Como Estrelas no Meu Coração escrita por PepitaPocket


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ola, sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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Abarai andava pelos corredores pisando duro, jurando solenemente que um dia iria varrer o chão com Kuchiki Byakuya e sua arrogância.

Zabimaru fazia questão de alertá-lo que aquilo seria impossível, massacrando seu ego, instantes depois, mas sua raiva era tanta, que ele não se importava nem um pouco em se arriscar para atingir seu objetivo.

Isso porque o Kuchiki parecia estranhamente determinado em infernizá-lo.

Primeiro ele o fizera revisar e corrigir todos os relatórios que ele havia errado naquele mês, e eram quase trezentos, depois o mandara para a quarta divisão, negociar o custo do atendimento dos oficiais feridos em missões, e o orçamento dado por Kuchiki certamente não agradaria nem um pouco Unohana-taichou, e seria ele que teria de lidar com aquela filha do demônio. Aquilo era covardia, demais.

Abarai só parara de pisar duro e bufar, quando esbarrara em alguém que aparecera no seu caminho como uma pedra que ele desejara muito chutar, mas bloqueara sua intenção quando deparara-se com os olhos castanhos mais doces que vira na vida.

— Boa tarde, Abarai-kun! – Momo dissera-lhe fazendo uma reverencia educada.

O homem enrubescera de imediato, mas retribuíra o cumprimento.

— Boa tarde, Momo-chan. – Abarai dissera coçando a bochecha, Hinamori por sua vez, também corou.

 _ Hm. Muito trabalho? – A jovem perguntou, lançando mão de um dos assuntos mais corriqueiros, usado para puxar conversa.

— Hai. – Abarai falara com uma nuvem negra sobre sua cabeça, e a fukataichou ficou na dúvida se foi uma boa ideia, tratar daquele tópico com Abarai.

— Então vou deixá-lo com seus afazeres... – A jovem murmurou gentilmente. – Até mais ver, Abarai-kun! – Ela dissera fazendo um aceno, com uma expressão tristonha que não passou despercebida pelo ruivo.

— Ei, espere, Momo-chan... – O braço direito de Byakuya dissera sentindo-se mal pelo modo que tratou a garota, mesmo que tenha sido sem querer.

— Que tal sairmos para tomar uma bebida, depois do trabalho? – O rapaz falou tropeçando nas palavras, o que tornou o rosto de Momo uma massa vermelho-escarlate.

— Er... Quer dizer não como um encontro... Argh... Digo, como amigos... Nakamas... – Abarai enrolava-se, mais e mais com as palavras.

— Eu aceito. – Para seu alívio e o da própria Momo, ela acabara logo com aquele martírio.

— Certo, estarei livre pelas oito... Pode ser? – Abarai perguntou e a jovem fizera um aceno afirmativo com a cabeça.

Sem que eles se dessem por conta seus dedos acabaram entrelaçando-se.

— Já pode soltar minha mão, Abarai-kun... – Momo murmurara com um sorriso meigo, o que deixara Abarai trêmulo de constrangimento.

— Hai, Gomensai... – Dessa vez Hinamori lhe dera um aceno de até logo, a diferença é que ela tinha um sorriso em seu lindo rosto.

...

— É UM ENCONTRO! – Hinamori teve vontade de amarrar uma fita larga na boca da loira, que ficara tão eufórica que até parecia que o babado era com ela.

— Não, Matsumoto-san... – Hinamori apressara-se em dizer vermelha como um tomate. – É só uma saída de dois colegas, para jogar conversa depois do expediente... – Hinamori defendeu-se com o argumento que podia.

— Se fosse isso, ele teria convidado a mim... Ele teria convidado o Kira ou a Rukia... – A menção do nome da Kuchiki acabara deixando Hinamori cabisbaixa.

Na época da academia ela chegou a sentir-se fortemente atraída por Abarai. Mas, quando percebeu o jeito que ele ficava em torno da Kuchiki-san, Hinamori resignou-se em suplantar esse velho sentimento.

Depois ela ficara tão obcecada por Aizen, que parara de perceber as coisas e as pessoas aos seu redor. Tobiume diria que isso era um começo... E ela era forçada a concordar.

— Acalme-se, como eu disse... É com você que ele quer sair. – Matsumoto insistira naquilo e uma pequeníssima parte dela, animou-se com a remota possibilidade de Renji olhá-la com outros olhos.

...

— NANI? – Ele sempre soube que Hisagi e Kira eram dois idiotas, mas vê-los encarando-os daquele jeito, era um tantinho frustrante.

— Eu e Hinamori vamos tomar uma bebida daqui a pouco. – Abarai dissera numa posição garbosa.

— E, por que motivo vocês vão fazer? – Kira questionara aquilo com aquele semblante sombrio e o efeito em Abarai não foi dos melhores.

— Porque somos colegas... – Abarai defendeu-se cheio de raivinha.

— Ah, se é só isso, eu poço ir com vocês... – Hisagi dissera distraído, mas acabara levando uma cotovelada de Kira.

— Cara, é por isso que vocês não sai da friendzone com a Matsumoto... – Abarai dissera um tantinho maldoso.

E Hisagi quase virara gelatina, ficando ainda mais depressivo que Kira.

— Hum, bom... Só nos resta lhe desejar boa sorte, meu amigo... – Kira dissera com um sorriso gentil.

— É só um encontro de amigos... – Abarai dissera dando um aceno para aqueles dois, não queria chegar atrasado, e com isso causar uma má impressão em Hinamori.

...

Hinamori olhava fixamente para o chão, não deveria ter ouvido os conselhos de Matsumoto e aceitado usar aquele quimono branco com flores vermelhas, que segundo Orihime contrastava com sua pele, clara.

Abarai quase se engasgou quando viu Hinamori tão linda dentro daquele quimono, seus cabelos soltos e aquele jeito todo tímido e meigo dela, que lhe dava

vontade de apertar.

Sentiu-se um idiota, por não ter usado nada melhor para a ocasião, na verdade ficara jogando conversa fora com Hisagi e Kira e nem fora em casa tomar banho ou trocar de roupa.

Para Hinamori, isto foi um tantinho decepcionante.

“Não deveria ter dado ouvidos a Matsumoto e suas loucas ideias”. – A amiga de infância do Hitsugaya, ralhara consigo mesma.

— Boa noite, Hina-chan. – Abarai dissera constrangido pelo papelão que ele estava fazendo. – Você está lindo, pena que eu não esteja a sua altura hoje. – Ele falara tentando o seu melhor sorriso.

E foi como se o gelo da insegurança em seu coração, começasse a derreter com aquele lindo sorriso.

— Não, tudo bem... Eu consegui encerrar mais cedo, diferente de você, eu suponho... – A garota dissera tão baixo que Renji tivera de fazer um esforço extra para escutá-la.

— Definitivamente, não. – Renji agarrara-se aquela desculpa esfarrapada. Ele tinha consciência que mesmo Byakuya sendo um carrasco, ele sabia como driblar o Kuchiki quando queria ou quando convinha.

— Vamos? – A menina apressara-se em puxá-lo pela mão, porque ficou com receio que ele desistisse de sair, e ela não queria que isso acontecesse de jeito nenhum.

...

Abarai de início ficara surpreso pela ousadia de Momo, mas acabara dando um sorriso singelo para a garota ao notar o quanto ela havia crescido.

Geralmente, mulheres tímidas e pouco convincentes como Momo, não faziam sua cabeça. Ele gostava de mulheres mais extrovertidas como Matsumoto ou com a personalidade forte como Rukia.

Mas, a quem ele queria enganar? Momo sempre foi uma grande exceção. Ela sempre mexeu com ele, e a única razão de ele não ter tentado nada é porque ele sempre teve obcecado demais por Rukia, para levar outras garotas a sério.

Ele havia tido suas aventuras, e nenhuma deles acabou bem. Portanto, Momo seria o único coração no mundo que ele não gostaria de quebrar.

— Onde vamos? – A jovem perguntara fazendo menção de soltar sua mão, mas Abarai a mantivera bem juntinha da sua.

Momo avermelhou as bochechas ao notar isso, seu cor------------------------------ação tamborilava tanto que ela conseguia escutar sua pulsação tamborilando em seus ouvidos.

— Eu conheço uma barraca ótima que vende dangos ótimos... – Abarai dissera com timidez. Não estava em posição financeira de oferecer um passeio caro para Hinamori.

— Parece ótimo... – No entanto, Hinamori o brindou com o seu mais lindo sorriso.

...

Uma vez que compraram seus doces, os dois sentaram-se num baco que não ficava longe do local de sua compra.

Renji esperara a garota dar uma mordida em seu petisco, e se sentiu satisfeito ao ver suas bochechas encherem-se.

— Que tal? – Abarai perguntou mordendo seu doce, fazendo com que Momo ficasse embevecida por aquela visão.

— Muito bom. – Momo dissera timidamente. Mordera seus lábios para não dizer algo que fosse muito comprometedor.

— Momo... – As mãos do garoto deslizaram pelas de Momo, mais uma vez.

— Abarai-kun... Não quero que se sinta forçado a nada... Quer dizer, é só um encontro de amigos, e... – Abarai a calara com o indicador.

— Deixe-me, observá-la só um pouquinho... – Ele disse encarando-a fixamente. – E pensar que uma garota linda com você, iria perder seu precioso tempo se arrumando todinha só para me encontrar... – Abarai dissera sonhador, o que fizera que mais uma vez o rosto de sua parceira se tornasse escarlate.

— Abarai-kun, você diz cada coisa... – Momo dissera sem folego.

— Gomensai, acho que estou sendo um tanto convencido... – Logo, a postura sensual de Renji se desfizera no velho Abarai, atrapalhado e desajeitado de sempre. E a combinação daquelas duas partes dele, era perfeita aos olhos de Momo.

— Er... Talvez, eu tenha me arrumado só um pouquinho... – Hinamori coçara a bochecha, lutando com a própria timidez. – Na esperança de você me notar.

Abarai ia dar uma mordida para finalizar aquele dango, mas hesitara pego desprevenido pelas palavras de Hinamori.

Mas, com medo de dizer alguma idiotice, ele decidira comer só mais um pouquinho para poder assimilar o que ela disse e pensar no que iria dizer.

Sua reação deixara, a garota insegura.

“Talvez, ele não tenha escutado, ou talvez não se importe”.

...

Depois disso os dois decidiram sair para dar uma caminhada, era uma noite linda e estrelada, como a muito tempo não se via, na Soul Society.

Renji ficara embevecido pela expressão da garota, enquanto olhava o céu. Seus olhos eram tão pueris que ele conseguia ver estampado o brilho do céu em seus olhos.

— Momo...

— Não se sinta forçado a dizer nada... – A garota dissera baixando os olhos. – É só um encontro entre amigos e...

A garota calara-se quando sentira as mãos de Abarai pesando em seus ombros e seus lábios grudados aos seus. Ele deve ter usado todo seu treinamento sobre-humano para ter conseguindo se aproximar tão rápido.

Depois que conseguiu processar isso, tudo que Momo fizera fora envolver as mãos em torno do pescoço de Renji, e sentir o gosto de seus lábios, agradecendo aos céus suas pernas não terem virado gelatina.

— Gomensai... Era para ser uma saída de amigos, mas eu não a vejo como uma amiga e sim como uma garota que eu sempre gostei, mas que nunca pude chegar aos pés... – Abarai dissera atrapalhando-se com as palavras.

E, por um instante ele achara que ele tinha escolhido muito mal as palavras, porque Hinamori começou a chorar.

Mas, a verdade é que ela estava profundamente emocionada. Porque ela se sentiu sempre, exatamente da mesma maneira.

O cara alto, forte, sempre no centro das atenções... Ela a baixinha, nerd, tímida demais para ser notada... É, um filme passava pela sua cabeça e começara com um esbarrão nos corredores da academia. Os primeiros dias de aula estavam sendo opressivos de tão assustadores, para Hinamori, mas por um motivo que ela não teve como explicar, naquele dia... O sorriso de Abarai, mudara tudo...

Ela gostaria de ter lhe dito tudo isso, mas novamente eles se beijaram, com mais ansiedade, pela oportunidade inesperada que a vida colocava em suas mãos.

Interromperam o beijo apenas quando já não havia mais ar em seus pulmões.

— O que foi? – Hinamori perguntou sentindo-o encostar sua testa na sua.

— Acho que é isso que chamam de “sentir borboletas no estômago” ... – Ele disse dando uma risada abafada.

Hinamori, por sua vez enlaçara sua cintura, surpreendendo-o pela proximidade.

— Eu diria diferente, Abarai-kun... – Hinamori dissera baixando os olhos. O rapaz enlaçara sua cintura, tomando cuidado onde estava colocando a mão, não queria que ela achasse que ele era um pervertido abusado.

Com o rosto encostado em seu peito, ela inspirara e expirara, extraindo dali a coragem necessária para dizer o que pretendia.

— Eu diria que é... Como ter estrelas no Meu Coração!— Ela dissera com os olhos marejados, emocionada por depois da escuridão, enfim ela estar vendo um fio de esperança no fim do túnel.

— E, eu diria que essas estrelas irão brilhar a partir de hoje... – Abarai dissera com a voz baixa e sexy, mas seu sorriso matreiro estava lá... E, Momo mais uma vez sentir seu coração sobressaltar-se, ao mesmo tempo que seus lábios foram ao encontro deles mais uma vez, e assim sucessivamente...

Afinal, era apenas uma saída de amigos, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.



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