A Garota dos vampiros escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
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P.O.V. Nick.

Sem ter muita escolha deixei ela entrar.

—Em se tratando de mim, você sempre vai ter uma escolha. Se não quisesse que eu entrasse, eu não entraria.

—Mas, você disse...

—Eu tenho educação.

Ela acendeu um ramo duma planta.

—É apenas sálvia. Eu enfeiticei assim podemos falar livremente sem medo de sermos ouvidos.

A coisa soltava fumaça.

—Você deve ter um milhão de perguntas para mim, Detetive.

—Como isso é possível?

—Impossível é apenas uma palavra que os humanos inventaram para negar a existência de coisas que estão além de sua capacidade de compreensão, coisas que os assustam.

Ela olhava para a minha casa.

—Abajures, mesas de centro, embalagens de comida no lixo. Pizza, fast-food. Mas, nada de flores. As cores são muito escuras. Você é solteiro. E mora sozinho.

—Vai me dizer que está interessada?

—Eu tenho um namorado.

—Quantos anos você tem? Realmente.

—Treze. Eu nasci em dois mil e seis.

Mas, ela parecia ter uns dezessete.

—Híbridos de vampiro crescem mais depressa que os humanos.

—E quanto as bruxas?

—Nove meses de gestação, elas nascem, crescem, comem, bebem, vivem, morrem. Como você.

—E o que acontece quando elas morrem?

—Vão para o outro lado. Mas, temos nossos próprios ritos funerários. Após a morte, preservamos o corpo com um feitiço e consagramos os restos. Assim o poder do falecido flui e alimenta o resto da comunidade. A magia é hereditária, sempre que um de nós morre seu poder passa para seu descendente vivo mais próximo. Nós também trancamos os caixões com feitiços, assim nenhum humano ou outro sobrenatural vai poder abrir e profanar o cadáver.

—E quanto aos vampiros?

—Filhos do Clã Corvinos. Crias de um homem chamado Marius Corvinos. Ele foi mordido por um morcego, mas de alguma forma que não posso explicar seu corpo se adaptou á doença, ele não contraiu raiva ou morreu. Bem, morreu, mas não ficou morto. O corpo físico morreu, mas ele ainda está muito vivo. Com o tempo o vírus evoluiu e tornou-se estes vampiros que você vê hoje. A pele é macia como seda e dura como pedra, a beleza é uma armadilha. Ninguém nunca desconfia da beleza. 

—E vocês podem ter filhos, obviamente.

—Não exatamente. Vampiros não podem procriar entre si. Tem que ser uma humana, uma bruxa, e me atrevo a dizer até um lobisomem. É muito raro, geralmente se a parceira é de outra espécie ela acaba morrendo durante o ato. No calor do momento, mesmo que por acidente... o vampiro acaba mordendo o seu parceiro e... bem realmente tenho que dizer o que acontece?

—Não. Mas, os seus pais conseguiram.

—Sim. Minha mãe quase não sobreviveu ao meu parto. Eu era mais forte que ela, quebrava seus ossos de dentro pra fora. Mesmo que por acidente. E ainda assim ela me amava. Meu pai teve que transformá-la ou ela ia morrer. Nasci prematura. Dei um chute no lugar errado. Quebrei a coluna da minha mãe e o trauma causou o descolamento da placenta. Meu pai fez meu parto. Me tirou de dentro da minha mãe com os dentes. Já que o saco amniótico era tão duro quanto a pele de um vampiro. Me alimentava do sangue dela e ela teve que beber sangue humana para me alimentar.

Meu Deus!

—Os recém criados são os piores. Nos primeiros anos da nova vida é quando estão mais fortes porque o sangue humano ainda flui no corpo deles, e é neste período também quando estão mais descontrolados, cruéis, loucos de sede. Como sou uma híbrida e tenho o coração batendo sou tão forte quanto um recém criado.


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