Abismo de Rosas escrita por Sayuri


Capítulo 7
A Nobreza de um coração


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^



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Ao chegar no alto da campina Sakura pediu para a carruagem parar.— Vou andando daqui, pode fazer a gentileza de deixar minha bagagem na casa?—Tem certeza miss? E uma longa caminhada. Falou o cocheiro.

— Sim, já estou em casa, e a minha caminhada favorita. Sorriu, e a carruagem partiu,  ela respirou fundo, e começou a caminhar, mais alguns passos e já pode avistar o grande castelo ao longe, sorriu com a visão, ela caminhou devagar aproveitando cada instante, já estava próxima, quando viu Sasuke sentado  em baixo daquela mesma arvore em que confidenciou a origem de Adele para ela, ela tenta fingir que não o viu, mas sem sucesso.

— Ai esta você, voltou! Criatura ingrata. Disse em tom descontraído. – Lhe dei permissão para fica uma semana, ficou quase três. Sakura esboça um sorriso brincalhão, Sasuke vai em sua direção estendendo mão. –Quero que devolva meu dinheiro, já que pensou tão pouco em mim. Agora próximo a ela.

— Eu disse que ficaria fora tanto tempo quanto precisasse. Sentiu-se casa. –E precisaram, e você ainda me deve uma parte do meu salario.

Sasuke ilumina seu rosto e ele sorri de forma franca. – Vamos vou leva-la para casa, Adele gritara mil vezes “Bienvenue. Ele caminha a sua frente, mas Sakura fica parada.

— Obrigada Senhor, pela sua grande gentileza. Ela fala se recompondo.

Sasuke se vira, percebendo sua mudança.

—Sinto-me estranhamente feliz de estar contigo de novo e onde você estiver será meu lugar, meu verdadeiro lugar. De repente o seu sentimento foi muito maior, Sasuke fica com sua expressão seria, mas leve, ela pensou o caminho todo de sua volta que deveria se desprender desse sentimento, ele já deveria estar noivo da Srta. Jane, ela estava em casa, mas agora não suportava a ideia de sair de ficar longe de Sasuke, de Adele, ela inundada por esses sentimentos ela se vira, Sasuke fica em silencio, ela se recompõe, se vira e sorri novamente.

— Não disse que me levaria para casa. Os dois caminham em silencio até a entrada  principal, Adele a vê de longe, e vem gritando seu nome Sakura sorri, Karin caminha junto com a garota.

— Oh Srta. Sakura, você voltou. Karin a abraça, e logo Adele também o faz, Sakura passa pela sala que esta em grande alvoroço, os convidados estão de partida, uma das senhoras, mãe de Jane exclama. – Até que enfim a preceptora, voltou de sua viajem, não ensina nada a essa menina que a deixe apoiada nos dois pés?   Adele rodopiava com um chapéu na cabeça. -É uma pena que não podemos ficar por mais tempo, mas eu e Jane estaremos ocupadas, com coisas mais importantes, com certeza. Disse sorrindo para Sakura.

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Sakura estava de volta à biblioteca,  pegou o atlas que ela tanto amava,  e começou a folhear, sem perceber que Sasuke  se aproximava dela.

— Ah achei você. Sakura se assusta, e institivamente abraça o livro, Sasuke percebe e fica envergonhado.

— Adele esta na cama? Ele pergunta, Sakura acena que sim com a cabeça. – Voltamos à rotina muito rapidamente, agora que os convidados se foram, tudo voltou a ser como antes, o que é isso? Aponta para o livro e Sakura estende o livro para Sasuke.

— É o livro que eu costumava ler quando criança, meu livro de fuga, eu imaginava que iria a qualquer lugar que quisesse, levei ele comigo para o orfanato.

Sasuke folheia o livro o fecha e entrega a Sakura. – E agora? Sakura sorri.

—Agora acho que se encaixa muito bem aqui. Apontou para o espaço entre os livros na prateleira, e preencheu o espaço com o livro.

—Bem agora Srta. Haruno, veremos algumas libélulas se tivermos sorte, alguma vez lhe contei a minha viagem pela montanha azul da Mongólia? Sakura o segue saindo da sala. – Você poderia me contar sobre suas viagens pelo escuro e sombrio bosque de suas lembranças infantis.

Eles passaram um longo tempo caminhando, Sakura lhe contava tudo que passou, Sasuke indagava com desprezo.

—Então a prima egoísta e vaidosa  Megumi,  encontrou um pretendente logo depois do funeral de sua tia. Sakura ri. – É o que parece, e Misao foi para um convento francês, pra nunca voltar ao campo dos prazeres.

— Então voltou para aquela casa, pra encontrar uma velha arrependida ou atrevida, ou pelo menos feliz por ver Sakura Haruno. Ele para na frente de Sakura, uma distancia curta separava seus rostos. – E ainda assim Sakura Haruno não parece aborrecida, por não ter uma família, ninguém no mundo exceto nesta casa, que a deseje bem. Sakura quebra o olhar e exclama.

—Não, Não tenho a família que você fala, mas ouvi que esta fazendo planos para si mesmo, suponho que a partida da Srta. Jane dessa casa seja temporária. Ela caminha a frente e Sasuke nada diz e parece desconfortável. – Quero dizer, como preceptora de Adele é minha obrigação procurar uma escola adequada. Sem olhar para Sakura ele diz.

— Sim... Não tenha duvida que quando renunciar minha solteirice devemos encontrar-lhe um bom emprego. Ele olha nos olhos de Sakura que os mantem firme, um silencio  emana dos dois ele conclui. – Mas não devemos pensar nisso agora, não por um tempo, olhe veja  as asas verde esmeralda. Ele aponta para uma libélula.

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Sakura estava ensinando Adele, ambas  ouviram uma carruagem, Adele levanta e olha pela janela. – Oh Miss uma bela carruagem.  Sakura olha pela janela e vê uma bela carruagem branca, cavalos brancos, Adele corre para ver de perto, a tarde Sakura esta no jardim com Adele,  Sasuke se junta a elas e abre um livro sua protegida logo levanta.

— Sr. Uchiha, por favor, quero que me fale outra vez do Caribe. Ela se coloca na frente de Sasuke  que com um meio sorriso fecha o livro. – Esta bem. Ele fala vencido, Adele se senta a sua frente curiosa.

— Imagine um salão de festas, um lugar de encontros, muita gente importante vai até ali para socializar, imagine tons de vermelho e rosa brilhante, exóticos perfumes de flores, deliciosa musica e as mulheres são claro muito lindas, vestindo sedas. A mente de Sasuke vai para muito longe, ele volta para o dia que mudou sua vida totalmente. – Todas elas cobertas por ambares, safiras, esmeraldas são sedutoras e misteriosas, cativantes e perigosas. Ele volta de seu devaneio olha para a torre, Adele sorri fascinada.

— O que aconteceu? Ela pergunta, ele olha para Sakura, que parecia distraída e de forma áspera ele responde.

— Nada, não me perturbe mais com isso. Adele entristece e abaixa a cabeça, Sakura olha com reprovação para Sasuke, ele se sente mal pela forma que falou com a menina, respira fundo e ameniza a sua voz. – O Caribe não é tão bonito quanto parece, Adele, eu voltei aqui para escapar. Ele afaga a cabeça da menina e volta a ler, Adele aborrecida se levanta e sai do jardim, Sakura foi atrás dela o deixando no jardim, a garota ficou no seu quarto.

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— O verão esta  durando muito esse ano, não me lembro de quando durou tanto e o Sr. Uchiha permanece aqui com ele, nunca ficou tanto tempo. Falava Karin para Sakura. – Encontrou algo que o separou de suas viagens, mas acho que houve um certo desentendimento.

— Verdade? Disse Sakura.

— Srta. Jane não esta muito longe, não para um pretendente, ainda assim não sai a cavalo, passa as tardes conversando contigo, claro tem que se preocupar com os assuntos da casa.

— Do que se refere?  Sakura a interrompe.

— Bom se quer encontrar-lhe um emprego aceitável, para depois do casamento. Sakura empalideceu recusava-se a pensar nisso. – Tenho certeza que ele cuidara disso, lhe disse que ele é um bom mestre. Ela sorri e sai, Sakura decidiu caminhar precisava de um bom ar, precisava aceitar seu destino,  ela sentou em baixo de uma arvore, o som do lago e o vento passando pela arvore a fizeram adormecer, se passaram cerca de uma hora quando finalmente ela abriu os olhos, ficou um pouco desnorteada e assustou-se ao perceber que Sasuke estava ao seu lado.

— Senhor, desculpe. Ela corou.

— O tempo é agradável no verão não é Sakura?

— Sim, senhor. Disse sorrindo.

— Tornou-se apegada a esse lugar?

— Sim, senhor. Ela falou olhando para o casarão.

— Ficara triste em partir? Ele falava sem olhar diretamente para Sakura, ela respirou fundo o pequeno sorriso sumiu, seus olhos verdes cristalinos, dominaram seu rosto, e segurando um soluço relutantemente respondeu. – Sim. O silencio se estabeleceu, Sakura conformada.

— Devo partir da sua casa, senhor?

— Sim, sinto muito, mas temo que sim. Falou tão rápido como se também engolisse um soluço a força.

—Vai se casar? Mesmo que a pergunta lhe dilacera-se ela tinha o direito de saber.

Sasuke não olhava mais para Sakura. – Exatamente, como você mesmo previu, com a sua habitual perspicácia, quando eu me casar... Adele devera ir a uma escola, e você deve encontrar um novo emprego.

— Sim, vou colocar um anúncio imediatamente. Cada palavra anunciava sua dor.

— Não, não vai, já encontrei um posto para você.

— A Irlanda é muito longe senhor. Ela respirava tentando ao máximo retrair suas lagrimas. – É muito longe dessa casa, é muito longe do senhor. Ela se levanta esconde o rosto, Sasuke se aproxima dela, mas eles não se encaram, ele suspira.

—Temos sidos bons amigos não é Sakura? Ela nada diz. – É difícil se separar de um amigo sabendo que não voltara a vê-lo, eu e você, somos unidos por um laço de outro mundo, compartilhando o mesmo espirito, nos parecemos tanto, quando nos separarmos , quando você me deixar, esse laço se quebrara e sangrarei por dentro, mas me esquecera em pouco tempo. As lagrimas já molhavam o rosto de Sakura.

— Eu nunca o esquecerei. Ela agora olha diretamente para ele. – Como pode pensar isso? O que acha que eu sou? Quem me dera não ter nascido, quem me dera nunca ter vindo aqui, quem me dera nunca ter amado essa casa. Ela já não tinha controle sobre suas emoções. – Eu amo essa casa, amo por que vivi aqui uma vida plena, não me humilharam, fui tratada como igual, você é a melhor pessoa que eu conheci, e eu não suporto a ideia de ter que deixa-lo.

— Terá que me deixar? 

— É claro você terá uma esposa.

— O que quer dizer?

— Miss Jane é claro. Ela disse transtornada. – Vai se casar com ela, você prometeu.

— Não prometi nada a ela. As vozes se tornavam alteradas agora.

— Alguém que é inferior a você, alguém com quem não simpatiza, claro que devo partir, acha que sou uma maquina? Que posso aguentar? Só por que sou pobre obscura e pequena não tenho coração? Que não tenho alma? Tenho tanto coração... E se Deus tivesse me dado um pouco de riqueza, faria com que fosse tão difícil para você me deixar, como é para eu deixa-lo agora.

Sasuke vai em sua direção a segura pelos ombros. – Não vai me deixar Sakura.

— Solte-me. Ela tentar lutar, ele a abraça.

— Sakura, Sakura não lute. Ele a envolve em seus braços.

— Me deixe ir, sou um ser livre vou aonde quiser. Ela tenta se desvencilhar.

—Sim, sim você é, decidira seu próprio destino. Sakura o olha nos olhos.

— Sakura eu te ofereço o meu coração, a minha casa que tanto ama, e tudo que eu possuo. Sasuke finalmente se entregou a seus sentimentos mesmo sabendo que pode ferir Sakura.

— Esta zombando de mim, me solte.

— Não eu não vou soltar, Sakura quero que viva comigo, que viva comigo como meu segundo eu. O Olhar de Sasuke suplicava para Sakura. – Minha melhor companhia na terra, Sakura não tem fé em mim?

Seus olhos verdes se espantaram. – Não em absoluto.

—Não acredita em mim?

— Não seria possível.

— Sakura sabe que não amo Jane, eu te amo como minha própria carne, diga que se casara comigo, diga rápido.

Sakura olha em seus olhos a boca tremula. – Você fala serio? Eu não posso acreditar.

— Eu juro. Sua voz rouca, sai como a ultima suplica.

Sakura luta contra um sorriso. – Então, senhor...

—Diga meu nome, diga Sasuke.

Sakura sorri. –Então Sasuke, me casarei com você. Sasuke imediatamente a beija, um beijo longo, carregado de sentimento, ele a abraça ela repousa sua cabeça em seu peito, ele suspira, olha para o céu e pensa “Que Deus me perdoe”.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima fiquem em casa lavem as mãos ^^



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