Bloodborne - A Caçada Sangue-Pálido escrita por Reyel


Capítulo 7
Castelo de Cainhurst, Os Algozes e a Rainha Annalise.




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"Uma vez, um erudito traiu seus companheiros em Byrgenwerth e trouxe o sangue proibido de volta para o Castelo de Cainhurst. Foi lá que o primeiro dos inumanos sanguevis nasceu. Os Sanguevis são criaturas diabólicas que ameaçam a pureza da cura sanguínea da Igreja. O Regente dos Sanguevis está vivo hoje. E assim, para honrar os desejos de meu mestre, eu procuro. Pelo caminho para o Castelo de Cainhurst".

—Alfred, Caçador de Sanguevis

Talvez você também tenha se animado no momento em que a carruagem parou para recebê-lo na Alameda Sepulcral de Hemwick. A viagem para o Castelo de Cainhurst e a exploração da nova área proporcionam um agradável sopro de ar fresco em favorecer uma interrupção em Bloodborne, na qual nos é mostrada toda uma nova área com um novo mistério.

Cainhurst é uma área diferente de qualquer outra em Bloodborne. Não se assemelha a um palco de caçadas como Yharnam, tampouco remete as florestas macabras de arvores retorcidas como a Floresta Proibida... Em Cainhurst, nos deparamos com um abandonado castelo governado por uma rainha morta-viva; fantasmas lacrimosas assassinadas vagando por câmaras assombradas. Gárgulas vampíricas esperando emboscar presas desavisadas ... Realmente, a área se encaixaria mais em Demon's Souls do que em Bloodborne. Cainhurst é tão diferente de qualquer outra área em Bloodborne, mesmo a partir de uma perspectiva de jogabilidade. Afinal, Cainhurst é a única área no jogo que oferece um pacto ao estilo Dark Souls para o jogador afiliar-se. Então, para chegar ao fundo do mistério do reino de Cainhurst, vamos começar dando uma olhada no próprio Castelo de Cainhurst, o que sabemos sobre ele, o que podemos aprender e que monstros vagam pelos corredores.

 

As informações a seguir são evidências manifestas no cerne do jogo, portanto, me atenho a expressar considerações e interpretações pormenores neste ínterim; as miríades interpretações são plausíveis e possíveis frente a obra esmiuçada subsequente a esta primeira.

 

Enquanto em Yharnam o sangue é um objeto de adoração, em Cainhurst o sangue é um objeto de desejo. Os nobres de Cainhurst eram elitistas e aristocráticos, gozando elegantemente sobre a força ou funcionalidade, como descreveu o Conjunto de Cavaleiro:

“Traje dos cavaleiros de Cainhurst. Uma peça de realeza agraciada com trabalho intricado em ouro. O estilo de Cainhurst é uma mistura de nostalgia e pompa. Eles se orgulham bastante até dos corpos de feras manchados de sangue deixados para trás, confidentes de que permanecerão como exemplos de arte decadente."

Em Cainhurst, seu status na Corte é tudo. Quanto mais perto você estiver da Rainha, mais importante você é. Quanto mais longe você estiver, menos você importa. Segundo a runa Êxtase de Sangue: "Esta runa ressona com os servos da Rainha, portadora da Criança de Sangue, que anseiam pelo sangue de sua Rainha com pouca esperança de recompensa. Para eles, há conforto no “êxtase do sangue”, que serve como um substituto para seus desejos.”

A mais alta honraria de Cainhurst é ser nomeado de Sanguevil, um dos círculos de elite da rainha Annalise. Toda essa formalidade e pomposidade fica evidenciada pelo ritual que a Rainha Annalise faz quando o Caçador aceita sua proposta, recebendo a honraria de Sanguevil, estes que são mencionados serem absorvidos pelo sangue da Rainha.

Enquanto os Yharnamitas compartilham o sangue através de injeção e transfusão, os nobres de Cainhurst parecem beber diretamente da fonte, visto o gesto de a rainha Annalise estender seu pulso para o Caçador. Os Sanguevis eram os guardas de elite da Rainha, e viajavam para caçar e trazendo tributo de volta para ela na forma de manchas de sangue. Exploraremos os Sanguevis e a rainha Annalise em uma seção posterior, mas, por enquanto, vamos nos concentrar nas figuras menos importantes de Cainhurst e nas informações que podemos extrair delas.

“Os antigos nobres, bebedores de sangue de longa data, não são inexperientes na praga sanguínea, e o descarte de feras era uma tarefa deixada para seus servos – ou cavaleiros, como eram chamados em nome das aparências” – Reiterpallasch.

Embora existam feras em Cainhurst, elas são muito diferentes das feras de Yharnam. Não há sinal de licantropia, o principal sintoma da condição a que nos referimos como o Flagelo da Fera, em qualquer lugar encontrado em Cainhurst. Em vez disso, as bestas de Cainhurst são coisas retorcidas e malformadas que drenam o sangue do solo. A descrição oficial dos Lambedores de Sangue (Bloodlickers) diz: "Sem nenhum anfitrião para defender o Castelo de Cainhurst do cerco bestial, essas criaturas mortais e vil rondam os terrenos, engolindo-se no fluido contaminado dos caídos."

De fato, os Lambedores de Sangue parecem nitidamente mais interessados na drenagem de sangue dos cadáveres do que no Caçador. Ao contrário das bestas de Yharnam, que rasgam a carne em pedaços em pura raiva, essas deformidades se movem silenciosamente de cadáver em cadáver, bebendo e chupando o sangue pútrido. As feras de Yharnam, sabemos, são o resultado de indivíduos que sucumbem ao sangue contaminado dos Eminentes, infectados graças ao uso da ministração de sangue. Os Bloodlickers, infestados de vermes, devem ter uma origem diferente.

"[...] Certa vez, um acadêmico traiu seus companheiros em Byrgenwerth e trouxe sangue proibido de volta para o Castelo de Cainhurst [...]” – Diálogo de Alfred, o Carrasco para o Caçador, quando perguntado sobre Cainhurst.

Qualquer que seja o sangue levado a Cainhurst, certamente não era o sangue dos Eminentes. Era algo diferente, proibido, impuro. A introdução desse sangue proibido levou a uma nova missão pela então florescente Igreja da Cura e à formação dos carrascos.

"Em seu tempo, Mestre Logarius levou seus executores ao Castelo de Cainhurst para purificá-lo do Sangue Vil. Mas nem tudo correu bem e Mestre Logarius tornou-se uma âncora abençoada, nos guardando do mal. ... Trágico, trágico tempo ... .. que o Mestre Logarius teve de ser abandonado no domínio maldito dos Sanguevis. Eu devo libertá-lo, para que ele possa ser devidamente honrado em mártir " -Alfred, Caçador de Sanguevil.

Pouco se conhece dos carrascos. Eles eram um grupo de Caçadores que, liderados por um homem chamado Logarius, viajaram para Cainhurst e lutaram contra os Sanguevis. Parece que os carrascos existiam nos primórdios da Igreja da Cura, quando a Igreja ainda operava em segredo. O conjunto de Algoz diz:

“Traje usado pelo bando de algozes comandados pelo mártir Logarius. Tornou-se posteriormente a base de todos os Trajes da Igreja, com sua tapeçaria pesada do Xale Sagrado.” Isso parece sugerir que os carrascos foram o primeiro caso de um grupo organizado da Igreja operando a céu aberto, visto que anteriormente não havia nenhuma seção da Igreja usando um uniforme familiar.

Essa informação provavelmente é desconhecida por Alfred, sendo que ele afirma ser um caçador simples, talvez ele simplesmente procurou emular os ensinamentos de Logarius. Certamente tem uma grande veneração por Logarius, seu objetivo é completar a missão de Logarius de uma vez por todas para elevá-lo ao verdadeiro martírio.

Independente de quaisquer que sejam as motivações de Alfred por trás do caminho dos carrascos, sabemos apenas que os carrascos predecessores lutaram contra os Sanguevis de Cainhurst.

Dos relatos aos quais temos acesso, não foi uma batalha acirrada ... a Roda de Logarius descreve-se como sendo: “Usada para massacrar os sanguevis em Cainhurst, Banhada em poças do sangue deles, embebida para sempre com sua ira.”

Massacrar é a palavra chave aqui. Os nobres de Cainhurst foram sistematicamente executados, os Sanguevis foram espancados até a morte pelas poderosas Rodas de Logarius. Por toda a sua elegância e beleza, os Sanguevis de Cainhurst não eram páreo para a fúria e brutalidade descomunal dos Carrascos. Mas havia um Sanguevil que não poderia ser morto, e isso nos leva ao tópico final da nossa análise atual.

“Eu sou Annalise, rainha do castelo Cainhurst. Regente dos Sanguevis, e inimiga jurada da Igreja”.

Annalise é uma figura muito estranha em Bloodborne e, como mencionei anteriormente, realmente não parece se encaixar. Ela é certamente algo além do que simplesmente um ser humano... e de fato, a rainha é imortal. Não há como matá-la; até mesmo Alfred, que rasga seus membros, a esmaga, arranca seus órgãos, joga-a contra o chão e não deixa nada além de uma pilha de sangue e carne, não consegue matá-la.

De fato, ela fica simplesmente se contorcendo misteriosamente: "Que bem é a sua imortalidade agora! Tente criar problemas neste estado lastimável! Toda mutilada e distorcida, com todo seu interior jogado pra fora, para todo o mundo ver!" – Alfred.

A carne da rainha, um pedaço de carne que o Caçador pode recuperar de seus restos mortais, diz: "Esse pedaço rosado de carne permanece quente, como que em efeito de uma maldição. Todos saúdam a rainha de sangue imortal!"

Annalise nunca morre; sua consciência permanece dentro da carne e pode ser usada para restabelece-la. De fato, Annalise pode até ser restaurada de seu estado mutilado se o Caçador trouxer a Carne da Rainha para o cadáver no Altar do Desespero. Mas Annalise não é única nisso. Ela não é a única rainha imortal em Bloodborne.

Ao derrotar Yharnam, Rainha de Pthumeru, o Caçador recebe a Pedra de Yharnam. Que mais parece ser restos orgânicos e carnudos, e que contém o contorno fraco de um feto dentro dele. A Pedra de Yharnam diz: "A Rainha está morta, mas sua consciência terrível apenas dorme, e  se agita de forma perturbadora.”

 

O texto a seguir é circunstancialmente interpretativo baseado nas evidências reunidas até o presente momento, em detrimento disto, considere as alegações a seguir uma leitura singular, fica inteiramente a seu critério concordar com as considerações a posteriori.

 

 

Nas profundezas da antiga Pthumeru, os estudiosos de Byrgenwerth estudaram e pesquisaram o sangue antigo dos Eminentes. No entanto, os estudiosos encontraram mais do que os Eminentes, eles encontraram aqueles que um dia os adoraram: os Pthumerianos.

Não está exatamente claro se eles localizaram Yharnam diretamente, ou se simplesmente coletaram amostras de sangue dos próprios Pthumerianos. No entanto, é mais provável que parte do sangue de Yharnam tenha sido recuperado e pesquisado. O Sangue Antigo, apesar de ser temido, não era proibido. Parece estranho que os eruditos, famintos por conhecimento, rotulassem algo como proibido. O sangue de Yharnam deve ter sido tão contaminado, tão vil e impuro, que não deveria ser manipulado. Talvez esse sangue estivesse repleto de vermes, a fonte das habilidades aparentemente mágicas de Pthumerianos. O domínio de Yharnam sobre o sangue é diferente de tudo visto em Bloodborne. Durante a batalha contra ela, ela parece se teletransportar, espalhar sangue pelas pontas dos dedos e invocar lâminas no ar de sangue puro. Yharnam também parece poder se projetar de sua prisão em Pthumeru, aparecendo tanto no Pesadelo de  Mensis quanto no Lago Lunar. Nem humana nem Eminente, Yharnam é uma mistura distorcida e impura dos dois, possivelmente como resultado de sua impregnação por Oedon, o Eminente e sem forma.

Um estudioso, no entanto, traiu seus companheiros. Este pode ter sido Maria. Nós já sabemos que Maria descende de Cainhurst. Talvez depois do Massacre da aldeia, Maria tenha se desiludido o suficiente para trazer o sangue impuro de Yharnam de volta ao seu povo. No entanto, isso não parece se encaixar, já que Maria está associada à Igreja da Cura. A Igreja da Cura, com certeza, teme o sangue de Yharnam e até mesmo rotula seu sangue como proibido.

A descrição do Sangue de Arianna diz: "Um membro da antiga Igreja da Cura saberia que seu sangue é similar, precisamente ao que foi proibido uma vez."

Arianna ainda usa um vestido de Cainhurst, promovendo a conexão entre as duas figuras.

“Usado por nobres da antiga linhagem de sangue, que remonta ao abandonado Castelo Cainhurst” – Vestido Nobre.

Quando pensamos sobre Arianna, esta NPC tem pouco peso inicial na jornada do Caçador, portanto pouco dela é revelado, mas o que temos dela sugere que ela veio ou descende de Cainhurst, veio, pois o Npc conhecido como Homem Velho que fica a frente da residência de Ariana se refere a ela como estrangeira. O que é interessante, no entanto, é que Arianna é descrita como dama da noite, tanto pelo Npc Velho já citado, como pelos seus sapatos: “Sapatos usados por Arianna, dama da noite no Distrito da Catedral. Inocentes e graciosos, em contraste com a proprietária”.

Sabemos que Cainhurst super valoriza os status, especialmente os relacionados a Rainha Morta Viva. Arianna como descendente deste povo levanta algumas perguntas, ela teria sido execrada de seu reino e partiu para Yharnam... essa interpretação parece ser verossímil para correlacionar sua posição como “dama da noite”, visto que a prostituição foi a forma como ela encontrou de sobreviver.

“[...] Tome cuidado com a dama da noite, ela inveja a jovem santa, por ter o que ela não tem.” – Velho Homem do Distrito da Catedral.

Quando o velho inquiriu que Arianna invejava a jovem santa, ele se refere a Adella, a Santa de Sangue da Igreja que o Caçador pode resgatar na Vila Invisível.

Esse dialogo do NPC não quer dizer que de fato Arianna inveja a dita jovem santa, visto que, o mesmo NPC já demonstra uma personalidade execrável quando sugere que o Caçador está mentindo sobre o lugar seguro ao qual pode-se indicar o Distrito da Catedral ou a Clínica de Iosefka, dependendo dos contatos que o Caçador fez com Cego pedinte ou a Impostora Iosefka, respectivamente.

Há algo bem interessante quando vemos a comparação de Adella e Arianna, ambos Npcs que podem nos doar frascos de sangue especial, é que quando o Caçador vai falar com a meretriz Arianna, a freira se levanta e fica olhando, de modo discreto para o Caçador, o que sugere que há alguma espécie de relação complicada de Arianna com os Yharnamitas, ou seja apenas um comportamento padrão deles com os estrangeiros e, Arianna doando seu sangue como agradecimento ao Caçador pode ser, de algum modo, uma forma de sacrilégio.

Voltando para a relação e Cainhurst, seu sangue vil e a Igreja da Cura... Talvez o erudito que levou o sangue proibido a Cainhurst fosse apenas um erudito sem nome, ou talvez fosse Maria, ou mesmo o Corvo Sangrento. De qualquer forma, o sangue manchado de Yharnam chegou ao Castelo de Cainhurst.

A rainha Annalise absorveu o sangue contaminado e estragado de Yharnam, tornando-se o primeiro dos Sanguevis. Mas Annalise não ficou satisfeita com a simples transformação que se seguiu. Ela procurou um herdeiro, uma criança de sangue. Annalise acreditava que através do consumo em massa de sangue poderoso ela seria capaz de engravidar e dar à luz a Criança de Sangue, e assim ela criou os Sanguevis.

“Dizem que essa franzina armadura de prata afasta o sangue dos mal-intencionados, e é ela que permite aos guardas reais capturarem presas para sua amada Rainha, para que um dia, ela possa dar à luz uma Criança de Sangue” – Vestes de Cainhurst.

Os Sanguevis partiam a noite, procurando seres poderosos para capturar e arrastar para sua rainha. Eventualmente, os caçadores se tornariam a presa favorita dos Sanguevis. A mancha de sangue, um item que o Caçador pode recuperar se ele possuir a Runa Corrupção equipada.

“Aqueles que fazem esse juramento são Sanguevis de Cainhurst, caçadores de sangue que encontram resíduos para sua Rainha no sangue frio, especialmente o de caçadores. Porém, os corruptos são heréticos aos olhos da Igreja, e portanto estão sujeitos à ira dos Algozes” – Corrupção, Runa de Juramento.

A rainha Annalise participa dessas oferendas de sangue, para que um dia possa ter a Criança de Sangue, o próximo herdeiro da raça Vil.

Veja a imagem do item Mancha de Sangue. olhe para o pequeno ... coisas que parecem se contorcer dentro dele. Eles parecem um pouco com um amontoado de espermatozoides, não é?

O item referido, isto é, a Mancha de Sangue, que é basicamente o troféu por derrotar caçadores quando se está devoto aos Sanguevis de Cainhurst possui um design muito peculiar. Olhando-o atentamente nota-se que é como um conjunto de espermatozoides avermelhados, de sangue.

“Os Sanguevis de Cainhurst, caçadores sedentos de sangue, veem essas coisas aterrorizantes em sangue frio. Elas frequentemente aparecem no sangue de demônios de ecos, ou seja, de caçadores. A Rainha Annalise participa dessas oferendas de resíduos para um dia dar à luz à Criança de Sangue, o próximo herdeiro Sanguevil” – Mancha de Sangue.

Annalise acreditava que o consumo do sangue de figuras poderosas lhe permitiria eventualmente conceber uma Criança de Sangue. O que quer que seja um filho de sangue, jamais aconteceria. A Igreja descobriu essa nova ameaça e formou uma resposta na forma dos Algozes, liderados por Logarius.

“Mártir Logarius liderou um bando de algozes e esse simbolo foi criado na oficina dedicada deles. A roda simboliza um destino virtuoso. Sua oficina era um enclave secreto de crenças místicas e fanatismo inebriante, servindo como espinha dorsal da forma única de justiça dos Algozes” - Símbolo de Caçador com Roda.

Novamente podemos ver a referência ao sigilo, descrevendo o estilo inicial da Igreja de operar na escuridão. Os carrascos invadiram Castelo de Cainhurst e mataram os Sanguevis. Nem mesmo sequer os nobres de Cainhurst foram poupados com o triunfo dos invasores. Mas quando Logarius entrou na sala do trono da rainha, ele descobriu que não importava o que fizesse, ela não morreria.

Talvez simplesmente absorver o sangue proibido da Rainha Yharnam tivesse concedido poderes a Annalise além da morte, ou talvez fosse o acúmulo de Manchas de Sangue que lhe concedeu imortalidade. De qualquer maneira, Logarius decidiu que a rainha Annalise nunca teria liberdade. Mesmo que não fosse capaz de matá-la, não haveria nada que ela pudesse fazer enquanto prisioneira, e assim seria, por toda a eternidade afim de evitar o nascimento de seu Filho de Sangue.

Uma máscara foi forçadamente presa em sua cabeça, cobrindo todo o rosto dela. Não há referências ou informações disponíveis sobre o que exatamente é essa máscara. No entanto, qualquer que seja o poder que a máscara tenha, a amarrou em sua sala do trono e a deixou incapaz de resistir ao seu cativeiro (isso ainda não impediria que fontes externas se encontrassem com ela e trouxessem mais Manchas de Sangue, trabalho que é possível ser executado pelo Caçador) e então Logarius pegou a coroa de Cainhurst, chamada de Coroa das Ilusões, e colocou-a no topo de sua cabeça.

“Um dos preciosos segredos de Cainhurst. Dizem que a coroa do antigo rei revela ilusões, e expõe uma miragem que oculta um segredo. Então, Logarius usou a coroa por vontade própria, determinado a evitar que uma alma sequer descobrisse o segredo vil. Que visões ele teve, sentado serenamente em seu novo trono?”

Somente usando a coroa das ilusões seria permitido o acesso à sala do trono de Annalise. Para evitar qualquer interação posterior com Annalise, Logarius vestiu a coroa e sentou-se no trono de Cainhurst, agindo como um bloqueio vivo para a rainha prisioneira. Lembre-se de como a Roda de Logarius declara o que ela se tornou: “[...] Banhada em poças do sangue deles, embebida para sempre com sua ira [...]”.

Transformar a roda revela como ela se tornou contaminada, pois contém a força dos Sanguevis dentro dela. Logarius também acabou se encharcando de sangue impuro que, o que lhe condenou a ficar eternamente mergulhado na fúria dos Nobres de Cainhurst decaídos. Ele se tornou imortal, uma parte dos espíritos sangrentos dos Sanguevis falecidos. Ele permaneceria assim até que o Caçador lhe desse o merecido descanso, pegando a Coroa das Ilusões e descobrindo Annalise. Mas qual caminho o jogador tomará? Ele vai se ajoelhar para a rainha e se juntará a ela, trazendo-a sangue? Ou ajudará Alfred a despedaçá-la? Qual caminho é o correto?

"Atos de bondade nem sempre são sábios, e atos do mal nem sempre são tolos. Mas, independentemente disso, sempre nos esforçaremos para sermos bons" - Mártir Logarius.


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