Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Queen Baby




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P.O.V. Oliver.

Se a culpa matasse, eu não teria sobrevivido tanto tempo. Eu pedi para que ela se cassasse comigo e ela disse sim. Estávamos a caminho de um comício, fomos emboscados. Os homens do Dark abriram fogo contra o nosso carro e ela foi atingida.

Não. Felicity não morreu, mas está hospitalizada.

—Senhorita Smoak?

—Sim Doutor?

—Tenho uma boa notícia e uma má notícia.

—A boa primeiro.

—Meus parabéns, a senhorita está grávida.

—Oh! E a má notícia?

—Uma das balas atingiu a sua coluna e...

—Fiquei paralítica? É eu já notei.

Disse Felicity chorando.

—Eu sinto muito. A bala está alojada na sua coluna, mas como está grávida não podemos operar ou há um risco de você perder a criança.

—Eu entendo.

—Depois que a criança nascer poderá ser operada, mas até lá precisa descansar e vou te prescrever medicação para a dor.

—Obrigado.

—Eu lamento muito.

—Não mais do que eu.

O médico saiu e ela começou a chorar compulsivamente.

—Eu sinto muito Felicity.

—Não é sua culpa. É do Damien. 

—Mas, a Hope não o matou?

—Acorda Oliver! Ele a prole do diabo! Trouxe aquela criatura de volta, tem magia e sei lá mais o que. Desculpe. Me desculpe.

—Está tudo bem.

—Não. Damien está de volta, estou paralítica e vamos ter um filho. Nada disso é bem!

—Ei, vamos dar um jeito. Sempre damos.

Disse pegando a mão dela onde estava o anel.

—Me pergunto como vamos nos casar já que eu não consigo mais ficar no seu nível.

—Vamos dar um jeito.

Sai para falar com os outros.

P.O.V. John.

Assim que ele saiu do quarto eu soube que lá vinha bomba.

—Por favor, me diga que ela não morreu.

—Ela não morreu John.

—Graças á Deus.

—Não comemore ainda. A boa notícia é que vou ter o meu segundo filho.

—Felicity tá grávida?

—Sim.

Oliver já tinha um filho, o menino William.

—Parabéns, Ollie.

—Obrigado Speedy.

Ele recebeu os parabéns de todos. Thea, eu, Sara. Mas, eu sabia que ainda faltava coisa.

—E o que mais?

—Durante o tiroteio... ela foi atingida.

Disse Oliver chorando.

—A bala... pegou na... espinha dela... ficou alojada lá.

—Meu Deus!

—Ela não sente mais as pernas, Dig. Ela ficou paralisada da cintura pra baixo.

Nós estávamos todos horrorizados, transtornados.

—Quando eu pegar o Darhk vou acabar com ele, vou matá-lo. Mas, eu tenho um plano para ajudar a Felicity.

—O que precisar.

—Eu preciso de esperança. 

Disse segurando o telefone na mão. Hope.

Oliver ligou e eles falaram por algum tempo.

P.O.V. Hope.

O meu telefone especial tocou.

—Oi Arqueiro.

—Hope...

—Eita, lá vem bomba. Desembucha.

—Felicity ficou paralitica.

—Caramba!

—Darhk está de volta.

—Eu sei. Você tem que matá-lo. Tem que ser você. Estudei os poderes, os feitiços do Damien e você e só você pode ser usado para acabar com ele. Você é aquele que Damien realmente teme. Há uma profecia. Somente uma alma sombria em busca de redenção pode se livrar de Damien, mandá-lo para as profundezas do inferno para sempre. E o homem com trevas na alma acertará no filho do Diabo uma flecha certeira mandando-o para seu descanso final. Onde ele queimará por toda a eternidade.

—E você acha que sou eu?

—Tenho certeza que é você. Amor, você é o protagonista.

—Pode ajudar a Felicity?

—Posso. Estou á caminho.

P.O.V. Oliver 

Quando ela chegou, estava prestes a explicar como curaria a Felicity quando parou.

—O que?

—Não posso. Não ainda. Graças á Deus que eu tenho audição sobrenatural. Já que você convenientemente esqueceu de mencionar o baby Queen crescendo ai dentro.

—E o que acontece se você curar a Felicity grávida?

—Primeiro a bala ainda ta alojada ai dentro, o que significa que se eu curá-la com a bala dentro do corpo, ela vai sentir uma dor excruciante pelo resto de sua vida. E segundo... o meu método de cura pode interpretar a criança como uma doença e ai...

—Eu sofro um aborto.

—Basicamente. Não estou dizendo que não vou te curar nunca, só que... vai ter que esperar. Até a criança nascer, até os médicos operarem suas costas e tirarem a bala dai de dentro. Eu prometo que no segundo em que você sair da cirurgia e que os médicos disserem que você vai viver, eu injeto o remédio em você. Mas, há um risco ainda assim.

—Que seria?

A Tribrida começou a andar pelo quarto de hospital e a mexer as mãos, nervosamente.

—Ok. Agora estou com medo. O que seria tão ruim para você ficar nervosa?

—Um sábio disse um vez que somos responsáveis pelo o que criamos. E não estou pronta para isso.

—Como assim?

—O remédio que eu vou dar para Felicity, não é... remédio, exatamente. É sangue. Meu sangue. Sangue de vampiro pode curar toda e qualquer ferida, ferimento ou enfermidade não importa quão grave ela seja, mas... há um risco.

—E qual é o risco?

—Leva vinte e quatro horas para o sangue sair do organismo, se a pessoa... por algum motivo, morrer antes disso... 

—O que?

—Ela não fica morta. Ela volta. Em transição.

—Transição pra que?

—Precisa mesmo perguntar?

—Eu vou virar vampira.

—Por isso ela é o cérebro. Mas, não é tão simples assim. Mesmo se você voltar vai ter uma escolha. Tem vinte e quatro horas ou se alimenta de sangue humano e completa a transição ou resiste á fome... e morre. Desta vez, de vez. Só soube de uma pessoa que conseguiu não se alimentar. O pai da Diretora Forbes. Ele não queria ser injetado, era caçador... então escolheu a morte.

—Caçador?

—Sempre haverão os seres humanos ignorantes que caçam seres sobrenaturais. E mesmo se você se transformar, não sabemos como vai reagir. Como vampira você experimentaria as emoções, as sensações com maior intensidade. O bom, fica ótimo, mas o ruim... é pior.

—O que quer dizer?

Ela respirou fundo.

—A raiva, vira fúria, a tristeza vira desespero, o luto, a perda... podem te aleijar. Não literalmente, mas durante a transição é diferente para cada pessoa. Alguns passam o dia chorando, outros ficam furiosos, sentem-se culpados, dependendo da pessoa, do seu passado, do contexto em que ocorreu a transição... é tudo isso ai e mais um pouco.

—E como você sabe disso?

—Eu cresci neste mundo, bem no meu mundo. Sempre fui e sempre soube que eu era a Hope Mikaelson um ser sobrenatural. Sempre soube que era a maior bruxa que o mundo já conheceu, que meus pais eram híbridos de lobisomem e vampiro, e eu passei por isso depois que ativei a minha maldição. Não só ativei o meu lado lobisomem, mas o meu lado vampiro também. Já estive em transição e eu queria morrer. Abri os meus pulsos com uma faca. Mas, como podem ver...

Ela arregaçou as mangas da blusa.

—Fator super-sobrenatural de cura. Oba.

—Você tentou se suicidar?

—Você também tentaria se fosse o motivo pelo o qual uma maluca de um culto nazista sequestrou a sua mãe, e pelo qual ela se sacrificou e queimou no sol até seus órgãos internos virarem lava, seu corpo virar menos que poeira e pelo o qual o seu pai tirou uma bruxa super malvada e tóxica de dentro do seu corpo e ai se suicidou com um espinho de roseira mágica que cresceu do sangue dum imortal mais poderoso do que Os Originais. E levasse o seu tio junto.

—Caramba!

—Minha família é mais fodida que a sua. São mil anos de drama familiar. Sangue, avós perseguidores homicidas que querem matar os próprios filhos. Uma vó que amaldiçoou meu pai. Um avô que chacinou toda a família biológica do meu pai negando a ele toda e qualquer conexão com seu verdadeiro eu, adagas enfiadas nos peitos, alguns séculos no caixão, é... somos só gente normal, uma família comum como qualquer outra.

P.O.V. Felicity.

Caramba! Nunca mais implico com a minha mãe por ela ser piriguete e querer que eu case.

—Realmente, sua família é louca.

—Eu sei. Mas, os amo mesmo assim. Adoro os almoços de domingo, alguém sempre acaba com o pescoço quebrado ou com uma adaga cheia de cinza do carvalho branco no peito. Ou os dois. Vou ficar até a criança nascer e depois... vai ser capaz de andar outra vez. Se concordar em correr o risco.

—Eu concordo.


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