A Garota dos vampiros escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
Festa na fogueira


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/Pg5TY_42f2U-Lucy vs Molly. Lucy fala Fae.
A imagem é só a roupa da Lucy, Ok?



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P.O.V. Cam.

A Lucy possuída pelo demônio? Seria interessante.

Ela chegou com a amiga e estava usando um cardigã longo com listras coloridas, uma blusa branca por baixo, calça jeans skinny escura e botas de cano curto e salto cubano. Um colar dourado, um pingente em forma de folha e brincos dourados. O cabelo estava semi-preso e cheio de cachos.

—Você está bonita.

—Obrigado. Com licença.

Ela foi direto e reto para perto da fogueira. Perto demais até.

P.O.V. Lucy.

Nossa! É revigorante. Quase orgásmico. Me sentei perto da fogueira, posição de lótus com as mãos sob os joelhos e as palmas pra cima. Assim a energia flui mais fácil. Fechei os meus olhos e deixei a energia do fogo me preencher. Me iluminar, me energizar.

P.O.V. Daniel.

Ela tava muito perto do fogo. Vai se queimar.

—Ela vai se queimar.

—Ela não parece incomodada com o calor.

Pedi para a Gabe ir lá e ver o que estava acontecendo. E a amiga da Lucy teve a mesma ideia.

P.O.V. Penn.

A loira bonitona que está sempre pendurada no pescoço do Daniel veio.

—Vocês estão uma gracinha.

—Obrigado.

Eu respondi, mas a Lucy não.

—Lucy? Luce? Lucy?

—Eu a odeio, odeio as duas. Quero jogar bolas de fogo nelas e afogá-las em ácido. Acha que elas sobrevivem?

—O que? Lucy, você está bem?

—Eu poderia ficar aqui pra sempre. Senti tanta falta. Me sinto fraca, cansada, doente. Malditos médicos ignorantes metidos á besta. Juiz traiçoeiro pedaço de merda. O Juiz e o médico sei que não sobrevivem.

—Lucy, eu acho que você tá mal. Você bebeu?

—Não. Só fiquei muito tempo longe do que eu precisava e para deixar tudo melhor, eles me encheram de raiva. Alimentaram ela.

Tentei chegar mais perto dela, mas não dava. O calor era demais.

—Lucy, como consegue ficar tão perto do fogo?

—Ainda não é o suficiente. Eu quero mergulhar lá dentro. Mas, infelizmente isso queimaria minha roupa e eu não trouxe outra.

—Olha só a doidinha assassina.

Ela levantou e olhou para Molly Zane com um olhar assassino.

—Vamos ver se um anjinho sobrevive ao que eu planejei? Desta vez, eu tenho a vantagem.

As mãos dela pegaram fogo.

—Isso é novidade.

O povo da festa começou a correr, a fugir.

P.O.V. Cam.

Lucy possuída pelo demônio. Com certeza.

—Eu não tenho medo de você.

—Não tem? Vamos ter que mudar essa situação. Você está mal, nunca esteve tão mal nessa sua existência miserável.

—Eu acho que apesar de sei lá o que é isso você não tem coragem.

—Não quer saber o que eu acho? Eu acho que você é uma criatura que pertence ao mundo humano tanto quanto eu. Na verdade, eu sou mais humana que você. Você é uma mulher pequena em todos os aspectos. Finge ser tão confiante, ter tanta atitude, mas eu não caio nessa. É uma covarde.

Ai Meu Deus! Eu só ouvi essa língua uma vez á muitos séculos. Lucy é uma Fae.

—Você prefere ser jogada nessa fogueira ou então, que eu chute o seu traseiro?

—Não. Eu não quero nenhuma dessas coisas. Anjo ou não você é muito pequena, não vai fazer nada de grave contra mim. Você não tem coragem.

—E você tem?

Lucy agarrou a Molly e atirou a dentro da fogueira.

—Sim. Eu tenho. Você mesma disse, sou uma doidinha assassina.

Os gritos de Molly ecoavam. Então, ela olhou para mim.

—Ainda quer saber o que eu fiz para vir parar aqui? O Travor foi um acidente, mas ela não foi.

Molly tinha provocado ela, balançou uma vara em chamas na cara dela e praticamente esfregou na cara dela o que aconteceu com o menino.

—Eu realmente espero que ela morra.

Estávamos tão chocados e tentando ajudar a Molly que não vimos quando ela saiu.

—Cadê a Lucy?

—Eu não sei. Acho que ela fugiu. O que diabos foi aquilo?

P.O.V. Lucy.

Meu Deus! Eu matei alguém. Eu... matei alguém e não só alguém, um anjo. Não. Não. Ela tem que viver. 

Voltei correndo e entrei na fogueira tirando a anjinha diabólica de lá. Ela tava... terrivelmente ferida.

—Água. Vai buscar água! Agora! Por favor.

P.O.V. Daniel.

É por isso que ela está diferente desta vez. Ela é Fae. Uma fada.

Gabe trouxe baldes e mais baldes de água que a Lucy usou para curar os ferimentos, as queimaduras de Molly.

—Por favor, saiba... que... eu sinto muito.

Então, ela saiu correndo.

—Uma Lucy Fae?! Que porra é essa?

—Você pediu por isso. E você? Desta vez, ela vai ser minha.

—Ela não precisa do seu tipo de ajuda.

—E de que tipo de ajuda ela precisa?! Ela é uma Fae! Queimou a Molly viva e nós dois sabemos que ela pode fazer pior que isso. Fae tem a nossa beleza, mas quando provocados... tem a maldade dos demônios.

—Ela se sentiu culpada. Fae não se sentem culpados.

P.O.V. Lucy.

Me sinto tão mal. Estava voltando para a escola quando ouço esses barulhos.

—Molly? Molly, se for você... eu sinto muito. Nem faz ideia do quanto, então por favor me deixa em paz.

Então, quando minha vista começou a embaçar e as vozes, percebi que não era a Molly, mas queria que fosse. Elas começaram a brotar de todos os lugares.

—Não. Não. NÃO!

Comecei a correr, mas sabia que não ia funcionar. De repente elas estavam á minha volta, as sombras horrorosas e negras que mataram o Trevor. As imagens inundaram a minha cabeça. Trevor e eu, a cabana, o incêndio.

—Não! Fiquem longe de mim!

Cai de joelhos e tive que me obrigar a respirar. Quando finalmente consegui só Deus sabe como chegar ao dormitório tive dificuldade para dormir. Na verdade, eu nem preguei o olho.

Quando vi já era dia e tinha a consulta com o médico. Ele me ofereceu os medicamentos.

—Me conta, como foi sua primeira semana em Sword and Cross?

—Foi boa.

Disse colocando os comprimidos encima da mesa.

—Mas, nenhum incidente para relatar? Visões? Pesadelos?

—Não.

—E quanto as sombras?

Fiz que não com a cabeça.

—Bom, bom, muito bom.

—E feliz aniversário.

—Como sabe que é meu aniversário?

—Uma das vantagens de se ser... doida.

 


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