Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 34
Qual é a dela?




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P.O.V. Connor.

Drogas? Vampiros usando drogas?

—Pra saber de drogas você tem que falar com eles.

—Quem é aquele ali? O da ponta, o magrelo, atrás de você. Como ele chama?

—Gheish? Não esquenta com eles, deixa eles em paz que eles te deixam em paz.

P.O.V. Heaven.

É meio tarde pra isso.

—E quanto a eles? Os mega-populares? Poderiam estar envolvidos em algo assim?

—Estou me sentindo dentro duma série policial.

P.O.V. Connor.

Ela estava me interrogando ou é impressão?

—Eu falo sério.

—Você é policial?

—Não.

—Está usando escuta?

—Não.

—Prove. Tire a sua blusa.

—Idiota.

Ela saiu.

—O que foi? Eu tinha que tentar né?

P.O.V. Heaven.

Fui para a floresta atrás do garoto e tirei fotos dele recebendo um grande malote cheio de dinheiro. E na hora da saída era hora do confronto.

—Gheish! Gheish, espera!

—Cadê meu pen-drive? Eu quero de volta.

—Seu Pen-Drive? Você parece muito bem para alguém morta Cassie, e á propósito mudou o cabelo?

—Conhecia a Cassie?

—E você?

—Eu só quero o que você roubou.

—Eu não roubei nada. Você sabe o que tem nele não é? Por isso é tão importante pra você? Está acobertando alguém?

—Você nem faz ideia de onde está se metendo.

Decidi tomar uma medida um tanto drástica. Segurei a sua mão e invadi sua mente. Vi o local onde eles deixavam a droga para ser trocada.

—Agora sei o suficiente.

Ele puxou a mão de volta.

—Você é doida, sabia?

—Sou só uma forma de existência que você não compreende.

Fui á delegacia falar com a Mack.

—O que eu não conseguia entender era porque um rapaz como Jonathan se mataria, ele não parecia ter problema com a pressão imposta pela escola, tinha boas notas, uma namorada linda... só que o Jonathan era viciado.

—Como descobriu isso?

—Arrombei o escritório da escola com um feitiço de destranca.

—Heaven!

—Eu sei, eu sei. Acho que a Cassie estava tentando descobrir quem vendia para o Jonathan e acabou morta por causa disso. Se soubessem que Cassie tinha provas, teriam um bom motivo para acabar com ela.

Disse estendendo o Pen-drive pra ela.

—Presente de natal adiantado.

—Onde arranjou isso? Deixa pra lá eu não quero saber.

Meu celular apitou. Era o Connor. 

"Eu estava brincando sobre a escuta."

"Que pena, eu iria provar isso pra você amanhã"

—Ah, desculpe o caso está muito chato pra você?

—Não.

—É algum cara?

Eu não respondi.

—Heaven, isso é trabalho.

—Eu sei. Mas, ele é um cara legal.

Ela passou o vídeo e eu vi Alexis e Jared.

—Se eles estão envolvidos vai ter que dar um jeito de ligá-los a este caso.

—Eu sei, mas pode haver um problema.

—Que seria?

—Jered é um vampiro. Se ele for preso... provavelmente vai matar todos os outros detentos. Se eu for detê-lo, vou ter que matá-lo.

—Espera, o garoto é um vampiro?! Como você sabe?

—Eu descobri no segundo em que chegamos na Winter, no primeiro dia. Eu senti o cheiro dele.

—Tudo bem.

Partiu meu coração ter que ignorar o Connor e sentar ao lado do nojentinho do Brandon.

—Se importam se eu sentar?

—Pode sentar, elas não ligam.

Idiota.

—Você está gostando da escola?

—É ótima.

Então, Jered abriu a boca.

—Não vai comer?

—Você vai?

Acho que foi naquele momento que ele soube que eu sabia.

—Eu posso te mostrar o lugar se quiser.

—Ele quer te mostrar o carro dele. É um Porsche.

—É. Tem cinco anos.

—Nem todo mundo pode dirigir uma Corvette novinha como a sua.

Disse Alexis.

—Uma Corvette, ein? Impressionante.

Era ele atrás de mim na noite em que eu achei o vídeo. Não que eu não soubesse.

—Ei, não tem nada de errado em querer mostrar a cidade para a recém chegada, tem? O que você vai fazer depois da aula?

—Nada. Estou sem planos.

Ter que aturar o Brandon e seus flertes era irritante. Quando eu iria encontrar com ele, o vi conversando com uma figura muito suspeita. E eu ouvi a conversa. Eles iriam se encontrar ás cinco horas.

Recebi uma mensagem do Connor, mas deixei pra lá. Tinha que me focar no metidinho.

—Quem era ele?

—Um velho amigo.

Ouvi a Alexis e Jered conversando.

—Sabe, para um ser super-poderoso ela é inofensiva.

—Não se engane, ela é uma Mikaelson.

Quando estávamos só eu e o Brandon ele me contou um segredo, mas não era o que eu queria, então tentei tocar a mão dele, mas aparentemente... ele é um cavalheiro que gosta de ir devagar. Me engana que eu gosto.

Ele me convidou para o baile de inverno, eu disse sim e ele me deu uma carona. Este baile vai ser uma ótima oportunidade para saber mais.

No dia seguinte tive que engolir as patricinhas descabeçadas novamente.

—O que está tomando?

—Sangue, Alexis.

—Credo.

—É uma questão de gosto.

Ás cinco horas eu fui até as proximidades do local onde seria o encontro entre Brandon e o tal cara e haviam dois deles. Eu tirei fotos, ouvi a conversa e ai eu sai.

Fui até a delegacia depois da aula e procurei no banco de dados da polícia usando um programa de reconhecimento facial. Estava chegando com as novidades, mas parei na porta. Porque ouvi o capitão falando com a Mack.

—Ela se infiltrou, se encaixou e agora nós temos provas.

—Mas, nenhum suspeito provável.

—Você está errado. De novo. Considere isso, o meu presente de boa noite para vocês dois.

Disse estendendo o envelope pra ele.

—O nome do cara é Frank De Lio. Ele trabalhava para um grande sindicado do crime até virar autônomo, eu vi na Winter. Tenho fotos dele negociando com os suspeitos. É prova o suficiente para você?

Ele examinou as fotos, as provas e disse:

—Se tem dinheiro da máfia nisso, então a conversa é outra.

—Então, pegamos eles?

—Não.

—Como não? Eles estão trabalhando com um criminoso! Um mafioso!

—Não temos certeza. Tudo o que temos é circunstancial.

—É. Com certeza, estão vendendo biscoitos para as bandeirantes. E qual é essa de circunstancial?

—Precisamos de provas de que Trabalham juntos. Precisamos de provas concretas.

—Ele tem razão Heaven.

—Vocês dois são dureza. A justiça humana é uma droga.

—Siga eles.

—Hoje não.

—Porque não? Vai ter uma maratona da escuridão?

—Não. Mas, amanhã vai ter lua cheia. Tenho que me preparar.

P.O.V. Mack.

Lua cheia. Heaven é meio lobisomem.

—Ela é mais assustadora do que eu pensei.

—Ela é uma adolescente.

P.O.V. Heaven.

Eu decidi sair com o Connor, ao menos para tentar explicar. E ele me levou floresta adentro.

—Onde estamos indo?

—Vai ver.

—Eu sinto cheiro de terra molhada. E ouço barulho de água corrente.

Então... chegamos.

—Bem vinda á catarata Purgatório.

—Nossa! É lindo. Este lugar tem uma energia incrível, tanto Poder.

—Poder?

—Bruxas são servas da natureza. A maioria de nós tem magia própria, mas feitiços complicados requerem a ajuda da natureza. Existem forças no ar, fogo, água, terra que são... mais poderosas do que qualquer coisa que o homem possa inventar.

—Eu brincava aqui quando era criança. Minha mãe quase tinha um ataque.

—Eu imagino.

Nós andamos e estávamos sob a ponte acima da catarata.

—Posso perguntar uma coisa?

—Claro.

—Você gosta daqui?

—Gosto. Porque?

—Porque sempre que parece estar se divertindo você tem um olhar que está estudando.

—Eu vim aqui pra isso.

—Não, quero dizer, nos estudando. Como se fossemos cobaias.

—Eu adoro cobaias.

—Já devia ter imaginado isso. Claro.

Ele me deu um beijo na bochecha e me pegou de surpresa.

—Uau!

—Me desculpe, eu não deveria ter apressado as coisas...

Eu o beijei. Mas, eu fui muito apressada. Eu o mordi. Senti o gosto do sangue. E eu o afastei.

—Ai!

—Sinto muito. Sinto muito.

—Não, tá tudo bem.

—Não. Não está. Eu tenho que ir.

—Não, Heaven, espera!

Eu corri a toda a velocidade floresta á dentro. Lutando contra a vontade de voltar lá e terminar o que comecei ou seja, matá-lo.

P.O.V. Connor.

Bem, ao menos sei que ela gosta de mim. 

P.O.V. Heaven.

Eu vi e ouvi o corvo. Não. Não. Eu não vou matar o Connor.

Voltei ao apartamento da agente Roth e esvaziei todas as bolsas de sangue da geladeira. As bolsas vazias ao meu redor e eu estava chorando compiedosamente.

—Heaven! O que aconteceu?

—Eu podia ter machucado ele. Eu podia ter matado ele. Eu queria matar ele. Mais um segundo e teria matado ele.

—Do que está falando Heaven? É do cara que manda as mensagens?

—O nome dele é Connor. Eu nunca me perdoaria se eu ferisse o Connor ou pior. E nunca para um vampiro... é um tempo longo demais. Eu sempre vou ter dezesseis anos, Mack. Para sempre! E mesmo com a revelação, com o fato que temos direitos agora... isso não torna melhor. Nunca serei completamente adulta. Vou ser um adulta presa no corpo duma garota de dezesseis anos.

—Eu posso imaginar como é.

—Não. Não pode. A ideia de eternidade lhe parece ótima até você perceber que vai passá-la sozinha. Vendo as pessoas que ama envelhecerem e morrerem, tendo que ser uma adulta com corpo de adolescente. Tendo que viver com a ânsia por sangue, lutar contra o impulso de matar. Lidar com as emoções ampliadas.

—Heaven... você tem um dom incrível.

—Um dom?! Ter que beber sangue humano para sobreviver centenas, milhares de anos, vendo as pessoas envelhecerem e morrerem, vendo o mundo mudar e ficar para trás, o mundo muda, mas nós não. Nós permanecemos iguais. Imutáveis, como estátuas vivas. Minha bisavó criou isso. E Iyanna estava certa. Isso é uma praga! Eu pensei que finalmente eu poderia me arriscar e encontrar alguém... mas, é uma droga.

—Heaven, você precisa aprender a me controlar.

—Estou cansada de me controlar!

O apartamento chacoalhou.

—A solidão é esmagadora! A fúria é como fogo queimando dentro de mim! Eu quero matar alguém!

P.O.V. Mack.

Ela gritou e chorou e o meu apartamento ficou revirado. A quantidade massiva de energia que ela liberou foi como um tornado.

E no meio da noite eu acordei com ela na minha frente.

—Heaven.

—É como você sabia. Sabia antes do segredo ser revelado. Seu marido e a sua filha. O vampiro os matou.

—Volte para sua cama Heaven.

—Não precisa apontar uma arma pra mim. Não precisa dormir com a arma embaixo do travesseiro, Mack. Sinto muito pela sua família e por ter surtado. Lamento que assustei você. Só estou... cansada de estar solitária, minha irmã está no Canadá, minha mãe está na Coréia e ainda assim... eu não tenho ninguém. Podia ter sido honesta comigo. Pensei que éramos amigas.

Ela saiu. E da sala, mas olhou pela janela.

—Jered.


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