta fosse "não".

— Bem... Não posso te garantir nada ainda. Mas no geral, esse tipo de ferimento depende do paciente. Vamos torcer para que Eien seja uma garota forte e consiga se recuperar sem problemas. - Ela colocou a mão direita no ombro de Dulci - Vamos fazer nosso melhor também. - Concluiu com um sorriso que passou confiança à garota.

Não havia mais o que se fazer, ela queria entrar lá, mas sabia que não podia ajudar, só iria atrapalhar o médico. Ela respirou fundo e se recompôs, se acalmou. O pior já havia passado.

— Obrigada... Por favor, cuidem bem dela.

Após falar com a médica e virar as costas para quarto de Eien, Dulci e os outros dois já iam saindo do salão, quando se depararam com uma certa pessoa saindo de um dos primeiros quartos...

— Olá... - Era Mikhail Tal, com a perna enfaixada e o mesmo rosto suspeito de sempre. - Vocês duas estavam lutando ao mesmo tempo que eu, não? Como se saíram?

Nesse instante, Dulci fechou a cara. Ela nunca perdoaria ele pelo que fez com Eien. Além de que sua personalidade a incomodava muito.

— Nó- Victória iria responder, mas foi rapidamente cortada por Dulci.

— Não te devemos satisfação. - Respondeu rispidamente, enquanto deu as costas para ele e voltou a caminhar para fora dali.

Os dois irmãos ficaram deslocados com essa situação, sem saberem oque fazer, então só seguiram Dulci sem dizerem mais nada. A situação desagradável terminaria ali, se Mikhail Tal não proferisse o que proferiu.

— Como vai sua amiguinha? - Perguntou com um tom sínico, enquanto todos ali podiam ouvir os gritos de Eien no quarto ao lado.
Nesse instante, Dulci parou. A vontade dela era de gritar "O que você acha?!", mas ela não daria esse prazer para ele. A garota respirou fundo e ainda de costas para ele respondeu:

— Achei que tinha te dito que não te devemos satisfação.

Tal sorriu provocantemente e colocou uma das mãos em uma bolsa que carregava, como se ainda tivesse uma carta suprema na manga. E de dentro dela ele tirou, a adaga de Eien!

— Dulci! - Gritou Victoria, que ainda não tinha virado as costas para Tal. - Olha!

Instigada, Dulci se virou e viu... Ele segurando a arma de Eien, enquanto lambia ela maliciosamente. Aquela imagem perturbou o interior da garota, que sem pensar disparou na direção dele com um sedento chute lateral.

— Devolva isso agora mesmo! - Exclamou ela a ponto de atingí-lo.

Porém antes que pudesse entrar em contato com ele, o rapaz empunhou a Adaga ofensivamente, pronto para contra-atacar a garota perfurando a perna dela que se encontrava sem suas botas metálicas. Mas além disso, Dulci também pôde sentir, a mesma aura assassina e intimidante que Eien sentiu contra ele. Mesmo com uma perna ferida pelo golpe de Eien, Dulci teve prudencia de identificar que Tal oferecia forte risco para ela ali, e cessou seu ataque.

— Ué? Desistiu? Eu estava tão animado... - Zombava ele, voltando a lamber a Adaga.

Dulci rangeu os dentes de raiva, ela não queria acreditar que sentiu medo dele.

— Isso não é seu... Devolva. - Voltou a dizer, dessa vez em um tom mais baixo, porém tão carregado de raiva quanto da primeira vez.

— Relaxa minha veteraninha... Eu nunca disse que ia pegar pra mim. Essa arma também não é sua, então eu não tenho nenhuma obrigação de dá-la a você. Quando a guria quiser de volta eu devolvo pra ela. Até porque, ela ainda está com as minhas, bem nos ombros dela. - Disse com um riso debochado.

A garota já estava perdendo a linha. Ela ainda tentou dizer:

— Se é suas armas que você quer, eu posso pegar elas com os médicos e te dar.

— Eu passo. - Respondeu satiramente. - Não tenho nenhum interesse em você. Só aceito isso da ruivinha.

Dulci semiserrou seus olhos com extremo desprezo. A palavra interesse foi a gota d'agua. Que tipo de interesse ele teria em Eien? Quais seriam suas intenções? Ela não sabia, mas tinha suas suspeitas, afinal, ele era descaradamente doente. Ela queria calar a boca dele ali mesmo, mas todos os incentivos eram opostos a isso. Ela não estaria na razão, os superiores da Guilda culpariam ela por atacá-lo primeiro. E no fundo, ela sentia esse maldito receio de enfrentá-lo desarmada. Ela não podia fazer isso, não agora. A única coisa que ela podia fazer era...

— Guarde minhas palavras... Se você fizer qualquer coisa com ela, eu vou te caçar até o inferno. - Afirmou enquanto apontava o dedo para ele, irada.

— Assim eu fico tentado a fazer, haha! - Continuou a zombar prepotentemente. - Mas eu sugiro que você se acalme. Somos todos parceiros de Guilda agora. Brigar para que? Vamos ser bons e melhores amigos...

— Está avisado... - Dulci apenas ignorou oque ele disse e voltou a se virar e sair dali. Os outros dois que tanto falavam estavam mudos ali. Apenas seguiram ela enquanto se entre-olhavam surpresos.

***

Após essa experiência nada agradável, Dulci se despediu dos dois garotos por aquela manhã, e foi para seu quarto. Ela estava realmente de mal humor, e mesmo que quisesse recepcionar bem os irmãos, ela não teria pique para isso. Tudo tem sua hora, e Dulci era uma pessoa bem consciênte, ela sabia que precisava ficar um tempo sozinha. Eles por sua vez, entenderam totalmente, e também queriam um tempo para eles mesmos. Haviam chegado até ali juntos e sozinhos, e não necessariamente precisavam de alguem a partir dali.

— Vic, vamos explorar o castelo da Guilda! - Gritou Rafael, tentando quebrar o clima tenso que contagiou a garota. Ela tinha se aproximado de Eien e Dulci mais do que seu irmão.

— Boa ideia! - A garota sorriu para ele e tentou se animar.


Saíram de frente da porta do quarto de Dulci no corredor dos quartos do castelo, e foram andando por ele, passando de quarto em quarto até o fim do corredor. Todos os quartos estavam fechados, com exceção de um que estava semi-aberto. E foi ao passarem por essa porta semi-aberta, que os dois irmãos puderam ouvir a voz de Thomas. A voz revoltada de Thomas.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!



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