Lumos Solem escrita por Noderah


Capítulo 24
Capítulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, bom dia, boa tarde, boa noite!
Vocês devem estar notando que esse capítulo é menor do que os outros, nem por isso é menos... impactante. Nos encontramos no final



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— Já andou de moto antes? - Sirius perguntou virando a cabeça levemente para que ela pudesse escutá-lo.

— Não.

— Já voou antes?

— Já.

— Vai se dar bem então.

— Não temos capacetes?

— Eles não fariam muita diferença. - Sirius deu de ombros e acelerou.

Saíram da garagem e Sirius apontou a varinha, sem olhar, na direção do portão. Ele voltou aos mãos novamente para o guidão da motocicleta. Todo o estofado era de couro marrom e a lataria da frente era branca; seu modelo não era moderno, era o modelo da época.

O cabelo de Pasca voou atrás dela, ela mantinha os olhos fechados com força, seu corpo completamente tenso, os ombros altos e os braços presos fortemente ao redor de Sirius; ela nem pode aproveitar todo o contato compartilhado naquele momento.

Para um método de transporte que não permanece reto sem ajuda, eles estavam bem equilibrados, o que impressionou Pasca, que andava de moto pela primeira vez. As rodas deslizavam com destreza pela rua não pavimentada, a tração contínua e linear a deixava mais calma, até parar de senti-la, sendo ela substituída por nada.

Pasca abriu os olhos em susto e um grito escapou de sua garganta quando seu estômago deu um pulo desconfortável.

— Pasca, temos que ser sutis. - Sirius disse e, apesar da fala ser uma repreensão, ela sentiu um sorriso em sua voz.

— Estamos voando! Estamos voando! - Pasca gritou contra a jaqueta dele.

Sirius riu. - Sim! - Ele exclamou com alegria real.

Eles viajavam em alta velocidade pelo céu e estavam tão alto que quase encostavam nas nuvens.

— Os trouxas não podem nos ver? - Pasca perguntou em um momento, depois de ficar mais calma.

— Não. Por causa disso aqui, não. - Sirius virou a cabeça na direção da garota enquanto apontava para um botão vermelho no guidão. - Nos deixa invisíveis para todos.

Pasca encostou a cabeça no ombro de Sirius. Seu aperto já estava mais frouxo e ela começava a aproveitar o passeio. O céu parecia se exibir, mostrando suas cores mais bonitas. Eles voavam em meio a tons de rosa e roxo, abaixo deles tudo era tão pequenino que parecia mentira, parecendo uma maquete. A única coisa que não combinava era o clima. Inicialmente a ansiedade de estar a tantos metros do chão a esquentou, mas agora, mais calma, seus dentes estavam começando a bater.

— Está com frio? Podemos descer para você descongelar. - Sirius disse virando o rosto na direção dela.

— N-Não, eu aguento. A subida é pior. - Pasca disse lembrando de seu estômago deslocando de lugar.

— Estamos quase chegando, prometo.

E ele não estava mentindo, 15 minutos depois, eles estavam pousando, as rodas sendo úteis novamente no pouso, que fora muito mais sutil do que Pasca estava pensando.

— Onde estamos? - Pasca perguntou observando as casas altas a sua volta.

— Não percebeu?

O que bastou foi virarem mais uma esquina para Pasca exclamar.

— Estamos em Londres!

Pasca não parava de sorrir. Sua casa ficava em uma área afastada e ela adorava o enlouquecer da cidade dos trouxas, era bom para variar. Logo eles estavam iluminados pelas luzes do Piccadilly e logo mais o Palácio de Buckingham passava à sua esquerda.

Poucos metros depois, quando Pasca começava a gostar do vento no cabelo e da velocidade do motor, Sirius encostou a motocicleta em uma esquina.

— Chegamos.

Ele virou-se para Pasca e a ajudou a desmontar. Pasca viu seus olhos mudarem, ele adquiriu uma expressão que era mais um mistério, como tantas outras que ele tinha. Sirius segurou sua mão direita e levou seu torso até os lábios, em nenhum momento desviando o olhar ou mudando de expressão. Não havia traços de sorriso em seu rosto quando ele disse:

— Você está muito bonita. Obrigada por sair comigo hoje.

Pasca buscou o que dizer em seu léxico mental, mas nenhuma combinação parecia a certa. Parecia que seu dicionário havia sido rasgado e o que havia agora era algumas páginas com as letras x e y, inúteis naquela ocasião.

A garota soltou a mão de Sirius, seus dedos puxaram o corpo dele para perto do dela pela lapela da jaqueta de couro. Momentaneamente, ela observou os lábios dele e ele os dela, porém, Sirius nada fez. Pasca preencheu o resto do espaço entre eles dois, empurrando seus lábios com formato de coração contra os dele.

Sirius abraçou a garota, o espaço entre os dois era quase inexistente e parecia que eles batalhavam para torná-lo nulo. Ela percebeu que ele parecia saber exatamente o que fazer, dominando o beijo, enquanto ela viajava em seu comando, sendo menos experiente.

Os braços de Pasca estavam, em um instante, ao redor do pescoço de Sirius e as mãos dele estavam dentro do sobretudo dela, abraçando sua cintura pequena envolta no tecido de lã da blusa.

Neste momento Pasca não pensava em mais ninguém a não ser em Sirius e nela mesma, os outros problemas pareciam muito pequenos. Para quem importava Voldemort, notas ou Almofadinhas?

Eles se separaram por causa do público que passava a comentar o cenário com mais veemência. Na verdade, foi Pasca que retraiu-se; por Sirius, tanto fazia a plateia.

Os braços dela desceram para abraçar sua cintura, seu rosto fundo no pescoço do rapaz, enquanto respirava, acalmando o coração e tentando estabilizar a respiração. Ela pensou que ele tinha o melhor cheiro do mundo.

— Ok. Ok. - Sirius riu um pouco, ligeiramente louco, sem acreditar. - Intensa. - Ele disse referindo-se a ela, soava tão surpreso por Pasca tê-lo beijado quanto ela por ter feito.

— Foi um pouco de repente… - Ela murmurou, ainda descansando perto de sua clavícula.

— Não, foi apropriado. Estávamos enrolando já. - Sirius murmurou, consertando os cachos dela.

Pasca deixou um sorriso escapar, assim como Sirius.

— Vamos? - Ele perguntou virando-se para a calçada, levando Pasca com ele.

— Você não precisa… prendê-la? - Pasca referiu-se à moto.

— Não, não. Ela é bem escandalosa quando não sou eu que a dirige. - Sirius disse com uma expressão alheia, se lembrando de alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

E aí?...

Desculpa pelo tamanho, foi rapidinho, né? É que eu tenho um seminário para apresentar hoje, uma tradução para entregar, seminário sobre Platão semana que vem... uma delícia. Não deu tempo para escrever tanto e eu tento escrever esses momentos importantes, como o primeiro beijo, com bastante atenção, revisando várias vezes e ainda não ficou como eu queria... O objetivo era escrever o primeiro encontro inteiro nesse capítulo e nem conseguimos começar!

Espero que vocês tenham gostado mesmo assim! Volto domingo com um capítulo maior ♥



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