Chris – E voltamos, com mais esta berlinda. Bertha, Fernando, vocês se aproximaram muito um do outro, o que aconteceu que fez com que os dois estivessem aqui, agora, na berlinda? 

Fernando – Ela não confiou em mim, não votou em quem eu pedi. 

Bertha - Não foi isso que aconteceu, Ruy sempre foi meu voto, nós dois prometemos mandá-lo para a berlinda. Eu segui conforme o prometido. E sabe, mesmo depois de toda essa história, eu ainda confio em você. 

Fernando – Ah! *Suspirou* Desculpe ter tentado perder o desafio de propósito, enquanto você se esforçava para nos dar a vitória a cada desafio. 

Bertha – Sabe, eu espero que possamos continuar sendo amigos lá fora.  

Fernando - *Sorriu* É claro que sim, acha que eu te deixaria em paz?! 

Os dois riram. Logo após, ambos se envolveram em um abraço. 

Bertha – Se eu tiver que sair, fico feliz que seja para você. 

Fernando – Eu também. 

Chris – Linda declaração dos dois, quase vomitei de tanto drama, mas de qualquer forma, linda. E que bom que fizeram as pazes,por que agora irei anunciar o resultado, e vocês irão se separar. Quem continua na disputa, e em busca do prêmio de R$ 4 Milhões é você... 

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Fernando respira fundo. 

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Bertha fecha os olhos. 

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Chris encara os dois. 

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Chris – BERTHA!  

Bertha sorri, e abraça novamente o desenhista.  

Bertha - Você vai ter muito sucesso lá fora. 

Fernando – Eu estarei torcendo por você. 

Chris – Meus parabéns, Bertha, por vencer a primeira berlinda. Agora, pode voltar para a sua equipe. 

Bertha assente, correndo em direção à escada. 

Chris – Fernando, a tirolesa o espera. 

Fernando – Espera! Eu esqueci de avisar para ela sobre a Jéssica. *Ele corre em direção à escada* BERTHA, CUIDADO COM A JÉSSICA, ELA NÃO É QUEM DIZ SER. 

Ele não obteve resposta. 

Fernando – Acha que ela ouviu?! 

Chris deu de ombros. Fernando colocou o capacete e se prendeu à tirolesa. 

Fox – Espera! *Ele chegou correndo* 

Fernando – Fox?! 

Fox - Não podia deixar você ir embora, sem lhe dar isso antes. *Ele se aproxima o rapaz e lhe dá um beijo* Obrigado por tudo o que fez por mim.  

Fernando sorriu. 

Fernando – Caramba, essa eliminação está melhor do que eu imaginava.  

Fox – Me espera lá fora, tudo bem? 

Fernando – Claro!  

Chris - Está tudo muito lindo, mas também muito demorado. Será que dá pra adiantar, eu ainda tenho meu banho da beleza. 

Fernando revira os olhos. Ele pula na tirolesa e desce pelo meio das montanhas.  

Chris – E mais um nos deixou. Como será que a equipe dos Micos recebeu a Bertha de volta?! Vamos conferir. 

Bertha chegou ao acampamento de sua equipe, correndo. Ken e Jéssica foram os únicos que foram cumprimentá-la.  

Jéssica - Parabéns, minha amiga. *Abraçou a garota* Eu sabia que você voltaria.  

Bertha – Depois nós vamos conversar.  

Jéssica - É claro. *Sorriu* 

Chris – O que será que vai acontecer, hein?! Vamos descobrir no próximo... DRAMA... TOTAL... A CORRIDA AMAZÔNICA!!!! 

Fox - Você gritou no meu ouvido. 

Chris - *Fitou o garoto* Você ainda está aqui? 

Bertha – Continua com 95.5% dos votos 

Fernando – Eliminado com 4.5% dos votos 

... 

Chris – Anteriormente em Drama Total – A Corrida Amazônica, nossos quinze participantes foram desafiados em um jogo de conhecimentos gerais, em cima de um cisne, no rio Amazonas. Os Micos teriam vencido, talvez, se não fosse por Giselle, que trouxe a derrota para a equipe. Em uma das armações da Jéssica, ela revelou para todos que Fernando havia tentado dar a vitória para Fox, das Araras, convencendo-o de que o fotógrafo apenas o estava usando, o que causou um certo clima entre eles. No fim, os pombinhos conversaram e chegaram à conclusão de que Jéssica não é tão boa quanto aparenta. A atriz, ainda, conseguiu decidir os votos de todos, ao combinar com Bertha, de votar no Ruy, algo que obviamente, ela não cumpriu. O desenhista acabou sendo eliminado, deixando apenas seis participantes na equipe dos Micos. Qual equipe se dará bem hoje?! E quem será o próximo eliminado?! Descubra neste emocionante episódio de... DRAMA... TOTAL... A CORRIDA AMAZÔNICA!!! 

*Abertura* 

Ruby saltitava, cantarolando. Blair, debaixo da sombra da árvore, escrevia seu roteiro. 

Blair – Uau, está bem contente hoje, Ruby. 

Ruby – Oh, Blair! O meu encontro com o Hank ontem à noite foi tão mágico. *Seus olhos brilharam* Primeiro nós jantamos e depois ficamos vendo o luar, foi tão romântico! 

Blair – Fico feliz que vocês estejam se dando bem.  

Ruby – Muito mais do que bem. Quando você e o Brady se assumirem, nós podemos fazer um encontro de casais. 

As bochechas de Blair ficaram vermelhas. 

Blair – Ah, bem, é, o Brady e eu... Hum.. É embaraçoso... 

Ruby – Ah, não se preocupe. Eu tive uma quedinha por ele no começo do programa, mas já passou. Não vai ficar estranho. 

Blair - É, tenho certeza que não. *Ela se levantou* Bom, eu tenho que ir, hoje é meu dia de cuidar do Zé, e... 

Ruby - Não se preocupe, eu já fiz isso. 

Blair – O-O quê?! Mas era meu dia... 

Ruby – Eu não importo de cuidar daquela coisinha fofa, nós nos damos super bem. 

Blair – Fofa? Ele não atacou o Shomari uma vez? 

Ruby – Bom, ele também tem seus dias. O importante é que minha vida está maravilhosa, nada pode estragar isso. *Sorriu* 

Blair – Fico feliz em te ver assim. Nos vemos mais tarde, então. 

A cantora assentiu. Blair caminhou de volta para seu acampamento, quando se deparou com um rapaz escondido atrás dos arbustos. Ela chegou por trás, cutucando-o. 

Blair – Com licença. 

Ele levantou-se e se pôs em posição de combate, apontando a lança para ela. 

Blair – Calma, calma, eu não quero te fazer mal.  

Curupira – Hum... *Encarou-a* O que você quer? 

Blair – Er... O que VOCÊ quer, né?! *Forçou um sorriso* Está na porta do acampamento da minha equipe. 

Curupira – Estou procurando alguém, uma garota, do perfume doce. Não tão alta, cabelos compridos e uma boca vermelho veludo, com alma de onça pintada. 

Blair - Onça? Isso me lembrou a Thiara.  

Curupira – Isso! Ela se encontra? 

Blair – Eu vou dar uma olhada... *Ela passou um pouco do rapaz* Fica aí. 

Blair entrou em uma das cabanas. Thiara dormia em seu saco de dormir, a roteirista a balançou para acordá-la. 

Blair – Thiara... Thiara... 

Thiara - Não me acorde antes das 10h.

Blair - É meio difícil, não temos noção de horário. *Sorriu* Exceto o Hank, ele obviamente sabe que horas são agora. 

Thiara não respondeu. 

Blair – Tem um rapaz lá fora, está procurando por você. 

Thiara – Mande voltar mais tarde.  

Blair – Ele é pálido, dos cabelos cacheados e avermelhados, lindos olhos e tenho quase certeza que os pés são virados para trás. 

Thiara levantou-se, retirando a sua máscara de dormir.  

Thiara – O Curupira está aí?! 

Blair – Se for ele, então sim. Digo para voltar mais tarde? 

Thiara - Não. Diga para esperar, que eu já vou. *Ela se levantou, pegando a sua maleta de maquiagens* 

Blair – Tem certeza? 

Thiara – Sim, claro. Diga que em cinco minutos eu estou pronta. 

Blair deu de ombros. 

>>Confessionário 

Thiara – O que será que ele quer comigo? Será que veio atrás daquela caixinha de música, por que eu a perdi depois que a Cuca pegou.   

Thiara caminhou em direção ao Curupira. 

Thiara – Cheguei.  

Curupira - Você disse cinco minutos, mas... O perfume está muito bom. 

Thiara sorriu. 

Thiara – Olha, infelizmente não vou conseguir cumprir minha parte do trato, por que a caixinha não está mais comigo. Então, se foi pra isso que você veio... 

Curupira – Ah, não. Eu estou procurando por ela, mas... Só passei aqui para te ver... Senti saudades. *Sorriu* Pensei que, talvez, se você não fosse fazer nada, nós podíamos passear pela floresta. O que acha? 

Thiara - Você vem até aqui, a essa hora da manhã, me chamar para caminhar pelo meio do mato? É que assim, eu adoro a natureza, mas definitivamente, sou da cidade.  

Curupira – Tem um riacho bonito perto da montanha alta, é meio escondido, muita gente não o conhece. Até por que, eu nunca deixei nenhum humano ir até lá, você seria a primeira. 

Thiara - Então, parece interessante, mas não quero molhar meu cabelo. *Ela passou por ele, fazendo-o virar o rosto* 

Curupira – Ah, entendi! Está se fazendo de difícil. Então quer dizer que a onça é indomável? *Ele se aproximou dela* 

Thiara – E muito feroz. Mas tudo bem, eu aceito seu convite. Agora, se me der licença, tenho outros afazeres para fazer. Até mais tarde. *Ela deu as costas e saiu do local, sendo admirada pelo rapaz* 

... 

Emmett engole os comprimidos de uma vez. Em seguida, guarda a caixinha de remédios dentro de seu saco de dormir. Ele sai. Jéssica desce da árvore, assim que não é mais possível vê-lo. 

Jéssica - Te peguei! *Sorri, pegando a caixinha de remédios no local em que ele havia colocado* 

>>Confessionário  

Jéssica - Obrigada Chris, por ter revelado para todos nós que o Emmett escondia um segredo. Eu amo descobrir segredos, assim posso usar contra quem eu quiser. Segui o Emmett a noite passada inteira e até dormi em cima daquela árvore... *Ela sente uma dor nas costas* AI! Mas, o importante é que consegui o que precisava. *Olha para o remédio em sua mão* Então o fuxiqueiro número 1 toma comprimidos para ansiedade e paranóias? E não contou ao querido namoradinho? Poxa, seria uma pena se alguém... *Ela solta uma gargalhada* 

Emmett encontra Ken. 

Ken – Estava te esperando. *Ele dá um selinho no namorado* Está tudo bem? 

Emmett – Claro, por que não?! 

Ken - Você sabe, aquela história que o Chris falou no desafio. Você toma remédios para quê?! 

Emmett sorriu forçadamente. 

Emmett – Ah, você conhece o Chris, ele é brincalhão assim mesmo, adora criar intrigas entre os participantes. Eu até brinquei com ele. 

Ken - Então era mentira? *Cerra os olhos* 

Emmett – Sim, era sim. Bom, melhor irmos, não queremos perder o café da manhã, certo? 

Ken – Espera. *Ele segura no braço de Emmett* Se tivesse alguma coisa, você me contaria, certo? 

O polonês encara o cuidador de crianças. 

Emmett – Obviamente. 

Ken – Ufa, me sinto bem melhor agora. *Sorri, caminhando* Você não vem?!  

Emmett – Aham... *Ele engole em seco, seguindo o rapaz* 

>>Confessionário 

Emmett – Ah, cara! Por que o Chris tinha que dizer aquelas coisas?! Eu não queria mentir para o Ken, mas eu não quero que ele se preocupe comigo, eu estou bem. Contanto que eu continue tomando meus remédios, tudo estará tranquilo. *Sorriu* 

Ken – Eu fico muito preocupado com o Emmett, lembram-se como ele ficou com toda a história do Kenzinho? Chris, você não pode fazer esse tipo de brincadeiras! 

>>Micos Leões Ferozes 

Jéssica tomava seu café, acompanhada de Giselle e Bertha. 

Giselle - Aí aconteceu o maior barraco. Nós perdemos a eleição, mas ganhamos na discussão, que é essencial.  

Jéssica - Ah tá... Muito interessante suas histórias com o Joseph. *Revira os olhos* 

Bertha – Certo, está na hora de conversarmos. O que aconteceu na votação? Você não iria votar no Ruy? 

Jéssica - Ah, você nem sabe o que aconteceu, amiga. Acredita que ele me ameaçou? 

Bertha ergueu uma de suas sobrancelhas. 

Jéssica - Ele descobriu, ouviu quando nós duas combinamos. Disse para eu mudar meu voto para você, mas eu não consegui e tive que votar no Fernando. Fiquei com tanto medo. 

Bertha – Hum... 

Jéssica - Você acredita em mim... *Colocou as mãos nos ombros da garota* Não é? 

Bertha – Eu vou tirar satisfações com o Ruy agora mesmo. *Ela se levantou e saiu* 

Jéssica - Ai, essa é a próxima que temos que nos livrar. Eu não aguento ouvir ela falar. 

Giselle – Nem me fale, essa garota é super exibida e fora de moda. Mas voltando ao que interessa, que sou eu, teve um dia que... 

Ao longe, a atriz viu Fox se aproximando. 

Jéssica - Um pouco de diversão. *Sussurrou para si mesma* Fox! *Acenou* 

Giselle – Mais uma pessoa para ouvir minhas histórias. *Sorriu, batendo palmas* 

 Fox – Olha, Jéssica, não adianta vir falar nada para mim, eu não acredito em você, não depois das coisas que o Fernando me contou. 

Jéssica - Imagina, eu era super amiga do Fernando, ele só teve uma crise por acreditar que você o estava usando, mas eu tentei convencê-lo... 

Fox – Deixa de conversinha, você o chantageou sim, não chantageou? 

Jéssica - Eu seria incapaz de fazer uma coisa dessas. É contra minha crença. 

Fox – PARA DE MENTIR! 

Jéssica - Ah, Fox... Você não quer se juntar a nós?! Senta aí, come alguma coisa, a fome deixa as pessoas irritadas. *Ela olhou para a Giselle* Vai procurar a Kirby, não a vi hoje ainda. 

Giselle assentiu e levantou-se lentamente. Logo após, ela deixou o local. 

Jéssica - Sabe, eu gosto de você, Fox. Você é inteligente, estrategista, eu acho que nós dois seríamos melhor se estivéssemos juntos, ao invés de um contra o outro.  

Fox – Eu nunca me uniria com você, por que eu tenho pessoas aqui que eu confio. A Ruby, Thiara... 

Jéssica - Cuidado, nós nos decepcionamos com as pessoas que menos suspeitamos. Mas, se você quiser, minha proposta ficará de pé.  

Fox fitou a ruiva e saiu dali, indo em direção à floresta. Jéssica sorriu, continuando a comer sua comida. 

Giselle – AMIGA! *Ela voltou correndo* Ué, já acabou o barraco? 

Jéssica - Que barraco? Não teve barraco nenhum. 

Giselle – Puxa, então eu corri pra nada. Tsc. 

Jéssica - O que você ia me dizer? 

Giselle – A Kirby está no banheiro e quer falar com você. 

Jéssica - E eu preciso ir até o banheiro... Por que... 

Giselle – Eu não sei, fiquei tão curiosa com a briga que esqueci de perguntar. 

Jéssica - Então da próxima vez, tenta ser menos fofoqueira e mais proativa. *Ela levantou-se da mesa* Vou lá ver o que ela quer. 

... 

Bertha rolava pelo chão, seguindo Ruy, que não percebera a presença da garota. 

>>Confessionário 

Bertha – Eu notei que o Ruy sempre some nos mesmos horários, todos os dias. O que ele esconde? 

Ruy olhou para os lados e não viu ninguém. 

Bertha – Hum... Entrando na dispensa? *Sussurrou*O que ele procura lá? 

Ruy pegou um instrumento, sentando em uma pedra de frente ao rio. 

Bertha – Ah! 

>>Confessionário 

Bertha - É um violão! Tenho certeza que ele vai fazer alguma maldade agora. 

Ruy começa a tocar, deixando Bertha perplexa. 

Bertha – ELE TOCA VIOLÃO?! *Ela tampou a própria boca, se abaixando para não ser vista* 

O playboy olhou para trás, mas novamente, não viu ninguém. Ele continuou a tocar.  

Ruy – Olha que coisa mais linda, 

           Mais cheia de graça, 

           É ela a menina, que vem e que passa, 

           Num doce balanço a caminho do mar. 

Bertha - “Não pode ser” pensou “Pra piorar ainda canta bem” 

A garota de cabelos roxos se locomoveu minuciosamente, evitando o máximo de barulho que podia fazer. Enquanto o rapaz cantava e tocava violão, ela se aproximou por trás da rocha. 

Ruy – Ah, se ela soubesse,  

           Que quando ela passa 

           O mundo inteirinho se enche de graça 

           E fica mais lindo por causa do amor. 

Nesse instante, Bertha puxou o pé do garoto, fazendo-o cair da pedra e dá de cara no chão. Ela pegou o violão. 

Ruy - Está louca, garota? *Ele se levantou* 

Bertha – Estou muito mais do que louca, estou surtada. *Ela pegou o violão que estava no chão* 

Ruy – Me devolve o meu violão. 

Bertha – Ah, então é seu?! *Ela sorriu* Que bonitinho.  

Ruy – Eu não estou brincando, me dê. *Ele deu dois passos para frente* 

Bertha – Fique parado aí, ou eu jogo esse violão contra aquela rocha e sobra apenas os pedaços. 

Ruy parou de andar. 

Bertha – Assim está melhor.  

Ruy – O que você quer? 

Bertha – Algumas respostas. *Ela olhou para o violão* Ele é bem bonito e parece ter sido caro. É seu mesmo? 

Ele não respondeu. Bertha ameaçou acertá-lo contra a rocha. 

Ruy – Espera, não faz isso. 

Bertha – Acha que estou brincando?! 

Ruy – Certo, certo, é meu sim. Argh, mais que droga. Eu o trouxe para cá desde o primeiro dia do programa e o venho tocar escondido. 

Bertha – Por quê? Não quer que ninguém saiba que o Ruy toca violão? 

Ruy – Eu serei ridicularizado, pegariam no meu pé o resto da vida. 

Bertha – Deixa de ser tolo, tocar violão e cantar bem não é a sua parte ridícula. Todo o resto sim. 

Ruy arqueou uma de suas sobrancelhas. 

Ruy – Acha mesmo que eu canto bem?! 

As bochechas de Bertha ficaram vermelhas quando ela percebeu o que havia acabado de dizer. 

Bertha - Só em uma parte da música, o resto foi desafinado.   

Ruy riu. 

Ruy - Tá bem, já disse o que queria saber, agora me devolve para que eu o guarde... 

Bertha – Nada disso, eu só estava te testando. Estou pouco me lixando para sua vida. Você ameaçou a Jéssica para ela votar em mim, sim ou não?! 

Ruy – O quê?! Do que está falando? 

Bertha – Sim ou não? 

Ruy - É claro que não. 

Bertha – Hum... Está mentindo? 

Ruy - Não. *Ele suspirou* 

Bertha - Está mentindo agora? 

Ruy colocou a mão na testa. 

Ruy – Bertha, isso está ridículo. Estou dizendo a verdade, eu não ameacei ninguém. 

Bertha – A Jéssica disse que você ameaçou, então ou ela está mentindo, ou você está. 

Ruy encarou a garota. 

Ruy – A Jéssica falou...? 

Bertha – Sim! Então é melhor você esclarecer essa história de uma vez. Foi tudo armação para que o Fernando e eu fossemos para a berlinda, não foi? Não foi? 

Ruy não disse nada, apenas continuou encarando.  

Bertha – Acho que não estou sendo clara o suficiente.  

Bertha deu alguns passos para trás, em direção ao rio. Ela esticou o braço, com o violão em mãos. 

Ruy - Não, não, não. *Ele correu em direção a ela* 

Bertha – Nem mais um passo. *Ameaçou jogar o instrumento no rio* De joelhos. 

Ruy se pôs de joelhos, bem devagarinho. 

Ruy – Bertha, por favor, eu nunca te fiz nada. 

Bertha – Eu não posso afirmar isso, agora responda a minha pergunta. Você armou, sim ou não? 

Ruy – Por favor. 

Bertha – Diga ou eu jogo esse violãozinho para o fundo d’água. SIM ou NÃO?!?! 

Ruy – SIM! Eu assumo, eu armei sim.  

Bertha ergueu o rosto, fitando o rapaz. Rapidamente, ela levantou o violão e jogou-o para trás. Ruy levantou-se e correu, tentando, inutilmente, alcançar o instrumento. O violão caiu na água e afundou, Ruy tropeçou e caiu na beirada do rio. 

Ruy - Não, não!  

Bertha – Ops... *Ela sorriu* Soltei sem querer. 

Ruy olhou para Bertha e se levantou, andando até ela. A menina continuou onde estava. 

Ruy - Você vai me pagar por isso. *Apontou o dedo para ela* 

 Bertha – Vamos ver quem paga primeiro. *Ela deu as costas e saiu correndo dali* 

Ruy sentou na rocha e abaixou a cabeça.  

>>Confessionário 

Ruy – Meu violão... Era a única coisa que me afastava da minha família louca, e agora está tudo perdido.  

Fox caminhava pela floresta. Ele para em um momento para cheirar uma flor que se encontrara ali. Uma sombra apareceu atrás do garoto. Ele se virou rapidamente, dando de cara com o encapuzado. 

Fox – AAAAHHH!!!! *Ele apertou o botão de sua câmera, fazendo com que aparecesse o Flash. Em seguida, correu* 

O encapuzado deu alguns passos para trás, por conta da luz que o cegara. Ele correu atrás do garoto em seguida. 

Fox corria assustado, enquanto olhava para a foto tentando visualizar a imagem do rosto, sem sucesso. 

Fox – SAI PRA LÁ!!! *Ele agachou e pegou uma pedra, ameaçando jogar contra o sujeito* 

O encapuzado andou em direção a ele e a mão de Fox fraquejou. 

Fox – ESTOU AVISANDO... EU VOU... EU VOU... *Ele caiu de joelhos no chão, soltando a pedra e levando as mãos à cabeça* 

Thiara – FOX! *Ela chegou correndo* Ouvi seus gritos. 

Ela encarou o encapuzado, que sumiu por entre as árvores.  

Thiara – Fox, está tudo bem?! *Ela ajoelhou* 

Fox abraçou a garota. 

Fox – Que bom que você apareceu. Foi horrível, aquela coisa me perseguiu e... e... Ela foi embora? O encapuzado? 

Thiara – Parece que sim... *Fingiu surpresa* É melhor sairmos daqui.  

Fox – Ainda bem que eu posso confiar em você, certo? 

Thiara hesitou, mas assentiu. 

Thiara – Vamos. *Ela olhou para trás, e não viu mais a figura* 

>>Micos Leões Ferozes 

Jéssica entrou no banheiro, mas aparentemente, estava vazio. 

Jéssica - Kirby? Onde está você?! 

A atriz se olhou no espelho, arrumando os cabelos, quando a porta de uma das cabines se abriu. Kirby andou em direção à ela, com um olhar penetrante. 

Jéssica - Ah, apareceu. A Giselle disse que você queria falar comigo, o que foi? *Ela se virou para encarar a outra* 

Kirby continuou com o mesmo olhar, se aproximando da menina. 

Kirby - Você não imagina o prazer que é lembrar de tudo... Irmãzinha. 

A feição de Jéssica mudou, ela desmanchou o sorriso. 

Jéssica - Você... Não está bem, você... Bateu a cabeça e... 

Kirby – Estou melhor do que antes. *Ela sorriu* Estava sentindo fortes dores de cabeça e hoje, pela manhã, quando acordei... Eu lembrava de tudo. De toda a minha história, de tudo pelo que passei quando entrei no programa, inclusive quando você me empurrou contra a pia do banheiro e me deixou com amnésia, e de como você mentiu e me manipulou para fazer o seu joguinho sujo. Só que agora o jogo mudou, sou eu quem dou as cartas. 

Jéssica - Eu devia ter me livrado de você quando ainda estava desmemoriada, parecendo um zumbi.  

Kirby – Mas você não fez, pelo contrário, me usou, e até que fui bem útil, não é? Te ajudei a eliminar o Fernando.  

Jéssica - Vai fazer o que agora? Sair gritando que voltou a pensar por si só? Iupi, todo mundo vai ficar muito feliz. 

Kirby – Sabe que eu pensei em fazer isso? Mas ia ser muito fácil. Eu vou fazer você jogar do próprio jogo, mas vamos trocar os papeis. Eu mando e você obedece. 

Jéssica - Eu nunca vou seguir suas ordens.  

Kirby - Você vai sim, por que ou você faz isso, ou basta eu dizer tudo o que aconteceu para você ser a mais votada por todos.  

Jéssica - Olha, nós começamos errado, tá? Vamos fingir que nada aconteceu e começar do zero, o que você acha? 

Kirby riu. 

Kirby – Do zero? Você armou para eu beijar o Ruy, gravou eu dizendo coisas dos outros participantes e mudou completamente o sentido, me fez perder a memória e me tornou um boneco de ventríloquo seu. 

Jéssica - Você não pode ser tão rancorosa assim, isso é feio. 

Kirby – Sabe o que acontece? O Drama Total sempre foi um jogo de xadrez para você. Você era a Rainha... Não, o Rei. Não podia ser pego. Os outros, meros peões, se jogavam na frente para te proteger. Sua posição mudou, você é o peão agora. 

Jéssica encarou Kirby. 

Jéssica - E você deve estar adorando tudo isso, sempre foi uma sombra da Blair e da Bertha. Devia me agradecer, por eu ter feito você ter um pouquinho mais de relevância no jogo.  

Kirby – Ah, não se preocupe, eu sei como vou te agradecer.  

Kirby piscou para Jéssica, dando as costas para ela e saindo do banheiro. Jéssica se olhou no espelho. 

Jéssica - Deixa ela pensando que está com o controle, o tombo será muito maior.  

... 

>>Araras Selvagens 

Magia corria com uma cesta vazia em mãos. Ela se esbarra em alguém e cai para trás. 

Magia – Outch! Quem.. Hank! 

Hank – Desculpe, eu não vi você aí. *Ele se levantou rapidamente* Onde foi com essa cesta? 

Magia – A nenhum lugar... Só passeando. *Sorriu, levantando-se também* E você? 

Hank – Nenhum lugar, eu... Argh!  

Magia – Hank, está tudo bem? 

Hank – Sim!... *Ele sentou-se no chão* AUUUUUUUUUUUU... 

Magia - Hãn? Isso foi um uivo? 

Hank se coçava com a perna. 

Magia – Hank, tudo bem? 

Hank – Argh. *Ele voltou a ficar normal* Na verdade, não.  

Magia – Eu percebi, o que foi isso? 

Hank suspira. 

Hank – Ontem, Ruby e eu jantamos sob o brilho da lua. 

Magia – Que romântico! E foi tão ruim assim? 

Hank - Não, não, claro que não, foi maravilhoso. É só que... Eu preparei todo o jantar, mas eu não percebi aquelas -Ele de uma pausa- migalhas. 

Magia ergueu uma de suas sobrancelhas. 

Magia – Uhum... 

Hank – Migalhas de amendoim, e eu sou alérgico à amendoim, e comi, e agora estou com alergia. 

Magia – Espera, espera. Está me dizendo que a sua reação alérgica é uivar para o céu como um lobo? 

Hank – E nadar como um peixe, e andar como uma galinha... 

Magia – Isso é muito excêntrico. 

Hank – Olha, eu sei que amanhã estarei melhor, mas ninguém pode saber disso por hoje, principalmente a Ruby, ela vai me achar muito estranho.  

Magia - Não se preocupe, amigo, seu segredo está guardado comigo. Pode deixar que te ajudarei nisso. 

Hank – Obrigado, Mag. *Ele abraça a garota*  

Os dois escutam a voz de Ruby. 

Hank – Essa não! *Ele dá um salto para trás como um sapo, se escondendo atrás de um arbusto* 

Ruby - Olá, Magia! 

Magia – Ruby, querida! Tudo bem? 

Ruby – Sim. Viu o Hank por aí? Não o encontro em lugar nenhum. 

Magia – Ah, não, mas eu tenho certeza que não tem nada de errado, ele está super normal hoje, como sempre. *Abriu um sorriso* 

Ruby – Ah! Que bom. *Sorriu*  

Magia – Mas, me conta tudo, como vai a vida? *Ela entrelaça seu braço no de Ruby e puxa a garota dali* 

... 

Chef entra em sua cozinha, assobiando. Ele se assusta quando abre a porta. 

Chef – AAAAAAHHHHH!!!!!!! O QUE ACONTECEU COM A MINHA COZINHA?! 

Crozoete – Ah, oi fofo! Achei que a sua cozinha precisava de uma nova decoração, por isso pintei das cores do arco-íris e coloquei essas enormes flores nas paredes, no chão e no teto. Não ficou um aspecto muito melhor agora? 

Chef - NÃO! QUEM TE DEU PERMISSÃO PARA.... Você está usando o fogão? 

Crozoete – Sim, fiz vários bolos e doces, já que sou uma cozinheira muito melhor que você.  

Chef – E quem disse isso? 

Crozoete - Esse outro fofinho que encontrei por aí. 

Brady – Oi Chef! *Ele estava de boca cheia* 

Chef – Brady!!!  

Brady – Desculpa, sei que é falta de educação, mas a comida está muito boa mesmo.  

Chef – E ela cozinha melhor do que eu? 

Brady – Bem... Sim! 

Chef – ARGH! 

Crozoete – Ele não é fofo? *Ela puxa as bochechas do salva-vidas* Me lembra tanto o Chris quando era um jovenzinho cheio de problemas sociais. Mas a mamãe está aqui agora, para cuidar de todos vocês.  

Chef - Não me interessa se você é mãe do Bin Laden, essa cozinha é minha e eu quero você fora. 

Brady abre a boca, espantado. 

Brady – Chef, que grosseria. Não se pode falar assim com uma mulher tão doce e admirável. 

Crozoete – Tudo bem querido, estou acostumada com gestos ingratos.  

Chef – Eu disse... FOOOOOOOOOOOORAAAAAAAAAA!!!!. 

Crozoete bate na cabeça de Chef com uma colher de pau. 

Crozoete - Não grite com a mamãe.  

O rosto de Chef Hatchet foi ficando vermelho. 

Chef – CHEGA! Você se considera uma cozinheira melhor que eu? Vamos descobrir! 

Ele foi para perto do forno. 

Brady – Obrigado pelo café, Crô! Agora, vou indo... *Ele se levanta* 

Chef – Nada disso! *Ele faz com que Brady sente-se novamente* Você vai provar da minha comida. 

Brady engoliu em seco. 

Crozoete – Isso será interessante. *Ela sorriu* 

... 

>>Micos Leõs Ferozes 

Blair - Você fez o quê?! 

Bertha – Eu estava com raiva, fui atrás do Ruy e descobri que ele tocava violão. 

Blair – E aí você afundou o violão dele? Bertha, isso foi errado, foi um ato maldoso. 

Bertha – Eu não sou má, ele que é. 

Blair – Isso é irrelevante, não há ninguém 100% bom ou mal, todos são capazes de fazer as duas coisas. Você agiu por impulso e não por razão. 

Bertha - Está certa. *Ela suspira, abraçando a roteirista* Está tão difícil ficar nos Micos, sinto que estou sozinha, não tenho ninguém. 

Kirby se aproxima das duas garotas. 

Kirby – Oi, meninas. *Sorriu* 

Bertha - Hãn... Está falando com a gente? 

Kirby - É claro, vocês são minhas amigas aqui.  

Bertha - Você não vai me chamar de falsa, mentirosa, vilã, nem nada do tipo? 

Kirby – Bertha, você não é isso. Me desculpe pelos últimos dias, eu bati minha cabeça e acabei ficando bem confusa, tive uma inversão de valores. 

Bertha – Concordo! Você estava andando com a Giselle, GISELLE! 

Blair – Viu? Você não está sozinha.  

>>Confessionário 

Bertha – Ufa! Que bom que a Kirby voltou ao normal, eu já estava pirando.

Jéssica - Até que enfim eu te encontrei. *Ela anda até Ruy* Onde você estava? 

Ruy – No Rio, perto da dispensa. 

Jéssica - Seus olhos estão vermelhos, estava chorando? Bom, depois você me conta, meus problemas são piores que os seus, a Kirby retomou as memórias dela e agora está me ameaçando. Eu tenho que dar um jeito de me livrar dela. Mas eu vou aguardar a oportunidade perfeita, e aí vamos ver se ela vai prever a próxima queda. 

Ruy - Jéssica, você disse à Bertha que eu te chantageei? Que eu te fiz votar nela? 

Jéssica - Bem, sim... Mas foi para o nosso bem, para nos salvar.  

Ruy - Você me pintou como um monstro. 

Jéssica - Temos que fazer sacrifícios. Olha, enquanto eu estiver passando despercebida, eu consigo te ajudar a ficar, você sabe que pode confiar em mim, eu te salvei da última berlinda, lembra? Você confia em mim, não é? 

 Ruy - ...Claro.  

Jéssica - Que bom. *Sorriu* Eu te garanto que nós dois estaremos na final, eu prometo. 

Chris - (Pelo megafone) Atenção palermas, me encontrem na cozinha em cinco minutos, o próximo desafio já está para começar. 

>>Cozinha 

Chef e Crozoete enchiam Brady de comida. 

Crozoete – Prove um pouco da minha sobremesa. *Ela enfiou uma colherada na boca do rapaz* 

Chef – Prove da minha macarronada. *Ele enfiou uma colherada na boca do garoto* 

Chris entrou no local. 

Chris – Hey, hey, o que estão fazendo? Eu preciso desse participante vivo para o desafio. 

Chef – Ela disse que cozinha muito melhor que eu. 

Crozoete – Christalino, você poderia responder ao Chef, quem cozinha melhor? 

Chris - Não me importo com a briguinha de vocês, vão resolver seus problemas lá fora. E não me chame de Christalino. 

Chef e Crozoete se encaram, saindo da cozinha. 

Chris - Você está legal? 

Brady – Eu acho que vou vomitar... 

Chris - Ótimo, o desafio será muito mais interessante agora. 

>>Confessionário 

Brady – Eles são malucos... *Ele vomita em um balde* 

Chris – E vamos dar início ao nosso desafio. Alguns colegas de equipe de vocês, tiveram a oportunidade de participarem de um desafio de gastronomia lá no início da temporada. No entanto, desta vez, todos da equipe participarão do... “TOTAL DRAMA CHEF’S”. É hora de colocarem a mão na massa. 

>>Confessionário 

Ruby – IUPIIII!!!!! Da outra vez minha equipe e eu nos atrapalhamos na hora de cozinhar, o que causou a eliminação da Magia... Mas, desta vez, estaremos todos concentrados em vencer, e eu não quero me exibir, mas sou ótima na cozinha. 

Thiara – Eu sou péssima na cozinha *Sorriu* Escapei da última vez, mas darei o meu melhor agora. 

Jéssica - Mais um desafio boboca. *Revira os olhos* 

Emmett – Nos demos mal da outra vez, mas sinto que nos sairemos super bem desta. 

Giselle - Há, o desafio já está garantido. Eu sou uma cozinheira de mão cheia, ao menos foi isso que o Joseph disse para mim. Ele gostou tanto que até compartilhou a comida com as plantinhas lá de casa *Sorriu* Depois disso, ele também descobriu que a minha massa de bolo podia ser utilizada como cimento para o pilar lá de casa. 

Chris – Muito bem, ao contrário daquela prova, neste desafio vocês precisarão seguir as receitas, para criarem uma de minhas comidas favoritas, o tacacá. Todos os ingredientes estão à disposição de vocês, basta seguirem o manual. Preciso de dois representantes de cada equipe para serem os Chef’s, que irão supervisionar e auxiliar o preparo de três tacacás por equipe, mas não podem cozinhar.  

Ruby – Me escolhe, me escolhe. *Ela disse animada, dando pulinhos* 

Chris - Alguém mais dos Araras se manifesta? Não? Thiara, minha velha amiga, o que acha? 

Thiara – A Ruby é uma boa escolha.  

Chris encara a garota. 

Chris – Certo, então. *Ele joga o avental e o chapéu de cozinheiro para a garota* E quanto aos Micos? 

Giselle ia dizer alguma coisa, mas Jéssica e Bertha tamparam a sua boca. 

Ken – Eu adoraria ser a escolha, se a minha equipe concordar, é claro.  

Ruy – Pode ser. *Deu de ombros* 

Bertha concordou. Kirby também. 

Giselle – Humpft! *Cruzou os braços*  

Chris – Muito bem então. *Ele jogou o chapéu e o avental para o garoto* Vamos começar então essa batalha, Araras contra Micos, Ken contra Ruby, que o melhor vença! Vocês têm 1 hora começando... Agora! 

O relógio começou a rodar. Cada equipe foi para a sua bancada. 

Ruby – Muito bem, precisamos preparar três pratos de Tacacá, então vamos nos dividir em equipes. Decidi separar por quem possui mais intimidade: Thiara e Fox, Hank e Magia, e Emmett, Blair e Brady.  O que acham? 

Thiara e Fox bateram as mãos. Hank e Magia se abraçaram, Emmett viu Blair e Brady sorrirem um para o outro. 

Emmett – Hum... Ruby. *Ele a levou para o canto da cozinha* Eu não tenho lá muita intimidade com o Brady e a Blair. 

Ruby – Oh! Você quer trocar de equipe? 

Emmett - Não, pode ser uma oportunidade de conhecê-los melhor. *Sorriu* 

Ruby – Esse é o espírito, agora, vamos cozinhar. 

Do outro lado, Ken olhava como os adversários se dividiam. 

Jéssica - Então... Já decidiu como vai fazer? 

Ken – Hum... Eles se dividiram em equipes, mas eu acho que se fizermos todos juntos, cada um com sua parte, seria bem mais rápido.  

Bertha – Bom, você é o Chef, se acha que será melhor, vamos seguir as suas ordens.  

Ken assentiu.  

>>Araras Selvagens 

Ruby estava com a receita em mãos, auxiliando Thiara e Fox. Thiara estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo. 

Ruby – Precisamos da goma de mandioca e do tucupi, mas é precisao ralar a mandioca para se conseguir isso. 

Fox – Aqui está o ralador. *Ele começa a ralar a mandioca*  

Ruby - Não esqueça de prensar depois. Enquanto isso, Thiara, você cuida do camarão. *Ela vê os animaizinhos na bancada* Oh, pobrezinhos.  

Thiara – Ai, ai... Tudo bem. 

Ruby se afasta dos dois. 

Thiara – Como a gente começa a preparar o camarão? *Ela mexeu neles com uma pinça* 

Fox – Bom, até onde eu sei é preciso cortar a cabeça primeiro. 

Thiara - Você não quer fazer essa parte? 

Fox – Hum... Não. 

Thiara – Certo, vamos lá. *Ela pegou a faca e cortou a cabeça* Isso é horrível.  

Fox – Ah, espera! Eu errei, é a lagosta que cortamos a cabeça primeiro. *Sorriu* 

Thiara – *Olhou feio para ele* Eu cortei a cabeça do coitadinho pra nada? 

Fox – É só pôr de volta no prato. 

Thiara - Tá. E agora? 

Fox - Põe no forno. 

Thiara – Em fogo médio? 

Fox – Em fogo alto, pra ser mais rápido. 

A garota assente e faz conforme o amigo lhe ensinava.  

>>Micos Leões Ferozes 

Jéssica e Giselle observavam do outro lado. Jéssica havia amarrado o cabelo num coque, enquanto Giselle amarrou os seus em duas marias-chiquinhas. 

Jéssica - Viu como ela fez? Sua vez. *Entrega a faca para ela* 

Giselle – Eu?! M-Mas... Eles são tão assustadores! E se ficarem com raiva e me assombrarem durante o meu sono da beleza? 

Jéssica - É mais fácil você assustar eles. *Revira os olhos* Vai, corta o negócio. 

Giselle - *Ela encara os olhos dos camarões* EU NÃO CONSIGO! NÃO CONSIGO! 

Jéssica - Ai, não aguento isso. *Ela pega a faca e corta os camarões* 

Giselle – AAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!! 

Jéssica - Os camarões perdem a cabeça e você que grita?! 

Ken - Estão tudo bem? 

Jéssica - Só a Giselle fazendo drama. 

Giselle – Eles vão me assombrar, com certeza irão me assombrar. Eu fui cúmplice! 

Ken - Hãn... Não sei do que está falando, mas garanto que ninguém vai te assombrar. *Sorri* Olhem, na receita, diz que para o preparo dos camarões, deve-se tirar as patas. 

Giselle - Nós tiramos a cabeça! AGORA EU TENHO CERTEZA DE QUE ELES VÃO NOS ASSOMBRAR!!!! 

Jéssica - Giselle! *Ela segurou nos ombros da garota* Veja pelo lado bom, ok? Eles já estão mortos, não estão sentindo nada. 

Giselle – Ah, tem razão. Não há nada com o que se preocupar. 

Ken – Certo, lembrem-se que vocês precisam preparar três camarões, vou ver como os outros estão se saindo. 

Giselle – Certo, me dê a faca. Agora eu aprendi como se faz. *Ela começa a picar os camarões* Está certo? 

Jéssica - É... Vamos ter menos trabalho. 

>>Araras Selvagens 

Magia – Hank, já coloquei os camarões no fogo conforme dizia a receita e... AAAAAAAAHHHHH!!!! 

Hank – O que foi?  

Magia – Hank, V-você... *Ela pegou algo no chão* BOTOU UM OVO! 

Hank – AH! ISSO NÃO É MEU!  

Magia - Não tem outra explicação, lembra-se da alergia? 

Hank – O Chef com certeza tem ovos nessa cozinha.  

Magia – Isso vai ficar só entre a gente, eu juro. 

Ruby - Olá, vim ver como estão. 

Hank – AAAAAHHHH!!! *Ele pulou no colo de Magia* 

Ruby - Hãn... Desculpe, eu te assustei? 

Hank - Não... Que isso. *Sorriu, desconcertado* 

Ruby – Espera, na receita não falava nada sobre ovos.  

Magia - É MEU! É, meu café da manhã, eu guardei, sabe?  

Ruby – Ah, é? Bom, tudo b... *Ela parou de falar, olhando para Hank, que se esfregava entre as pernas dela como um gato* Hank? 

Magia puxou a perna de Hank, afastando-o da menina. 

Magia - Não liga, ele é brincalhão assim mesmo. Hank, senta. 

O garoto obedeceu. 

Magia – Fica. *Ela sorriu, alisando a cabeça dele* Bom garoto. 

Ruby – Certo... Só foquem no desafio, tudo bem? *Ela saiu* 

Hank – AAAAH, QUE PAPELÃO!!! 

Magia – Eu achei bonitinho.  

Hank – Ela com certeza me acha estranho agora. 

Magia – Para com isso, ela não acha nada. 

Hank – Ah! *Suspira* Já ralei a mandioca, vou prensar e o caldo de tucupi e a goma da mandioca estarão prontos.  

Magia – Tudo bem, vou pegar os camarões. *Ela correu até o forno, retirando a bandeja* Aqui está. HEY! 

Hank havia colocado o ovo em um pratinho, balançando.  

Magia – O que está fazendo? 

Hank – Bom, se eu botei ele, então é oficialmente o meu filho, não acha? 

Magia - Não, por que eu o encontrei! Esse ovo me pertence, estou morrendo de fome. 

*Ela pegou o ovo* 

Hank – DEVOLVE A MINHA CRIANÇA! *Ele segurou o ovo* 

Os dois puxaram o ovo para o próprio lado. O ovo voou. Hank correu para tentar pegá-lo antes que ele caísse no chão. 

Hank - NÃÃÃÃÃÃÃOOOO.

Hank pulou, esticando o braço, mas não foi o suficiente para salvar o alimento, que se quebrou ao cair no chão. 

Hank – Eu sou um péssimo pai. *Ele chorou* 

Magia – Foi bom enquanto durou. *Sua barriga roncou* 

Ruby caminhou até a bancada de Blair, Emmett e Brady. 

Ruby - Vocês estão se saindo bem? 

Emmett – Ah sim, nós três trabalhando juntos foi uma ótima ideia, agilizamos muito as coisas. 

Blair – O caldo de tucupi está pronto.  

Ela mostra para Brady, que fica enjoado ao ver aquilo e acaba vomitando dentro da bacia.  

Brady – Desculpe.  

Blair – Tudo bem. *Ela volta a ralar a mandioca* 

Ruby – Blerg. 

Brady – Ao menos os camarões estão prontos. *Ele mostra a bandeja com camarões* 

Ruby – Bom, pelo visto todos estão nas mesmas partes e ainda temos tempo de preparar tudo.  

Emmett – Assim que a Blair terminar o caldo de tucupi, nós começamos a temperar. Veja, já coloquei a goma de mandioca no fundo do recipiente. 

Ruby – Tudo bem, me avise se alguma coisa der errado e... Estão sentindo esse cheiro? 

Emmett – Parece cheiro de queimado. 

Ruby – Queimado? *Ela olha para a bancada de Thiara e Fox*AH NÃO! *Ela corre em direção à eles* 

Thiara batia com um pano para apagar o fogo. Ruby aparece com um extintor de incêndio, usando-o na bandeja. 

Ruby – O que aconteceu? 

Fox – Eu disse para preparar os camarões em fogo alto. Acho que não foi a melhor ideia. 

Thiara - Estão todos queimados.  

Ruby – Bom, não vamos entrar em pânico. *Sorriu* Vocês podem começar a preparar novamente, fogo médio agora, certo? Own, eu queria tanto poder ajudar vocês. 

Thiara - Não tem problema, nós vamos conseguir. *Ela pegou mais camarões* 

Ruby – Ah, e tirem apenas as patas dos camarões, ok? *Ela ouviu gritos da outra bancada e correu para ver o que era* 

Magia – HANK MAL, DESÇA DAÍ IMEDIATAMENTE!!! 

Hank estava em cima da bancada, jogando as coisas para ela. 

Magia – Por que um macaco? Por que não um passarinho? 

Ruby – O que está havendo aqui? 

Magia – Ah... Faz parte da brincadeira. 

Ruby subiu na bancada e deu um beijinho os lábios de Hank. Ele voltou ao normal. 

Magia - ÊH, venceu a brincadeira. *Fingiu* 

Hank – Ah, É! Iupi!  

Ruby – Eu sei que a brincadeira deve estar bem divertida, mas por favor, se concentrem. Já estamos atrasados com os pratos da Thiara e do Fox. Tudo bem? 

Magia – Tudo bem. *Sorriu* 

Hank estava com uma mandioca na boca, como se guardasse nozes iguais a um esquilo. Ruby retirou-se dali. 

>>Confessionário 

Ruby – Gente, esse trabalho é mais cansativo do que imaginei. 

>>Micos-Leões Ferozes 

Giselle – Amiga, olha que florzinhas lindas. E parecem deliciosas, não acha? 

Jéssica - Pode experimentar você, das outras vezes que fui na sua ideia eu me ferrei. 

Giselle – Hum... Ok! *Ela comeu* Hum... Não sabe o que está perdendo, está delichioso! 

Jéssica - Sua boca está ficando vermelha. 

Giselle - Eschá dormenche. Mash muito bom. 

Ken – Er...Por acaso você comeu o Jambu? 

Giselle - É achim que che chama? 

Ken – Ele realmente deixa a boca dormente.  

Jéssica riu. 

Jéssica - É divertido quando é com os outros. 

Ken – Certo, e quanto aos camarões? 

Jéssica - Temos dois prontos, e o último está no forno. 

Giselle – Eu vou pechar. *Ela correu em direção ao forno* 

Jéssica - Bom, eu vou dar uma voltinha para ver como a outra equipe está se saindo, já que meu trabalho acabou. *Ela se retirou* 

Giselle chega correndo com o prato em mãos.  

Giselle – Achi! *Ela tropeça e cai, derrubando os camarões* 

Ken - NÃO! Era o último. 

Giselle – Calma, dá pra conchertar. *Ela coloca-os de volta no prato* 

Ken suspira. 

Ken – Beleza, não temos tempo de esperar cozinhar mais. Vamos levar os camarões para Bertha e Kirby, elas ralaram as mandiocas e já estão com os tucupis e as gomas prontas. 

Giselle assentiu, ajudando Ken a levar os pratos para as duas. 

Ken – E então? 

Bertha e Kirby estavam em uma perfeita sincronia. Ambas ralavam a mandioca, e quando uma terminava, começava a prensar e a outra logo depois.  

Bertha - Não tivemos nenhum problema. 

Kirby – Tudo deu perfeitamente certo.  

Ken – Maravilha! Montem os pratos.  

Eles colocaram os pratos na bancada. Bertha colocou a goma de tapioca no fundo dos três recipientes, e Kirby ia colocando o caldo de tucupi por cima. 

Elas bateram as mãos quando terminaram. Os quatro caminharam até a bancada de Ruy, que se encontrava dormindo. 

Kirby soltou um dos pratos no peito do rapaz, que acordou. 

Ruy – O que eu perdi? 

Kirby - Só temperar. 

Ruy jogou a pimenta, o alho e o jambu por cima, junto com os camarões.  

Bertha – Terminamos! 

Kirby – Temos os nossos pratos. Uhu! 

Ken suspirou aliviado. 

>>Araras Selvagens 

Jéssica chegou à bancada de Blair, Brady e Emmett. Emmett e Blair finalizavam o prato, enquanto Brady cortada os ingredientes para o tempero. 

Jéssica - Oi, Brady. *Ela sorriu*  

Brady - Jéssica, oi. E aí, como vai a sua equipe? 

Jéssica - Ah, estamos bem. Inclusive já terminamos, e vocês?

Brady – Estamos no finalzinho, tivemos um problema com... Aquele ali. *Ele apontou para o caldo de tucupi que havia vomitado* 

Blair encarou os dois, e Emmett percebeu. 

Emmett - Você gosta dele, não gosta? 

Blair – Hum... Não. Eu não posso gostar de ninguém, isso me atrapalharia na minha escrita. 

Emmett – Sei... Mas não mandamos no coração.  

Blair - É, verdade. Eu sei lá, o Brady e eu... Não parece que daríamos muito certo. 

Emmett – E você acha que o Ken e eu tínhamos chances de dar certo? Eu acho que o mais interessante em relacionamentos é isso, nunca sabemos com quem somos compatíveis, a menos que tentemos.  

Blair - É, talvez você esteja certo.  

Giselle chegou na mesma bancada. 

Giselle – Olha, Chéssica, nocho prato não fichou perfeicho?  

Brady – O que aconteceu com a voz dela? 

Jéssica - Ah, ela comeu o Jambu.  

Brady – Isso é muito azar. 

Jéssica - É, mas ela já está indo embora, não é?  

Giselle colocou o prato em cima da bancada. 

Giselle – Vou deixar vochês sochinhos, aprechiando o cheiro do nosho tachachá. 

A primeira dama saiu dali. 

Brady – Bom, nos vemos mais tarde. Boa sorte. *Ele se aproximou dos seus colegas de equipe* 

Jéssica pegou os restos de pimenta que haviam sobrado. Ela caminhou até a bancada de Magia e Hank. 

Jéssica - Olha, pelo visto vocês terminaram também.  

Magia – Sim, por quê? *Arqueou uma de suas sobrancelhas* 

Jéssica - Nada não, parece ter ficado tão bom. 

Hank – E ficou mesm... *Ele ficou de quatro, imitando um cavalo e correndo para fora da cozinha* 

Magia – Hank! 

Jéssica - Isso é o normal dele? 

Magia – Bem... Sim. 

Ruby – Pode deixar que eu vou vê-lo. *Passou correndo por elas* 

Magia – Problemas de casais... *Sorriu*  

Jéssica - Então... Me conta sobre você e a Blair, percebi que ela te olhe diferente. 

Magia - Sério?! Quero dizer, a Blair é incrível, mas... 

Jéssica - Eu acho que você devia investir. Olha só como ela te olha. 

Magia olhou para a bancada de Blair, não notando quando Jéssica colocou pimenta em seu prato. 

Magia – Ela não está olhando pra cá. 

Jéssica - Ela virou o rosto quando você olhou, mas pense bem. *Sorriu, saindo dali* 

Ruby encontrou Hank. 

Ruby – Hank!  

Hank – Ah, eu estava com falta de ar e resolvi vir tomar... 

Ruby - Não precisa mentir pra mim, eu percebi que você anda agindo estranho o dia inteiro. O que aconteceu? 

Hank – Ah, minha reação alérgica me faz imitar os animais. *Ele baixou a cabeça* Agora você deve me achar o esquisitão. 

Ruby – Eu sempre te achei o esquisitão, mas sempre foi isso que me fez gostar de você. *Ela beijou seu rosto* 

Hank - É mesmo?   

Ruby – Sim. Não precisava ter escondido, eu teria te apoiado. A propósito, eu achei super fofo.  

Hank corou. 

Hank - Então vamos fazer uma promessa. *Ele segurou nas mãos da garota, olhando em seus olhos* 

Ruby – O quê? 

Hank – Sem segredos, a partir de hoje, seremos totalmente sinceros um com o outro. 

Ruby assentiu. 

Ruby – Sim... Ah, não. 

Hank – O quê? 

Ruby – Eu não posso prometer isso antes de te contar uma coisa, quero dizer, mostrar pra você. 

Hank - Então mostra. 

Ruby – Depois do desafio, antes da cerimônia de eliminação. Perto da Casa da Árvore, combinado? 

Hank – Claro. 

Os dois se beijaram e retornaram para a cozinha. 

... 

>>Cozinha 

Jéssica estendeu o braço para colocar pimenta no prato de Thiara e Fox, mas foi surpreendida quando a garota apareceu atrás da bancada, ficando de frente para ela. 

Thiara –OI JÉSSICA! 

Jéssica - AAAAAHH!!!! 

Thiara – Desculpe, te assustei. *Usou um tom irônico* 

Jéssica - Imagina, amiga. Só passei para te desejar boa sorte hoje.  

Thiara – Own, pra você também.  

Elas sorriram uma para outra. A atriz saiu dali logo depois. 

Fox – Que climão foi esse? 

Thiara arqueou uma de suas sobrancelhas, encarando Jéssica. 

Chris entrou na cozinha. 

Chris – E o tempo acabou! Hora de vermos como vocês se saíram no desafio.  

Giselle correu para a bancada da equipe das Araras, pegando o prato que havia deixado lá.  

Chris – Ken, quem serão os primeiros a apresentarem o Tacacá? 

Ken – Bertha e Kirby, que ficaram responsáveis pelo preparo do tucupi e da goma de mandioca. 

As duas garotas se aproximam de Chris, trazendo um prato. 

Chris – Parece estar delicioso. Quem decidirá isso será... A minha amada mãezinha. 

Crozoete entrou na cozinha, sentando-se num banquinho. Ela provou um pouquinho do prato. 

Crozoete – Hum... Quentinho, bem preparado e extremamente delicioso. Eu adorei. 

Kirby e Bertha sorriram uma para a outra. 

Chris – Ruby, qual prato você usará para combater o de Bertha e Kirby? 

Ruby - Hãn... Da Magia e do Hank, que prepararam o prato inteiro.  

Magia e Hank andam até Crozoete, entregando-lhe o prato. A mãe do apresentador prova um pouquinho, Jéssica sorri. 

Crozoete – Hum... Delicioso, o camarão está no ponto certo e o gosto está bem picante... Picante... Muito picante... EXTREMAMENTE PICANTE!!!!!! AAAAAAAHH *Ela ficou vermelha* 

Chris - MÃEZINHA! *Ele foi socorrê-la* 

Hank – AH, MEU DEUS! *Ele pegou o extintor de incêndio e ligou* 

A água bateu no rosto de Crozoete, fazendo-a cair para trás. 

Chris - VOCÊS TENTARAM MATAR A MINHA MÃE. 

Hank – Eu não entendi o que aconteceu. 

Magia – Nosso prato estava no ponto correto. 

Thiara – Hum... *Ela colocou a mão no queixo* Eu acho que nós fomos trapaceados. 

Chris – Bom, a culpa foi de quem não prestou atenção ao próprio prato. Por isso, os Micos têm um ponto. 

A equipes dos Micos comemorou. 

Chris – Chef, será o próximo a provar os pratos. 

O Chef Hatchet entrou, rindo da mãe de Chris. Ele sentou-se no banquinho. 

Ruby – Vamos apresentar o prato de Thiara e Fox, embora tenhamos tido alguns imprevistos, tenho certeza de que estará maravilhoso. 

Thiara e Fox entregam o prato ao Chef. Ele prova. 

Chef – O camarão está muito bom, e gostei que não exageraram nos temperos, deixando com que sentíssemos o gosto do tucupi e da goma de mandioca. 

Thiara e Fox batem as mãos. 

Fox – Para duas pessoas péssimas na cozinha, até que fomos bem elogiados. 

Ken – Hum... Vou apresentar os pratos de Jéssica e Giselle, responsáveis pelo preparo do camarão. 

Jéssica e Giselle andaram até Chef. 

Jéssica - Você não acha que seu prato está com um cheiro meio estranho? 

Giselle – Eu não chinto nada. 

Ela colocou em frente ao Chef. Ele sentiu o cheiro, ficando enjoado. 

Chef – Argh! Alguém vomitou aqui? Eu me recuso a comer este prato. 

Giselle – Deixa de drama. *Cruzou os braços* 

Blair - Hãn... Eu acho que houve um engano. Elas com certeza trocaram o prato feito por elas pelo caldo de tucupi que o Brady vomitou. 

Brady - É verdade, na hora que foram na bancada. 

Chris deu de ombros. 

Chris – O prato que estão apresentando é esse, não outro. 

Jéssica - Isso é injusto, até para os seus padrões.  

Giselle – Ah, Chef. *Ela senta em cima da mesinha, alisando o queixo dele* Voche não vai cher tão mal, não é? 

 Chef – Eu me recuso a comer esta porcaria. 

Giselle se enraiveceu. 

Giselle – MASH VOCHÊ VAI CHOMER!!!! *Ela abriu a boca de Chef, virando a bandeja logo em seguida* Que tal? 

Chef – AAAAAHHHHHHH *Ele correu, saindo da cozinha e vomitando do lado de fora* 

Chris – Argh! *Ele segurou o vômito* Bom, nesse caso, os Araras marcam desta vez. 

A equipe das Araras comemora. 

Chris - Está empatado, o próximo prato decidirá qual equipe será a vencedora. E eu, serei quem irá decidir.  

Ken – Nosso último prato será apresentado por Ruy, que temperou com alho, pimenta e jambu, como manda a receita. 

Ruy caminha até Chris, entregando-lhe o prato. Chris prova um pouquinho. 

Chris – Hum... Bem preparado, quente, bem temperado, está delicioso. Meus parabéns. 

Ruby - Então se prepare para comer o Tacacá preparado por Blair, Emmett e Brady. 

Os três entregam o prato à Chris. Ele prova. 

Chris – Maravilhoso! Muito bem feito, muito bem temperado e o camarão está ótimo. 

Os três se entreolham. 

Chris - Só que ficou com uma pitadinha a mais de sal do que o meu paladar exige, por isso, declaro os Micos campeões da rodada e do desafio. 

A equipe dos Micos comemora novamente. A equipe das Araras se entristece. 

Ruby - Não fiquem assim, todos deram seu melhor! Foi muito divertido fazer essa prova com vocês. *Sorriu, animando os outros* 

Chris – Araras, vejo vocês na Cerimônia de hoje. 

>> Floresta 

Blair e Brady caminhavam pela floresta. 

Blair – E então? Está melhor do estômago? 

Brady - Não mais tão enjoado. *Sorriu* Me lembre de nunca mais ficar em uma guerra de Chef Hatchet contra Crozoete. 

 A roteirista riu.  

Blair – Hum... Eureka! Uma batalha de comidas ficaria ótimo no meu roteiro. 

Brady – Eu acho que seria uma cena um tanto cômica, sua história não é de terror? 

Blair – Terror, comédia, romance... 

Os dois param de caminhar e se olham nos olhos.  

Brady – Desculpe pela minha inutilidade no desafio hoje. 

Blair - Você não foi inútil, se não tivesse vomitado no caldo de tucupi, nunca teríamos a maravilhosa cena do Chef. *Riu* E também, sabe se lá se venceríamos aquela rodada. 

Brady – Ah, agora eu tenho que concordar, eu fui muito importante. *Sorriu* 

Blair – Exibido.  

Os dois se aproximam ainda mais. O salva vidas coloca suas mãos na cintura da garota, que passa os braços por seu pescoço. Eles se beijam. Entre os arbustos, no entanto, Jéssica observava a cena. 

Jéssica - Grr... 

>>Confessionário 

Jéssica - VOCÊ ACABOU DE CAVAR SUA COVA, ROTEIRISTA! SEU CONTO DE FADAS NÃO VAI TERMINAR COM UM FINAL FELIZ!  

Jéssica andou furiosa até o acampamento de sua equipe. Ela acabou se encontrando com Kirby. 

Kirby – Ah, até que enfim eu te encontrei. Pronta? 

Jéssica - Pronta para o quê? 

Kirby - Ué, começar seus serviços. Esqueceu que você me deve isso? 

Jéssica - Eu não te devo nada, e me recuso a seguir suas ordens. *Ela empurrou a garota, passando por ela* 

Kirby - Então todos vão saber do que você apronta, vai sair escorraçada, odiada e sem o prêmio de Quatro Milhões. 

Jéssica voltou o olhar para ela. 

Jéssica - Você já planeja contar, ou estou errada? 

Kirby - É óbvio. Mas antes eu quero me divertir, da mesma forma que você fez comigo.  

Jéssica - Certo então, eu vou entrar no seu jogo. O que você que eu faça, ó soberana? 

Kirby pega um rodo e um balde com água que estava no chão, estendendo-o para a ruiva. 

Jéssica - O que significa isso? 

Kirby – Fui usar o banheiro hoje e estava bem sujinho.  

Jéssica riu. 

Jéssica - Jamais que eu vou limpar o banheiro, tem estagiários pagos para fazer isso. 

Kirby - É, mas eu disse para os estagiários que você havia se voluntariado. É bom correr, acho que o Brady ainda não terminou de vomitar tudo.  

Jéssica fitou a menina, pegando o rodo e o balde de suas mãos. 

Kirby – Depois que terminar, me prepara um banho, tudo bem? *Ela sorriu* Boa noite, irmã. 

Kirby se distanciou da vilã, retornando ao seu acampamento. Jéssica encarou-a de longe.  

Distante dali, Ruy encontrava-se sentado na mesma rocha de mais cedo, jogando pedras no rio. Ele percebeu a aproximação de Bertha, mas fingiu que ela não estava ali. 

Bertha – Olha, eu sou péssima com pedidos de desculpa, e por mais que você seja um tremendo de um idiota, eu acho que não devia ter feito o que fiz. 

Ruy - Você quer me pedir desculpas, mas começa me xingando. Tem razão, você é péssima nisso.  

Bertha respirou fundo. 

Bertha – Posso me sentar com você? 

Ruy não respondeu, apenas sentou-se um pouco mais para a beirada da pedra. Bertha caminhou lentamente, sentando-se ao seu lado. 

Bertha - Então... Por que aquele violão tinha tanto apreço? Não precisa responder se não quiser, desta vez. 

Ele soltou um leve sorriso. 

Ruy – Eu venho de uma família muito controladora, muito rígida e muito preconceituosa. Eu sempre segui os padrões que eles me impuseram, meu pai dizia que os status era o mais importante que podíamos ter, pois levávamos o nome da família.  

Bertha – Que imbecil. 

Ruy – Hey! Ele ainda é meu pai. 

Bertha – Tem razão, foi mal.  

Ruy – Tocar violão, aquele violão, era a única coisa que eu fazia e realmente gostava, por escolha minha, e era a única coisa que eles desaprovavam. Eu ganhei um carro do meu pai para ser o adolescente perfeito, entrei nesse programa para honrar o nome da família... E fiz totalmente o contrário. Eu vendi a minha coleção de Action Figures para comprar aquele violão, talvez seja por isso que me apeguei a ele, não foi algo que eu ganhei, foi algo que eu mesmo comprei. Mas agora, eu sou apenas o adolescente babaca que eles fabricaram.  

Bertha – Bem, você é muito babaca mesmo, mas... Acho que menos agora. 

Ruy – Por que diz isso?  

Bertha – Eu também fui babaca com você, mas eu quero consertar isso. *Ela levantou da pedra e deu alguns passos para próximo das árvores de onde ela vinha. Ruy ficou confuso, mas continuou a olhar para o Rio. A garota voltou, estendendo algo para ele* 

Ruy – Um pacote preto. 

Bertha - Dá pra você abrir, pelo menos? 

Ruy pegou o pacote e abriu-o, surpreendendo-se com o novo violão que tinha em mãos. Ele olhou para Bertha. 

Bertha – Eu disse que não sabia pedir desculpas. *Ela sorriu* Olha, sei que não deve ser tão bom como o outro, mas eu tentei fazer o meu melhor.  

Ruy - Você construiu isso para mim? 

Bertha - É, e acho que está até mais afinado, o que você tinha desafinava às vezes. 

Ruy deixou o violão de lado e desceu da pedra, abraçando a garota. 

Ruy – Obrigado. 

Ela não retribuiu o abraço. 

Bertha - Tá... Não vamos ser amigos por conta disso, entendeu? 

Ruy - É claro, você ainda é gótica e esquisita. 

Bertha – E você um mimadinho playboy.  

Os dois sorriram. 

Ruy – Tem... Uma coisa que você precisa saber sobre a Jéssica... 

Bertha – Por favor, não diga nada. Eu sempre tive um pé atrás com ela desde o começo, ela é uma atriz, não sabemos o que esperar. Mas depois de toda a história com a Kirby, eu fiquei confusa e acreditei que talvez ela fosse confiável. Eu não sei se ela é, se não é, mas sabe Ruy, estou bem assim, eu não quero sair por aí desmascarando as pessoas, eu quero fazer o meu jogo. O que for pra ser, será.  

Ruy – Tudo bem. *Ele pegou o violão* Gostaria de ouvir uma música? 

Bertha - Só se você não desafinar no meio.  

Ele riu.  

Ruy – Eu prometo. 

Os dois voltaram a sentarem na rocha. O rapaz tocou o violão, enquanto cantava para a menina. 

>>Araras Selvagens 

Emmett entrou no acampamento de sua equipe, passando por Hank, que saía de lá. Ele foi mexer nas suas coisas. 

Emmett - Cadê, cadê... Onde estão meus remédios?! *Ele continuou a procurar* Ué, eu sempre os deixo aqui. Ah! *Ele se desesperou* Não... Não... Não posso ficar sem os comprimidos... Não posso... 

Magia – Emmett, você está legal? 

Emmett - Não posso... Não posso... *Ele correu* 

Magia – EMMETT!

...

Trilha sonora da próxima cena: 

https://www.youtube.com/watch?v=SqQxcP8RxlM.

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Hank estava esperando Ruby no local marcado, minutos antes da votação. Ele se encontrara ansioso pelo que ela queria lhe mostrar. Ele ouviu passos próximos às arvores. 

Hank - Ruby? *Ele correu em direção aos passos que escutara, avistando uma sombra* Ruby!

O rapaz correu mais rápido, afim de alcançá-la. Ele acabou perdendo a figura de vista. Hank escutou um barulho vindo de trás, e se assustou ao ver aquilo. Ele caiu no chão. Em sua frente, uma misteriosa figura, parada, encarando-o. Ele nunca havia visto, mas sabia quem era. O Encapuzado.

A figura retirou o capuz, lentamente, revelando os olhos azuis brilhantes e os cabelos loiros trançados. Os olhos do garoto se arregalaram. 

Hank - R-Ruby?

O semblante no rosto da garota mostrava uma pessoa triste, mas determinada. Ela não respondeu. Hank estava impossibilitado de dizer alguma coisa, devido ao tamanho choque.  

Ruby - Eu queria poder te explicar... Mas não posso. *Ela cobriu a boca com as mãos*

Hank ainda processava a informação. Apenas aproveitou que já estava no chão e agachou-se, abaixando a cabeça. Ela viu suas lágrimas molharem o chão frio. 

Ruby - Me desculpe por te decepcionar. Me perdoe por te fazer passar por isso, mas eu não vou conseguir te encarar nos olhos, não agora. -Sua voz estava chorosa-. 

O naturalista levantou o olhar.

Ruby - Eu te amo. *Sussurrou, cobrindo o rosto com o capuz novamente*

O macaco Zé e a Harpia Spark se juntaram à garota, pousando em suas ombros. Ela se afastou dali.

Hank - Não, vem aqui. *Ele levantou-se e tentou correr atrás dela, mas perdeu-a de vista* Não... *Voltou a cair no chão* Não...

>>Casa da Árvore

Os participantes chegaram para a cerimônia de eliminação, Hank foi o último, sentando no tronco extremamente paralisado.

Magia - Ei, você está bem?

Ele não respondeu.

Chris - Muito bem, Araras. Reuni vocês aqui para dizer que hoje nós não teremos eliminação, já que acabamos de ter uma baixa. 

Todos ficaram surpresos.

Chris - É isso mesmo, a Ruby deixou uma cartinha para mim. *Ele abriu a carta* "Para meus amigos, obrigada por terem me apoiado desde o começo do programa. Gostei de ter conhecido todos vocês, e sinto muito se em algum momento eu fui irritante ou inútil, garanto que não era a minha intenção. Quero que todos vocês continuem fortes, e adoraria que todos vencessem o prêmio, mas fiquem sabendo, que estarei torcendo por todos. Infelizmente, não poderei dizer adeus, dói demais. Da amiga de vocês, que não está mais na competição, Ruby!"

Thiara levou suas mãos para a boca. Fox, Blair, Brady e Emmett se entreolharam confusos.

Magia - Por que ela fez isso? O que aconteceu?

Hank - Ela era o encapuzado. *Ele disse num sussurro*

Fox - O QUÊ?! *Ele olhou para os outros, que estavam visivelmente surpresos, exceto por Thiara, que se mostrava assustada* Isso não pode ser verdade... Pode?! 

Thiara levantou-se do tronco, descendo as escadas. Fox foi atrás dela.

Fox - Você sabia disso, não sabia? *Ele a viu parando de andar* Você sempre soube.

Thiara - Eu descobri no desafio de sobrevivência...*Ela começou a chorar* Ela me pediu para não contar.

Fox - Ela me atacou hoje! E você sabia, e não me disse nada.

Thiara - Ela me garantiu que não machucaria ninguém, que não estava fazendo nada por mal. Disse que não podia me explicar, mas me pediu para confiar nela. 

Fox - E aí você esconde isso de todos?

Thiara - Você não confiaria nela se estivesse em meu lugar?! Mesmo que estivesse totalmente confuso? Não daria esse voto de confiança em alguém que sempre esteve ao seu lado? Em alguém que você sabe que está falando a verdade?

Fox - Eu teria contado a você, com certeza. Éramos um quarteto, lembra? Junto com a Ashley, não tínhamos segredos.

Thiara - Todos temos segredos... *Ela enxugou as lágrimas* Ninguém sabe tudo de todos. 

Fox deu às costas para ela.

Thiara - Não me abandona... Me entenda.

Fox abaixou a cabeça e saiu, ignorando a garota. 

>>Confessionário

Fox - ARGH! As duas úncias pessoas que eu confiava aqui me traíram. Eu não esperava isso da Ruby e da Thiara, se eu não posso confiar nelas, em quem eu posso confiar, então? *Ele levou as duas mãos para o rosto. Logo em seguida, olhou para a câmera* Mantenha os amigos perto... E os inimigos mais perto ainda.

Jéssica fechou a porta do banheiro, completamente enojada. Ela largou o rodo e o balde. 

Jéssica - AH! Que susto.

Fox estava escorado numa árvore.

Fox - Sabe o que você disse mais cedo? Sobre confiança?

Jéssica - Sim.

Fox - Sua proposta de aliança ainda está de pé?

Um sorriso se formou no rosto de Jéssica.